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terça-feira, 15 de julho de 2025

Após tarifa dos EUA, governo lança slogan “Brasil Soberano”

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Em vídeo, governo destaca que País respeita suas leis e enfatiza que nação “não abaixa a cabeça para outros países”

“O Brasil é dos brasileiros e se escreve com S, de soberania”. Essa é a mensagem que o Governo Federal está publicando, em seu canal oficial das redes sociais, como uma resposta à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar em 50% todos os produtos brasileiros que entrarem naquele país.

Neste domingo, 13, o Governo Federal divulgou um vídeo em que destaca que o Brasil é um “País independente, que respeita suas leis”.

Além do vídeo, o perfil do Governo Federal no Instagram também publicou o “Pack da Soberania Brasileira”, um conjunto de figurinhas de itens típicos brasileiros, como o vira-lata Caramelo, o cafezinho e a jogadora Marta, a fim de exaltar o orgulho pelo País. Veja abaixo:

A iniciativa procura rebater os argumentos do presidente norte-americano que, em carta enviada ao governo brasileiro no último dia 9, declarou que a taxação tinha o objetivo de equilibrar a política comercial que os EUA consideram injusta e, também, citou que a medida era uma espécie de protesto em relação às investigações do Supremo Tribunal Federal.

A carta afirma que o relacionamento comercial com o Brasil é injusto por conta de barreiras tarifárias e não-tarifárias do Brasil. Adicionalmente, o presidente dos EUA ameaçou dobrar a tarifa caso Lula decida, também, aumentar tarifas sobre produtos dos Estados Unidos.

“Por favor, entenda que os 50% são muito menos do que seria necessário para termos igualdade de condições em nosso comércio com seu país. E é necessário ter isso para corrigir as graves injustiças do sistema atual. Como o senhor sabe, não haverá tarifa se o Brasil, ou empresas dentro do seu país, decidirem construir ou fabricar produtos dentro dos Estados Unidos e, de fato, faremos todo o possível para aprovar rapidamente, de forma profissional e rotineira — em outras palavras, em questão de semanas”, declarou a carta do governo Trump.

Ainda segundo a carta, a decisão se deve, em parte, por “ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos”, assim como ordens “de censura e ilegais”, multas e ameaça de expulsão às redes e plataformas sociais dos Estados Unidos. Além disso, o presidente afirmou que o julgamento do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) é uma “vergonha internacional”.

O Governo Brasil respondeu imediatamente à carta, por meio de um texto publicado no perfil do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao mencionar as plataformas digitais, o presidente disse que “a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática” e que “no Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas; para operar em nosso país todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira”.

Já sobre a balança comercial, Lula afirmou que “as estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superavit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de US$ 410 bilhões ao longo dos últimos 15 anos”.

E arrematou: “Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei Brasileira de Reciprocidade Econômica”.

A nova taxa para os produtos brasileiros deve entrar em vigor no dia 1 de agosto e já está causando temor em setores do agronegócio e da indústria do País.

Fonte: meioemensagem



quinta-feira, 3 de julho de 2025

Veja as campanhas mais premiadas do mundo no Cannes Lions 2025

Imagem: reprodução


Festival terminou com a distribuição de 828 troféus, incluindo 34 Grand Prix, e consagrou campanhas dos Estados Unidos, França, Singapura, Índia, Alemanha, Nova Zelândia e Reino Unido entre as melhores do ano.

A 72ª edição do Festival Internacional de Criatividade, realizado de 16 a 20 de junho, promoveu a entrega de 828 troféus para as campanhas concorrentes. Na semana seguinte, após a crise que terminou com a cassação do Grand Prix de Creative Data, a brasileiras DM9 precisou devolver 12 Leões, o que fez esse total cair para 816.

Apesar de ter perdido esses 12 Leões no cômputo geral, o Brasil foi o segundo país mais premiado, atrás apenas dos Estados Unidos. A França surpreendeu e ficou em terceiro lugar, à frente de Reino Unido. Mais atrás, aparecem Índia, Austrália e Alemanha. Canadá, Singapura e México fecham a lista dos dez primeiros.

O ranking de campanhas mais premiadas do festival, elaborado por Meio & Mensagem, é o mais multicultural dos últimos anos, com cases dos Estados Unidos, França, Singapura, Índia, Alemanha, Nova Zelândia e Reino Unido.

Não fosse a retirada de troféus da DM9, o Brasil também teria uma campanha na lista, em oitavo lugar: “Plastic Blood”, da DM9 para Oka Biotech, que somou 72 pontos, graças às conquistas de 3 Ouros (Brand Experience & Activation, Design e Print & Publishing), 3 Pratas (Brand Experience & Activation, Design e Industry Craft) e 2 Bronzes (Direct e Outdoor). O case transformava uma ameaça invisível — o microplástico em nossos corpos — em experiência de marca, ao propor a impressão em 3D de itens plásticos do dia a dia, usando microplásticos extraídos do sangue humano, com o objetivo de chamar atenção para que o público exigisse alternativas biodegradáveis. Entretanto, segundo o Cannes Lions, informou no dia 27, que o “nível de legitimidade” do case “não atende aos padrões necessários” para a premiação. A DM9 reconheceu, informando que os trabalhos retirados do festival após a premiação “apresentavam inconsistências graves relacionadas à veracidade ou legitimidade dos trabalhos apresentados”.

Confira, a seguir, o ranking das dez campanhas mais premiadas do mundo no Cannes Lions 2025

1ª “Caption With Intention”, da FCB Chicago para Academy of Motion Picture Arts & Sciences, Rakish e Chicago Hearing Society (185 pontos)

3 Grand Prix (Brand Experience & Activation, Design e Digital Craft), 1 Titanium Lion, 3 Ouros (Digital Craft, Entertainment e Innovation), 2 Pratas (Brand Experience & Activation e Entertainment) e 2 Bronzes (Brand Experience & Activation e Creative B2B)

A iniciativa moderniza a legendagem de vídeos, propondo um novo sistema que busca corrigir problemas do anterior, desenvolvido em 1971, adicionando emoção, contexto e clareza ao texto, com o uso de cores e animação. A tecnologia de código aberto foi disponibilizada para toda a comunidade de produção cinematográfica e audiovisual.



