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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

O INIMIGO DO POVO! Após avanço no STF sobre reajuste, idosos podem ter derrota para planos de saúde na Câmara

Imagem: reprodução

Em 2021, segundo ano da pandemia de covid-19, os hospitais seguiam lotados e a tensão seguia firme nos lares brasileiros. Poucas vezes a preocupação era tamanha com a chegada dos boletos mensais dos planos de saúde. Não por menos, o susto chegou com peso para Célia Regina, 76 e Carlos Ramos, enfermeiro, 79, quando, no mês de setembro, o valor cobrado havia saltado de R$ 2.700 para R$ 3.350, um aumento de 24%. “Não tínhamos condições de pagar, principalmente no meio daquele surto. […] Pensamos até em cancelar”, lembra a aposentada de São Paulo.

Casos como esses são comuns no país e uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pode pôr fim a reajustes abusivos baseados na idade. No entanto, uma nova lei no Congresso pode rever esse entendimento e beneficiar os planos de saúde. O STF formou maioria, no dia 8 de outubro, para invalidar os reajustes por faixa etária em planos de saúde assinados antes da entrada em vigor do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003).

Isso já significa que o entendimento do tribunal é de que os planos não podem aumentar as mensalidades com base na idade, mesmo se os contratos fossem anteriores a 2003. O resultado ainda será proclamado pelo ministro Edson Fachin, mas os votos dos ministros aposentados Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, bem como dos ministros Alexandre de Moraes, Carmen Lúcia, Gilmar Mendes e o próprio Fachin acompanharam o posicionamento da relatora do processo, a ministra aposentada Rosa Weber.

Para a advogada Thais Caldeira, especialista em direito do consumidor, a decisão do STF sobre o Tema 381 veio na esteira de um entendimento já firmado sobre o que seriam práticas abusivas, considerando que os reajustes por faixa etária só seriam válidos quando houvesse acordo prévio. “Quando há previsão clara e expressa no contrato, quando se baseiam em critérios atuariais confiáveis e, principalmente, quando não tornam o plano excessivamente caro para o consumidor”, explica.

Mesmo após tantos anos de espera, clientes idosos como Célia e Carlos, no entanto, podem não ter muito tempo para comemorar a decisão do STF. Na Câmara dos Deputados, a tramitação do projeto de lei, que propõe atualização da Lei dos Planos de Saúde, PL 7.419/2006, por ordem do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), acaba de mudar de relatoria, passando do deputado federal Duarte Júnior (PSB-MA) para o colega Domingos Neto (PSD-CE). O projeto tramita há 19 anos e atualiza regras e define limites de reajuste e de rescisão contratual, especialmente para os planos coletivos, que não têm seus aumentos regulados pela ANS.

Em entrevista à Agência Pública, o antigo relator afirmou que sua saída foi resultado direto da pressão de grupos econômicos do setor. “Não se muda uma relatoria de um projeto tão importante como esse do nada. Nada é por acaso”, criticou Duarte Júnior, conhecido por defender a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os cancelamentos unilaterais dos planos de saúde. “Quem quis me tirar, se lascou, porque agora vou com muito mais força. Como relator eu tinha que ser imparcial, agora posso lutar de forma ainda mais firme pelo que é justo”, completou.

Duarte Jr. afirma que a proposta que vinha sendo construída “equilibrava os interesses das empresas e dos consumidores”, mas acabou barrada por influência das operadoras. “Infelizmente o lobby é muito pesado. É frustrante porque a gente sabe o que precisa ser feito. […] O consumidor é refém. Recebe o boleto, paga e não entende o motivo. Falta explicação, falta regulação, falta respeito”.

Procurada para comentar sobre o julgamento do STF, que formou maioria na decisão de como tratar os contratos anteriores a 2003, a ANS ressaltou que as operadoras precificam seus produtos com base em um “pacto intergeracional”, no qual gerações mais jovens subsidiam financeiramente as mais velhas, e alertou que mudanças nessas regras “fragilizariam o sistema de saúde suplementar”.

Procurado, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, ainda não respondeu sobre o que motivou a mudança de relatoria do projeto. Assim que houver retorno, este espaço será atualizado.


Célia e Carlos Ramos procuraram a Justiça após altos ajustes consecutivos dos
planos de saúde que mantinham há vários anos - imagem: reprodução

Sem acordo, a saída é buscar a Justiça

Era 2021 quando Célia e Carlos decidiram processar o plano de saúde que os atendia. Naquele ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) havia fixado índice negativo de reajuste para planos individuais (-8,19%), considerando o fato de que, com a pandemia, o uso dos serviços teve redução. “Os planos alegam equilíbrio contratual, mas esses reajustes funcionam como expulsão indireta dos idosos. […] Os planos de saúde trabalham com risco. O jovem é vantajoso, porque paga e usa pouco. À medida que envelhece, o beneficiário passa a usar mais, e os reajustes aumentam justamente para forçar a saída. É uma prática comum e perversa”, afirma o advogado do casal, Lucas Villela, que processou a empresa. O caso foi julgado na vara do Foro Central de São Paulo.



