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sábado, 26 de abril de 2025

Elon Musk e a venda do X para a xAI

Imagem: reprodução

A recente decisão de Elon Musk de vender (transferir) o controle do X (antigo Twitter) para a xAI, sua empresa de inteligência artificial, não é apenas mais um capítulo na saga de reestruturações corporativas do bilionário. Trata-se de um movimento calculado, com implicações financeiras, tecnológicas e éticas que podem redefinir o futuro da IA e do próprio ecossistema digital.  A operação, e a proposta de Musk, pode ser entendida a partir de três pilares centrais: a estratégia financeira de under holding, os desafios de gestão do X sob o comando de Musk, e o papel crucial dos dados da rede social no desenvolvimento da IA da xAI.

A estratégia financeira: valuation questionável e a lógica do under holding

A estratégia financeira adotada por Musk se baseia no conceito de under holding, que consiste em consolidar empresas sob uma holding controladora, possibilitando sinergias internas e valorações estratégicas. Ao transferir o X para a xAI, Musk estabelece valores referenciais para suas empresas: a xAI é avaliada em US$ 80 bilhões, enquanto o X, considerando uma dívida de US$ 12 bilhões, chega a US$ 45 bilhões. Esses números, porém, são alvo de ceticismo no mercado.

A valoração da xAI em quase o dobro do X reflete não apenas o potencial da inteligência artificial, mas também a prioridade de Musk em posicionar a empresa como líder tecnológica. Já a avaliação reduzida do X — inferior aos US$ 44 bilhões pagos em outubro de 2022 — sinaliza a admissão tácita da desvalorização acelerada sob sua gestão.

Analistas questionam se os critérios usados por Musk são compatíveis com os padrões de mercado. A transação interna, embora legal, pode enfrentar escrutínio regulatório, especialmente se for interpretada como manobra para inflacionar artificialmente o valor da xAI (improvável no momento, dada sua influência política durante o segundo mandato de Donald Trump).

2. Os desafios de gestão: a queda do X e a gestão errática de Musk

Desde que Musk adquiriu o Twitter, a gestão da plataforma tem sido marcada por decisões polêmicas: demissões em massa, relaxamento na moderação de conteúdo e a introdução de assinaturas pagas.

O resultado foi a fuga de anunciantes — que representam cerca de 90% da receita — e a queda de no valor da empresa, que chegou perto dos 80% antes do novo valuation e incorporação pela xAI. A monetização, antes sustentada por publicidade, entrou em colapso após medidas como a reinserção de contas banidas por desinformação e um universo de polêmicas das mais distintas naturezas, o que afastou marcas preocupadas com reputação.

A tentativa de diversificar receitas por meio do X Premium (assinaturas para verificação) mostrou-se insuficiente. Além disso, Musk divide seu tempo com Tesla, SpaceX e outros projetos, e ainda se envolve na controversa gestão do DOGE, Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, para o qual foi nomeado pelo presidente Donald Trump, defendendo visões alinhadas a setores ultraconservadores. Sua recente ação política sugere uma estratégia de influência, mas também levanta dúvidas sobre sua capacidade de administrar múltiplas frentes de forma eficaz.

Além disso, sua gestão no DOGE vem gerando críticas até entre os partidários de Trump e uma onda de repúdio a Musk nos EUA e em todo o planeta, que vem se materializando em protestos da população nas ruas e boicote a produtos ligados a Musk, como os veículos da Tesla.

3. A integração de dados e o futuro da xAI

O aspecto mais revolucionário da transação reside na integração dos dados do X com a xAI. Com acesso a bilhões de interações diárias — incluindo localização, preferências e comportamentos de usuários por meio do aplicativo instalado em celulares — a xAI pode alimentar seu chatbot Grok com informações absolutamente minuciosas em tempo real e volumes quase infinitos de dados.

Isso representa um diferencial inédito entre os modelos atuais de IA que estão na vanguarda dos usuários. Enquanto rivais como o ChatGPT dependem de dados estáticos ou menos dinâmicos, o Grok poderá analisar tendências sociais, humor coletivo e eventos globais à medida que ocorrerem, hipoteticamente em tempo real no futuro próximo. Isso não apenas melhora a precisão do modelo, mas também o torna valioso para aplicações em finanças, política, saúde e segurança, por exemplo. No entanto, a coleta massiva de dados levanta sérias preocupações éticas e regulatórias. Amparados pelo GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados), reguladores europeus já sinalizaram possíveis investigações, e usuários criticam a falta de transparência na utilização dessas informações.

O futuro do conglomerado Musk

A fusão entre X e xAI não ocorre em um vácuo regulatório. Autoridades antitruste dos EUA e da União Europeia podem questionar se a concentração de dados sob uma única empresa representa risco de monopólio digital. Além disso, a dívida de US$ 12 bilhões do X pressiona a xAI a gerar lucros rapidamente, o que pode acelerar a comercialização do Grok antes da realização de testes robustos.

Portanto, a venda do X para a xAI encapsula a ambição de Musk de liderar a revolução da inteligência artificial e demonstra parte de seu entendimento sobre esse business. Se, por um lado, a gestão conturbada do X revela suas fragilidades como administrador de redes sociais, por outro, sua visão de integrar dados sociais à IA é pioneira. O sucesso dependerá de sua capacidade de navegar pelos desafios regulatórios, recuperar a confiança de anunciantes e transformar o Grok em uma ferramenta não apenas inovadora, mas ética.

