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sábado, 16 de outubro de 2021

Crusoé: o mercadão das emendas

Foto: Reprodução
Corre no Supremo investigação sobre três deputados e um senador suspeitos de participar de um esquema de “compra e venda” de emendas parlamentares.

A reportagem de capa da nova edição da Crusoé trata de uma investigação que corre em sigilo no Supremo Tribunal Federal sobre uma criativa modalidade de corrupção. Segundo as apurações preliminares, pelo menos três deputados e um senador são suspeitos de participar de um esquema de “compra e venda” de emendas parlamentares no Congresso.

“O esquema funcionaria da seguinte forma: o parlamentar paga uma espécie de ‘pedágio’ para que seus pares destinem suas emendas para os municípios que ele controla. Quando o dinheiro chega na ponta, ou seja, na prefeitura, ele é desviado por meio de contratos fictícios para empresas ligadas ao político comprador das emendas. E assim a roda gira para que polpudas verbas públicas parem nos bolsos tanto do parlamentar vendedor quanto do que adquiriu as emendas e, ao mesmo tempo, retroalimentem a engrenagem da corrupção.”

São investigados o senador Eduardo Gomes (MDB/TO) e os deputados Josimar de Maranhãozinho (PL/MA) e Pedro Lucas Fernandes (PTB/MA).

“As verbas negociadas fazem parte do orçamento secreto, abastecido pela emenda de relator criada pelo governo para compra de apoio político. Mas não só. São obtidas também por meio das tradicionais emendas impositivas.” Veja a seguir:


O MERCADÃO DAS EMENDAS

Imagem: Reprodução

“Corre em sigilo no Supremo Tribunal Federal uma investigação que joga luz sobre uma
modalidade nova, para não dizer criativa, de corrupção. Segundo as apurações preliminares, pelo menos três deputados e um senador são suspeitos de participar de um esquema de “compra e venda” 
de emendas parlamentares no Congresso. O esquema funcionaria da seguinte forma: o parlamentar paga uma espécie de “pedágio” para que seus pares destinem suas emendas para os municípios que ele controla.

Quando o dinheiro chega na ponta, ou seja, na prefeitura, ele é desviado por meio de contratos fictícios para empresas ligadas ao político comprador das emendas. E assim a roda gira para que polpudas verbas públicas parem nos bolsos tanto do parlamentar vendedor quanto do que adquiriu as emendas e, ao mesmo tempo, retroalimentem a engrenagem da corrupção. As verbas negociadas fazem parte do orçamento secreto, abastecido pela emenda de relator criada pelo governo para compra de apoio político. Mas não só. São obtidas também por meio das tradicionais emendas impositivas, às quais todos os congressistas têm direito, e do “pix orçamentário”, uma modalidade em que o dinheiro cai direto na conta das prefeituras a partir da indicação de aliados.

Um dos parlamentares investigados é Josimar Maranhãozinho, do PL do Maranhão. Investigações do Ministério Público e da Polícia Federal mostram que, logo depois de chegar nas prefeituras indicadas por ele, o dinheiro das emendas é repassado a empresas de fachada pertencentes ao grupo político do deputado. Na sequência, o dinheiro é transferido para a Construtora Madry, uma empresa que está em nome do próprio Maranhãozinho e de sua irmã, Irismar Cunha Rodrigues, também investigada. O caminho do recurso – desde a saída do Orçamento da União até as empresas do deputado do PL e de seus aliados – está registrado em relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeira, o Coaf, em poder dos investigadores. A Madry é o que o MP e a PF chamam de “companhia-sol”. É como se fosse a “holding da propina”. A empresa é a destinatária final da verba desviada por outras dez firmas satélites vinculadas ao grupo. Da Madry, o dinheiro é redistribuído para contas do próprio político e de seus parceiros. Em uma operação de busca e apreensão recente, a PF encontrou carros vinculados à Madry na casa de Maranhãozinho, além de diversos cheques em branco também em nome da empresa.

De todos os recursos federais manejados pelo deputado maranhense – tanto os provenientes de emendas dele próprio quanto os que vêm de emendas de outros parlamentares que topam negociar as suas em troca da devolução, por fora, de uma parte do dinheiro –, a Madry é quem domina os contratos da área da construção. Outra firma do deputado, a Águia Farma Distribuidora de Medicamentos Ltda, é usada quando estão em jogo recursos de emendas da área da saúde, segundo as investigações. A Águia tem como sócios dois assessores de Maranhãozinho.

Para facilitar a fraude, ainda de acordo com a apuração, o deputado indicaria até os pregoeiros – responsáveis pela condução das licitações dirigidas – das prefeituras aliadas. Há casos em que o mesmo pregoeiro atuou em quatro municípios diferentes. Segundo os investigadores, os desvios chegariam a mais de 160 milhões de reais. A declaração de bens do deputado ao Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, é apenas um recorte dessa farra com dinheiro público. Em apenas quatro anos, o patrimônio do deputado sextuplicou. Entre 2016 e 2020, saltou de 2 milhões para 12 milhões de reais. “Sabemos que o patrimônio não declarado é infinitamente maior. As casas do Maranhãozinho e seu grupo são palacetes. Eles têm carros de luxo, barcos e esbanjam dinheiro”, afirma um investigador.