2ª “Three Words”, da Publicis Conseil para Axa (156 pontos)

3 Grand Prix (Titanium, Creative Business Transformation e Direct), 2 Ouros (Creative Strategy e PR), 4 Pratas (Creative Strategy, Direct, Glass e PR) e 1 Bronze (Direct)

A seguradora francesa ajustou a linguagem de suas apólices de seguro residencial para proteger vítimas de violência doméstica. Anteriormente, as apólices garantiam realocação emergencial para vítimas de incêndios e inundações. A mudança adicionou apenas três palavras: “e violência doméstica”.

3ª “Vaseline Verified”, da Ogilvy Singapura para Unilever (136 pontos)

2 Grand Prix (Health & Wellness e Social & Creator), 1 Titanium Lion, 1 Ouro (Media), 4 Pratas (Direct, Media, PR e Social & Creator) e 1 Bronze (PR)

A campanha reuniu hacks virais da internet (vídeos nos quais os usuários compartilham dicas e truques) que usavam vaselina para as mais diversas finalidades e pediu que cientistas da Unilever testassem as indicações para dizerem se as aplicações sugeridas realmente funcionavam ou não.

4ª “Lucky Yatra”, da FCB India para Indian Railways (130 pontos)

1 Grand Prix (PR), 6 Ouros (Brand Experience & Activation, Creative Business Transformation, Creative Commerce, Direct, Outdoor e PR), 1 Prata (PR) e 1 Bronze (Outdoor)

Buscando mudar o comportamento de consumidores que viajam de trem sem bilhete, a campanha transformou as passagens em loteria. Todos os dias, um bilhete de trem poderia ganhar 10 mil rúpias, e todas as semanas, 50 mil rúpias.

5ª “Price Packs”, da Serviceplan Munich para Penny (105 pontos)

1 Grand Prix (Print & Publishing), 3 Ouros (Brand Experience & Activation, Direct e Outdoor), 3 Pratas (Brand Experience & Activation, Creative Commerce e Design) e 3 Bronzes (Design, Direct e Outdoor)

A rede alemã de supermercados imprimiu de forma bastante visível os preços dos produtos nas embalagens de suas marcas próprias, como promessa de estabilidade de preços em meio à inflação. Assim, ajudou os consumidores a identificar ofertas ao lado dos preços mais altos de grandes marcas.

6ª “The best place in the world to have herpes”, da Finch Sydney e Motion Sickness Auckland para New Zealand Herpes Foundation (96 pontos)

2 Grand Prix (Grand Prix for Good e Lions Health Grand Prix for Good), 2 Ouros (Film e Health & Wellness) e 2 Bronzes (Entertainment e Sustainable Development Goals)

Em comercial bem-humorado, um ex-técnico de rúgbi lamenta que, após ser invejada por seus atletas, a Nova Zelândia sumiu do mapa, mas pode recuperar espaço liderando ação de desestigmatização do herpes: “Nenhum outro país é forte o suficiente para lidar com esse problema”, diz ele.

7ª “Haaland Payback Time”, da David Nova York para Clash of Clans (80 pontos)

1 Grand Prix (Entertainment for Sport), 2 Ouros (Entertainment e PR), 2 Pratas (Brand Experience & Activation e Entertainment for Sport) e 2 Bronzes (Direct e Entertainment for Gaming)

Aproveitando que Erling Haaland, atacante do Manchester City, é um dos jogadores de Clash of Clans, o game o usou para ser a primeira pessoa real retratada no jogo, abrindo, assim, a possibilidade de outros jogadores o atacarem e roubarem os recursos que ele passou uma década construindo e acumulando. Como é difícil derrotar Haaland em campo, a campanha deu aos fãs a chance de fazer isso no mundo dos games.

8ª “Real Beauty: how a soap brand created a global self-esteem movement”, da Ogilvy UK para Dove (67 pontos)

2 Grand Prix (Creative Strategy e Glass) e 1 Prata (Creative Effectiveness)

A campanha, que incentiva redefinição nos padrões de beleza, foi premiada pela sua longa duração, completando mais de 20 anos no ar, construindo marca e gerando negócios, ao mesmo tempo em que impacta os consumidores e a cultura em geral.

9ª “Paris Paralympics 2024: Considering what?”, da 4Creative London para Channel 4 (66 pontos)

1 Grand Prix (Film), 2 Ouros (2 em Film Craft) e 2 Bronzes (Film e Film Craft)

O filme enfatiza que os atletas paralímpicos são tão humanos quanto qualquer outra pessoa, mostrando que a gravidade, o atrito e o tempo — e não suas deficiências — são os verdadeiros obstáculos em sua busca pela glória atlética.

10ª “Olympic Games Opening Ceremony”, da Paname 24, Auditoire, Double 2, Obo, Havas Paris e Havas Events para Paris 2024 (66 pontos)

1 Grand Prix (Outdoor), 1 Ouro (Entertainment for Sport) e 3 Pratas (Brand Experience & Activation, Entertainment e Outdoor)

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, realizada ao longo do Sena, contou com uma procissão de barcos transportando atletas em diversas performances, além de artistas como Lady Gaga a Gojira.