Enquanto o mercado especula sobre os valuations, uma coisa está clara: Musk está disposto a sacrificar o presente para moldar o futuro. Se a aposta der certo, a xAI poderá se tornar a espinha dorsal de uma nova internet, onde redes sociais e IA coexistem em simbiose. Extrapolando ainda mais, talvez de uma concentração sem precedentes de poder nas mãos de uma única pessoa, que controlará satélites, meios de transporte, comunicação entre as pessoas e muito mais. Se falhar, servirá como alerta sobre os limites da concentração de poder tecnológico. Se der certo... deixo com cada um de vocês a imaginação sobre que espécie de futuro poderá estar sendo agora construído.

Vejamos o que virá.

Por Fernando Moulin - Partner da Sponsorb, empresa boutique de business performance, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente e coautor dos best-sellers "Inquietos por natureza", "Você brilha quando vive sua verdade" e “Foras da curva” (todos da Editora Gente, 2024). - E-mail: fernandomoulin@nbpress.com.br.

Fonte: Nbpress / Deborah Fecini


quinta-feira, 20 de março de 2025

Livro mostra como quatro crianças sobreviveram 40 dias perdidas na selva amazônica

Imagem: reprodução

Livro do jornalista investigativo Mat Youkee, que narra drama real de sobrevivência na selva colombiana, será adaptado para o cinema pelo estúdio do diretor Ridley Scott

O caso das crianças que sobreviveram sozinhas por 40 dias na Amazônia colombiana após a queda de um avião em junho de 2023 ganhou repercussão internacional e suscitou questionamentos ao jornalista investigativo Mat Youkee, que reside na Colômbia há 15 anos. Agora, ele responde dúvidas como “Quem eram essas pessoas?”, “Por que estavam a bordo do avião?” e “Como conseguiram sobreviver?” no livro 40 dias na floresta, que chega ao Brasil pela Matrix Editora.

Ao detalhar os pontos centrais desse drama real, o autor possibilita a compreensão sobre como os quatro irmãos - Lesly, Soleiny, Tien, com 13, 9 e 4 anos respectivamente, e Cristin, de apenas 11 meses – resistiram aos desafios da selva empregando conhecimentos indígenas ancestrais. A obra já teve os direitos autorais assegurados para o cinema e será adaptada pelo estúdio do diretor Ridley Scott, conhecido por produções como Alien, Gladiador, Blade Runner e Napoleão.

Youkee explica que, na tentativa de salvar a família, reencontrar o companheiro e impedir que a filha mais velha fosse levada a força pela guerrilha armada, a mãe dos pequenos, Magdalena Mucutuy, tomou a difícil decisão de deixar a floresta, seu lar desde que nascera. No entanto, os planos não se concretizaram. O acidente com a aeronave que sobrevoava uma das florestas mais densas e inexploradas do mundo causou a morte da mulher da etnia Uitoto, do piloto e de outro passageiro, defensor dos direitos dos povos indígenas. As crianças foram as únicas sobreviventes do desastre.

"De joelhos, Lesly estendeu uma das mãos e puxou o tornozelo de Cristin. Sua irmã caçula, de 11 meses, soltou-se do corpo da mãe, arfando e chorando. Lesly a abraçou com força. E então olhou para cima. Dos assentos traseiros do avião, dois rostinhos a encararam de volta, sem dizer nada." (40 dias na floresta, p. 90)

Com apenas 13 anos, Lesly tomou para si a responsabilidade de manter os irmãos mais novos vivos. Durante dois dias, eles permaneceram em um abrigo improvisado, próximo aos destroços da aeronave, na expectativa de serem resgatados, mas ao despertar no terceiro dia, a menina entendeu que animais perigosos logo encontrariam os corpos sem vida. Ao recordar os ensinamentos da família sobre a mata, rumou com os outros três em busca do rio, onde além de água poderiam encontrar alguma comunidade.

Após essa mudança de cenário, a pesca se tornou uma possibilidade de conseguir alimento. Porém, sem varas ou barbasco – planta que paralisa os peixes – a irmã mais velha teve de improvisar um arpão. Mesmo com essa ferramenta, a família percebeu que não conseguiria encontrar ajuda ali e que não poderia mais ficar esperando no mesmo lugar. Eles decidem então voltar para a mata à procura de uma trilha e abrigo, além de frutas e sementes não-venenosas que serviram de sustento até serem encontrados.

No livro, Mat Youkee se aprofunda não apenas nos registros que envolvem a busca e resgate dos pequenos indígenas desaparecidos. Traz à tona também o que aconteceu após o salvamento, especialmente o dilema da perda do vínculo familiar com os parentes ainda vivos. Isso porque os irmãos foram encaminhados para um abrigo infantil administrado pelo governo colombiano, já que o companheiro de Magdalena e pai de Tien e Cristin foi acusado de abusar da enteada, Lesly.



Ao estilo jornalismo literário de Truman Capote, Gay Talese e Hunter S. Thompson, o autor constrói uma narrativa detalhada e instigante em 40 dias na floresta. Além de evidenciar o poder da sabedoria ancestral e a conexão dos povos originários com a natureza, retrata o contexto histórico e político da Colômbia e mergulha nas raízes de um dos episódios recentes mais emblemáticos do país.

FICHA TÉCNICA
Título: 40 dias na floresta
Autor: Mat Youkee
Editora: Matrix Editora
ISBN: 978-65-5616-538-7
Número de páginas: 248
Preço: R$ 69,00
Onde encontrarAmazon e livrarias físicas

Sobre o autor

Mat Youkee vive na Colômbia desde 2010, trabalhando como jornalista independente e investigador profissional. Realiza cobertura de questões ligadas aos direitos das populações originárias em países como Colômbia, Panamá, Chile e Argentina para o jornal The Guardian. Reportagens assinadas por Youkee também foram publicadas em veículos como The Economist, The Telegraph, The Financial Times, Americas Quarterly, Foreign Policy e outras publicações locais e internacionais.

