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terça-feira, 5 de novembro de 2024

Dia Mundial do Cinema: Incentivos fiscais impulsionam a indústria cinematográfica

Imagem: reprodução

Modelo de financiamento fortalece a indústria e amplia o alcance de produções diversificadas

No dia 5 de novembro, comemora-se o Dia Mundial do Cinema, data que celebra a importância da expressão artística e também o seu impacto social. O papel dos incentivos fiscais, por exemplo, é essencial para que a produção audiovisual ganhe relevância. Em um cenário no qual produções nacionais e independentes enfrentam desafios financeiros, os incentivos fiscais tornaram-se uma peça-chave para a sustentabilidade e o crescimento da indústria cinematográfica no Brasil.

Vanessa Pires, CEO da Brada, maior e mais completa startup para buscar investimento de incentivo em impacto positivo, destaca a importância desses incentivos como meio de fomentar novos talentos e estimular a criação de conteúdo cultural. “Os incentivos fiscais funcionam como um verdadeiro motor para o cinema brasileiro, permitindo que ideias saiam do papel e cheguem às telas. A Brada está comprometida em orientar empresas e produtores a entenderem e aproveitarem essas oportunidades, que vão muito além do financiamento. É uma forma de apoiar não só a economia, mas a cultura e a identidade do país", afirma Pires.

Os incentivos, regulamentados por leis como a Lei do Audiovisual, permitem que empresas destinem parte do imposto devido para financiar produções audiovisuais, gerando um impacto direto na oferta de empregos, na economia local e no acesso à cultura. “Esse modelo de financiamento não apenas fortalece a indústria, mas também amplia o alcance de produções diversificadas, enriquecendo a experiência do público”, complementa Vanessa. 

Portanto, neste Dia do Cinema, celebramos não só a arte em si, mas também as ferramentas que ajudam a cultivá-la. “A cultura é um investimento a longo prazo, e os incentivos fiscais são fundamentais para sua continuidade. Nosso papel é assegurar que cada vez mais empresas e investidores vejam o valor desse apoio, fortalecendo todo o ecossistema do cinema brasileiro”, conclui a executiva. 

Fonte: Press FC / Flávia Pisani 

sábado, 7 de setembro de 2024

Técnica Feynman: como estudar qualquer assunto em 4 passos

Imagem: reprodução

Método popularizado pelo cientista americano ajuda na compreensão e aprofundamento do aprendizado de qualquer conteúdo, além de aprimorar a comunicação. Veja como fazer

Nascido em 1918, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, e formado pela Universidade de Princeton, Feynman foi um físico teórico que contribuiu para o desenvolvimento da física quântica, eletrodinâmica quântica e teoria quântica de campos. Ele era conhecido por ser um grande comunicador e tinha facilidade de ensinar.

A sua metodologia de estudo, conhecida como Técnica Feynman, contribui para uma melhor compreensão do tópico que está sendo aprofundado, além de aprimorar as habilidades de comunicação. A técnica pode ser feita por meio de 4 tópicos simples, confira:

1. Escolha o tema de aprendizagem

A técnica Feynman pode te ajudar na preparação para vestibulares ou concursos públicos. Independente do motivo da aprendizagem, a primeira etapa consiste em escolher uma temática que você tenha interesse em estudar.

É importante que você tenha muitas informações sobre o assunto, embora não domine o tema completamente. Qualquer escolha temática é válida, até mesmo matérias complexas, como matemática e física.

2. Explique o assunto de forma simples

Após ter informações sobre o que quer aprender, tente explicar para alguém ou para você mesmo o que você sabe sobre o assunto escolhido. É importante que você use palavras simples e faça as explicações do jeito que achar melhor.

Desse modo, o conteúdo será falado da forma que foi organizado na sua cabeça e será mais fácil de compreender. Além disso, quando for ensiná-lo para alguém, tente usar os principais conceitos do tema e faça um passo a passo para relacionar as ideias de maneira gradual.

3. Busque entender suas dúvidas e revise o conteúdo

Caso você trave no conteúdo, não se desespere. Este é um dos pilares da técnica Feynman: identificar as lacunas não compreendidas sobre o tema. É importante revisar o que está sendo aprendido para entender quais são as suas dúvidas e o que ainda não está claro. A partir disso, busque um aprofundamento sobre o tema escolhido, tente sanar todas as questões mal resolvidas.

Caso você esteja ensinando o conteúdo para outra pessoa, peça para que ela te faça perguntas e compartilhe opiniões sobre a forma que você explicou. Assim, você pode identificar quais informações não ficaram claras e o que falhou na comunicação.

4. Faça comparações do que aprendeu com situações familiares

Para consolidar todo o conhecimento, a técnica Feynman recomenda que você faça analogias sobre o tema e o torne mais familiar fazendo comparações com o cotidiano. Tente visualizar o assunto de forma prática, pois isso contribui para a memorização do conteúdo.

Com essa prática, é possível aprender a fixar o conhecimento. Isso porque você se desvincula do aprendizado mecânico. Ao invés disso, ocorre o estímulo do conhecimento ativo, em que o indivíduo está envolvido com o processo de estudo.


Fonte: revistagalileu

sábado, 24 de agosto de 2024

Três mitos sobre a energia solar fotovoltaica

Imagem: reprodução / divulgação

Especialista desvenda equívocos sobre a produção da energia solar fotovoltaica

A energia solar é uma solução valiosa para enfrentar os desafios ambientais e climáticos. Sua capacidade de gerar eletricidade sem emissões poluentes e sem causar desmatamento a torna uma opção atrativa para promover a sustentabilidade, a conservação dos recursos naturais e a luta contra as mudanças climáticas. A crescente adoção da energia solar é uma das chaves para um futuro mais verde e sustentável, mas como a energia solar fotovoltaica é produzida? Rodrigo Bourscheidt, CEO e fundador da Energy+, rede de tecnologia em energias renováveis, destaca três mitos sobre este processo que você talvez já ouviu falar ou tenha dúvida de como ela funciona. Confira:

  • Quanto maior o calor, maior a geração de energia solar fotovoltaica.
    Essa associação de temperatura x geração ocorre porque as pessoas associam a intensidade do calor diretamente à produção de energia. Isso é mito! “O que influencia diretamente a produção de energia é a irradiância, isso quer dizer que, para o seu sistema de energia solar fotovoltaica gerar mais, é necessário um aumento na irradiação solar”, explica Rodrigo.

  • A energia solar fotovoltaica não funciona em dias nublados ou chuvosos.
    Esta é uma associação equivocada. Embora a produção de energia solar seja mais eficiente em dias ensolarados e com irradiância direta, os painéis  solares podem gerar eletricidade em dias nublados ou chuvosos. “Isso ocorre porque, apesar do sol estar escondido, a sua luz permanece sendo propagada, mas de forma difusa, ou seja, ela chega à superfície terrestre após ser dispersa pela atmosfera em várias direções”, explica Bourscheidt.