Fonte: meioemensagem

terça-feira, 1 de julho de 2025

Para big techs, decisão do STF apresenta risco à liberdade de expressão

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Google, Meta e Câmara Brasileira da Economia Digital preveem elevação de custos, insegurança jurídica e retração de investimentos no Brasil

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por votação, alterar o artigo 19 do Marco Civil da Internet. O artigo determinava que as plataformas só poderiam ser responsabilizadas pelo conteúdo do usuário se descumprissem ordem judicial de remoção do conteúdo. Assim, com a mudança, a instituição argumenta que as redes sociais devem ser responsabilizadas por postagens criminosas ou ofensivas dos usuários.

As big techs reagiram à decisão do STF expressando preocupações com suas consequências. Google, Meta e a Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), que representa players como Amazon, Meta, Google, Kwai, Mercado Livre, TikTok, UOL, entre outros digitais, alertam que tal mudança pode dificultar o ambiente de negócios, incentivar a remoção excessiva de conteúdos, impactando a liberdade de expressão e que a decisão gera um cenário de incertezas legais, enfraquecendo o próprio Marco Civil da Internet.

A Câmara-e.net criticou a falta de critérios objetivos e um plano de transição, o que gera dúvidas sobre as aplicações da nova regra e suas exceções. Para a organização, a mudança torna a moderação de conteúdo mais cara e proporciona a remoção preventiva de publicações. Empresas de médio e pequeno porte serão as mais afetadas pelo encarecimento do processo, afirma a Câmara.

O Google e a Meta manifestaram preocupações relativas à liberdade de expressão dos usuários e em relação à economia digital, como na geração de empregos. Para Meta, a decisão apresenta entraves para a inovação e desenvolvimento econômico digital, “aumentando significativamente o risco de fazer negócios no Brasil”, disse, em comunicado.

Confira às manifestações na íntegra:

Câmara-e.net

A Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net) alerta para os efeitos sistêmicos da recente decisão do STF sobre o Artigo 19 do Marco Civil da Internet. A mudança altera regras centrais sobre o funcionamento da internet e das plataformas digitais no Brasil, ampliando a insegurança jurídica e desorganizando cadeias inteiras do ecossistema digital, especialmente entre pequenos empreendedores. Torna o modelo mais complexo, dificulta o debate público e impacta o setor digital.

O novo marco interpretativo cria múltiplas hipóteses de responsabilidade, deveres vagos e obrigações assimétricas que alteram radicalmente o regime construído desde o Marco Civil da Internet. A ausência de critérios objetivos e a inexistência de um período de transição normativa tornam o ambiente digital brasileiro um dos mais juridicamente instáveis e regulatóriamente complexos do mundo democrático.

As exceções previstas não abrangem toda a diversidade de serviços digitais e geram incertezas sobre sua aplicação prática. Mesmo nos casos explicitamente mencionados, permanecem dúvidas sobre o alcance das salvaguardas e sobre quais obrigações adicionais se aplicam. A falta de clareza pode desestimular a inovação e dificultar o cumprimento da decisão.

A multiplicidade de regimes, obrigações e riscos torna extremamente difícil o planejamento de longo prazo, encarece a moderação de conteúdo, favorece a remoção preventiva de publicações, serviços e produtos legítimos e expõe provedores e serviços digitais à judicialização em massa. O impacto pode ser particularmente severo sobre empresas nacionais de pequeno e médio porte, que não dispõem da estrutura necessária para absorver os custos operacionais e jurídicos desse novo cenário.

Políticas públicas com esse grau de impacto sobre direitos, inovação e competitividade devem ser debatidas com ampla participação da sociedade civil, especialistas e setor produtivo. Mudanças estruturais no ambiente digital exigem previsibilidade e construção coletiva.

Seguiremos colaborando de forma institucional e técnica para mitigar os efeitos dessa decisão, buscando segurança jurídica, proteção de direitos fundamentais e o fortalecimento de um ambiente digital aberto, inclusivo e inovador no Brasil.”

Google

“O julgamento do Artigo 19 foi encerrado hoje [quinta-feira, 26 de junho] pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com um novo entendimento sobre responsabilidade civil para um grupo grande e diverso de plataformas de internet. Ao longo dos últimos meses, o Google vem manifestando suas preocupações sobre mudanças que podem impactar a liberdade de expressão e a economia digital. Estamos analisando a tese aprovada, em especial a ampliação dos casos de remoção mediante notificação (previstos no Artigo 21), e os impactos em nossos produtos. Continuamos abertos ao diálogo.”

Meta

“Estamos preocupados com as implicações da decisão do STF sobre a liberdade de expressão e as milhões de empresas que usam nossos aplicativos para crescer seus negócios e gerar empregos no Brasil. Enfraquecer o Artigo 19 do Marco Civil da Internet traz incertezas jurídicas e terá consequências para a liberdade de expressão, inovação e desenvolvimento econômico digital, aumentando significativamente o risco de fazer negócios no Brasil.”

Fonte: meioemensagem


quinta-feira, 19 de junho de 2025

Mais 8 Pratas e 10 Bronzes para o Brasil


 

Agências premiadas neste quarto e penúltimo dia do festival são DM9, Africa Creative, LePub, Gut, VML, AlmapBBDO, Droga5 e MRM

O Brasil conquistou mais 22 Leões em cinco das sete áreas do Cannes Lions 2025, que entregam prêmios nesta quinta-feira, 19, quarto e penúltimo dia 72ª edição do Festival Internacional de Criatividade. São 4 Ouros, 8 Pratas e 10 Bronzes. Com isso, sobe para 96 o total de Leões para o Brasil, o que já supera o resultado de 92 Leões de 2024.

Desde o ano passado, a organização do festival mudou a política de divulgação de prêmios, passando a liberar a publicação antecipada dos vencedores de Pratas e Bronzes, mas mantendo o embargo à imprensa para Ouros e Grand Prix, até que sejam entregues na cerimônia do Palais des Festivals.