Redes sociais do autor


Fonte:  LC - Agência de ComunicaçãoDielin da Silva



terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Como os militares assassinaram Rubens Paiva e atuaram para ficar impunes

 

Imagem: reprodução / divulgação

Livro "Crime sem Castigo" esmiúça como foram descobertos os assassinos do ex-deputado federal após mais de 40 anos do desaparecimento

O livro Crime sem Castigo, escrito pela jornalista investigativa Juliana Dal Piva e publicado pela Matrix Editora, apresenta mais de quatro décadas de investigações sobre a prisão e o desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva. A obra reúne documentos inéditos sobre o caso desde os anos 1970.

Após anos apurando o desaparecimento, a autora decidiu estudar o caso em seu mestrado. Em 2014, foi aberto na Justiça Federal do Rio de Janeiro, um processo criminal contra cinco militares acusados pela morte e ocultação do cadáver de Rubens Paiva. Foi a primeira vez, em quase 30 anos, que um juiz federal aceitou denúncia criminal do Ministério Público Federal (MPF) por um homicídio cometido durante a ditadura. O fato se tornou, para os familiares das vítimas da ditadura militar, uma das maiores vitórias no Judiciário desde a redemocratização.

As páginas, porém, voltam a 16 de fevereiro de 1971, quando alguns dias após deixar a prisão, Eunice Paiva escreveu uma dolorosa e dura carta ao então ministro da Justiça e presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), Alfredo Buzaid. Esses foram os primeiros escritos em que a esposa de Rubens relatou o drama vivido pela família e onde registra o início de sua busca pelo paradeiro do marido.

À época, ela contou aos conselheiros detalhes sobre a sua injustificada prisão, em 21 de janeiro daquele ano, junto com a filha adolescente. As principais reivindicações, entretanto, era a falta de informações dos órgãos responsáveis sobre a situação e a localização de Rubens. Por quase uma década, Eunice lutou, sem sucesso, pela abertura de uma investigação. O livro também retrata como ela atuou para que, já no governo Sarney, em 1986, a PF finalmente instaurasse um inquérito do caso, quase 15 anos depois do desaparecimento de Rubens.

Crime sem Castigo expõe que a busca pela identificação dos responsáveis pela prisão do ex-deputado federal ganhou decisivos contornos a partir de 2011, com a instalação da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e o trabalho de investigação do Grupo de Justiça de Transição do MPF, no Rio de Janeiro.


Imagem: reprodução / divulgação

Dois depoimentos inéditos de militares envolvidos na sindicância de 1971 e no Inquérito Policial-Militar (IPM) de 1986 e 1987, com novas informações sobre as circunstâncias da prisão e da morte de Rubens permitiram que o MPF finalmente pudesse oferecer uma denúncia apontando os responsáveis pelo crime. Ao longo do livro, a jornalista também expõe como o trabalho investigativo de alguns jornalistas foi fundamental para o avanço do caso.

Estão anexados à obra documentos inéditos sobre como o Serviço Nacional de Informações (SNI) monitorou Eunice e também as iniciativas de investigação do desaparecimento de Rubens Paiva. Além disso, a autora encontrou, no acervo do SNI, o primeiro documento produzido pela ditadura que identifica o ex-deputado como “falecido” em 1977. Até o fim do governo de João Figueiredo, o Exército sustentava que Paiva tinha “fugido”, em uma mentira escandalosa.

A autora também faz a trajetória do caso de 1971 até 2014. Juliana acompanhou e, descreve na obra, a única audiência no Judiciário em que os cinco militares apontados como assassinos de Paiva estiveram presentes. O lançamento é fundamental para quem deseja se aprofundar neste que é um dos casos mais emblemáticos do país, agora reavivado também no cinema brasileiro com o lançamento do filme “Ainda estou aqui”.

Ficha técnica 

  • Título: Crime sem Castigo: como os militares mataram Rubens Paiva 
  • Autora: Juliana Dal Piva 
  • Editora: Matrix Editora 
  • ISBN: 978-65-5616-537-0 
  • Número de páginas: 208 
  • Preço: R$ 58 
  • Onde encontrarAmazon 

Sobre a autora 

Juliana Dal Piva é jornalista formada pela UFSC com mestrado no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da FGV-Rio. Atualmente, é repórter do Centro Latino-americano de Investigação Jornalística (CLIP) e colunista do ICL Notícias. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. Venceu diversos prêmios de jornalismo. Entre eles, o prêmio Relatoría para la Libertad de Expresión (RELE), da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, em 2019. Apresentadora do podcast A vida secreta do Jair e autora do livroO negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro, best-seller em 2022 e finalista do prêmio Jabuti de 2023.  

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Sobre a Matrix Editora 

Apostar em novos talentos, formatos e leitores. Essa é a marca da Matrix Editora, desde a sua fundação em 1999. A Matrix é hoje uma das mais respeitadas editoras do país, com mais de 1.000 títulos publicados e oito novos lançamentos todos os meses. A editora se especializou em livros de não-ficção, como biografias e livros-reportagem, além de obras de negócios, motivacionais e livros infantis. Os títulos editados pela Matrix são distribuídos para livrarias de todo o Brasil e também são comercializados no site www.matrixeditora.com.br. 