  • Só consigo ter energia solar se tiver placas fotovoltaicas instaladas em casa.
    Negativo! Por meio de planos de assinatura, os consumidores têm acesso à energia solar sem a necessidade de instalar e manter seus próprios painéis fotovoltaicos. Eles assinam um contrato com uma empresa de energia solar e pagam uma taxa fixa mensal ou anual para receber uma quantidade específica de energia solar. Essa energia é injetada na rede elétrica em um modelo de compensação, assim, os consumidores ligados às usinas recebem em suas residências ou empresas o desconto relacionado a esse tipo de geração.

“A energia solar fotovoltaica tem passado por uma evolução significativa nos últimos anos, tornando-se uma das fontes de energia renovável mais acessíveis e economicamente viáveis. Ela também se destaca como uma solução inteligente e consciente para as necessidades energéticas da sociedade moderna”, finaliza Rodrigo.

Sobre a Energy+

Fundada em 2019, em Toledo no Paraná (PR), a Energy+ é uma rede de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções voltadas para a geração de energia distribuída. Figurando entre as 50 maiores empresas do segmento no Brasil, a Energy+ atua desde o desenvolvimento e a construção, até o financiamento e operações da cadeia de energia solar. A marca entrou para o franchising em 2023, e está atualmente com 7 operações e prevê faturar cerca de R$ 67 milhões este ano.


Fonte: Markable ComunicaçãoDenise Almeida

sábado, 3 de agosto de 2024

Nova série investiga submarinos em busca do tesouro perdido da Segunda Guerra Mundial

ESTREIA: 10/8, sábado, 23h - Imagem: reprodução

Submarinos Perdidos da Segunda Guerra acompanha o caçador de tesouros Darrell Miklos em sua missão para encontrar boa parte da riqueza saqueada pelos nazistas, entre toneladas de ouro, milhares de obras de arte e objetos preciosos.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas saquearam uma quantidade estimada de 600 toneladas de ouro, milhares de obras de arte e objetos preciosos. O caçador de tesouros Darrell Miklos acredita que boa parte dessa riqueza está em submarinos, no fundo do Mar do Caribe. Na série Submarinos Perdidos da Segunda Guerra (The Lost U-Boats of WWII), que o History estreia em 10 de agosto, ele e sua equipe embarcam numa missão para resolver um dos mistérios mais intrigantes da História.

De acordo com pesquisadores, no fim da guerra, os nazistas esconderam o tesouro roubado em submarinos modificados. As embarcações supostamente tiveram seus torpedos removidos para que pudessem armazenar e transportar ouro, diamantes, arte e outros itens preciosos do Atlântico até a América do Sul. Embora alguma riqueza tenha sido recuperada na Europa, uma parte substancial dos bens restantes ainda está desaparecida.


Imagem: reprodução / divulgação

Agora, mais de 80 anos depois, Darrell, filho do lendário caçador de tesouros Roger Miklos, parte em busca dessas riquezas. Para isso, ele tem um mapa de 1948, criado por um ex-piloto da Marinha dos EUA, que mostra a localização do que poderiam ser sete submarinos perto da República Dominicana. Além de utilizar documentos secretos, entrevistas com historiadores e anos de investigação, ele e seu time descobrem muitos artefatos alemães da segunda Guerra e pistas que podem levar, finalmente, aos bens perdidos.

O episódio de estreia é Segredos nazistas submersos. O caçador de tesouros Darrel Miklos e sua equipe embarcam em uma missão extraordinária para conseguir resolver um dos mistérios mais intrigantes da história: o que terá acontecido com o tesouro saqueado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, e avaliado em aproximadamente bilhões de dólares?

Classificação Indicativa: 14 anos

Sobre HISTORY

HISTORY é o líder incontestável em conteúdos históricos e produções originais, oferecendo entretenimento inteligente e relevante. HISTORY apresenta séries como Trato Feito, Caçadores de Relíquias, Loucos Por Carros e Alienígenas do Passado, combinadas com superproduções históricas como Eu Conheci Jesus, Knightfall e produções exclusivas para a América Latina, como Desafio Sob Fogo América Latina, Desastres em Tempo Real e a vencedora do Emmy Internacional, O Jesuíta. HISTORY alcança mais de 76 milhões de lares. HISTORY faz parte do portfólio da A+E Networks 

América Latina.


Fonte: Press ServicesMarco Dabus


terça-feira, 9 de julho de 2024

Em 9 de julho lembramos da Revolução Constitucionalista de 1932: Luta pela Democracia e a Constituição

Imagem: reprodução

Apesar da derrota militar, o movimento pavimentou o caminho para a convocação da Assembleia Nacional Constituinte e a promulgação da Constituição de 1934.

A Revolução Constitucionalista de 1932, um dos episódios mais marcantes da história brasileira, teve início em 9 de julho daquele ano e se estendeu até outubro. O movimento, centrado no estado de São Paulo, tinha como principal objetivo derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e promulgar uma nova Constituição para o país. Este período é lembrado não só pela luta armada, mas também pelo clamor popular por um governo constitucional e democrático.

Após a Revolução de 1930, que levou Vargas ao poder, o Congresso Nacional foi dissolvido e a Constituição de 1891, suspensa. Em resposta, paulistas insatisfeitos com o governo centralizador de Vargas e a falta de uma nova Constituição organizaram um levante armado. O movimento, que uniu civis e militares, reivindicava a reconstitucionalização do país e a restauração da autonomia dos estados, especialmente São Paulo, que se sentia prejudicado pelas mudanças políticas recentes.

A mobilização foi massiva. Milhares de paulistas aderiram à causa, formando um exército de voluntários. No entanto, apesar do grande apoio popular, a Revolução Constitucionalista terminou em derrota militar para os paulistas em outubro de 1932. As forças federais conseguiram sufocar o movimento após intensos combates. “A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um marco na luta pela democracia no Brasil. Apesar da derrota militar, o movimento pavimentou o caminho para a convocação da Assembleia Nacional Constituinte e a promulgação da Constituição de 1934”, afirma Marco Túlio Elias Alves, advogado e autor do livro Primeiros Passos para Entender a História do Direito.

Embora os objetivos iniciais não tenham sido alcançados de imediato, a Revolução de 1932 teve um impacto significativo na política brasileira. A pressão exercida pelo movimento paulista levou Vargas a convocar uma Assembleia Nacional Constituinte em 1934, que resultou na promulgação de uma nova Constituição. Este avanço representou uma importante vitória moral e política para os revolucionários e para aqueles que ansiavam por um governo constitucional.

Anualmente, no dia 9 de julho, o estado de São Paulo comemora o feriado estadual em memória da Revolução Constitucionalista. Este dia permite lembrar o sacrifício daqueles que lutaram por uma ordem constitucional e para celebrar os ideais democráticos que guiaram o movimento. “A Revolução Constitucionalista de 1932 simboliza a resistência e a luta incessante pela justiça e pela democracia. É um capítulo importante da nossa história que deve ser sempre lembrado”, conclui Marco Túlio.