O parlamentar, que virou um dos mercadores do dinheiro federal logo no primeiro ano de mandato da Câmara, em 2019, foi deputado estadual entre 2015 e 2018. Segundo o MP, as empresas usadas para desviar recursos foram criadas já nos tempos em que Maranhãozinho reinava na política local. Quando ele entrou na política nacional, em 2019, já contava com uma estrutura montada no Maranhão para captar e manejar os recursos públicos. Quem o conhece de perto diz que, à boca miúda, ele se gaba de ter o controle de mais de 60 prefeituras no estado – é justamente para onde ele costuma enviar os recursos de modo a ter controle sobre a maneira como serão gastos. O modelo tem se mostrado eficiente até hoje. Tanto é que o esquema persiste.

O caso é produto direto do fisiologismo escancarado em que se transformou a relação do Planalto com o Congresso, de quem Jair Bolsonaro é cada vez mais refém. Recentemente, o presidente tentou lavar as mãos, dizendo que, se há algum esquema, não é problema dele. “Se tiver roubalheira no meu governo, num ministério qualquer, porque pode haver… Se não se sabe o que acontece por lá, pode haver. Se Deus quiser, não vai ter. São mais de 20 mil obras, muitos convênios com municípios.

Pode acontecer algo de errado? Pode. Pode acontecer algo de errado no ministério lá do Tarcísio (Gomes de Freitas), no DNIT? Pode haver, porque ele faz obras no Brasil todo. Pode, na ponta da linha, alguém fazer uma coisa esquisita”, disse. É um sofisma. Na prática, ao terceirizar para os congressistas a atribuição de gerir o orçamento, o governo abre caminho para que seus aliados façam o que bem entendam com os recursos públicos. É uma espécie de terceirização da corrupção, a partir da ideia de que, se o roubo ocorre lá na ponta, longe de Brasília, o governo federal não é mais responsável. Não é bem assim, evidentemente.

No esquema operado por Maranhãozinho – e que, neste momento, tem sob a mira do Ministério Público Federal pelo menos outros três parlamentares – há digitais visíveis do Palácio do Planalto. É que, para virar um mercador de emendas, o deputado contou com a ajuda expressa da Secretaria de Governo. Era de lá que saía o aval para a destinação de recursos que, liberados para o próprio deputado e para outros parlamentares que topavam a parceria, acabavam nas prefeituras controladas por ele e, depois, nas empresas do esquema. Somente no ano de 2019, técnicos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, a Codevasf, controlada pelo Centrão e campeã da destinação de verbas do orçamento paralelo, identificaram 22 pedidos de empenho, totalizando 75 milhões de reais, feitos por parlamentares de outros estados, em nome de Josimar de Maranhãozinho.

No Congresso, o deputado encontrou outro aliado de peso, também ligado ao Planalto: o líder do governo Eduardo Gomes, do MDB do Tocantins. Documentos obtidos por Crusoé mostram que a dupla mandou mais de 100 milhões de reais para seis municípios do Maranhão ainda no ano de 2019. A parceria está explícita em um documento interno do Ministério do Desenvolvimento Regional. No dia 16 de outubro de 2019, Eduardo Gomes mandou um ofício para o então ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, solicitando que a pasta empenhasse 30 milhões de reais para cidades maranhenses administradas por políticos ligados a Maranhãozinho, que faziam parte do esquema de desvio de recursos por meio das empresas de fachada.

O documento, assinado pelo líder do governo, detalhava o valor exato que deveria ser aplicado em cada município. Ao perceber que havia algo de estranho na papelada, técnicos do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Regional seguraram a liberação do dinheiro.

Inconformados com a demora, Maranhãozinho e Eduardo Gomes foram juntos ao gabinete do ministro, para pressionar pela liberação da verba, que acabou ocorrendo em 27 de dezembro daquele ano. Para despistar os órgãos de controle, o dinheiro passou primeiro pela Codevasf, antes de cair nos cofres das prefeituras indicadas pela dupla.

Ao chegar nos cofres municipais, os recursos seguiram o modus operandi tradicional do esquema. Foram usados para pagar as mesmas empresas satélites que, em relatórios do Coaf, aparecem enviando dinheiro para a Construtora Madry, do próprio Maranhãozinho. Para o município maranhense de Zé Doca, Eduardo Gomes mandou empenhar 5 milhões de reais. A ordem de pagamento aparece registrada no sistema do governo federal, com a observação “indicação de Maranhãozinho”. O próprio deputado acrescentou aos 5 milhões empenhados por Gomes outros 19 milhões de reais, em 30 de dezembro de 2019. A verba também saiu do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Regional. Desse total, 12 milhões de reais irrigaram o caixa da Atos Engenharia, firma que, segundo os relatórios do Coaf, enviava dinheiro para a Madry, a “companhia-sol” de Maranhãozinho. Segundo a investigação, outras duas empresas que receberam juntas 26,6 milhões de reais do município, a Terraplan e a Tencol Terra Nova, também abasteciam a holding do deputado. A responsável direta pelos contratos com as três companhias era ninguém menos que a irmã de Maranhãozinho, Irismar Cunha Rodrigues, chefe de gabinete da prefeitura. A parceria entre o líder do governo e o deputado do Maranhão seguiu o mesmo padrão em outros cinco municípios do estado.