Em Brand Experience & Activation, o Brasil conquistou 2 Ouros, 2 Pratas e 5 Bronzes. As Pratas foram para “Plastic blood”, da DM9 para Oka Biotech, e “Fishermen storytellers”, da Africa Creative para Corona. E os Bronzes para “Followers store”, da LePub para New Balance; “Coupon rain”, da Gut para Mercado Livre; “Prize on the boné”, da DM9 para KFC; “Thanks for coke-creating”, da VML Nova York, Kansas City e São Paulo para Coca-Cola; e “Building futures”, da DM9 para MRV.

Em Creative Commerce, as concorrentes brasileiras conquistaram 1 Ouro, 3 Pratas e 3 Bronzes. Sendo que as Pratas foram para “Coupon rain”, da Gut para Mercado Livre, “Makeup payment”, da MRM para Mastercard; e “Prize on the boné”, da DM9 para KFC. Os Bronzes foram para “Trash talk codes”, da Africa Creative para Brahma, “Efficient way to pay”, da DM9 para Consul; e “Bar dating – powered by hei!”, da LePub São Paulo e Milão para Heineken.

Na competição de Creative Strategy, o Brasil ganhou 1 Ouro, 1 Prata e 1 Bronze. A Prata foi para “The princess & The crown”, da Droga5 para Seda; e o Bronze, para “Abrigo amigo”, da AlmapBBDO para Eletromidia.

Em Creative Effectiveness, há 2 Pratas para “Handshake hunt”, da Gut para Mercado Livre, e “Throwback Deals”, da MRM para Samsung.

Fechando a lista de prêmios brasileiros, a DM9 conquistou Bronze em Creative Business Transformation com “Recipe for growth”, para iFood.

Nas áreas de Innovation e Luxury não houve vencedores e nem finalistas brasileiros.

Fonte: meioemensagem

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Senado veta artistas, influenciadores e atletas em publicidade de bets

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Texto também proíbe promessas de êxito financeiro e pessoal, animações, mascotes e impõe horário para veiculação das peças.

Na quarta-feira, 28, o Senado Federal aprovou, por votação simbólica, o Projeto de Lei nº 2.985/2023, que impõe uma série de regras para campanhas publicitárias de casas de aposta online. O texto proíbe a participação de artistas, influenciadores, atletas, membros de comissões técnicas profissionais, comunicadores, autoridades ou qualquer pessoa física, mesmo como figurante na comunicação das bets, com exceção de atletas que se aposentaram há cinco anos.

O projeto de lei também proíbe que as campanhas sugiram que o usuário terá êxito financeiro, solução para desafios pessoais, garantia de retorno financeiro e uma fonte de renda extra. As bets devem veicular o alerta “Apostas causam dependência e prejuízo a você e à sua família” em todas as suas peças publicitárias.

O texto também veta o uso de animações, desenhos e mascotes e demais atributos que direcionam a comunicação ao público infantojuvenil.

Além disso, a veiculação das peças terá restrição de horário. Só será permitida a exibição de publicidade de casas de apostas na televisão, streaming, redes sociais e demais provedores de internet entre 19h30 e meia-noite. Já nas rádios, tais anúncios são permitidos entre 9h e 11h e 17h e 19h30.

No caso da transmissão de campeonatos esportivos, a publicidade de casas de aposta poderão ser exibidas apenas 15 minutos antes e depois da partida.

Estádios e arenas esportivas poderão exibir a marca das casas de aposta caso a mesma tenha naming rights do espaço ou se o evento transmitido tenha patrocínio da bet.

As empresas podem patrocinar programas de televisão, mas só é permitido a exibição de sua logomarca.

As bets que patrocinam clubes esportivos estão desautorizadas a incluir sua logomarca em uniformes destinados a atletas menores de idade. Além disso, clubes, agremiações e times esportivos não podem vender roupas com a logomarca das bets para menores de idade.

O texto já havia sido aprovado na Comissão de Esportes. Agora, ele segue para avaliação da Câmara dos Deputados. O projeto tem autoria de Carlos Portinho (PL-RJ).

Caso o projeto de lei seja aprovado, o texto prevê um tempo para que os players envolvidos se adequem à nova legislação. Emissoras de televisão, artistas, influenciadores e atletas devem adotar as medidas em três meses. Já estádios, arenas e eventos esportivos terão um ano para fazer as modificações necessárias.

A aprovação do Senado ocorre em meio a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito)  das bets, que convocou influenciadores como Virgínia Fonseca e Rico Melquíades para prestar esclarecimentos sobre a publicidade das casas de aposta e seu impacto no orçamento dos brasileiros, entre outros tópicos.

Fonte: meioemensagem

terça-feira, 20 de maio de 2025

O Boticário abre loja onde clientes trocam embalagens vazias por brindes

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Ação será realizada entre os dias 23 a 25, na loja conceito de Pinheiros, em São Paulo; vale embalagens de cosméticos de beleza de qualquer marca.

O Boticário apresenta a BotiRecicla Store, uma loja-conceito desenvolvida em parceria com a agência LePub São Paulo, onde embalagens vazias de cosméticos se transformam em moeda de troca.

Com assinatura do arquiteto e designer Guto Requena, o local foi pensado para ser sustentável e todo o material utilizado na execução dela será reaproveitado em outras iniciativas relacionadas ao tema. Esse foi o primeiro projeto da LePub para a marca.

Como participar

Entre os dias 23, 24 e 25 deste mês, na loja conceito de Pinheiros, localizada na Rua dos Pinheiros, 315, consumidores poderão trocar recipientes vazios de qualquer marca de cosméticos de beleza por itens como uma prancha de surf do medalhista olímpico Gabriel Medina ou um fone de ouvido do DJ e produtor musical Alok.

Cada produto terá um valor diferente, começando a partir de 700 gramas de embalagens vazias. Dentro da loja, uma balança high-tech reconhece o peso das embalagens depositadas e libera automaticamente os créditos para uso imediato. Ela também calcula a economia de CO₂ gerada a cada participação.