A lembrança deste movimento é fundamental para a construção da identidade democrática brasileira, reforçando a importância da participação popular e do respeito às leis e instituições. A Revolução Constitucionalista de 1932, embora uma revolta armada, foi, acima de tudo, uma reivindicação por um país mais justo e democrático.

Por Por Carol Santos


Fonte: Marco Alves Sociedade de Advocacia / Carol do Jornalismo


sábado, 11 de maio de 2024

Cidades-esponja, resposta chinesa às tormentas

Foto: reprodução


Parque Yanweizhou, situado na confluência dos rios Yiwu e Wuyi, em Jinhua, na província de Zhejiang, na China.

País multiplica investimentos em parques que absorvem a chuva e outras estruturas permeáveis. Aposta é captar a água, distribuí-la em circuitos curtos e reabastecer os aquíferos – para obter resiliência aos eventos climáticos extremos.

Com a gigantesca urbanização na China nos últimos quarenta anos, muitas cidades enfrentam problemas ambientais, em especial inundações, escassez de recursos hídricos, falta de reservas hídricas subterrâneas, poluição da água e alagamento urbano. A água é um dos recursos naturais mais desperdiçados. Trilhões de litros de água precipitam-se sobre as cidades do mundo apenas para serem desviados para sistemas de drenagem que a transportam para lagos, rios e oceanos distantes. Ao mesmo tempo, as cidades bombeiam água de fontes distantes ou de aquíferos que estão se esgotando rapidamente. Estes sistemas de drenagem são muitas vezes inadequados, conduzindo a inundações em massa que só se intensificam à medida que as cidades continuam a se expandir e as mudanças nos padrões climáticos resultam em tempestades mais frequentes e mais intensas.

A principal resposta chinesa para criar uma urbanização que responda a estes desafios são as “cidades-esponja”.

Um dos principais responsáveis pela noção de “cidades-esponja” é o arquiteto paisagista Kongjian Yu. Ele ganhou reconhecimento internacional por projetos e medidas para enfrentar e prevenir inundações urbanas no contexto de mudanças climáticas aceleradas. A sua investigação pioneira sobre os “padrões de segurança ecológica” e as “cidades esponja” foi adotada pelo governo chinês como teoria orientadora para o planejamento nacional do uso do solo, campanha de cidades ecológicas e restauração ecológica urbana. O conceito virou política nacional na China em 2013, dando prioridade a infra-estruturas de grande escala baseadas na natureza, tais como zonas úmidas, vias verdes, parques, copas de árvores, proteção de florestas, jardins de chuva, telhados verdes, pavimentos permeáveis ​​e biovalas. Embora a China tenha experimentado sistemas de reutilização de água urbana em massa durante mais de uma década, foi quando Xi Jinping declarou que as cidades “deveriam ser como esponjas” que nasceu o movimento das cidades-esponja. Até agora, 16 cidades-piloto foram selecionadas para fazer parte de um programa nacional sobre o tema. As cidades chinesas são obrigadas a manter 30% da cidade como espaço verde. Outros 30% são dedicados ao espaço comunitário.


Parque Sanya Dong’an Wetland, Sanya, Província de Hainan, China - Imagem: reprodução

Para Kongjian Yu, isso significa que há mais espaço suficiente para criar mais lagoas e parques de absorção de água que possam captar grandes quantidades de água. Sua abordagem inverte o planejamento do desenvolvimento urbano. O planejamento convencional baseia-se no crescimento populacional e é orientado para o desenvolvimento econômico. O desenvolvimento passa a ser o foco. Atribui-se uma certa quantidade de terreno para desenvolvimento e nova infraestrutura que permite o “progresso”Yu pensa que a paisagem deve liderar o caminho, o que significa planejar e conceber infra-estruturas ecológicas. Esta base para o desenvolvimento urbano deve ocorrer antes de que qualquer outro planejamento seja feito. Este tipo de plano salvaguarda o processo ecológico e o património cultural. Significa integrar sistemas de gestão de águas pluviais, áreas de inundação, conservação da biodiversidade, locais de património cultural, corredores verdes, etc. Todos juntos.  

Para Yu, a identidade de cada cidade é dada pela natureza. Em segundo lugar, pela história. A identidade vem de diversas paisagens e sistemas naturais. A ideia por trás de uma cidade-esponja é reestruturar a paisagem urbana para ser um local onde cada gota de água possa ser coletada e reutilizada localmente. Portanto, em vez do procedimento habitual de desviar a água da chuva das áreas urbanas com esgotos pluviais e sistemas de drenagem, uma cidade-esponja absorverá este recurso vital como uma esponja. Isto é feito com concreto poroso que pemite à água da chuva penetrar no aquífero raso ou nas cisternas submersas abaixo; e com jardins (às vezes nos telhados) que podem reter a água no solo ou desviá-la para tanques de retenção. Essa água capturada pode então ser reaproveitada como potável, de limpeza ou de irrigação. As águas pluviais devem ser captadas utilizando infraestruturas verdes na sua fonte, onde caem. As esponjas devem ser distribuídas uniformemente e permeáveis ​​para que possam absorver água em vez de transferi-la para outro lugar. Yu pensa que o problema na China é que alguns designers e engenheiros construindo parques, mas desenvolvendo a capacidade necessária de gestão de águas pluviais.

Yu produziu um livro didático para milhares de prefeitos da China, que, segundo ele, concordam com a abordagem. Sua empresa, Turenscape, com 400 trabalhadores, conseguiu de forma surpreendente construir centenas de espaços públicos e parques ambientalmente sensíveis que forneceram os serviços ecológicos e de infra-estruturas suaves de zonas úmidas recriadas face à vertiginosa urbanização da China nas últimas três décadas. O seu trabalho já ganha força em todo o país, com políticas nacionais recentemente adotadas para que dezenas de grandes cidades chinesas adotem o conceito. 

Num canto de Harbin, cidade em rápido crescimento no nordeste da China, uma vasta paisagem de azul e verde é visível entre os blocos habitacionais e os arranha-céus de uma metrópole que abriga 10 milhões de pessoas. O local, um parque de 32 hectares, é um pedaço raro da natureza em um ambiente urbano denso que quase sufocou a existência deste bolsão de pântano natural. Mas uma intervenção trouxe o local de volta à beira do abismo. Ao filtrar as águas pluviais da área urbana que o rodeia e usar plantações naturais, habitats e lagoas de retenção de água, o parque tornou-se uma paisagem viva capaz de absorver as chuvas da cidade. Plataformas elevadas e caminhos pedestres oferecem aos visitantes vistas desta zona úmida recriada que, talvez sem eles se aperceberem, ajuda a proteger a cidade de inundações desastrosas.