Nessa versão repaginada do escândalo dos Anões do Orçamento, apelido dado aos parlamentares do baixo clero que, nos anos 1990, foram investigados e punidos por realizarem fraudes orçamentárias em troca de propinas, há também casos de parlamentares que, ainda que não tenham comercializado emendas, reproduziram o esquema de enviar dinheiro para prefeituras amigas que desviavam recursos para suas empresas particulares. Integrantes da bancada do Maranhão, eles contavam com a influência de Maranhãozinho sobre setores estratégicos do governo federal para conseguir liberar o dinheiro.

Ao ajudar os deputados aliados a amealhar recursos do orçamento federal, Maranhãozinho tenta repetir uma prática adotada por Eduardo Cunha, extodo-poderoso da Câmara, que tinha uma bancada no Congresso para chamar de sua. Um dos parlamentares do grupo é Júnior Lourenço, do PL, que recebeu do Ministério do Desenvolvimento Regional a cota de 13 milhões de reais, em dezembro de 2020, graças ao trabalho de bastidor de Maranhãozinho junto ao MDR. Desse valor, 3 milhões de reais foram parar na prefeitura de Miranda do Norte, que é comandada por sua mãe, Angelica Maria Sousa Bonfim, do mesmo partido. Uma operação do Ministério Público local, batizada de “Laços de família”, concluiu que Lourenço, que foi prefeito da cidade até 2016, pôs o pregoeiro da prefeitura para criar as empresas de fachada que receberiam o dinheiro desviado por meio de contratos fictícios.

De 2018 para cá, as mesmas firmas seguem fechando contratos com a prefeitura de Miranda do Norte. Entre as companhias mais beneficiadas com a verba federal está a Souza Vieira Construções e Serviços, que, segundo o MP local, participava ativamente das fraudes em licitações.

Outro parlamentar que tem colocado dinheiro em prefeituras administradas por familiares – e que, coincidência ou não, também faz parte do grupo político de Maranhãozinho – é o deputado Pedro Lucas Fernandes, do PTB. Nas negociações para a eleição de Arthur Lira à presidência da Câmara, Fernandes levou sozinho 25 milhões de reais e distribuiu a verba para municípios aliados. Desse total, 4 milhões de reais foram para a cidade de Arame, da qual o seu pai, Pedro Fernandes, também do PTB, é o prefeito.

Quem chamou a atenção para o escândalo da compra e venda de emendas pela primeira vez foi o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário. Em audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, no último dia 7, o ministro afirmou, sem citar nominalmente os parlamentares, que o órgão vem se empenhando para investigar o assunto. “Sobre vendas de emendas, nós estamos investigando vários casos. Claro, estão todos em sigilo porque já fazemos esse trabalho em convênios, em geral. Estamos com trabalho bastante forte nisso aí, em parceria com a Polícia Federal”, afirmou. Na Polícia Federal, os casos estão sendo investigados pelo Serviço de Inquéritos Especiais, o Sinq. A Procuradoria-Geral da República acompanha. No STF, o relator dos inquéritos é o ministro Ricardo Lewandowski. Nos autos há imagens do deputado Maranhãozinho recebendo dinheiro. A PF tem partido de relatórios da CGU para esmiuçar as denúncias de desvios de recursos públicos. Em breve devem ser deflagradas novas operações.

Procurado por Crusoé, o senador Eduardo Gomes afirmou que, como relator setorial do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Regional no ano de 2019, encaminhou recursos via Codevasf a pelo menos seis estados. Sobre o ofício pedindo a liberação dos 30 milhões de reais que depois foram parar nas empresas que estão agora no centro da investigação sobre o mercado de emendas, ele diz que o documento foi elaborado só para atender a uma solicitação do deputado. “Eu não posso responder pelo Maranhãozinho”, alega. Sobre a reunião com o então ministro Gustavo Canuto para pressionar pela liberação da verba, o senador justifica: “Eu estive com o Maranhãozinho e com vários parlamentares que foram atendidos pela liderança do governo. Não foi só com ele”. Eduardo Gomes ainda diz ter conhecimento de que a Polícia Federal fez operações nos municípios que receberam os recursos, mas argumenta que auditorias feitas pela Codevasf não encontraram irregularidades. A companhia, por sua vez, preferiu se eximir de responsabilidade. Em nota, afirmou que “decisões sobre a responsabilidade das indicações de recursos descentralizados à Codevasf são externas à companhia”.

Indagado sobre as razões pelas quais as verbas iam parar nas suas empresas, o deputado Josimar de Maranhãozinho disse que “todos esses recursos foram destinados às prefeituras de forma legalmente constituída no orçamento da União”. “Caso haja depósitos efetuados, estes são no âmbito privado, todos devidamente comprovados mediante contratos entre as empresas privadas envolvidas e emissão de notas fiscais de aquisição de produtos ou bens, bem como dos serviços prestados e pagos”, prosseguiu, tentando explicar o caminho do dinheiro. Em breve, o Congresso Nacional terá que decidir o que fazer com os novos anões. 