Até dezembro de 2024, mais de 10 milhões de idosos eram beneficiários de planos de saúde no país, segundo dados da ANS, quase um quinto de todos os usuários. São pessoas como Antônio Ribeiro, 61, que mantém o mesmo plano desde 2001, e conta que os reajustes se tornaram mais frequentes e imprevisíveis. “Isso não deveria estar acontecendo. Fica muito difícil eu tirar de uma coisa para pagar outra, principalmente o plano, que é caríssimo”, desabafa o autônomo, que viu o compromisso mensal passar de R$ 1.270, em 2001, para os atuais R$ 3.100.

A pesquisadora Leides Barroso, da Universidade de Brasília (UnB), avalia que o problema ultrapassa o campo jurídico. “Quando um idoso precisa escolher entre comprar o remédio e pagar o plano, algo está errado. É o sistema dizendo que ele já não vale tanto”. Ela lembra ainda que a Constituição de 1988 já previa a proteção do idoso como dever do Estado, antes mesmo do Estatuto de 2003. Em nota à Pública, a ANS explicou que o reajuste por mudança de faixa etária “se justifica em razão da alteração do perfil de utilização dos serviços de saúde” e tem como objetivo “diluir o risco entre diferentes grupos de idade, proporcionando um preço mais equilibrado para todos os beneficiários” e que “controla os reajustes por faixa etária para que os idosos não sejam penalizados com aumentos excessivos, mantendo os valores dentro de limites dispostos em contratos”.

Fonte: apublica.org


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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Como PCC usa a Faria Lima para lucrar bilhões, segundo investigações da Receita e a PF

Foto de dinheiro apreendido durante megaoperação da Polícia Federal e
outros órgãos - Imagem: reprodução

A Polícia Federal, a Receita Federal e órgãos como o Ministério Público de São Paulo (MPSP) deflagraram na quinta-feira (28/8) três operações contra um esquema supostamente utilizado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo as autoridades, o esquema utilizava fundos de investimentos e empresas financeiras que operam na avenida Faria Lima (principal centro financeiro de São Paulo) para gerar, lavar, ocultar e blindar recursos da atuação da facção no tráfico de drogas e no setor de combustíveis.

De acordo com reportagem do portal G1, ao menos 42 endereços alvos da megaoperação ficam na Faria Lima.

O PCC é considerado uma das maiores organizações criminosas do Brasil com atuação tanto no tráfico de drogas doméstico e internacional quanto no setor de combustíveis.

Ao todo, a estimativa da PF é de que o esquema investigado tenha movimentado pelo menos R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.

Foram expedidos 14 mandados de prisão, mas até o início da tarde, apenas seis pessoas haviam sido presas.

Em suas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a operação foi a "maior resposta do Estado brasileiro ao crime organizado de nossa história".

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, também disse que as três operações, em conjunto, seriam a maior investida das autoridades brasileiras contra o crime organizado até hoje.

O governo federal realizou uma entrevista coletiva nesta quinta sobre a operação. Nela, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a ação foi "exemplar" pois conseguiu "chegar na cobertura do sistema, no andar de cima do sistema".

Haddad também afirmou que o monitoramento de fintechs (empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros) será ampliado.

"As fintechs, a partir de amanhã, terão de cumprir rigorosamente as mesmas obrigações que os grandes bancos. Porque com isso aumenta o potencial de fiscalização da Receita", afirmou à imprensa na saída da entrevista coletiva.

Para a subsecretária da Receita Federal, Andrea Costa Chaves, as investigações revelaram o grau de infiltração do crime organizado na sociedade brasileira.

"Percebemos uma invasão do crime organizado na economia real e no mercado financeiro", disse Chaves durante a entrevista coletiva.

As três operações se chamam Carbono Oculto, Quasar e Tank.

A primeira foi realizada pelo MPSP em parceria com a PF e com a Receita Federal. As duas últimas foram realizadas pela PF e pela Receita Federal.

De acordo com as autoridades, o principal esquema, investigado pela Operação Carbono Oculto, funcionava em quatro etapas.

Na primeira, importadoras de combustíveis financiadas com recursos da facção compravam remessas de combustíveis no exterior.