Kongjian Yu: o pai das cidades-esponja na China e vencedor do Prêmio Internacional de
Arquitetura Paisagística Cornelia Hahn Oberlander 2023 - Imagem: reprodução

O parque Yanweizhou foi concebido como uma zona úmida natural capaz de manter-se ativa mesmo inundada. As águas das cheias ali são recebidas de modo que o fenômento torne-se um evento observável e a paisagem, em vez de ser danificada, seja reabastecida. O parque pode ser apreciado pelo público em todas as épocas do ano, mesmo na estação das monções, já que o projeto inclui uma ponte pedestre sinuosa de 2.300 metros de comprimento que paira sobre a água. A estrutura colorida, com sua grade tubular de fibra de vidro amarela e vermelha que lembra o dragão usado nas danças tradicionais dos festivais, serve de ligação entre o rio e a casa de ópera existente no local. O Parque Yanweizhou requer muito pouca manutenção e também auxilia na recarga dos aquíferos, utilizando recursos como o cascalho permeável, que contribui para a infiltração das águas pluviais no solo. O parque funciona como uma esponja verde, purificando a água ao absorver poluentes.

Os parques fluviais de Kongjian Yu tornaram-se “máquinas paisagísticas resilientes”, operando através de tecnologias naturais para salvaguardar as cidades, protegendo-as de inundações frequentes, pois a água gerada pela enchente é retida, permitindo assim um fluxo controlado dentro dos parques, deixando a cidade intacta. Podem ser um recurso precioso e fundamental para contrariar os efeitos nocivos dos eventos climáticos extremos, que tendem a aser cada vez mais frequentes.

Fernando Marcelino é autor do livro “A Revolução das Cidades Inteligentes na China”.

Por Fernando Marcelino - Analista internacional, doutor em sociologia na UFPR


Fonte: outraspalavras


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quinta-feira, 4 de abril de 2024

Brasileiro que visitou a Finlândia mais de 50 vezes explica porque o país é o mais feliz do mundo

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País foi considerado o mais feliz do mundo, pela sétima vez consecutiva, por ranking da ONU.

Em um anúncio feito no final de março, a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou seu aguardado relatório anual sobre a felicidade em diferentes nações. 

O estudo, realizado desde 2012, oferece uma visão abrangente das tendências globais de bem-estar, além de revelar mudanças significativas no ranking de felicidade ao longo dos anos. A Finlândia, mais uma vez, se destacou como um farol de felicidade no mundo, conquistando o primeiro lugar pelo sétimo ano consecutivo.

Logo após a Finlândia, aparecem Dinamarca, Islândia, Suécia, Israel, Países Baixos e Noruega, nessa ordem. Marco Brotto, brasileiro caçador de auroras boreais que lidera expedições pelos países da Região Ártica, comenta o resultado. 

“Durante boa parte do ano eu viajo por cinco dos sete países mais felizes do mundo: Finlândia, Dinamarca, Islândia, Noruega e Suécia. O que me chama atenção é perceber que nesses lugares a felicidade não significa pessoas sorrindo ou festando. A felicidade é o quanto elas se sentem amparadas, realizadas e seguras com a vida que levam”.

Para ele, entre os principais motivos pelos quais os países do ártico firmaram-se nos primeiros lugares do ranking da ONU está a autossuficiência das pessoas. “Os Nórdicos têm condições de escolher o que querem ou precisam fazer, obviamente dentro da Lei. A autossuficiência é muito grande. Felicidade, para eles, é ter saúde, condições físicas, financeiras e de tempo para tranquilamente desfrutar sua vida, sem depender de outras pessoas e amparadas pelo Estado”.

Ele destaca que os países listados no estudo são reconhecidos por apoiarem os seus cidadãos. “O mais fragilizado é protegido, o coletivo é respeitado e a individualidade de cada morador também. A confiança nas instituições, a transparência governamental e o acesso universal a serviços de saúde e educação, elevam a sensação de segurança e prosperidade e por consequência, a felicidade”, conta Brotto.

Os seis fatores considerados no relatório da ONU incluem o PIB per capita, apoio social, expectativa de vida, liberdade, generosidade e corrupção. A metodologia da pesquisa envolve a coleta de opiniões dos habitantes de cada país, que respondem a perguntas relacionadas a esses indicadores, fornecendo insights valiosos para a classificação.

O caçador de aurora boreal destaca a proximidade com a natureza como outro exemplo de felicidade diariamente experimentada pelos finlandeses. “A felicidade de estar em contato com a natureza - de poder, por exemplo, testemunhar uma aurora boreal a olho nu - é uma experiência de beleza transcendental que enche a alma de encanto e renovação”, descreve. 

Para ele, em meio a esse espetáculo celestial, encontra-se não apenas a magia do universo, mas também uma conexão profunda com a própria essência. “É nesse encontro com a natureza que percebemos a verdadeira medida da qualidade de vida, onde o equilíbrio entre o homem e o meio ambiente se torna a pedra angular da felicidade e do bem-estar”.

Nos últimos 12 anos, Brotto já realizou 145 expedições pelos países do Ártico, em centenas de viagens pela região, levando grupos de brasileiros interessados em ver a aurora boreal. “Enquanto celebramos os feitos da Finlândia e de outros países líderes em felicidade, somos lembrados do valor intrínseco de cuidar não apenas de nós mesmos, mas também uns dos outros e do mundo ao nosso redor”, finaliza.

Fonte: Agência Souk


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Dan Aykroyd apresenta Inacreditável, a nova série do History

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Na nova produção, o ator explora algumas das histórias mais extraordinárias da humanidade, com um toque de fantasia, curiosidade, imaginação e humor.

Em seu lançamento, a série registrou recordes de audiência nos Estados Unidos.

Conhecido por filmes de sucesso, como a Os Irmãos Cara-de-Pau e a franquia Ghostbusters – Os Caça-Fantasmas, Dan Aykroyd abordará os casos mais extraordinários, inusitados, surpreendentes e reais da história da humanidade na série de não ficção Inacreditável com Dan Aykroyd, que o History estreia no sábado, 6 de abril.

Na nova produção original do canal, Aykroyd tenta desvendar, em 10 episódios, a verdade por trás de alguns dos eventos mais estranhos e incomuns do mundo. De maneira divertida, o astro revela eventos, lugares, invenções, criaturas e personagens incríveis da história humana, com um tom de curiosidade, fantasia, imaginação e até humor, acompanhado por recriações dinâmicas, material de arquivo e entrevistas com especialistas em cada um dos temas propostos.

“Ao longo da minha vida descobri que todo mundo adora histórias que desafiam a lógica. E nesta série apresentaremos uma variedade das mais incomuns já conhecidas”, diz Dan Aykroyd. “Como telespectador ávido de longa data do HISTORY, estou entusiasmado com a parceria com sua magnífica equipe de pesquisa e excelentes criadores de programas para apresentar as verdades 100% alucinantes da história humana. ‘Inacreditável…’ promete ser uma série de televisão estimulante e divertida”.