Fonte: oantagonista / Via (Patrik Camporez – Revista Crusoé)

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Quem explica a fortuna milionária de Josimar de Maranhãozinho?

Foto: Reprodução

O atual deputado federal saiu de um pobre em estado de vulnerabilidade para um milionário em 16 anos.

O deputado federal, Josimar de Maranhãozinho precisa usar um pouco de seu tempo para dar palestras ou consultorias sobre como ficar milionário em apenas 16 anos na política maranhense. O Moral da BR, como é conhecido no interior do Maranhão, ingressou na política em 2004 “puxando a cachorrinha”, mas logo descobriu um “garimpo de pedras preciosas”, que o tirou da “pobreza extrema”.

Em 2004 quando foi candidato a prefeito pela primeira vez, Josimar de Maranhãozinho não declarou nada, ou seja, era um pobretão. Eleito com 2.402 votos para seu primeiro mandato de prefeito no município de Maranhãozinho-MA, o Moral da BR iniciou a gestão entre os pobres do município. Em 2008 Josimar foi reeleito prefeito de Maranhãozinho, saindo de pobre em vulnerabilidade social para um rico com R$ 463.906,86 de fortuna declarados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 


Imagem Reprodução

De acordo com levantamento feito em agosto de 2018 por um blog local no DivulgaCand, sistema responsável pela divulgação das candidaturas registradas em todo o Brasil, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Maranhãozinho declarou possuir um patrimônio R$ 14.591.074,31 (quatorze milhões, quinhentos e noventa e um mil, setenta e quatro reais e trinta e um centavos) ao Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE).

Comparando com a declaração de bens apresentada nas eleições de 2014, de exatos R$ 6.563.240,69 (seis milhões, quinhentos e sessenta e três mil, duzentos e quarenta reais e sessenta e nove centavos), quando conseguiu o feito ao ser o deputado estadual mais votado do Maranhão, com 99.252 votos, o parlamentar do Partido Liberal (PL) conseguiu aumentar seu patrimônio em R$ 8.027.833,62 (oito milhões, vinte e sete mil, oitocentos e trinta e três reais e sessenta e dois centavos), em apenas quatro anos, somando uma fortuna de R$ R$ 14.591.074,31, o que fez com seja eleito deputado federal mais votado do Maranhão e ainda elegeu a esposa Detinha, a deputada estadual mais votada do Maranhão.

Imagem: DivulgaCand - 2004 / 2018 - Reprodução

Mas além do segredo de como ficar milionário do dia para a noite, Josimar de Maranhãozinho esconde outro segredo, eleger pessoas desconhecidas no Maranhão. Em 2016 o Moral da BR elegeu o sobrinho Aldir Júnior vereador de São Luís, sem nunca alguém tê-lo visto na política ou como liderança comunitária da capital maranhense. Josimar já elegeu até seu motorista particular Aracélio, como prefeito de Maranhãozinho.

Além disso, como Josimar é o presidente do Partido da Liberal no Maranhão (PL), ele poderá ainda utilizar o dinheiro do Fundo Eleitoral da legenda para aumentar seu poder no estado, já que seu sonho agora será a eleição para governador do Maranhão. O que o povo gostaria de saber é se o segredo para sair da pobreza não seria uma promessa de campanha nas próximas eleições. Para quem nasceu pobre e hoje está milionário, algum segredo tem. E a única a descobrir esse segredo é a Polícia Federal ou o Ministério Público do Maranhão. Ninguém consegue ficar milionário tão rápido assim. É no mínimo, muito suspeito! 

Fonte: G7


quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

PF encontra no Maranhão mais de R$ 2 milhões em endereços ligados a deputado federal

Foto: Reprodução

O deputado federal Josimar Maranhãozinho, do PL do Maranhão, é investigado por suspeita de desvio de verbas de emendas parlamentares da saúde. As fraudes podem ter gerado prejuízo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.

A Polícia Federal encontrou mais de R$ 2 milhões em endereços ligados ao deputado federal Josimar Maranhãozinho, do PL. Ele é suspeito de envolvimento no desvio de dinheiro da saúde.

Equipes de Brasília chegaram bem cedo ao Maranhão para ajudar a cumprir 27 mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal.

O principal alvo da Operação Descalabro é o deputado federal Josimar Maranhãozinho, do PL do Maranhão. Mais votado no estado em 2018, ele é investigado por suspeita de desvio de verbas de emendas parlamentares da saúde.

Segundo as investigações, licitações de prefeituras do interior do estado para a compra de produtos de saúde eram direcionadas, e o deputado recebia parte do dinheiro desviado. As fraudes podem ter gerado um prejuízo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.


Imagem: Reprodução

Imagem: Reprodução

Na quarta-feira (9), as equipes da Polícia Federal encontraram mais de R$ 2 milhões em endereços ligados ao parlamentar. Os maços foram encontrados até em caixas e sacos. A PF teve de usar máquinas para a contar todo o dinheiro, que encheu uma mesa.