Fonte: LC - Agência de Comunicação Lucas Fernandes Koehler

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Prefeito Eduardo Braide abriu oficialmente 17ª edição da Feira do Livro de São Luís

Imagem: reprodução

O prefeito Eduardo Braide abriu, na noite de sexta-feira (1°), a 17ª edição da Feira do Livro de São Luís (FeliS), na Praça Maria Aragão. A FeliS, que foi transformada na Cidade do Livro, é uma realização da Prefeitura de São Luís, por meio das secretarias municipais de Cultura (Secult) e de Educação (Semed).

Considerado o maior evento literário do Maranhão, a FeliS traz como tema este ano “Uma viagem pelo mundo das palavras” e visa reforçar a leitura como ferramenta essencial para a transformação social e a formação cidadã. A programação, iniciada na sexta-feira (1°), se estenderá até o dia 10 de novembro.

“Neste ano, a Feira do Livro de São Luís chega a sua 17ª edição com números que nos deixam muito felizes. Teremos o lançamento de mais de 100 livros. A Feira do Livro nos traz esse sentimento da importância da leitura em nossa vida. São Luís recebeu a maior nota da história do IDEB. Em todas as capitais, saímos da 23° posição para 11°. Fomos os segundo maior crescimento do Brasil e isso se deve à dedicação dos nossos professores, especialmente no momento da alfabetização. Então, o livro contribui para isso. Por isso, mais uma vez trazemos o vale-livro para nossos estudantes e professores da rede municipal de ensino”, destacou o prefeito Eduardo Braide.

Como todos os anos, a FeliS proporcionará uma programação diversificada, reunindo autores nacionais e locais, educadores, leitores e apaixonados por literatura em um espaço de aprendizado, troca de experiências e entretenimento para todas as idades, com entrada gratuita.

Serão 40 livreiros e 10 sebos comercializando livros no local, com 100 lançamentos de obras programadas. Além disso, estão sendo investidos, pela Secretaria Municipal de Educação, R$ 500 mil em vales-livro que serão distribuídos para estudantes e professores da rede municipal de ensino.

“É importante, primeiramente agradecer a todos os nossos colaboradores e parceiros que nos ajudaram muito no desenvolvimento deste grande evento. Aproveito também para lembrar uma frase do Rubem Alves que dizia que um livro é um brinquedo feito com papéis e ler é brincar. Então, ao longo desses 10 dias eu desejo que todos nós possamos brincar muito aqui na Cidade do Livro, nessa magia que é a leitura”, disse o Secretário Municipal de Cultura, Maurício Itapary.

A Feira do Livro de São Luís atrai de estudantes de São Luís e do interior do estado, demonstrando seu impacto educacional e cultural em toda a região. Em média, a FeliS recebe por edição cerca de 150 mil visitantes e tem como público-alvo estudantes de escolas da rede pública e privada, assim como universitários, educadores, artistas, escritores e sociedade em geral.

“Espero que nesses dias a nossa cidade possa viver toda a programação que foi planejada e pensada com muito carinho. Quero destacar que, a cada edição, a presença das nossas escolas, dos nossos estudantes e educadores se fortalece e, em mais um ano teremos a distribuição do vale-livro para os estudantes e educadores da rede municipal de Educação que visitarem aqui, com um investimento para fortalecer e garantir o acesso ao livro. Temos feito esse movimento na cidade, para garantir cada vez mais melhores indicadores educacionais e claro que isso passa pelo fortalecimento da leitura, pelo acesso à cultura”, frisou a secretária Municipal de Educação, Caroline Marques Salgado.


Imagens: reprodução / divulgação

Abertura

A cerimônia de abertura da 17ª FeliS contou com a apresentação teatral do ator mirim Tom Cassas e ator Conrado Arrivabene, além da presença de autoridades de instituições importantes de São Luís e do Maranhão, que destacaram a importância do evento.

“Este é um evento magno que, depois do nosso folclore, é o mais importante que pode acontecer em São Luís porque ele tem um princípio fundamental de levar às mãos, desde as crianças até os mais idosos, aquilo que de melhor se pode ler”, afirmou o presidente da Academia Ludovicense de Letras, Sanatiel Pereira.

“A Academia Maranhense de Letras, cujo compromisso é com a cultura, com a literatura, com os livros, com a educação, se sente muito bem representada nesse momento. Só temos a agradecer por ele”, disse o representante da Academia Maranhense de Letras, Alexandre Lago.

No seu primeiro dia de realização, a 17ª FeliS recebeu um grande número de visitantes e apreciadores da arte e da cultura. Quilana Viegas, bióloga, levou as duas filhas, de 4 e 10 anos, além da mãe de 75 anos, para visitar a feira.

“Nem todos os anos eu consigo vir, mas sempre que podemos, a gente vem, trazendo as crianças, porque é o momento de interagir com o livro. Aqui temos várias editoras, que nem sempre encontramos nas livrarias, editoras locais, livros locais e de livros que são encontradas só na internet. Essa é uma forma de incentivar mais e mais leituras”, disse Quilana.

Além de seu papel fundamental na promoção da literatura, a FeliS também impulsiona uma economia diversificada, beneficiando várias cadeias produtivas e criativas. Isso inclui setores como a indústria hoteleira, turismo, gastronomia, entretenimento, cultura, transporte, serviços de locação, comércio informal e a venda de livros.

“Gosto de vir à Feira do Livro porque é um momento para espairecer, procurar aquele livro que a gente não encontra por conta da deficiência neste setor aqui na nossa cidade. Também é um momento de encontrar muita gente e tem as palestras, que são maravilhosas”, contou Amparo Viegas, de 75 anos.