O produto então era distribuído a redes de postos controladas pelo PCC em diversos Estados. Estes postos, por sua vez, sonegavam impostos da venda desses produtos ao consumidor final.

A Receita Federal estima que o esquema tenha gerado uma perda de receita de aproximadamente R$ 8,67 bilhões.

De acordo com o MPSP, o esquema também envolvia a adulteração de combustíveis vendidos ao consumidor final, especialmente gasolina.

Na segunda fase, a facção também usava os postos e outros estabelecimentos comerciais para lavar dinheiro do tráfico de drogas. Também haveria indícios de que a facção usava lojas de conveniência e padarias para "esquentar" o dinheiro ilegal.

O PCC teria usado uma rede de aproximadamente mil postos de gasolina distribuídos em 10 Estados: São Paulo, Bahia, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins.

De acordo com as investigações, o papel dos postos e de outros estabelecimentos vinculados ao esquema era receber dinheiro em espécie ou por meio de máquinas

O recebimento de dinheiro em espécie, segundo os investigadores, dificulta o rastreio da origem exata dos recursos.

A terceira fase era a da ocultação dos recursos ilícitos gerados pela facção. É nesta fase que entraram em cena, segundo a PF, fintechs.

Uma delas, o BK Bank, é apontada em um documento da investigação ao qual a BBC News Brasil teve acesso como um "buraco negro" financeiro, uma vez que a instituição receberia recursos dos estabelecimentos controlados pelo PCC e os misturaria com dinheiro de outros clientes, tornando o rastreio mais difícil.

Essa "mistura" se daria por meio de um mecanismo chamado "conta bolsão", em que a fintech deposita todos os recursos de seus clientes numa única conta.

A BBC News Brasil enviou questionamentos à BK Bank, mas não recebeu resposta.

De acordo com o jornal Valor Econômico, a empresa divulgou uma nota sobre o assunto.

"A instituição de pagamentos é devidamente autorizada, regulada e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil e conduz todas as suas atividades com total transparência, observando rigorosos padrões de compliance", diz a nota.

"A fintech era usada ainda para efetuar pagamentos de colaboradores e de gastos e investimentos pessoais dos principais operadores do esquema", diz uma nota da Receita Federal sobre a operação.


Viatura da Polícia Federal em frente a um prédio localizado na Avenida Faria Lima
durante operação contra a PCC - Imagem: reprodução

Blindagem

A suposta participação de fundos de investimento sediados nas imediações da Faria Lima faz parte, segundo as investigações, da quarta etapa do esquema: a blindagem do patrimônio do PCC contra eventuais investigações.

Um dos alvos da operação foi a gestora de fundos Reag Investimentos.

Segundo o site da empresa, ela é responsável pela gestão de um patrimônio de R$ 299 bilhões.

Em nota, a Reag Investimentos disse estar colaborando com as investigações.

"Trata-se de procedimento investigativo em curso. As Companhias esclarecem que estão colaborando integralmente com as autoridades competentes, fornecendo as informações e documentos solicitados, e permanecerão à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários", afirmou a empresa.

A blindagem patrimonial ocorreria por meio do investimento em fundos oficialmente controlados por gestoras situadas no coração financeiro de São Paulo.

De acordo com os investigadores, a facção teria usado 40 fundos de investimentos com um patrimônio de R$ 30 bilhões ligados ao esquema.

Mas esses fundos seriam controlados, na verdade, pela organização criminosa.

Eles receberiam aportes de dinheiro "lavado" para fazer aquisição de bens e empresas usados pelo esquema.

A Receita Federal diz ter identificado que os fundos controlados pelo PCC foram responsáveis pela compra de 1,6 mil caminhões para transporte de combustíveis, um terminal portuário, quatro usinas de álcool, 100 imóveis — entre eles, seis fazendas no interior de São Paulo — e uma mansão em Trancoso, no litoral da Bahia.

Ainda de acordo com a Receita Federal, os administradores dos fundos estariam cientes da vinculação com o PCC e teriam contribuído para o esquema.

Após a publicação original desta reportagem, a Reag enviou esclarecimentos adicionais à BBC News Brasil.

"Sobre os fatos objeto de apuração, [a Reag] esclarece que diversos Fundos de Investimentos mencionados na Operação nunca estiveram sob sua administração ou gestão."

"Quanto aos Fundos de Investimento apurados em que a empresa atuou como prestadora de serviço, informa que agiu de forma regular e diligente. Cumpre registrar que tais fundos foram, há meses, objeto de renúncia ou liquidação."

"Reforça, ainda, que não possui nem nunca possuiu qualquer envolvimento com as atividades econômicas ou empresariais conduzidas por esses clientes."