Na primeira temporada de Inacreditável com Dan Aykroyd, o ator explora os lugares mais estranhos do planeta, mergulha na curiosidade das mortes mais bizarras do mundo, corpos incríveis, armas inusitadas, super-humanos, os rituais mais incomuns, experimentos estranhos, histórias abaixo da superfície, de criaturas marinhas ou cidades escondidas; ou os casos mais improváveis e impressionantes, mas reais, de como as pessoas conseguiram sobreviver às condições mais extraordinárias. Desde a Grande Inundação de Melaço de Boston até um homem que sobreviveu a um raio não uma, nem duas, mas sete vezes! Estas histórias aparentemente fantásticas realmente aconteceram e provam o quão estranho o nosso mundo pode realmente ser.

“São histórias que realmente desafiam a crença, como a Ilha das Bonecas Mexicanas, que é tão assombrada que pessoas morreram depois de visitá-la; a enchente de cerveja em Londres em 1814, que matou oito pessoas quando 700 toneladas de líquido jorraram nas ruas de St. Giles. A série está cheia de coisas estranhas, mas também verdadeiras. Foi isso que me atraiu. Não é fantasia, não é ficção, tudo aconteceu. É verdade”, acrescenta Aykroyd. ““Adoro o programa porque também sou um telespectador de poltrona. Isso é para que a audiência possa sentar e dizer: Uau, esse show me leva a lugares que me fascinam, mas que nunca quero visitar”.

* A primeira temporada da série nos Estados Unidos registrou importantes recordes de audiência, sendo a nova série de não-ficção #1 nos principais públicos P2+ M25-54 e M25-64 da temporada televisiva até o momento (29/09/2023 até 11/02/2024). Além disso, teve uma média de 412 mil telespectadores na faixa A25-64 e 882 mil no total na primeira temporada, números que indicam um aumento acima da média nas novas séries originais do HISTORY: de 27% em A25-64 e de 22% em relação ao total de telespectadores. 

Sobre Dan Aykroyd

Imagem: reprodução
Dan Aykroyd é um ator, comediante, produtor, músico e escritor canadense-americano, mais conhecido por seu trabalho no programa de comédia Saturday Night Live (SNL) e por suas atuações em Ghostbusters e Os Irmãos Cara-de-Pau. As contribuições de Dan Aykroyd para a comédia e o entretenimento o tornaram uma figura querida na cultura popular, e seu trabalho continua a ser celebrado pelo público em todo o mundo. Sua versatilidade e talento cômico rapidamente fizeram dele um dos artistas de destaque do “Saturday Night Live”. O sucesso de Aykroyd no show gerou oportunidades no cinema. Em 1980, ele coescreveu e estrelou Os Irmãos Cara-de-Pau ao lado de John Belushi. A comédia musical foi um sucesso comercial e desde então se tornou um clássico cult. Aykroyd estrelou vários filmes de sucesso, incluindo Os Caça-Fantasmas - Ghostbusters (1984), Os Espiões Que Entraram Numa Fria (1985), Dragnet: Desafiando o Perigo (1987), Cônicos e Cômicos (1993), entre outros.

Ele também é um músico talentoso, formou a banda The Blues Brothers com John Belushi, com vários álbuns e turnês de sucesso. Além de atuar, Aykroyd já trabalhou como roteirista, produtor e empresário. Ele coescreveu e estrelou a sequência Ghostbusters II (1989) e apareceu em vários outros filmes e programas de televisão ao longo dos anos. É também conhecido por seu interesse em fenômenos paranormais e óvnis, que explorou em documentários e séries de televisão. Fez parte da sequência de Ghostbusters: Mais Além (2021) e Ghostbusters: Apocalipse do Gelo, filme que estreia em 11/4 no Brasil. 

Episódios de abril de Inacreditável com Dan Aykroyd

6/4 - Lugares estranhos (#3 STRANGE PLACES)

Este episódio explora os mistérios do Triângulo do Lago Michigan e muitos outros lugares estranhos: desde uma ilha cheia de bonecos assustadores com um passado sombrio, até lagos explosivos cheios de gás mortal, cavernas que abrigam vírus mortais e o lugar mais assombrado do mundo nos Estados Unidos.

13/4 – Mortes bizarras (#2 BIZARRE DEATHS)

São exploradas as mortes mais estranhas do mundo, desde uma onda de melaço de sete metros em Boston até uma praga de dança que matou 100 pessoas. Além disso, um caso de combustão espontânea, uma cirurgia com taxa de mortalidade de 300% e a inundação de cerveja em Londres em 1814.

20/4 – Corpos surpreendentes (#1 ASTONISHING BODIES)

São corpos incríveis. De uma galinha que vive sem cabeça, a um “corpo celestial” onde chove vidro derretido. Além disso, um homem que sobreviveu com uma barra de ferro na cabeça, um corpo de água que transforma suas vítimas em pedra e o ser humano mais alto (e mais baixo) da história.

27/4 – Armas chocantes (#5 WEIRD WEAPONS)

Como seria ser atacado por um milhão de morcegos com pequenas bombas amarradas ao peito? Também, a lista das armas mais ultrajantes e estranhas já vistas: desde tanques infláveis e robôs assassinos, até veículos Vespas convertidos em bazucas e polêmicos golfinhos de guerra.

Sobre HISTORY

HISTORY é o líder incontestável em conteúdos históricos e produções originais, oferecendo entretenimento inteligente e relevante. HISTORY apresenta séries como Trato Feito, Caçadores de Relíquias, Loucos Por Carros e Alienígenas do Passado, combinadas com superproduções históricas como Eu Conheci Jesus, Knightfall e produções exclusivas para a América Latina, como Desafio Sob Fogo América Latina, Desastres em Tempo Real e a vencedora do Emmy Internacional, O Jesuíta. HISTORY alcança mais de 76 milhões de lares. HISTORY faz parte do portfólio da A+E Networks América Latina.

Fonte: Press Services Soluções Integradas em Comunicação / Márcia Campos / Marco Dabus


quinta-feira, 21 de março de 2024

Finlândia é o país mais feliz do mundo, pela sétima vez consecutiva

Imagem: reprodução

Brasil saiu do 49º lugar e melhorou seu ranking alcançando a 44ª posição

A Finlândia foi considerada o país mais feliz do mundo, pelo 7º ano seguido,  segundo o Relatório Mundial da Felicidade realizado em parceria com a ONU.  A confiança, segurança, liberdade e transparência, presentes na sociedade finlandesa têm sido essenciais para a satisfação da população. Com oportunidades de negócios e carreira crescentes, o país nórdico tem atraído cada vez mais brasileiros. Atualmente, cerca de 2,4 mil brasileiros vivem no país mais feliz do mundo.