 

A Justiça já bloqueou R$ 6 milhões em patrimônio do deputado Josimar Maranhãozinho.


A Polícia Federal afirmou que possui vídeos que mostram a entrega para Josimar de Maranhãozinho (PL) de parte do dinheiro da saúde que teria sido desviado pelo deputado. No entanto, essas imagens estão sob sigilo determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao todo, a PF investiga o desvio de cerca de R$ 15 milhões da saúde entre abril e dezembro de 2020 em uma operação chamada 'Descalabro', por conta da quantidade de dinheiro desviado da saúde em pleno período de pandemia da Covid-19.

Ainda segundo a Polícia Federal, Josimar estaria envolvido em um esquema de corrupção em que ele conseguia verbas da saúde - via emendas parlamentares - para vários municípios, mas parte do dinheiro era desviado e entregue ao próprio deputado.

O dinheiro depositado nas contas das empresas era sacado em espécie e entregue no escritório parlamentar de Josimar de Maranhãozinho, em São Luís. Em uma investigação iniciada pela Polícia Federal, há quatro meses, a PF fiz que conseguiu constatar os desvios, acompanhar os saques e realizar o registro de áudio e vídeo da distribuição dos valores no escritório regional do deputado. 

O deputado Josimar Maranhãozinho afirmou que está colaborando com as investigações; que os recursos das emendas parlamentares foram usados de forma legal; e que o dinheiro que a PF encontrou tem como origem suas atividades como empresário e pecuarista.

Fonte: G1


sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Deputado Federal do Maranhão, Josimar de Maranhãozinho é alvo de megaoperação do Ministério Público e Polícia Civil, acusado de comandar organização criminosa

Foto: Reprodução
Maranhão Nostrum cumpriu mais de 60 mandados de busca e apreensão em 14 municípios e contou com apoio até do CTA.

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) foi alvo de megaoperação deflagrada na manhã de quarta-feira (6) pelo Ministério Público e Polícia Civil maranhense.

Batizada de Maranhão Nostrum, a ação contou com a participação até do CTA (Centro Tático Aéreo). Mais de 60 mandados de busca e apreensão foram cumpridos por agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas) e da Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção), sendo 13 em municípios maranhenses e um no Ceará.

A medida foi autorizada pela 1ª Vara Criminal de São Luís, privativa para processamento e julgamento dos crimes de organização criminosa.

INVESTIGAÇÃO – A Operação Maranhão Nostrum é resultado do Procedimento Investigatório Criminal nº 011660-750/2018, instaurado no âmbito do GAECO em 2018, para apurar possíveis fraudes em processos licitatórios para contratação da empresa Águia Farma Distribuidora de Medicamentos Ltda nos municípios maranhenses de Araguanã, Carutapera, Centro do Guilherme, Maranhãozinho, Pedro do Rosário e Zé Doca entre os anos de 2014 a 2018, período no qual foi movimentado o montante de R$ 159.745.884,37 originado de contratos administrativos pactuados entre as empresas investigadas e os Municípios relacionados.

Compôs o quadro societário da empresa Águia Farma Distribuidora de Medicamentos Ltda os investigados Josimar Cunha Rodrigues, mais conhecido como Josimar de Maranhãozinho, atualmente deputado federal e Irismar Cunha Rodrigues. Eles também são sócios de outra empresa, Construtora Madry que, embora não tenha contratado com nenhum Município, recebeu valores de outras empresas vencedoras de certames licitatórios.

ORIGEM DO NOME – A Operação Maranhão Nostrum recebeu esse nome em alusão ao “Mare Nostrum”, termo latino que significa “O Nosso Mar”, dado ao Mar Mediterrâneo pelos romanos, após a conquista de extensões territoriais que os tornavam dominadores da província romana da Hispânia até a do Egito. No presente contexto, a tendência de dominação e poder em diversos municípios mostrou uma organização criminosa com controle da máquina pública para malversação de recursos e práticas ilegais que beneficiam ao mesmo grupo político.


NOTA OFICIAL DO MPMA

Imagem: Reprodução

O Ministério Público do Maranhão esclarece que:

A Operação Maranhão Nostrum é resultado do Procedimento Investigatório Criminal nº 011660-

750/2018, instaurado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) em 19 de outubro 2018;

Esse procedimento originou-se de uma Notícia de Fato sobre denúncias envolvendo Josimar Cunha Rodrigues, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, e as empresas Águia Farma Distribuidora de Medicamentos Ltda e Construtora Madry, ambas ligadas ao parlamentar;

Josimar Cunha Rodrigues é, até hoje, sócio da Construtora Madry, junto com sua irmã Irismar Cunha Rodrigues, também investigada;

Em relação à Águia Farma Distribuidora De Medicamentos Ltda, Josimar Cunha Rodrigues fez parte do quadro societário entre 20/08/2013 e 08/07/2015, período que está incluído na investigação, que se estende, em relação ao mesmo, até novembro de 2018;