Brechas e fake news

Andrea Costa Chaves, da Receita Federal, disse que o esquema usado pelo PCC usou uma brecha legal sobre o funcionamento de fintechs que foi alvo de críticas da oposição no início do ano, durante a chamada "crise do Pix".

Uma série de vídeos, entre eles um divulgado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), levantaram suspeitas sobre uma instrução normativa da Receita que aumentava a fiscalização de operações realizadas por fintechs.

Nesses vídeos, uma das críticas era a de que a mudança nas regras teria o objetivo de aumentar o monitoramento da Receita sobre os gastos de cidadãos e aumentar a arrecadação.

O governo, na época, tentou se defender afirmando que o objetivo era combater crimes financeiros, mas acabou recuado em meio à pressão da opinião pública e revogou as medidas.

Para Andrea Costa Chaves, a megaoperação desta quinta-feira mostra que é preciso aumentar o controle sobre as movimentações destas empresas.

"O aprimoramento dela [da instrução normativa] incluía as fintechs. Ela foi alvo de muitas fake news e a consequência disso, com essa operação, fica claro. A gente acaba perdendo poder de fazer análise de risco para identificar com mais rapidez e eficiência esquemas como esse", disse.

Chaves afirmou também que, apesar de parte da megaoperação se concentrar em endereços na avenida Faria Lima, a maior parte dos fundos estabelecidos no mercado financeiro brasileiro seriam "legítimos".

"Na Faria Lima, tem fundos legítimos que não têm nenhuma ligação com isso. É o normal e é o que se espera. Mas dentro deste arcabouço, identificamos 40 fundos que, sim, estavam ligados e eram utilizados para a blindagem patrimonial do crime organizado", afirmou a subsecretária da Receita Federal.

Fonte: BBC Brasil


terça-feira, 26 de agosto de 2025

ABUSO DE AUTORIDADE?! Juíza chama atenção por censura a Blogs no Maranhão

Imagem: reprodução / composição

Juíza 'manda blogs apagarem denúncia' de esquema de mais de R$ 254 milhões envolvendo instituto em 26 prefeituras

A Magistrada Ariane Mendes Castro Pinheiro além de determinar a retirada do ar de matérias dos três blogs que denunciaram o esquema criminoso envolvendo recursos públicos, ainda proibiu os jornalistas de realizarem novas denúncias a respeito do Instituto Viver.

Em uma decisão completamente absurda e repleta de arbitrariedade, a juíza Ariane Mendes Castro Pinheiro (titular da 13ª Vara Cível do Termo Judiciário de São Luís, da Comarca da Ilha de São Luís), ordenou no último dia 19 deste mês que os três jornalistas responsáveis pelos sites MarrapáJoerdson Rrodrigues e também Daniel Santos Silva, excluam dos seus veículos de comunicação, matérias investigativas na qual denunciam o recebimento de mais R$ 254 milhões em dinheiro público oriundo de 26 prefeituras maranhenses ao Instituto Viver, (CNPJ: 21.851.634/0001-28) entre os anos de 2020 a 2025.

Conforme apuração do Blog do Domingos Costa, para chegar a esse valor, que é uma verdadeira fortuna em dinheiro público enviado ao Instituto Viver, os três jornalistas tiveram o árduo trabalho de checar junto a cada um dos 26 portais de transparências das respectivas prefeituras, a aba “despesas gerais”, e assim, comprovar que o dinheiro público saiu das contas bancárias das prefeituras e chegou à conta do instituto.

Ainda assim, a juíza Ariane Mendes Castro Pinheiro entendeu por acatar o pedido formulado pelos advogados do Instituto Viver e determinar a retirada das matérias. Para além dessa decisão, a Magistrada ainda proíbe os comunicadores de realizarem novas publicações a respeito do assunto.

“Da mesma forma, determino abstenham-se de formular novas publicações, em qualquer meio de comunicação, que façam referências ofensivas ao Autor, em relação aos fatos narrados na petição inicial, sob pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais), limitada a 60 (sessenta) dias.” Determina Ariane Mendes no processo de número 0871699-88.2025.8.10.0001.

Blog do DC apurou que nenhum dos três comunicadores foi notificado ainda da decisão de censura e, certamente, quando tornarem conhecimento devem recorrer da arbitrariedade.

– Ataque a liberdade de imprensa 

Chama atenção o fato da juíza ter atendido um pedido “extremamente raso” dos advogados da entidade, que aliás, em nenhum momento negam o recebimento dos mais de R$ 254 milhões das 26 prefeituras maranhenses, mas sim, atacam os jornalista ao afirmarem que “as matérias jornalísticas publicadas pelos blogs lembram um tabloide de fofoca”.