Também estiveram presentes na abertura da 17ª FeliS, a vice-prefeita Esmênia Miranda; os secretários de Trânsito e Transportes, Diego Rodrigues; Turismo, Saulo Santos; Urbanismo e Habitação, Érica Garreto; Desporto e Lazer, Romário Barros; subprefeito da Zona Rural de São Luís, João Francisco Leitão; presidente da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico, Kátia Bogéa; coordenadora da Feira do Livro de São Luís, Rita Oliveira; secretário adjunto de Cultura, Henrique Almeida; secretária adjunta de Educação, Gusmaia Mousinho; presidente da Agência Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, Felipe Mussalém; presidente da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez; presidente da Fecomércio no Maranhão, Maurício Feijó; presidente da Fapema, Nordman Wall; presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Dilercy Adler; diretora da Escola Municipal de Música, Maria Alice Prazeres; vereador Dr. Gutemberg (Republicanos) e o vereador eleito Douglas Pinto (PSD).

Homenageado

Nesta edição, o patrono da FeliS é o escritor maranhense Viriato Corrêa, conhecido por obras como “Cazuza” e por seu compromisso com a literatura infantojuvenil e a história do Brasil. A FeliS também celebra os 160 anos de nascimento de Coelho Neto e Justo Jansen, além de prestar uma homenagem especial à educadora e escritora Laura Rosa, a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Maranhense de Letras.

A programação contará com a presença de renomados escritores locais, nacionais e internacional. Entre os destaques, Raphael Montes, autor de “Bom Dia, Verônica”, que participará de um bate-papo literário neste sábado (2); e o escritor português Afonso Cruz que estará presente no dia 8.

Outros nomes confirmados são Tino Freitas, autor do “Boi Bombom” do programa Patrimônio nas escolas, Renata Junqueira, Aline Bei, Socorro Acioli, Carla Akotirene e Auritha Tabajara, primeira cordelista indígena do Brasil.

Escritores visitarão escolas municipais para compartilhar suas experiências literárias com os estudantes. Professores da rede municipal também lançarão seus livros, reforçando o compromisso da Semed com a valorização da produção literária local.

Novidades

Entre os diferenciais do evento deste ano está a ampliação da participação dos sebos. Cada sebo que manifestou interesse em praticar do evento terá o seu stand próprio. Ao todo serão 10 stands destinados a eles. A iniciativa permite aquisição de livros com preços mais acessíveis além da diversidade dos títulos, alguns deles edições raras.

A Cidade do livro também conta, pela primeira vez, com o inovador “Espaço Robótica – Sesi Steam”, proporcionando ao público uma imersão em educação, tecnologia e diversão. Sob a coordenação do Sesi Casarão da Indústria, o espaço oferecerá um circuito de aprendizagem focado em robótica e educação Steam (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática).

Outra novidade no evento é o stand do Programa de Educação Patrimonial “Patrimônio nas Escolas”, uma iniciativa que integra a proposta curricular da rede de ensino, promovida pela Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (Fumph), que apresenta a valorização e a importância das atividades implementadas aos estudantes como garantia da preservação da arte e cultura de São Luís.

A Feira do Livro oferece uma estrutura completa para receber o público com atividades simultâneas. Além dos tradicionais espaços, como o Café Literário e a Casa do Escritor Maranhense, a Feira contará com exposições, oficinas, sessões de contação de histórias e a garantia de atrações com visitas de autores às escolas municipais. A Cidade do livro conta ainda com o Espaço Criança que trará uma programação variada para o público infantojuvenil.

Conforto e segurança

A Feira do Livro conta com a segurança da Polícia Militar do Maranhão (PMMA) e da Guarda Municipal de São Luís (GMSL). Além disso, agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) coordenam o trânsito no entorno da Praça Maria Aragão para garantir uma experiência segura para todos.

A FeliS ainda conta com seguranças privados e bombeiros civis, disponibilizados pela Secult, além de equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Blitz Urbana, Limpeza e Iluminação.

Fonte: agenciasaoluis


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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

A importância da leitura na formação de cidadãos críticos

Imagem: reprodução

Meu propósito de todos os dias é salientar os benefícios da leitura na saúde mental, no melhor envelhecimento, para o aumento do vocabulário e no desenvolvimento das crianças, mas hoje quero focar em cidadãos que terão, através da leitura, um aumento no repertório intelectual, tornando-se donos de suas opiniões.

O hábito da leitura traz para o leitor diferentes visões de mundo através de olhares de autores diversos que vão sendo colecionados ao longo do tempo, gerando ideias, fazendo parte e trazendo caminhos diferentes para a própria visão do leitor.

A leitura proporciona ao leitor conexões e conteúdos que vão sendo elaborados e tornam esse indivíduo dono de suas convicções, assim, ele pode explicar os porquês de cada atitude sua perante o mundo, tornando-se um cidadão crítico.

O leitor que tem prazer e incorporou a leitura no seu dia a dia traz os conteúdos que vão sendo acumulados e integrados em sua vida profissional e social, com isso, ele se torna especial, interessante e enriquece as relações que vão contribuir com a sua carreira e amizades.

Você pode me perguntar se deve ler alguma coisa especifica e minha resposta é para você conhecer seus interesses e ativar o hábito da leitura através do prazer, assim, todo o resto virá automaticamente.

A leitura trará o conhecimento necessário para uma boa conversa, para discussões construtivas e para o desenvolvimento individual de cada leitor.

O incentivo à leitura desde a infância é importante, mas nem sempre possível. Famílias com outras urgências e pais não leitores não são espelhos para as crianças, mas isso não é desculpa, pois o hábito da leitura pode ser adquirido em qualquer tempo.

Nunca é tarde para começar!