A brasileira Bianca Alves, de 27 anos, se mudou para Finlândia em 2021, depois de conseguir uma vaga como gerente de vendas da América Latina numa empresa de software. No início, ela conta que o clima e as diferenças culturais foram um desafio, mas hoje, já se adaptou e é apaixonada pelo país mais feliz do mundo. “Eu amo morar aqui. Para mim a Finlândia é o país com mais pessoas satisfeitas do mundo, porque os serviços realmente funcionam. O transporte público é excelente,  é um país seguro, muito limpo, não existe burocracia e ninguém interfere no seu espaço pessoal e profissional. Os finlandeses também têm uma questão muito forte ligada à confiança”.

Em dezembro do ano passado, Bianca e mais duas amigas criaram uma Associação de Brasileiros no país, com o objetivo de fortalecer a conexão entre a comunidade brasileira. Hoje, com 70 membros oficiais, os integrantes da associação se auxiliam com dicas de roupas de inverno, como entender as estações do ano, onde encontrar alimentos, sobre a comida local, o mercado de trabalho etc. 

Foto: reprodução
De origem finlandesa, mas vivendo na América Latina há mais de 20 anos, sendo os últimos três anos em São Paulo, Heidi Virta, diretora da Business Finland para América Latina no Brasil e autora do livro "Como ser mais feliz e se preocupar menos? 10 Pistas da Sabedoria Atemporal”, que será lançado em breve, conhece a realidade dos dois países, e acredita que a Finlândia e o Brasil são felizes de maneiras diferentes. “Na Finlândia, a felicidade se baseia em temas ligados à satisfação social tais como igualdade e confiança entre as pessoas e nas instituições, baixa criminalidade e estreita interação com a natureza. Já no Brasil, penso que a felicidade se baseia em aspectos da socialização como festividades, música, bom humor, os fortes vínculos familiares e as relações de amizade. No Brasil, as pessoas ajudam umas às outras e a generosidade que encontrei aqui é impressionante”, afirma ela.

Natureza

De acordo com o estudo do Finnish Happiness Institute (FHI), quando perguntam às pessoas que vivem na Finlândia o que as fazem felizes, os finlandeses mencionam sempre a proximidade com a natureza e as oportunidades que esta oferece para recreação e relaxamento, bem como o incentivo à criatividade.

“Em uma sociedade que funciona bem, é justa e igualitária, as pessoas podem se preocupar menos e se concentrar em viver a vida. Se sentir em segurança é uma das nossas necessidades primárias, e, se não estivermos seguros, não podemos relaxar e chegar a um estado de cocriação e inovação”, explica Elisabet Lahti, PhD, pesquisadora de psicologia aplicada, autora de “Gentle Power” (2023) e fundadora do Sisu Lab. 

O brasileiro Higuel Norões, 32, é engenheiro naval e está vivendo na Finlândia há quase três anos. Ele conta que é apaixonado por corrida e que poder praticar este hobby em meio a natureza e ver a mudança das paisagens em cada estação é encantador. “As estações do ano são bem definidas. A mudança é notável: as árvores trocam de cor, os pássaros são diferentes, e, claro, a temperatura vai de 25 graus a - 20C. Certas comidas, também só aparecem certas épocas do ano. Andando pela floresta, em junho, é possível comer mirtilo à vontade. Já em agosto, é super comum ir para os parques colher cogumelos. Todo mês tem algo diferente para apreciar. Há muitas belezas naturais por aqui e isso faz bem pra mente e pro corpo”, descreve ele. 


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Emma Seppälä, Ph.D., professora de Yale e autora de “The Happiness Track” (2015) e “Sovereign” (2024) é especialista na ciência da felicidade e  conta que se quisermos ser mais criativos, precisamos ter conscientemente momentos de relaxamento no nosso dia. “Para as pessoas que vivem na Finlândia, o contato com a natureza, a sauna e o estilo de vida anti-stress estimulam a inovação".

Colaboração

Como uma das economias mais competitivas e abertas do mundo, a Finlândia oferece uma plataforma de lançamento para as empresas. “O estilo de vida anti-stress também influencia a cultura de trabalho finlandesa. A Finlândia é um país de hierarquias baixas e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é altamente valorizado. Quando as pessoas vêm aqui, elas também têm acesso a um estilo de vida bastante único. Dou as boas-vindas a indivíduos, bem como a empresas, à Finlândia para colaborar com a Finlândia e para explorar a felicidade finlandesa. Gostamos de pensar que a felicidade é boa para os negócios e que funcionários felizes são funcionários produtivos”, revela Johanna Jäkälä, diretora-executiva da Finland Promotion Services da Business Finland.

Para Heidi,  o interesse das empresas finlandesas em construir relações com o Brasil está no auge e atualmente elas empregam cerca de 15 mil brasileiros.

 “Observamos também um aumento na presença de empresas brasileiras na Finlândia, Suzano e Beontag são exemplos de empresas brasileiras instaladas no país nórdico. Além disso, o Brasil passa por um momento muito importante no cenário mundial ao sediar os eventos do G-20 durante o ano de 2024 e a COP-30 em 2025. O Brasil tem todas as condições para se consolidar como um líder na economia verde e estamos muito felizes em trabalhar juntos na transição verde.”, completa. 

Relatório Mundial da Felicidade

The World Happiness Report (Relatório Mundial da Felicidade), foi criado pelo sociólogo Luis Gallardo, em 2012. Presidente da Fundação Mundial da Felicidade (World Happiness Foundation), o espanhol é responsável por definir os critérios levados em consideração na hora de analisar quais os lugares mais felizes do globo. O estudo, que conta com o apoio da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, é realizado anualmente e leva em consideração uma série de fatores de 143 países.

Ranking

  1. Finlândia
  2. Dinamarca
  3. Islândia
  4. Suécia 
  5. Israel 
  6. Países Baixos
  7. Noruega
  8.  Luxemburgo
  9. Suíça
  10. Austrália  
  11. Nova Zelândia 
  12. Costa Rica 
  13. Kuwait 
  14. Áustria 
  15. Canadá 
  16. Bélgica 
  17. Irlanda 
  18. República Checa 
  19. Lituânia 
  20. Reino Unido 

Sobre Business Finland

A Business Finland é uma organização governamental para financiamento de inovação e promoção de comércio, turismo e investimentos. Os mais de 760 especialistas da Business Finland trabalham em mais de 40 escritórios em todo o mundo e em 16 escritórios regionais na Finlândia. A Business Finland faz parte da rede Team Finland. www.businessfinland.com

Sobre Work in Finland 

Work in Finland atrai talentos e fundadores de startups para a Finlândia e ajuda as empresas a recrutar profissionais internacionais.  www.workinfinland.com

FonteSherlock Communications / Flavia Soares

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

IA pode revelar os segredos de milhares de manuscritos medievais; entenda

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Uso da inteligência artificial ajuda na tradução de textos e torna coleções antigas acessíveis ao público.