Alegam ainda, que os jornalistas “faltam de compromisso com a verdade”. E sustentam que “as matérias dos blogs não têm outro objetivo que não seja o de difamar a imagem do Instituto e caluniar seus diretores.”

A decisão liminar da juíza da 13ª Vara Cível do Termo Judiciário de São Luís é uma clara e ríspida intimidação ao trabalho jornalístico. Na prática, a ordem da Magistrada desestimula a apuração investigativa e, por tabela, incentiva fraudadores de licitação a continuar desviando recursos públicos que deveriam / poderiam ser usado na melhoria da qualidade de vida de milhares de maranhenses.

E para que fique bem claro, até a presente data, o Instituto Viver recebeu de 26 diferentes prefeituras o equivalente a R$ 254.349.248,98 (duzentos e cinquenta e quatro milhões, trezentos e quarenta e nove mil, duzentos e quarenta e oito reais e noventa e oito centavos). Isso, em um curto período de menos de cinco anos.

Em vez de mandar apagar as denúncias e impedir novas, a juíza Ariane Mendes Castro Pinheiro deveria fazer o contrário e, a título de sugestão, direcionar um expediente aos órgãos de controle e fiscalização de recursos públicos tais como Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão e da própria Polícia Federal, a fim de aprofundar a investigação contra o Instituto Viver diante da séria suspeita de esquema de sangria dos cofres recursos públicos arrolando quase três duas dúzias de prefeituras maranhenses.

– Denúncias

No bojo da denúncia dos sites Marrapá, Joerdson Rrodrigues e também Daniel Santos Silva, eles trazem a público a suspeita de direcionamento e fraude em contratos públicos envolvendo o Instituto Viver que “começou como uma solução para a contratação de médicos especialistas e evoluiu para uma megaoperação de terceirização de mão de obra, levantando suspeitas de uso da máquina pública para fins eleitorais e burla à legislação fiscal.”

De acordo com as publicações, o instituto se tornou uma peça central no tabuleiro político de diversas cidades maranhenses. “Inicialmente contratado para suprir a carência de médicos especialistas, seus serviços se expandiram drasticamente, passando a fornecer mão de obra para praticamente todos os setores da administração pública municipal. Usam ata de registro de preço como forma de burlar a concorrência no setor e direcionar resultado de contratação.”

– Cabide de emprego para políticos 

Ainda conforme o teor da denúncia dos jornalistas, o principal objetivo do uso do Instituto Viver é contornar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A LRF impõe um limite de gastos com a folha de pagamento para os municípios. Ao terceirizar a contratação de pessoal através do instituto, as prefeituras conseguem inchar a administração com servidores temporários sem que esses custos impactem diretamente o cálculo legal da folha de pagamento.

Na prática, embora a contratação seja feita pelo instituto, é o prefeito quem determina quem será admitido. Isso transforma os empregos em uma poderosa ferramenta de barganha política e aprisionamento eleitoral, onde o acesso e a permanência no cargo ficam condicionados ao apoio ao gestor.

Outro fato grave revelado é a total precarização dos trabalhadores contratados por este meio. Eles são submetidos a um regime de informalidade, sem direitos trabalhistas básicos garantidos. As denúncias apontam que não há assinatura da carteira de trabalho; não existem contratos formais de serviço; não há recolhimento de encargos trabalhistas como FGTS e INSS.

Em suma, os servidores contratados são tratados como peças descartáveis em períodos eleitorais, utilizados para fins políticos e, em seguida, deixados sem qualquer amparo legal ou direito reconhecido.

CONFIRA A ÍNTEGRA DO PROCESSO

Fonte: Blog do Domingos Costa


A CENSURA A BLOGS É ILEGAL NO BRASIL


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Briga entre Flávio Dino e governador do Maranhão se acirra e ganha novos capítulos no STF

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O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB) rompeu com o ex-aliado, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, após anos de parceria. Brandão foi vice-governador em dois mandatos de Dino e assumiu o comando do estado com seu apoio. Agora, várias decisões de Dino e medidas de Brandão estão em choque, envolvendo o Tribunal de Contas Estado (TCE-MA), a Câmara Legislativa do Maranhão (Alema) e o STF.

Nesta quarta-feira (13), Brandão protocolou um agravo interno no STF em que acusa Dino de embaralhar um processo sobre a escolha de um novo conselheiro para o TCE-MA. A vaga no tribunal está aberta há mais de um ano. Enquanto isso, a Assembleia Legislativa maranhense discute critérios para a indicação.