Além disso, outros produtos de O Boticário e experiências também estarão disponíveis para serem adquiridos, como cortes de cabelos com especialistas da marca TRUSS, em que os fios serão destinados para o projeto Fiotrar, uma iniciativa apoiada pela Fundação Grupo Boticário a favor da conservação do ambiente marinho. 

Durante o período da ação, a flagship de Pinheiros estará totalmente dedicada à experiência, sem a comercialização de outros produtos da marca. 

O projeto será divulgado por meio de um filme publicitário, que teve produção da Sugarcane Filmes e contou com a Jamute na produção de som.

Fonte: meioemensagem



sábado, 26 de abril de 2025

Campanhas da Semana: famosos no mundo financeiro

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Nubank traz o ator de Harry Potter, Tom Felton, para estrelar novo curta-metragem, enquanto Will Bank lança filme em parceria com Vini Jr.


A Nubank trouxe o ator britânico Tom Felton ao Brasil em nova campanha criada pela Wieden+Kennedy SP. O curta-metragem narra a jornada de uma fã que utiliza os benefícios do banco para encontrar seu ídolo.



Em parceria com a monkey-land, o Will Bank lança a campanha “Seu bank pode ser mais Will”, com a participação de Vini Jr., embaixador da marca. O filme transforma situações tediosas em cenas vibrantes, ao retratar a experiência de ser cliente Will.



Estrelada por Ana Paula Padrão, a nova campanha da Conta Simples leva o público a refletir se estão complicando tarefas que deveriam ser simples. A ação é idealizada pela cccaramelo e produzida pela People.



  “Efeito Hotmart” é a nova campanha da Hotmart em parceria com a Monks, que narra histórias reais de empreendedores que passaram a viver de seus negócios digitais por meio da plataforma.



O novo filme da Shark Coat acompanha surfistas em meio aos desafios do esporte, enquanto destaca como a tecnologia da marca pode transformar a prática do surfe. A ação foi criada pela Dentsu Creative.



Jeep se une a Fernanda Gentil em nova campanha voltada aos esportes. Criada pela Fbiz, a série de três filmes gira em torno do programa fictício ‘Bate-Bola com um Craque’, no qual o entrevistado é o próprio Jeep Renegade.



A ação “Viva a Música”, lançada pela Deezer em parceria com a BETC Paris, transforma uma luta de boxe em uma batalha de dança, mostrando o poder da música em transformar situações e gerar conexões.



A Sand assina o filme oficial da Tardezinha, que explora a jornada de um personagem no dia do evento, destacando a conexão entre o público e os patrocinadores desde o amanhecer até o fim do dia.



Ministério da Saúde e da Educação se unem em nova campanha de vacinação nas escolas. Criada pela agência Nova, a ação reforça a importância da vacinação em todas as idades.



A Dorflex MAX lançou uma websérie criada pela Druid Creative, que acompanha histórias de gamers que personalizaram suas cadeiras para lidar com o desconforto durante as partidas. Com apoio da equipe Shibuya Garage, a marca promove verdadeiras transformações nas cadeiras.



Em nova campanha desenvolvida pela Brivia, a CPFL Energia está sorteando um ano de conta grátis para os clientes que fizerem o pagamento da fatura via Pix.



Acompanhando a rotina agitada do dia a dia, o novo filme da Brastemp apresenta a Lavadora Brastemp Flex Wash 16kg, como uma aliada para quem precisa de flexibilidade e rapidez na rotina. A campanha foi criada pela DM9.



A Vero Internet lançou um filme 100% produzido por IA, intitulado “Memes unidos pedem Vero”. Idealizada pela agência D’OM, a produção une diferentes memes da internet em uma passeata, anunciando a expansão dos serviços digitais da marca.



Criado pela AlmapBBDO, o novo filme da Eudora Siàge reúne Grazi Massafera, Camila Pitanga e Livia Silvia no lançamento da campanha Siàge Pro Cronology.



Fonte: meioemensagem

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Embratel muda nome para Claro empresas

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Com decisão, América Móvel passa atuar com marca única em suas três unidades de negócio no Brasil

A Claro está descontinuando a marca Embratel, que desde 2019 estava focada no mercado de grandes empresas, e a substituindo pela marca Claro empresas, que agregará em seu portfólio soluções digitais como nuvem, segurança cibernética, internet das coisas e inteligência artificial (IA).

Segundo a companhia, objetivo da mudança é unir o conhecimento de tecnologia e conectividade em uma só marca, para orientar e apoiar a jornada de transformação dos negócios, com agilidade e segurança.

A estrutura da Claro empresas terá duas unidades de negócio. Uma dedicada a grandes empresas e governo, comandada pelo CEO José Formoso, e outra, a pequenas e médias empresas, liderada pela CEO Roberta Godoi.

A partir da mudança, a Claro passa a operar com três unidades de negócio, sendo duas B2B – grandes empresas e governo; e pequenas e médias Empresas – e uma B2C, a unidade de consumo. Rodrigo Marques é o CEO da Claro desde o início de 2025.

Segundo José Felix, presidente da Claro no Brasil, a Claro empresas passa a unir a experiência em tecnologia e conectividade para habilitar a jornada de transformação das empresas com um ecossistema completo de parcerias e visão consultiva.

“Esse movimento nos dá a oportunidade de criar ainda mais conexões, descobrir caminhos e inovar de forma que faça sentido e traga resultados”, disse, em comunicado, o executivo.

A Claro empresas está preparando a primeira campanha publicitária para essa nova fase da companhia.