Você já teve dificuldade para ler o que está escrito entre "cenouras" e "batatas" em sua lista de compras? Em breve, a inteligência artificial (IA) poderá ajudar.

Nos últimos dez anos, pesquisadores têm trabalhado gradualmente para ensinar os computadores a ler documentos escritos à mão. Como na maioria dos casos de aprendizado de máquina, um computador recebe dados de treinamento: neste caso, imagens de caligrafia e detalhes do que está escrito. Em seguida, ele aprende como as marcas em cada página correspondem às letras. Ele aprende que aquele meio círculo é um "c", que aquele traço vertical curto é um "i" e que, portanto, pode ser "arroz" o que você escreveu na sua lista de compras, por exemplo.

Ninguém sabe ao certo como ele faz isso — o aprendizado de máquina geralmente é uma caixa preta. Mas parece provável que ela esteja aprendendo, pelo menos em parte, quais caracteres provavelmente ocorrerão em sequência, determinando, assim, que é improvável que você queira comprar "qvjx", por mais que a palavra se pareça com isso.

Essa tecnologia foi aplicada à caligrafia de muitos países e períodos, desde manuscritos medievais até diários do século XIX (se não ainda listas de compras do século XXI), em idiomas que vão do latim ao francês antigo e ao hebraico.

Como a tecnologia funciona com base na análise de imagens, ela é, em teoria, aplicável a qualquer tipo de escrita, desde hieróglifos egípcios até placas de cobre. Dez anos após seu desenvolvimento inicial, algumas consequências realmente interessantes do desenvolvimento de técnicas de reconhecimento de texto manuscrito (HTR) estão se tornando claras.

Aplicativos de arquivo da IA

Uma delas é que ela democratiza o acesso ao conhecimento. A digitalização de manuscritos tornou as coleções de muitas bibliotecas acessíveis com o clique de um botão (apesar da cibercriminalidade). Mas ainda é necessário um longo treinamento, disponível apenas em universidades selecionadas, para ler o que eles dizem (e alguns roteiros, como o Beneventan, têm o poder de fazer até mesmo pós-graduados rangerem os dentes).

O HTR tem o poder de gerar uma versão toleravelmente precisa e legível por máquina de um manuscrito com mais ou menos o clique de um botão. Se o idioma ainda for uma barreira para o usuário, essa transcrição pode ser submetida à tradução automática e uma versão viável em inglês (ou francês ou chinês) pode ser fornecida, lado a lado com o manuscrito.

A grande quantidade de dados que esses processos disponibilizarão tem ramificações significativas para o estudo. Muitos manuscritos medievais não são lidos desde a Idade Média. No passado, questões importantes (como a data de composição de obras fundamentais como Beowulf) eram frequentemente resolvidas com os menores fragmentos de dados, como uma única ortografia. Agora estamos começando a procurar responder a essas perguntas com conjuntos de dados de dezenas de milhares de grafias: com o HTR, serão centenas de milhares, se não milhões. E as respostas que obtivermos serão diferentes.

Além do qwerty

Os dados que o HTR pode gerar também são mais ricos. No último meio milênio, a representação de textos medievais foi fundamentalmente limitada pela prensa de impressão e pelo teclado do computador.

Alguns escribas medievais usam três formas diferentes de "s", mas todas foram transcritas como o familiar "s" em forma de cobra em um teclado. Os sinais de pontuação, como o pobre punctus elevatus (que se parece com um ponto-e-vírgula invertido), tiveram que ser modernizados para não serem vistos.

Como o HTR se baseia na tecnologia de reconhecimento visual, ele pode reconhecer qualquer número de formas de letras, não apenas as cerca de cem existentes em um teclado qwerty, e reproduzi-las com mais precisão do que um ser humano que se acostumou a copiar todas as quatro formas de "s" como "s".

Realizar essas possíveis aplicações para o inglês escrito mais antigo, do período anterior a 1150, é o objetivo do meu novo projeto piloto, Ansund, no Trinity College Dublin.

O objetivo da Ansund é usar o HTR para criar um corpus digital exaustivo e de acesso aberto de textos em inglês antigo, que transcreva todo o inglês antigo existente pela primeira vez e com um nível de detalhe sem igual. Estamos particularmente empolgados para ver quantas novas formas de letras descobriremos e para reunir os primeiros dados substanciais sobre a divisão de palavras em inglês antigo (os escribas nem sempre colocavam espaços onde poderíamos esperar).

A Ansund é uma das várias iniciativas da Trinity que visa aproveitar as novas tecnologias para aumentar o acesso aos manuscritos, incluindo o Trinity Centre for the Book, que se concentra na história da escrita e no compartilhamento do livro. A Biblioteca Virtual Trinity digitalizou mais de 60 manuscritos e será lançada esta semana com o Simpósio Many Lives of Medieval Manuscripts (Muitas vidas de manuscritos medievais, em tradução livre).

A ética e os perigos da IA receberam atenção importante no ano passado, mas seu poder de tornar legível e navegável nosso patrimônio cultural também merece atenção. Um dia, em breve, ela poderá até mesmo garantir que você consiga decodificar suas listas de compras confusas.

Por Mark Faulkner - professor assistente de literatura medieval e diretor do Trinity Centre for the Book.  - The conversation


Fonte: revistagalileu


sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Como mulheres imaginam seus parceiros ou parceiras ideais? Estudo analisa

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Pesquisa com 20 mil solteiras que são heterossexuais, lésbicas ou bissexuais sugere que as mulheres mais velhas tendem a aceitar indivíduos de faixa etária mais ampla; saiba mais.

Como será que as mulheres – sejam heterossexuais, bissexuais ou lésbicas – imaginam seus parceiros ou parceiras dos sonhos? Um novo estudo avaliou isso em mais de 20 mil solteiras de 18 a 67 anos vindas de quase 150 países.

A pesquisa liderada pela Universidade de Göttingen, na Alemanha, foi conduzida por meio de um questionário online para averiguar se o cônjuge ideal das mulheres mudava conforme a faixa etária delas. Os resultados foram publicados em 26 de setembro na revista Human Nature.

Os pesquisadores da Universidade de Göttingen colaboraram com especialistas da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e da Queen’s University Belfast, na Irlanda do Norte, para analisar o questionário respondido pelas participantes, que utilizam o aplicativo de saúde feminina CLUE.

As entrevistadas (entre elas, héteros, bissexuais e lésbicas) avaliaram a importância de atributos como atratividade, bondade e apoio, segurança financeira e sucesso, bem como educação e inteligência, em seus parceiros ou parceiras. Também foram questionadas sobre a faixa etária ideal para seus pretendentes.

O papel da idade nas preferências foi minuciosamente investigado. A maioria dos gostos, incluindo a preferência por um parceiro gentil e solidário, foi consistentemente importante, independentemente da idade das mulheres.