Brandão indicou seu advogado pessoal, Flávio Costa, para a vaga aberta com a aposentadoria antecipada do conselheiro Washington Oliveira. O grupo de Dino apoiava Carlos Lula (PSB-MA), deputado estadual e ex-secretário de Saúde do estado.

Flávio Dino decide contra Brandão em ação

Aliados de Dino acionaram o STF para questionar a indicação de Flávio Costa. O autor da ação foi o deputado estadual Othelino Neto (SD-MA). Ele é casado com Ana Paula Lobato (PSB-MA), suplente de Dino que herdou sua cadeira no Senado após a nomeação ao Supremo. O caso acabou sob relatoria do próprio ministro e suspendeu a escolha do governador.

Na ação, o governador apresenta quatro pontos. Primeiro, alega que Dino nomeou um conselheiro do TCE com base nos mesmos critérios agora questionados quando era governador do Maranhão. Depois, cita decisão em processo semelhante na Bahia, quando Dino encaminhou o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além disso, acusa o ministro de prolongar o processo e de manter vínculos políticos com interessados na vaga, como Othelino e Ana Paula Lobato.

Para o governador, há “atuação política do relator no presente caso e a quebra total da imparcialidade que se espera de um julgador no exercício da jurisdição”. O Regimento Interno do STF fixa prazo de cinco dias para questionar a participação do relator, período já encerrado.

A assessoria de Dino informou que nenhuma das hipóteses legais para impedimento de magistrado se aplica ao caso, que os processos foram distribuídos para ele por sorteio e que todas as ações são conduzidas com base em critérios técnicos.

Dino manda PF investigar suposta compra de vagas no TCE-MA

Duas semanas atrás, o ministro Flávio Dino tomou nova decisão no processo. Ele determinou que a Polícia Federal investigue o caso e mencionou um suposto “esquema de compra de vagas” no TCE-MA. Na prática, a medida colocou a PF no rastro dos negócios da família do governador Carlos Brandão.

A denúncia que embasou a decisão aponta suspeitas de uso de holdings familiares do governador e de seus irmãos para ocultar possível enriquecimento ilícito. Segundo o relato, essas empresas controlam a Colinas Agropecuária, Indústria e Comércio (Coagri), produtora de soja e arroz nos municípios de Mirador e Colinas, no interior do estado.

O Governo do Maranhão contestou a abertura da investigação em nota e reafirmou o compromisso com a legalidade.

Brandão determina retirada de servidores que trabalham com Flávio Dino

Na sexta-feira (15),  Brandão determinou que servidores estaduais cedidos a outros órgãos retornassem às funções originais. O decreto poderia afetar o gabinete de Flávio Dino e foi publicado horas após o afastamento do procurador-geral do Estado, Valdênio Caminha, por ordem do STF, em processo sobre nepotismo relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Menos de 24 horas depois, Brandão anulou os remanejamentos, alegando impacto nas equipes de segurança da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas e do Ministério Público.

Moraes determinou que Caminha fosse afastado e proibiu sua nomeação para qualquer cargo público nos três poderes do Maranhão. A decisão atendeu a pedido do partido Solidariedade, aliado de Dino, que alegou descumprimento de ordens judiciais em casos de nepotismo. Moraes concluiu que Caminha autorizou pagamentos e postergou exonerações de forma administrativa.

Fonte: gazetadopovo


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terça-feira, 19 de agosto de 2025

O CASO DOS PRINTS: Camarão comemora nulidade de provas no TJ-MA e diz que foi 'inocentado', só que não!

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O ex-deputado federal Ivan Júnior divulgou vídeo na noite de quinta-feira (13) contestando a declaração de Felipe Camarão de que teria sido “inocentado” no processo sobre mensagens atribuídas ao vice-governador do Maranhão com teor misógino contra a deputada estadual Mical Damasceno. 

Segundo Ivan Júnior, a decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão não absolveu Camarão, mas determinou o arquivamento do inquérito por entender que as investigações começaram no foro errado. O ex-parlamentar explicou que, por ter prerrogativa de função, o vice-governador só poderia ser investigado pelo TJMA desde o início, o que anula as provas já colhidas. Ele ressaltou que a deputada ainda pode propor ação penal privada até novembro, com nova coleta de provas e interrogatórios. 


Ivan Júnior afirmou que a narrativa de “inocentado” distorce a realidade e pode desencorajar denúncias de crimes contra mulheres. “Muito cuidado com esse negócio de inocente e inocentado. Isso ultrapassa os limites da razoabilidade e não pode prosperar”, disse. 