Estratégia de marca única

Controlador das marcas Claro, Embratel e Net, o grupo América Móvil tem caminhado para a estratégia de marca única há mais de uma década. Em 2012, anunciou que a TV por assinatura Via Embratel adotaria a denominação Claro TV, enquanto a marca de telefonia fixa Livre será substituída pela Claro Fixo.

Já em 2019, a Claro absorveu a marca Net, consolidando suas ofertas. Em 2022, a empresa unificou sua plataforma de conteúdos na marca Claro tv+, extinguindo a marca Now Online.

Em 2023, a Claro foi o nono maior comprador de mídia do mercado brasileiro, com aportes de R$785,2 milhões, de acordo com o ranking Agências & Anunciantes, publicado por Meio & Mensagem.

Histórico da Embratel na publicidade

Depois da privatização do sistema Telebras, na virada do século, a Embratel se consolidou com uma das principais anunciantes do segmento. Ao longo de anos, a publicidade da marca foi estrelada por Ana Paula Arósio. A atriz protagonizou campanhas como “Faz um 21”.

Outra série de comerciais da marca foi protagonizado pelo trio de crianças conhecidos como DDDs. As campanhas foram criadas pela Euro RSCG. Os DDD’s, inclusive, voltaram à cena, em 2017, em filme criado pela Fbiz. Veja abaixo:

Fonte: meioemensagem



terça-feira, 18 de março de 2025

O que os consumidores priorizam na interação com as marcas?

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Edição 2025 do Marketdata CX Report mostra que ainda há oportunidade de as empresas aprimorarem as conexões para fidelizar o público no ambiente virtual e físico

Mais do que conseguir gerar vendas e negócios, conseguir fidelizar os consumidores e fazer com que a experiência que ele tenha seja positiva é um dos principais desafios para as marcas. Mas, em um cenário com tantas opções de canais e pontos de contato, como é possível garantir que os consumidores tenham suas expectativas atendidas?

Entender o que as pessoas estão achando de suas conexões com as marcas e avaliar a experiência desses relacionamentos de consumo foi a proposta da edição de 2025 do Marketdata CX Report, estudo realizado pela Marketdata, consultoria de estratégia e CX, que parte do Grupo VML.

A pesquisa ouviu as opiniões de 200 usuários, recrutados pela MindMinners, em novembro de 2024, para traçar uma análise aprofundada de seus objetivos, percepções e avaliações a respeito da interação com marcas, seja em ambientes online como em lojas físicas.

Canais de comunicação e chatbots

Entre alguns aspectos avaliados, a consultoria perguntou aos entrevistados quais canais costumam utilizar para entrar em contato e conversar com as marcas.

O WhatsApp foi o mais citado, com 55% da preferência entre os respondentes, enquanto o aplicativo e site da própria marca aparecem em seguida, com 39% das citações cada.

Já 30% dos entrevistados disseram que o canal que costumam utilizar para falar com as marcas é o e-mail, enquanto 29% citaram o telefone e, 26%, as redes sociais. Outros canais receberam 2% das citações.

Uma vez que os usuários tendem a preferir canais de mensagens para a interação com as marcas, a Marketdata questionou sobre a experiência dos consumidores com chatbots.

Cerca de 60% dos entrevistados disseram que fazem uso de chatbots para falar com as marcas e, dentre esses, 69% declararam ter tido experiências neutras ou negativas com as ferramentas automatizadas de conversas. O índice de aprovação foi só de 25%.

Na visão da consultoria, esses índices mostram que ainda existe uma grande oportunidade de aprimoramento dos canais de comunicação por parte das empresas.

As preferências nas compras online

A pesquisa Marketdata CX Report também perguntou aos respondentes algumas especificidades a respeito das compras virtuais. A consultoria questionou o que é mais importante quando se faz uma compra online.

O preço liderou as respostas, com 77% das citações, seguido pelo tempo de entrega, mencionado por 58% dos entrevistados.

A variedade de produtos (40%), segurança nas transações (36%), avaliação de outros clientes (28%) e disponibilidade de informações detalhadas (22%) apareceram na sequência.

Facilidade para encontrar produtos (21%) e personalização das ofertas (9%) complementaram a lista.

Em contraponto, a consultoria também quis saber o que leva as pessoas a fazerem compras em lojas físicas, diante das facilidades das compras online.

Quando questionadas sobre o que as fariam optar por comprar em uma loja física em vez de fazer uma compra online, 45% citaram a oportunidade de ver o produto de perto, enquanto 40% responderam que a necessidade imediata de ter o produto os fariam sair de casa para comprar em uma loja.

Como elemento motivador para comprar em lojas físicas, também foram citadas as compras por impulso (25%), o fato de o produto não estar disponível online (21%), promoções melhores (19%) e desconfiança da segurança online (5%).

Fonte: meioemensagem

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Apple X Samsung: batalha de marketing caminha em direção à IA

Imagem: reprodução

Enquanto as inovações em hardware estão estagnadas, as gigantes de smartphones estão promovendo avanços em software impulsionado por IA.

Apesar da aceleração exponencial da tecnologia – incluindo a pressa na inclusão de IA – os smartphones não mudaram muito nos últimos anos. A Samsung e a Apple continuam batalhando pelo domínio global, mas ambas as companhias permanecem com o desenvolvimento de hardware estagnado.

“Um meteoro atingiu a terra em 2007 (quando o primeiro iPhone foi lançado) e mudou tudo sobre tecnologia móvel”, disse um executivo que trabalhou com muitas companhias no ramo de smatphones e preferiu falar anonimamente. “A poeira baixou há um bom tempo e as pessoas perceberam que os smartphones estagnaram completamente. Até as companhias têm que admitir que, na maioria das vezes, estamos dando pequenos passos nas mudanças tecnológicas.”