Vem comigo!@daisygouveiaoficial

Por Daisy Gouveia


SOBRE DAISY GOUVEIA

Daisy Gouveia é apresentadora, escritora, influenciadora digital, host do Podcast ‘Leiture-se’ e criadora do Clube de Leitura da Daisy. Com 66 anos, usa as redes sociais para incentivar as pessoas, principalmente as mulheres, a adotarem o hábito da leitura.

Com 35 anos de experiência na área da moda, escreveu o livro 'Costurando Minha História' onde conta sua trajetória e fala sobre sua reinvenção profissional, estimulando as pessoas que também querem mudar.

Fonte: Materia Primma / Renata Rebesco


terça-feira, 15 de outubro de 2024

LANÇAMENTO! Mamãe e seu reencontro com a Cultura maranhense

Chico Saldanha, Mamãe e Joãozinho - Foto: DB


Na quinta (10), de outubro, tive o privilégio de acompanhar minha querida mãe, Maria Juceneuda Braz de Oliveira - ('ADVOGADA, ECONOMISTA' e Funcionária Pública de carreira - APOSENTADA), no lançamento do livro de seu querido amigo, Joãozinho Ribeiro, "SAFRA DE QUARENTENA". Lá tive o prazer de reencontrar seus glamorosos amigos, compositores, escritores e poetas da nossa amada São Luís.


Plateia - Imagem: DB 


Tive a oportunidade de rever não somente o saudoso Joãozinho, mas também a poetiza Laura Amélia Damous Duailibe,  e os queridos, Josias Sobrinho (cantor e compositor) e Chico Saldanha (cantor e compositor).


Mamãe e Joãozinho - Foto: DB


Autógrafo - Foto: DB



Mamãe e Laura - Foto: DB



Mamãe e Josias - Foto: DB


Minha mãe é dessa época em que a 'Cultura' era tratada como  uma 'prioridade' em nosso Estado e não como agora, em que vem sendo vendida pelo atual Governo, como uma moeda de troca, com esse tal de 'Paulo Victor' (vereador 'REELEITO'), que controla a Cultura, através do seu testa de ferro, 'Yuri Arruda', que só sabe fazer 'Carnaval' e 'São João' e deixa a classe artística local, a ver navios em nosso Estado.


Mãe e Lena, filha do pintor Amorim, famoso por seus quadros que retratam as
ruas do Centro Histórico de São Luís  - foto: DB


Imagem: reprodução - esse é meu!

Minha mãe trabalhou e se dedicou por muitos anos pela Cultura do Maranhão (3 DÉCADAS), mas infelizmente, não foi reconhecida em seus últimos anos de 'servidora pública' (NUNCA MILITANTE)Felizmente, é reconhecida e 'glorificada' por todos os Governos e secretários, anteriores à 'gestão comunista'. Mas nunca teve uma merecida indicação para receber o título de; 'Cidadã Ludovicense!'


Imagem: reprodução / divulgação

Mas voltando à noite de promoção do livro do nosso tão querido Joãozinho, foi um momento de grande prestígio cultural, e de reencontro com pessoas queridas da classe artística maranhense.

E se alguém está se perguntando, aonde eu estava nas fotos? A resposta é clara, atrás da câmera, registrando o momento, e aonde me sinto mais confortável!

Por Daniel Braz


sábado, 28 de setembro de 2024

Empresários realizam aplicações internacionais para proteger patrimônio

Imagem: reprodução


Ao investir em outros países, é possível proteger os bens da instabilidade do mercado e de penhora

Diante dos riscos econômicos e jurídicos que os empresários enfrentam no Brasil, a busca por métodos para proteção patrimonial se torna uma prioridade. Uma das estratégias mais eficazes para garantir a segurança financeira é tornar parte do patrimônio inalienável e impenhorável em outros países. Essa prática envolve a utilização de métodos legais e financeiros que permitem transferir ativos para o exterior, blindando-os contra riscos locais, como ações judiciais e crises econômicas internas.

A população começa a perceber as vantagens desse tipo de ação e o número de brasileiros investindo no exterior continua a crescer cada vez mais. De acordo com dados do Banco Central, em 2023, houve um aumento de 12,5% em relação a 2022, totalizando US$ 45,18 bilhões aplicados fora do país — o equivalente a cerca de R$ 230 bilhões.

Segundo Caio Mastrodomenico, consultor financeiro e autor do livroMe Formei Médico e não Empresário - E Agora?”, transferir parte do patrimônio para o exterior é uma solução que diminui os riscos internos, mas também oferece ao empresário uma maior tranquilidade na gestão de seu capital. “Ao escolher a jurisdição certa e seguir as regulamentações vigentes, é possível assegurar que esses recursos fiquem protegidos e não sejam alvo de penhoras ou outras restrições legais no Brasil,” destaca.

A proteção de ativos no exterior é amparada pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que define que, em regra, todos os bens do devedor podem ser penhorados, salvo aqueles que a lei considera inalienáveis ou impenhoráveis (art. 832 do CPC/15). A impenhorabilidade pode ser ainda absoluta ou relativa, dependendo do tipo de bem e das circunstâncias envolvidas. “Isso inclui imóveis familiares, doações com cláusula de inalienabilidade e bens públicos, entre outros”, completa o especialista. 

Dessa maneira, a diversificação patrimonial internacional não apenas garante a preservação dos ativos, como também oferece uma margem de segurança adicional frente às incertezas do cenário brasileiro.