Imagem: reprodução / composição


Vejam o pronunciamento da deputada estadual Mical Damasceno sobre o episódio:



Uma sequência de mensagens vazadas em maio deste ano, atribuídas ao vice-governador, desencadearam o inquérito. (ENTENDA O CASO)

Fonte: marrapa


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quinta-feira, 17 de julho de 2025

Dino ignora pareceres da PGR e AGU e trava disputa por Tribunal de Contas no MA

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Medida favorece diretamente aliados do ex-governador do Estado; um deles foi secretário de Estado do hoje ministro do STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino ignorou pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Advocacia-Geral da União (AGU) e trava há quase um ano e meio a escolha de um integrante para o Tribunal de Contas do Maranhão (TCE-MA).

A pedalada judicial favorece atende aos interesses do grupo político de Dino no Estado. Um dos postulantes a essa vaga do TCE era o ex-secretário de Saúde do Maranhão na gestão Dino Carlos Lula (foto, ao lado do ministro), até hoje tido como um dos principais aliados do ex-governador maranhense.

A celeuma em torno da escolha no TCE é mais um capítulo na briga entre o grupo de Dino e o do governador do Estado, Carlos Brandão (PSB).

O processo é tão sui generis que durante a tramitação da ação judicial uma advogada de Minas Gerais pediu o ingresso na ação como amicus curiae (amiga da Corte). A manobra foi vista por adversários de Dino como uma forma de protelar ainda mais um desfecho para o caso.

Como mostramos no ano passado, dias após ter tomado posse como ministro do STF, Dino atendeu a uma ação do partido Solidariedade – na época presidido Flávia Alves Maciel, cunhada da senadora Ana Paula Lobato, que ficou no lugar de Dino quando ele deixou o STF – e da Procuradoria-Geral da República (PGR) e suspendeu as eleições para o TCE.

Nas ações iniciais, o partido argumentou que esse processo deveria seguir o ritmo semelhante ao adotado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Em abril do ano passado, a própria Assembleia Legislativa (ALEMA) aprovou uma emenda constitucional e uma resolução legislativa estabelecendo que a escolha para o cargo seria por meio de votação secreta e impondo limite de idade para a função.

No entanto, mesmo diante da adoção de providências determinadas por Dino, esse processo está parado na Corte. Tanto a Procuradoria-Geral da República – autora de uma das ações – quanto a Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestaram a favor do não reconhecimento da ação direta pela perda de objeto. O Solidariedade também se manifestou no sentido da perda de objeto do processo.

“Como apontou a Assembleia Legislativa do Maranhão, houve modificação substancial do quadro normativo, com supressão das disposições normativas originalmente atacadas. É caso, portanto, de perda de objeto”, disse o procurador-geral Paulo Gonet, em parecer expedido ainda em junho de 2024 – há mais de um ano.

“Nota-se, portanto, que a edição desses atos normativos provocou alteração substancial no teor da Constituição Estadual e do Regimento Interno do Parlamento maranhense, tendo sido inserido o processo de votação secreta para escolha de Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, em atenção ao princípio da simetria, que obriga os Estados membros a adotarem as regras referentes ao funcionamento, organização e fiscalização do Tribunais de Contas da União”, ressaltou o advogado-geral da União, Jorge Messias, em parecer encaminhado a Dino em junho de 2024.

Obstrução judicial no MA

Na semana passada, a Assembleia Legislativa do Estado encaminhou uma manifestação a Dino reforçando que o caso é de ‘simples resolução’. A Casa acusa o deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade) de liderar uma estratégia de obstrução e de transformar o processo jurídico em palanque político.

“Não há, aqui, um problema técnico de alta complexidade. O que se vê é uma disputa de natureza política, que encontrou, lamentavelmente, no processo constitucional, uma trincheira para sua manutenção”, disse a Casa Legislativa.

A questão é que os interessados na vaga afirmam que vão esticar ainda mais a corda deste processo.

“A verdade é que ter o controle político do partido não tem consequência prática nenhuma em relação à ação. A ADI não pertence mais ao partido autor. A ADI será julgada pelo Supremo Tribunal Federal, ainda que o autor venha a dizer: ‘ah, veja bem, agora eu acho que é constitucional’, disse recentemente o deputado estadual Carlos Lula (PSB).

“Isso não tem efeito prático nenhum. A ação continuará até o julgamento do mérito pelo plenário do STF, para que seja declarada a constitucionalidade ou inconstitucionalidade do ato”, concluiu.

Por Wilson Lima


Fonte: oantagonista


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terça-feira, 1 de julho de 2025

Para big techs, decisão do STF apresenta risco à liberdade de expressão

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Google, Meta e Câmara Brasileira da Economia Digital preveem elevação de custos, insegurança jurídica e retração de investimentos no Brasil

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por votação, alterar o artigo 19 do Marco Civil da Internet. O artigo determinava que as plataformas só poderiam ser responsabilizadas pelo conteúdo do usuário se descumprissem ordem judicial de remoção do conteúdo. Assim, com a mudança, a instituição argumenta que as redes sociais devem ser responsabilizadas por postagens criminosas ou ofensivas dos usuários.