O novo iPhone da Apple focou em ser mais acessível financeiramente. O iPhone 16e – divulgado na quarta-feira, 19 – tem muito em comum com o modelo 16 lançado em setembro, com a exceção de algumas funções, como controles sofisticados da câmera. O celular mais ‘enxuto’ tem um preço inicial de US$ 599, comparado com o modelo 16, que está em torno de US$ 799; a Apple está buscando ser mais ‘amigável com o bolso’ dos compradores, depois que as vendas nas festas de fim de ano foram menores do que o esperado.

Quando a Apple lançou o iPhone 16, os avaliadores notaram algumas melhoras na câmera se comparado com o iPhone 15, mas os elogios foram, em sua maioria, voltados ao novo software impulsionado por IA.

No dia 22 de janeiro, a Samsung divulgou o novo Galaxy S25 no evento Galaxy Unpacked 2025. Na semana passada, os analistas de TI e influenciadores revelaram suas análises e formaram um consenso – com a exceção de pequenos avanços, o smartphone está bem similar aos modelos os anteriores.

A Samsung e a Apple, líderes globais na venda de smartphones, presenciaram uma queda de 1% ano após ano nas exportações dos produtos de acordo com dados preliminares divulgados em janeiro, pela International Data Corporation (IDC), que mencionou o “agressivo crescimento nas vendas chinesas” como razão para o declínio das duas marcas.

A Apple exportou 232 milhões de smartphones comparado com os 223 milhões da Samsung em 2024 – resultando em uma diferença de menos de 1% de participação no mercado, de acordo com os dados da IDC.

A disparidade no mercado aumenta nos EUA, onde, no terceiro trimestre de 2024, a Apple detinha 53% do mercado e a Samsung 23%, de acordo com os dados mais recentes publicados pela Counterpoint Research. A Apple tem dominado os EUA historicamente, conforme os usuários de iPhone e novos clientes seguem comprando os produtos da marca, diz Sam Huston, vice-presidente sênior na Dept, agência especializada em tecnologia e marketing digital.

“É muito comum que o primeiro dispositivo que as crianças vão ganhar seja um iPad ou um Apple Watch, para os pais poderem rastreá-las”, ele disse. “Eles já conhecem o ecossistema da Apple, o que dá certa vantagem à marca se olharmos para o futuro, já que, se estão adaptados ao ecossistema, dificilmente vão trocar por outro.”

À medida que a inovação no hardware atinge seu limite, a Samsung e a Apple devem depender mais do marketing de software e desenvolvimentos em IA, para aumentar o interesse dos consumidores em seus dispositivos mais recentes. No entanto, encontrar casos relevantes do uso de recursos de IA tem sido um desafio.

“A tendência para o próximo ano será a batalha de IA e como as fabricantes vão utilizar a IA para criar funções que interessem os usuários, o que tem sido desafiador até agora”, diz o executivo anônimo. “Mas com certeza isso vai esquentar no próximo ano”

Abaixo, apresentamos um olhar mais detalhista em como a Apple e a Samsung estão trabalhando no marketing nos novos smartphones, incluindo como os criadores de conteúdo podem assumir um papel mais importante. A Samsung se negou a comentar sobre o tema, e a Apple não respondeu aos pedidos.

Por que os grandes avanços em hardware não continuam?

A Maior parte das atualizações em hardware chega na forma de pequenas melhoras em tecnologia já existente, como uma câmera melhor, uma bateria mais duradoura ou estrutura mais refinada. Uma das mudanças mais drásticas recentemente foram os celulares dobráveis, lançados pela Samsung em 2019. Enquanto isso, há rumores de a Apple também estaria trabalhando em um dispositivo dobrável, o ‘iPhone Flip’.

Porém os celulares dobráveis não se tornaram o sucesso que esperavam devido aos preços altos e também pelo fato de os consumidores não verem muita utilidade nessa função, conta Allison Johnson, crítico de smartphones no The Verge. O último lançamento da Samsung na linha, o Galaxy Z Fold6 chega ao preço de US$ 1.900, enquanto o modelo anterior, Galaxy Z Flip6 chega a US$ 1.100.

No evento Galaxy Unpacked da Samsung, que aconteceu no Louvre em julho, a Samsung lançou campanhas para promover os dois dispositivos. Uma delas segue um detetive investigando um avião cheio de pessoas – avião que ele acredita ter sido roubado. Conforme ele investiga cada suspeito, ele vai destacando várias características que acredita que possam dar um motivo a eles. O anúncio divulga o poder de processamento, a habilidade de tirar fotos com a câmera principal, uma ferramenta de tradução, upgrades em durabilidade, um assistente de notas e a possibilidade de pesquisar objetos de uma foto ao circulá-los. A Samsung também postou em seu canal de Youtube vídeos com instruções que mostram como usar cada novidade da linha Z.



Apesar dos esforços, os consumidores ainda não se engajaram com os dispositivos dobráveis. A linha Z de 2024, lançada em julho, também teve performance inferior em relação ao modelo lançado no ano anterior, de acordo com um relatório divulgado em janeiro pelo site de tecnologia Android Police, mencionando um post vazado no X. A fabricante pretende produzir menos dispositivos dobráveis neste ano, de acordo com um relatório do outlet coreano, ETNews.

A Apple e Samsung estão prestes a disputar em uma frente de hardware diferente, com ambas previstas para lançar smartphones ultrafinos este ano: o iPhone Air e o Samsung Galaxy S25 Edge.

Como as estratégias de marketing dos smartphones da Apple e Samsung divergem

Os rivais no ramo de smartphones são guiados por profissionais de marketing com trajetórias muito diferentes nas suas respectivas companhias. Responsável pelo iPhone, está o vice-presidente global de marketing da Apple, Greg Joswiak, que se juntou à companhia em 1986. Já na Samsung, Olga Suvorona chegou à empresa em janeiro de 2024, como CMO de experiências móveis. A executiva assumiu o lugar da antiga CMO, Janet Lee, e anteriormente, tinha atuado na Google por mais de 10 anos, inclusive na função de head global de marketing da marca, de estratégia e criatividade para o Google Chrome e Chromebook.