Embora Josimar Cunha Rodrigues não seja mais sócio da Águia Farma desde 2015, o quadro societário passou a ser composto por pessoas diretamente ligadas a ele: Gildeilma dos Reis Martins e Francisca Adelina Alves de Melo, funcionárias particulares de Josimar de Maranhãozinho e servidoras da Assembleia Legislativa do Maranhão até o final de 2020;

Destaca-se, ainda, que foi sócia da empresa até dezembro 2020, também, a senhora Maria Deusa, cunhada de Josimar e, atualmente, prefeita de Maranhãozinho;

No curso da investigação, o Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) do Ministério Público do Maranhão produziu Relatórios de Análise Técnica acerca dos procedimentos licitatórios nos quais Águia Farma Distribuidora De Medicamentos Ltda foi vencedora entre 2014 e 2018 nos municípios Zé Doca, Maranhãozinho, Centro do Guilherme, Araguanã, Carutapera, Pedro do Rosário. Em todos foram constatadas irregularidades;

Houve também produção de Relatório de Análise de RIF (Relatório de Inteligência Financeira) acerca das movimentações suspeitas apontadas pelo COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), no montante de R$ 159.745.884,37 (cento e cinquenta e nove milhões, setecentos e quarenta e cinco mil, oitocentos e oitenta e quatro reais e trinta e sete centavos);

Todos os relatórios apontaram o recebimento de valores pela Construtora Madry, que embora não fosse licitante, era a principal beneficiária dos recursos oriundos das empresas que logravam êxito nos procedimentos licitatórios objeto da investigação;

Da mesma forma, o próprio investigado Josimar Cunha Rodrigues, no período em questão, consta como principal favorecido das empresas que participavam e ganhavam os procedimentos licitatórios. Além dele, receberam dinheiro dessas empresas parentes como Lucas Emanuel Costa Cunha, seu sobrinho, e Irismar Cunha Rodrigues, sua irmã.

Apurou-se também que as empresas que fazem parte da organização criminosa tinham como sócios pessoas ligadas ao investigado Josimar Cunha Rodrigues, fazendo parte do quadro societário de mais de uma empresa. São exemplo, Gildeilma dos Reis Martins, sócia da Águia Farma e também da Joas Consultoria Marketing Ltda no período investigado.

Diante de todos esses elementos, foi protocolado, no dia 02 de junho de 2021, duas medidas: 1) A busca e apreensão com pedido de indisponibilidade de bens e afastamento dos servidores investigados; 2) Quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados;

Ambas as medidas foram deferidas no dia 21 de setembro de 2021, sendo a busca cumprida em 6 de outubro de 2021;

Como resultado das buscas, foram apreendidos mais de R$ 100.000,00 em espécie nos endereços dos investigados Josimar Cunha Rodrigues, Thiago Costa Rodrigues, Mozeli Borges da Silva, Irismar Cunha Rodrigues e outros. Também foram apreendidos diversos veículos de luxo, uma lancha, barra de ouro e diversos documentos das empresas;

Destaca-se que, em um dos endereços do investigado Josimar Cunha Rodrigues, foram encontrados cheques em branco, já assinados, da Construtora Madry, da qual o investigado é atualmente sócio com sua irmã Irismar Cunha Rodrigues, também investigada;

Foram efetuadas três prisões em flagrante, por posse ilegal de arma de fogo;

Além dos 13 municípios do Maranhão, foi realizada busca e apreensão no município de Várzea Alegre (CE), no endereço de Lucas Emanuel Costa Cunha, sobrinho de Josimar Cunha Rodrigues;

A Operação envolveu mais de 60 alvos e 208 policiais, além de nove promotores de justiça, entre integrantes do Gaeco e das Promotorias de Zé Doca, Guimarães, Santa Inês e Maracaçumé.

Fonte: Política Local / Via BLOGs e MPMA

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Duarte Júnior, um 'OPORTUNISTA' que não decola! Nem vai...

Imagem: composição - DB


HILDELIS SILVA DUARTE JUNIOR, um carioca que se estabeleceu no Maranhão, e agora quer ser prefeito de São Luís.

O que sabemos desse personagem?

Ascendeu na política maranhense, ocupando cargos na administração pública, foi apadrinhado por Felipe Camarão (TAMBÉM CARIOCA), NÁ ÉPOCA SEM PARTIDO, (só veio a ter filiação partidária em 2018, pelo DEM, hoje UNIÃO BRASIL e logo em seguida PT). Duarte caiu nas graças de Flávio Dino, por ser Camarão seu principal técnico e por tê-lo indicado para dirigir o VIVA/PROCON, nos dois mandatos de Flávio Dino.

Se projetou ao expandir a rede VIVA/PROCON, com parcerias público-privadas e ações de supostos combates a cartel de postos de combustíveis, coisa que nunca mais se repetiu, depois que sua esposa, a  advogada, Karen Barros, assumiu o comando do órgão, pela chancela de Flávio Dino e Brandão, na transição de gestão. Hoje, os preços em postos da capital são bem similares, basta averiguar.