Como investir bens no exterior

Esse tipo de prática tem sido adotada principalmente por empresários que desejam garantir maior controle sobre seu patrimônio, além de poder acessar mercados internacionais que proporcionam oportunidades de crescimento. “Mas é preciso atenção. Transferir parte dos ativos para o exterior requer planejamento detalhado, que deve incluir consultoria especializada para assegurar o cumprimento de todas as normas legais, tanto no Brasil quanto no país de destino dos recursos”, pontua Caio.

A proteção do patrimônio no exterior tem ganhado cada vez mais relevância, especialmente diante das flutuações econômicas e instabilidades políticas globais. Para minimizar riscos, estratégias como a criação de holdings e offshores têm se tornado uma prática comum. As holdings permitem consolidar ativos em uma estrutura que protege o patrimônio pessoal, enquanto as offshores oferecem vantagens tributárias e maior segurança jurídica em jurisdições mais estáveis.

Além disso, o planejamento sucessório é uma ferramenta essencial na proteção patrimonial, com a adoção de instrumentos como doação com usufruto e a escolha de regimes de casamento adequados, como a separação total de bens. Essas medidas têm como meta garantir que o patrimônio seja transferido de forma segura para os herdeiros, preservando o controle sobre os ativos durante a vida do proprietário.

É importante ressaltar que todas essas estratégias devem ser realizadas dentro da legalidade e com o apoio de uma assessoria especializada. “Um planejamento bem estruturado pode proteger o patrimônio, tanto no Brasil quanto no exterior, assegurando maior tranquilidade frente aos desafios financeiros globais”, conclui.

Sobre Caio Mastrodomenico

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Caio Mastrodomenico é pós-graduado em mercado financeiro e de capitais e analista político e econômico.  Ele também é autor do livroMe Formei Médico e não Empresário - E Agora?”, onde relata experiências e, ainda, mostra como pavimentar o caminho em busca de um negócio dentro da própria área de especialidade. A obra apresenta uma série de conceitos que auxiliam o processo de inicialização de um empreendimento de forma coerente.  As páginas trazem técnicas de gestão, rotinas de atendimento, técnicas de comunicação e ferramentas financeiras que podem auxiliar não só no início da operação, como a manter os números saudáveis através de cálculos de lucro e fluxo de caixa.


Fonte: Lara Comunicação / Carolina Lara


sábado, 17 de agosto de 2024

Um dos neurocientistas mais respeitados no mundo, Miguel Nicolelis, estreia na ficção científica

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Possibilidade plausível para a extinção da humanidade é uma das premissas do livro.

Durante muitos anos dedicado a produções científicas em artigos e em livros, Miguel Nicolelis desta vez estreia na ficção científica com o lançamento da obra Nada mais será como antes, que chega às lojas pela coleção Planta Minotauro da Editora Planeta. O livro traz um enredo com cientistas, políticos, personagens do mundo financeiro, figuras históricas e ficcionais para descrever o impacto de uma catástrofe sem precedentes na história moderna.

Em um artigo publicado em 2020 no El País, o autor abordou as três possibilidades mais plausíveis para a extinção da humanidade. A primeira delas é a destruição de nossos ecossistemas pelo impacto de um meteoro com a Terra, a segunda é uma pandemia global e a terceira uma erupção solar forte e capaz de destruir todos os equipamentos elétricos e eletrônicos no planeta desenvolvidos ao longo do último século. Essa hipótese levou Nicolelis e criar o enredo da obra, que traz assuntos extremamente atuais como as ameaças naturais à sobrevivência da humanidade e os limites do cérebro humano.


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O livro traz a cada capítulo uma contagem regressiva para o impacto e os leitores e as leitoras só descobrem exatamente do seu se trata no decorrer das páginas. Momentos antes da catástrofe, um matemático e uma neurocientista tentam lidar ao mesmo tempo com seus dilemas pessoais e o possível colapso do planeta. Enquanto isso, uma enorme conspiração mundial, com seus próprios interesses e ambições, está disposta a controlar as mentes e os destinos da humanidade.

FICHA TÉCNICA

  • Título: Nada mais será como antes
  • Autor: Miguel Nicolelis
  • ISBN: 978-85-422-2753-6
  • 512 páginas 
  • R$ 89.90
  • Editora Planeta | Planeta Minotauro

 EVENTOS

  • São Paulo: Dia 19 de agosto às 19h na Livraria da Vila - R. Fradique Coutinho - Vila Madalena, São Paulo/SP
  • Santos: Dia 28 de agosto às 18h na livraria Realejo em Santos - Av. Mal. Deodoro, 2 - Gonzaga, Santos/SP 

 SOBRE O AUTOR

Miguel Nicolelis é um dos neurocientistas mais respeitados no mundo. Professor Emérito da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e fundador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra e, mais recentemente, do Nicolelis Institute for Advanced Brain Studies, Nicolelis pesquisa há quarenta anos os mistérios do cérebro humano.

Durante a carreira, suas pesquisas foram capas das maiores revistas científicas, bem como dos maiores jornais do mundo. Usando uma de suas invenções, a interface cérebro-máquina, um jovem paraplégico brasileiro, Juliano Pinto, desferiu o chute de abertura na Copa do Mundo do Brasil em 2014. Pela Editora Planeta, lançou uma trilogia formada por Muito além do nosso eu, Made in Macaíba e O verdadeiro criador de tudo.

 SOBRE A EDITORA 

Fundado há 70 anos em Barcelona, o Grupo Planeta é um dos maiores conglomerados editoriais do mundo, além de uma das maiores corporações de comunicação e educação do cenário global. A Editora Planeta, criada em 2003, é o braço brasileiro do Grupo Planeta. Com mais de 1.500 livros publicados, a Planeta Brasil conta com nove selos editoriais, que abrangem o melhor dos gêneros de ficção e não ficção: Planeta, Crítica, Tusquets, Paidós, Planeta Minotauro, Planeta Estratégia, Outro Planeta, Academia e Essência. 