Ambas as companhias têm enfatizado as características de IA para divulgar os últimos lançamentos, com os maiores esforços de marketing girando em torno de eventos chave para revelar novos produtos. Durante o evento Glowtime da Apple em setembro, a marca lançou seu primeiro anúncio divulgando o sistema de IA, o Apple Intelligence, disponível no iPhone 16. A atriz Bella Ramsey estrelou em três cenas, onde ela usa o software para resumir um e-mail, lembrar o nome de uma pessoa e criar um vídeo em memória ao peixe da família que morreu.

A marca lançou mais anúncios no mês seguinte – um mostrando um trabalhador incompetente gerando automaticamente um e-mail para o chefe, e outro mostrando uma mãe criando rapidamente um compilado de vídeos, ao perceber que esqueceu de comprar um presente de aniversário para o marido. Este último se conecta à tradição da Apple de incorporar emoção nos anúncios do iPhone.



Os anúncios foram criados pela TBWA\Media Arts Lab, uma unidade sob medida criada especificamente para a Apple em 2006. A TBWA trabalha com a Apple desde 1984, quando auxiliou no lançamento do primeiro computador pessoal da Apple, o Macintosh.

“A Apple faz um ótimo trabalho no que tange ao ado emocional”, conta Huston. “Se você pensar nos anúncios deles, onde estão focando na câmera e na capacidade de editar vídeos como se fossem filmes e compartilhá-los, você vê que o benefício emocional disso é poderoso.”

A Apple, no entanto, tem sofrido para trazer essa emoção para o Apple Intelligence. A recepção do anúncio do presente de aniversário foi controversa, com alguns dizendo que isso mostrava a dificuldade das marcas em achar uma função útil para os softwares de IA.

Enquanto isso, a Samsung lançou outro anúncio para o Galaxy AI e S25 no evento Galaxy Unpacked: um comercial que dá continuidade à sua longa campanha “Next Big Thing”, que tem promovido a Galaxy AI recentemente sob o nome “The Next Big Thing Is You”. O anúncio mostra uma mulher usando o Galaxy AI no celular para ver seu itinerário do dia e criar planos com velhos amigos, enquanto caminha em um local de transporte público lotado.



O anúncio veio da BBH Cingapura e da Leo Burnett Alemanha. A BBH tem sido parte do portifólio global da Samsung desde 2014.

A Samsung também tem um histórico de ataques às habilidades de inovação da Apple. Em um anúncio de novembro, é ilustrado um usuário de iPhone esperando em uma fila para comprar o novo iPhone, para só descobrir o que tem de novidade após comprar. Enquanto isso, é mostrado um usuário da Samsung caminhando enquanto realiza multitarefas no smartphone dobrável. O anúncio também mostra pessoas traduzindo uma conversa com um vendedor de frutas usando o Samsung Flip, e saindo ao descobrir que ele só vendia maçãs.

Dado o domínio da Apple nos EUA e a dificuldade da Samsung em ganhar o interesse dos consumidores em suas inovações de hardware, alguns especialistas questionaram essa estratégia.

“Dá pra ver como isso poderia ter dado errado”, disse Huston. “Quando você faz chacota, você está se definindo com base no que você é contra, e não com base no que você tem a oferecer. Isso vai ressoar com as pessoas que odeiam a Apple, mas não vai necessariamente aumentar a taxa de conversão.”

Quanto a Apple e a Samsung gastam divulgando seus smartphones dos EUA?

A Samsung investiu mais do que a Apple em propaganda nos EUA na maior parte dos últimos 5 anos. Entre janeiro e setembro do último ano, a Samsung investiu US$ 254 milhões em segmentos de mídia nos EUA com o Galaxy, em comparação com os US$ 202 milhões da Apple no mesmo período, de acordo com dados da MediaRadar, reunidos pelo AdAge Datacenter. A Apple não divulga o valor gasto em nível global.

Entretanto, a Apple superou os investimentos da Samsung em 2023. A marca gastou US$ 317 milhões no ano, comparado aos US$ 249 milhões da concorrente.



Criadores de conteúdo poderiam impulsionar ambas as marcas na corrida da IA

Ambas as marcas têm enfrentado dificuldades para encontrar e mostrar aos consumidores funções úteis das ferramentas de IA nos smartphones – mesmo com os vídeos educacionais que ensinam a usar tais ferramentas.

“Eles estão tentando ganhar as pessoas no que essas ferramentas podem fazer, mas são coisas que nós não utilizamos, então eles estão tentando formar novos hábitos”, conta Johnson, da The Verge. “É uma situação desconfortável para eles.”

À medida que eles continuam buscando por relevância, eles podem recorrer aos influencers para obter insights sobre como os consumidores atualmente usam a IA, e explicar aos seguidores os possíveis usos, explica Kassi Socha, diretora e analista de marketing da Gartner.

“As empresas da indústria de eletrônicos de consumo que apostarem em vozes externas falando sobre as utilidades de seus produtos serão as que terão sucesso,” ela diz. “Estou falando sobre a voz dos influencers e avaliadores. Ninguém conhece as necessidades e percepções dos consumidores melhor que os criadores de conteúdos, que focam em responder questões e fazer recomendações para guiar os seguidores.”

Ambas as marcas recentemente recrutaram criadores de conteúdo para destacar funções específicas em seus smartphones. Os únicos vídeos no TikTok da Apple são de criadores de conteúdo oferecendo dicas para usar as diversas ferramentas do Iphone, em sua maioria, relacionadas à câmera. A Samsung tem trabalhado com os influencers para promover as características Galaxy AI, assim como a funcionalidade de cruzamento de apps.

Fonte: meioemensagem