No entanto, o estudo revelou ligações entre a idade delas e algumas preferências específicas. "O que foi especialmente interessante para nós é que, para mulheres heterossexuais até os 28 anos, a importância do parceiro ideal querer ser ou se tornar pai permaneceu igualmente alta, mas diminuiu a partir desse ponto", destaca Laura Botzet, do Departamento de Psicologia da Personalidade Biológica da Universidade de Göttingen, em comunicado.

Conforme observa Botzet, teorias evolutivas e pesquisas psicológicas sobre o "relógio biológico" teriam sugerido uma diminuição posterior na importância dada pelas mulheres a esse requisito de paternidade. Ou seja, entre os 40 e 50 anos, quando as mulheres se aproximam do fim de sua fase reprodutiva.


"Essa diminuição inesperada mais cedo pode estar relacionada a mudanças nos planos de vida, com mulheres mais jovens reavaliando metas familiares, enquanto mulheres mais velhas, que já têm filhos, priorizam diferentes aspectos de seu relacionamento", explica a pesquisadora. "O padrão variou de acordo com a orientação sexual, indicando potencialmente diferentes atitudes em relação aos próprios filhos entre os grupos."

 

Além de se importarem menos se seu parceiro ou parceria gostaria de ter filhos, as mulheres de idade mais avançada entrevistadas tendiam a preferir pessoas mais confiantes e assertivas e tendiam a aceitar companheiros ou companheiras de uma faixa etária mais velha do que a delas — porém, mostraram aceitar especialmente aqueles mais jovens que elas.


"O amor, ao que parece, não é completamente atemporal; é matizado", observa Botzet. "A idade de uma mulher está relacionada a certos aspectos do parceiro desejado, como a preferência por parceiros com intenções parentais mais fortes ou a idade ideal de um parceiro. Esses deslumbres são empolgantes porque desafiam noções convencionais de como a idade está ligada à forma como as mulheres imaginam o parceiro ou parceira dos seus sonhos".

 

Fonte: revistagalileu


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quarta-feira, 8 de novembro de 2023

As promessas do maior observatório submarino do mundo, anunciado pela China

Imagem: reprodução
Telescópio irá detectar partículas "fantasmas" para tentar resolver mistério científico a partir de flashes de luz abaixo da superfície no Mar da China Meridional.

Cientistas da China anunciaram que irão construir o primeiro telescópio de neutrinos em mar profundo do oeste do Oceano Pacífico. O maior observatório submarino do mundo ficará no Mar da China Meridional e poderá resolver um enigma centenário: a origem dos raios cósmicos.

O Trident (Telescópio de Neutrinos em Águas Profundas Tropicais) faz parte de uma iniciativa liderada pela Universidade Jiao Tong de Xangai. O Instituto Tsung-Dao Lee, vinculado à universidade, publicou os planos de construção na revista Nature Astronomy no dia 9 de outubro.

O observatório, que será o maior detector de neutrinos do mundo, ficará ancorado no leito do mar, a 3,5 km de profundidade no Oceano Pacífico Ocidental, onde escaneará a água circundante em busca dos flashes de luz gerados quando neutrinos cósmicos colidem com moléculas de água.

Segundo comunicado do Governo Popular Municipal de Xangai, os neutrinos estão entre as partículas subatômicas mais abundantes no universo, com centenas de trilhões deles emanando do Sol e passando por nossos corpos a cada segundo. Esses "viajantes fantasmas" vagam eletricamente neutros pelo cosmos.


Observatório subaquático detectará pequenos neutrinos à medida que chegam do espaço
e colidem com átomos de água — Foto: TRIDENT - reprodução

"Os neutrinos, conhecidos por sua capacidade fantasma de penetrar a matéria, podem escapar de eventos cósmicos intensos, como explosões de supernovas e erupções de buracos negros", conta Jing Yipeng, líder do projeto, no comunicado. Segundo o cientista, isso torna essas partículas ideais para estudar os fenômenos mais poderosos do universo e ainda obter deslumbres sobre a física fundamental.

Previstos em 1930 e detectados só em 1956, os neutrinos renderam estudos que já ganharam quatro prêmios Nobel — como o de 2015, conquistado pelos cientistas Takaaki Kajita e Arthur McDonald, que descobriram que essas partículas possuem massa.

Segundo o site South China Morning Post, os neutrinos também estão presentes nos raios cósmicos do espaço profundo, que bombardeiam constantemente a atmosfera da Terra. Porém, mais de um século após sua descoberta pelo físico austríaco Victor Hess, os cientistas ainda não têm certeza de onde exatamente esses raios vêm.

Como funcionará o telescópio submarino

O conjunto TRIDENT deverá descobrir neutrinos da galáxia ativa NGC 1068 no primeiro ano de sua operação, de acordo com Xu Donglian, porta-voz do projeto. O telescópio de neutrinos utilizará a Terra como escudo, capturando as partículas que penetram do lado oposto do planeta.


Trabalho na fase piloto do projeto Trident começou no Mar da China Meridional, com
planos para uma matriz inicial em pequena escala prevista para ser concluída até 2026
— Foto: Shanghai Jiao Tong University - reprodução

Localizado perto da Linha do Equador, TRIDENT poderá detectar neutrinos nos 360 graus de todo o céu devido à rotação da Terra, complementando o IceCube na Antártida e outros telescópios de neutrinos do Hemisfério Norte, segundo Donglian.

"Como o TRIDENT está perto do equador, ele pode receber neutrinos que vêm de todas as direções com a rotação da Terra, possibilitando observações abrangentes do céu sem pontos cegos", afirmou o cientista em uma coletiva de imprensa, segundo o South China Morning Post..


Local escolhido para o observatório fica a 540 km ao sul de Hong Kong, em uma
área do Mar da China Meridional — Foto: Universidade Jiao Tong de Xangai - reprodução


Como se fossem algas no leito do mar, os cientistas vão ancorar 1,2 mil cordas verticais, cada uma com 700 metros de comprimento e espaçadas de 70 a 100 metros. Cada corda irá carregar 20 módulos ópticos digitais de alta resolução.

O conjunto terá 4 km de diâmetro e irá cobrir 12 km² de área, monitorando cerca de 8 km³ de volume de água marinha para interações de neutrinos de alta energia. O projeto finalizado deve durar até 20 anos, mas a ideia é começar as poucos: até 2026, a equipe construirá um telescópio em pequena escala com 10 cordas, para testar tecnologias relacionadas.


Grupo de cientistas e engenheiros responsável pelo telescópio TRIDENT
— Foto: Shanghai Municipal People's Government - reprodução

O telescópio submarino está previsto para ficar pronto em sua integridade em 2030. O aparelho promete avançar na pesquisa interdisciplinar de ponta em física de partículas, astrofísica, geofísica e também em ciências marinhas.

Fonte: revistagalileu