As polêmicas de Duarte Júnior

Duarte se envolveu em todo tipo de polêmicas quando deputado estadual e foi acusado de 'copiar projetos' de colegas deputados. Quando candidato a prefeitura de São Luís, pela primeira vez em 2020, se aliou a um dos maiores corruptos da política maranhense, o bolsonarista Josimar de Maranhãozinho (PL), rumo aos cofres da prefeitura maranhense, e teve como sua vice, uma sobrinha do figura. Continuam juntos até hoje, mas Duarte parece ter vergonha de trazer o aliado bolsonarista, para as telas de sua propaganda partidária, preferindo ficar apenas com o tempo de tela do PL, sem correr o risco de detonar todo o seu discursinho de 'Ficha Limpa'.


Convenção de 2020 - Maranhãozinho (ao centro), Duarte, e Carlos Brandão.
Desde então...



Dep. federal pelo PL - Josimar de Maranhãozinho

Duarte já apresentou ao longo dos anos, diversas falhas de caráter, se utiliza de tudo ao seu alcance para chegar ao poder, comete crimes eleitorais e se envolve em questões controversas, até com aliados políticos.

Questões em 2020, envolvendo seu diagnóstico por COVID19, levantaram polêmicas entre seus aliados, pois participou de manifestações públicas, mesmo sabendo que estava contaminado com o vírus. Logo em seguida, a mídia maranhense publicou todos os fatos.

"Em entrevista ao programa Ponto e Vírgula, da Rádio Difusora, o médico, deputado estadual e candidato a prefeito de São Luís Yglésio Moyses (PROS), em 2020, afirmou que Duarte Júnior cometeu crime contra saúde pública conforme art. 268 do Código Penal."

Em 2022 teve uma acalorada discussão com Yglésio enquanto este ainda era do PSB, houve troca de farpas entre os dois e, as acusações falavam inclusive de suposto uso de dinheiro de emenda para campanha eleitoralpor parte de Duarte Júnior.

Duarte toma atitudes desmedidas na sua ansiosa e ambiciosa busca pelo poder, tanto que chegou a acusar o pai de seu então amigo de partido, Rubens Jr., de ser 'BANDIDO!' Em pleno debate ao vivo, em uma emissora de TV local em 2020, enquanto o pai do seu 'outrora camarada' encontrava-se hospitalizado. O que até hoje, causa estranheza entre os dois. Candidatos opositores, ficaram indignados.


E ele ainda se vangloriou do fato! 


Até mesmo com o presidente da coligação PT, PCdoB e PV, Márcio Jerry, já chegou a envolver-se em controvérsias, quando Duarte fez apontamentos a questões envolvendo deputados federais da bancada maranhense. O próprio Jerry o denominou de 'OPORTUNISTA' e IRRESPONSÁVEL em postagens nas suas redes sociais.

Já o que seria o seu grande aliado hoje, o deputado estadual, e líder do Governo na Assembleia Legislativa, Neto Evangelista, que também o abandonou em 2020, e que hoje se dedica a eleger sua esposa, para vereadora da capital, não demonstra grandes interesses em sua candidatura fragilizada, mesmo com '12 partidos aliados' na sua, composição, coligação? Qualquer outra coisa, menos isso!.


Neto Evangelista e Aliados (ao fundo) em 2020 - Imagem: reprodução

Tudo isso sem falar naqueles escandalosos áudios vazados e vídeos de supostas falas de Duarte, tecendo palavras de baixo calão, dirigindo-se a funcionários do Procon e requerentes. As gravações mostram um lado bem perturbador e obscuro de sua personalidade e do seu caráter, inclusive cometendo supostos atos de assédio moral e coação de servidores públicos.

As incoerências de Duarte Júnior

Duarte conta com a estrutura do Viva/Procon, um feudo dado a ele no Governo Flávio Dino, e ainda hoje controlado por ele, com mais de 630 cargos comissionados (SEM SELETIVO), o órgão é dirigido por ninguém mais ninguém menos, que a sua própria esposa. Mas afirma em seu programa eleitoreiro que: "com ele não vai ter peixada". Hora, se cargos são indicações, e ele próprio foi uma indicação ao Procon, através de seu bom amigo Felipe Camarão, para assumir  o órgão no governo Flávio Dino, então ele próprio se beneficiou e se beneficia dessa 'peixada' a qual ele se refere.

Todos em São Luís, sabem que, em 2020, Duarte foi candidato pelo Republicanos, por não encontrar vaga e nem apoio em seu antigo partido, o PCdoB. O Republicanos hoje, é controlado por Aluísio Mendes. Duarte teve e tem como principal aliado político, Josimar de Maranhãozinho (PL) e, a sobrinha de MaranhãozinhoFabiana Vilar Rodrigues, como todos sabem, foi sua vice naquele pleito, acordo firmado, para dar a Maranhãozinho 'uma mãozinha' na prefeitura de São Luís. Na época Duarte defendia ser bolsonarista e 'contra o filhotismo na política', se aproveitando do eleitorado de Maranhãozinho, este um bolsonarista de carteirinha. 

Hoje, o que deve estar em jogo, para cada partido que caminha com ele (12 ao todo), são uma ou duas secretarias da prefeitura de São Luís, assim como dispõe de uma ou mais secretarias na atual administração estadual, sem falar é claro, de seus livramentos com as investigações do GAECO e Polícia Federal.