Fonte: NR-7 Comunicação / Nathalia Oliveira


quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Tudo está à venda?

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Dramaturgo e poeta Pedro Tancini questiona a objetificação da arte e dos seres humanos em "Teatro à Venda", tragicomédia que distorce os limites entre ficção e realidade.

Quatro atores encenam uma peça que mais parece um grande comercial de televisão. Eles interpretam a típica “família margarina”: pai, mãe, filho e filha em um cotidiano perfeito anunciando produtos dos mais diversos e miraculosos. Parece que as propagandas invadiram todos os lugares e nem o teatro escapou. É o Teatro à Venda, como provoca o título do livro do dramaturgo e poeta Pedro Tancini, onde tudo pode ser transformado em mercadoria pela lógica capitalista, inclusive a própria arte e os seres humanos.

A obra literária, que teve sua primeira encenação em 2023 pelo Coletivo Parêntesis de Teatro, trata sobre as consequências do sistema na vida de trabalhadores que abdicam de tempo, saúde e individualidade para sobreviver. Em uma tragicomédia que distorce os limites entre ficção e realidade, o autor reflete sobre cultura do consumo, desigualdade, epidemia de depressão, crise ambiental e a insensibilização como projeto social.


Imagem: reprodução / divulgação


Nesta sátira ao mundo maravilhoso das narrativas publicitárias, os leitores são convidados a refletir sobre as contradições do capitalismo. A crítica nasce dos conflitos dos quatro protagonistas que se tornam, ao mesmo tempo, as personagens e os atores que os representam. Aos poucos, desmoronam as percepções de cada um deles sobre a própria existência dentro da máquina de produção de lixo e mentiras onde habitam.

ATRIZ 2: É verdade, filho, a gente fica criando esses problemas imaginários. A gente não sossega, a gente fica imaginando o que seria: o que seria isso, o que seria aquilo. Por exemplo, o que seria da minha vida sem o Aspirador de Pó Vacuum Power X Ultra Anatômico? Não dá nem pra imaginar! Enfim... Só sei que não seria nada! Seria uma vida de uma miséria afetiva enorme. Uma vida feita pra trabalhar, trabalhar e trabalhar, uma vida que só olha pra frente, uma vida ao lado de outras vidas que não olham pro lado, só olham pra frente, uma sociedade que só olha pra frente, olha só, a economia cresceu um e meio por cento, parabéns, suas vidas estão sendo desperdiçadas e vale a pena, vale a pena porque elas são a energia de um sistema, de uma máquina, uma máquina gigante, um aspirador de pó gigante, sugando tudo, tudo, tudo. (Teatro à Venda, p. 58)

O pai descobre que vive uma vida de fachada e, em busca de algum afeto verdadeiro, vende-se pelo telefone. Já a mãe insiste em manter o papel de mulher ideal para fugir da própria infelicidade, até que ela própria se torne uma máquina. O filho, o maior orgulho da família, se mostra um excelente vendedor ao deduzir que não é necessário responsabilidade ou sensibilidade para lucrar nesse mundo de ilusões. A filha, por outro lado, sente-se desamparada porque nenhum produto é capaz de preencher seu vazio e, à procura de um propósito, encontra significado apenas no que é descartado pelo sistema, o lixo.

Pesquisador sobre os impactos do capitalismo nas sociedades do século XXI, Pedro Tancini publica a obra não somente como um retrato da contemporaneidade, mas também como uma maneira de ensaiar caminhos possíveis de superação do sistema. Ele comenta: “Não é difícil criticar o capitalismo. Difícil é ter esperança, quando o sistema está dedicado a nos convencer de que ele é o único possível, que as tragédias que produz são inevitáveis para a existência da civilização. Mas, até para ter esperança, é preciso responsabilidade. E esta obra é um texto que convida a uma esperança ativa, realizada também pelo poder da arte, da literatura e do teatro".

Primeiro volume da coleção de dramaturgias autorais publicadas pelo Coletivo Parêntesis, Teatro à Venda tem o apoio do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústrias Criativas. Em 2024, também é publicado o segundo livro da coleção: a dramaturgia “Professores Online”, de Pedro Tancini e Caio Caldas.

FICHA TÉCNICA

  • Título: Teatro à Venda
  • Autor: Pedro Tancini
  • Editora: Coletivo Parêntesis de Teatro
  • ISBN: 978-65-01-09991-0
  • Páginas: 96
  • Preço: R$ 40 (físico)

Onde comprar: Amazon

Sobre o autor: Pedro Tancini é dramaturgo, poeta, ator, diretor, produtor, palestrante e fundador do Coletivo Parêntesis de Teatro. É graduado em Comunicação Social pela ESPM, mestre em Comunicação e Práticas de Consumo também pela ESPM e dedica-se à pesquisa sobre os impactos do capitalismo contemporâneo nas sociedades do século XXI. Como autor, já escreveu oito peças de teatro, publicou o livro de contos “Nove Autores – Nova Histórias” e a edição “Erramos” da revista literária “Moreia” junto de outros escritores. Teve, ainda, dramaturgias, poemas e crônicas selecionados por diversos editais e premiações. Em 2024, lança o livro de dramaturgia Teatro à Venda, o livro de dramaturgia Professores Onlinee o livro de poesia “Poemas de Plástico”.

Redes sociais do autor:

Instagram: @pedrotancini e @coletivoparentesis


Fonte:  LC - Agência de Comunicação  / Maria Clara Menezes