As big techs reagiram à decisão do STF expressando preocupações com suas consequências. Google, Meta e a Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), que representa players como Amazon, Meta, Google, Kwai, Mercado Livre, TikTok, UOL, entre outros digitais, alertam que tal mudança pode dificultar o ambiente de negócios, incentivar a remoção excessiva de conteúdos, impactando a liberdade de expressão e que a decisão gera um cenário de incertezas legais, enfraquecendo o próprio Marco Civil da Internet.

A Câmara-e.net criticou a falta de critérios objetivos e um plano de transição, o que gera dúvidas sobre as aplicações da nova regra e suas exceções. Para a organização, a mudança torna a moderação de conteúdo mais cara e proporciona a remoção preventiva de publicações. Empresas de médio e pequeno porte serão as mais afetadas pelo encarecimento do processo, afirma a Câmara.

O Google e a Meta manifestaram preocupações relativas à liberdade de expressão dos usuários e em relação à economia digital, como na geração de empregos. Para Meta, a decisão apresenta entraves para a inovação e desenvolvimento econômico digital, “aumentando significativamente o risco de fazer negócios no Brasil”, disse, em comunicado.

Confira às manifestações na íntegra:

Câmara-e.net

A Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net) alerta para os efeitos sistêmicos da recente decisão do STF sobre o Artigo 19 do Marco Civil da Internet. A mudança altera regras centrais sobre o funcionamento da internet e das plataformas digitais no Brasil, ampliando a insegurança jurídica e desorganizando cadeias inteiras do ecossistema digital, especialmente entre pequenos empreendedores. Torna o modelo mais complexo, dificulta o debate público e impacta o setor digital.

O novo marco interpretativo cria múltiplas hipóteses de responsabilidade, deveres vagos e obrigações assimétricas que alteram radicalmente o regime construído desde o Marco Civil da Internet. A ausência de critérios objetivos e a inexistência de um período de transição normativa tornam o ambiente digital brasileiro um dos mais juridicamente instáveis e regulatóriamente complexos do mundo democrático.

As exceções previstas não abrangem toda a diversidade de serviços digitais e geram incertezas sobre sua aplicação prática. Mesmo nos casos explicitamente mencionados, permanecem dúvidas sobre o alcance das salvaguardas e sobre quais obrigações adicionais se aplicam. A falta de clareza pode desestimular a inovação e dificultar o cumprimento da decisão.

A multiplicidade de regimes, obrigações e riscos torna extremamente difícil o planejamento de longo prazo, encarece a moderação de conteúdo, favorece a remoção preventiva de publicações, serviços e produtos legítimos e expõe provedores e serviços digitais à judicialização em massa. O impacto pode ser particularmente severo sobre empresas nacionais de pequeno e médio porte, que não dispõem da estrutura necessária para absorver os custos operacionais e jurídicos desse novo cenário.

Políticas públicas com esse grau de impacto sobre direitos, inovação e competitividade devem ser debatidas com ampla participação da sociedade civil, especialistas e setor produtivo. Mudanças estruturais no ambiente digital exigem previsibilidade e construção coletiva.

Seguiremos colaborando de forma institucional e técnica para mitigar os efeitos dessa decisão, buscando segurança jurídica, proteção de direitos fundamentais e o fortalecimento de um ambiente digital aberto, inclusivo e inovador no Brasil.”

Google

“O julgamento do Artigo 19 foi encerrado hoje [quinta-feira, 26 de junho] pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com um novo entendimento sobre responsabilidade civil para um grupo grande e diverso de plataformas de internet. Ao longo dos últimos meses, o Google vem manifestando suas preocupações sobre mudanças que podem impactar a liberdade de expressão e a economia digital. Estamos analisando a tese aprovada, em especial a ampliação dos casos de remoção mediante notificação (previstos no Artigo 21), e os impactos em nossos produtos. Continuamos abertos ao diálogo.”

Meta

“Estamos preocupados com as implicações da decisão do STF sobre a liberdade de expressão e as milhões de empresas que usam nossos aplicativos para crescer seus negócios e gerar empregos no Brasil. Enfraquecer o Artigo 19 do Marco Civil da Internet traz incertezas jurídicas e terá consequências para a liberdade de expressão, inovação e desenvolvimento econômico digital, aumentando significativamente o risco de fazer negócios no Brasil.”

Fonte: meioemensagem