Atualmente, Duarte está no PSB, e se aproveita do eleitorado de Lula, veiculando falas do atual presidente da República, em sua propaganda de campanha eleitoreira. Só que ao que parece, o público de São Luís, não está se convencendo nem de suas propostas, nem da sua narrativa, pois ele já está há mais de um mês em campanha, e continua estagnado nas pesquisas, oscilando entre 20 e 24%. Bem distante daqueles 30% que atingiu no pleito anterior.

Por fim, esta nova tentativa de Duarte Jr., parece ser o maior fiasco político 'DE PLEITO ELEITORAL', desde a candidatura do personagem 'Bidet' (Capítulo 88), em uma trama de ficção da teledramaturgia brasileira, lembram dele, a novela? QUE REI SOU EU? (1989).

Por Daniel Braz


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sábado, 28 de setembro de 2024

Quem seria o 'Pinguim' do Maranhão?

Imagem: composição - DB

Josimar Cunha Rodrigues, de Várzea Alegre, CE, 47 anos, com 1,60 m de altura, chegou ao Maranhão sem um tostão no bolso, Josimar se firmou na cidade de Maranhãozinho, no interior do Maranhão. Lá em sua primeira candidatura, em 2004, para prefeito daquele município, não constava nada em sua declaração de bens ao TSE, já na sua segunda eleição, em 2008, a coisa muda e ele declara um patrimônio considerável.


Estatura do figura, o cara ao lado tem 1,85m - imagem: reprodução

Quando se elegeu deputado estadual, em 2014, a coisa continua crescendo (R$ 6.563.240,69) e nem a Receita Federal,  nem o TRE e nem o MP veem nada estranho em seu enriquecimento na política, muito menos o TCE, que nada encontra em suas não realizadas auditorias à gestão do 'prefeito prodígio'.

como deputado federal, em 2018, Maranhãozinho multiplica seu patrimônio e se torna líder do maior partido de extrema direita nacional no Maranhão, o PL.

Mesmo tendo sido alvo de diversas investigações do GAECO, MP e PF, parece ter sempre se livrado das acusações de supostos esquemas de corrupção. O mais estranho é que eles só ganham força em tempos de eleição, como forma de controle do agora, parlamentar federal. Patrimônio declarado por Josimar de Maranhãozinho à Justiça Eleitoral em 2022  ((( R$ 25.406.802,39 ))).

O mais recente desfecho veio à tona, no último dia 17/09/24, em uma reportagem do JG sobre uma, das muitas investigações, 'engavetadas' pelo então 'engavetador geral da república', Augusto Aras, eleito e reconduzido ao cargo  de PGR. Esta investigação de Maranhãozinho, citada na reportagem do JG, estava 'PARADA' desde DEZEMBRO DE 2021, fala-se até de um braço armado para chantagear gestores municipais em um jornal local, durante o então desgoverno do inominável ex-presidente da república, que naquele momento, instituiu no Brasil, o 'parlamentarismo orçamentário'. Modelo de controle do orçamento federal pelo parlamento (ORÇAMENTO SECRETO), tão danoso ao nosso país, hoje!



Ele até tentou ser candidato ao Governo do Maranhão em 2022, vejam que ousadia, mas foi obrigado pelas forças políticas vigentes, a se retirar. Também tentou em 2020, colocar um pé na prefeitura de São Luís indicando sua vice na chapa do então candidato do REPUBLICANOS, Duarte Jr., mas não logrou êxito.


Josimar e Fabiana Rodrigues à esquerda - foto: reprodução

Tenta novamente AGORA, em 2024, mas parece que a coisa está tão escrachada, que o povo não vê fé, em seu candidato fantoche  e oportunista.


Josimar e Duarte (2020), juntos até hoje! - Foto: reprodução

Vale ressaltar, a todos os maranhenses, que fiquem atentos a este 'ser emergente' da política local e nacional, que confunde eleitores por saber se misturar à chamada 'classe política maranhense', que não separa o 'JOIO DO TRIGO', e se mistura a tudo quanto é tipo de corrupto, confundindo a cabeça do povo e do eleitor maranhense. E até aqueles políticos que se dizem diferentes, mas que não passam de farinha do mesmo saco, após as eleições, e se juntam depois para dividir 'O BOLO DO ORÇAMENTO', seja municipal, seja estadual, ou federal.


Vice-governador, Felipe Camarão (PT), Josimar de Maranhãozinho (PL), Detinha (PL),
esposa de Josimar e Márcio Jerry (PCdoB) - Imagem: reprodução

Perguntem-se, qual foi a última vez que uma secretaria estadual passou por uma auditoria do TCE, nos últimos 10 anos, no Maranhão? NENHUMA!


Imagem: composição - DB

Nosso Estado hoje, vem sendo tomado por uma 'nova oligarquia no poder', e 'Maranhãozinho' é figura predominante e atuante, tanto no poder estadual e federal, não se enganem, muito menos se deixem levar por figuras delinquentes apoiadas por ele, pois seus objetivos são um só, 'supostamente', se valer dos cofres públicos para proveito próprio, seja em esfera municipal, estadual ou federal.

Por Daniel Braz


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