Novo centro, que ficará em Boston, irá promover o desenvolvimento de arquiteturas e algoritmos de computação quântica em colaboração com os principais fabricantes de hardware e software
A NVIDIA anuncia que está criando um centro de pesquisa, com sede em Boston, para fornecer tecnologias de ponta para promover a computação quântica.
O Centro de Pesquisa Quântica Acelerada da NVIDIA, ou NVAQC, integrará o hardware quântico de ponta com supercomputadores de IA, permitindo o que é conhecido como supercomputação quântica acelerada. O NVAQC ajudará a resolver os problemas mais desafiadores da computação quântica, que vão desde a abordagem do ruído nos qubits até a transformação de processadores quânticos experimentais em dispositivos práticos.
Os principais inovadores em computação quântica, incluindo Quantinuum, Quantum Machines e QuEra Computing, aproveitarão o NVAQC para impulsionar avanços por meio de colaborações com pesquisadores de grandes universidades, como a Harvard Quantum Initiative in Science and Engineering (HQI) e o grupo de Sistemas Quânticos de Engenharia (EQuS) do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
“A computação quântica irá aprimorar os supercomputadores de IA para enfrentar alguns dos problemas mais importantes do mundo, desde a descoberta de medicamentos até o desenvolvimento de materiais”, afirma Jensen Huang, fundador e CEO da NVIDIA. “Trabalhando com a comunidade de pesquisa quântica mais ampla para promover a computação quântica híbrida CUDA, o Centro de Pesquisa Quântica Acelerada da NVIDIA será onde os avanços ocorrerão para criar supercomputadores quânticos de larga escala, úteis e acelerados.”
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Impulsionando a inovação quântica
Por meio do NVAQC, os parceiros comerciais e acadêmicos trabalharão com a NVIDIA para usar os sistemas em escala de rack NVIDIA GB200 NVL72 de última geração, o hardware mais potente já implantado para aplicações de computação quântica. Isso permite simulações complexas de sistemas quânticos e a implantação dos algoritmos de controle de hardware quântico de baixa latência essenciais para a correção de erros quânticos. Os sistemas NVIDIA GB200 NVL72 também irão acelerar a adoção de algoritmos de IA em pesquisa de computação quântica.
Para enfrentar os desafios de integrar o hardware de GPU e QPU, o NVAQC empregará a plataforma de desenvolvimento quântico NVIDIA CUDA-Q™, permitindo que os pesquisadores desenvolvam novos algoritmos e aplicações quânticas híbridas.
A HQI, uma comunidade de pesquisadores dedicada a promover a ciência e a engenharia de sistemas quânticos e suas aplicações, colaborará com o NVAQC para promover suas pesquisas sobre tecnologias de computação quântica de última geração.
“O NVAQC é uma adição muito especial ao ecossistema quântico exclusivo da área de Boston, incluindo grupos universitários e empresas startups líderes mundiais”, afirma Mikhail Lukin, professor da Universidade Joshua e Beth Friedman de Harvard e codiretor da HQI. “As tecnologias de computação quântica e clássica aceleradas que a NVIDIA está reunindo têm o potencial de promover a pesquisa em áreas que vão desde a correção de erros quânticos até aplicações de sistemas de computação quântica, acelerando a pesquisa em computação quântica e aproximando a computação quântica útil da realidade.”
Os pesquisadores do grupo EQuS, membro do Centro de Engenharia Quântica do MIT, que serve como um centro para pesquisa, educação e envolvimento em suporte à engenharia quântica, usarão o NVAQC para desenvolver técnicas como correção de erros quânticos.
“O Centro de Pesquisa Quântica Acelerada da NVIDIA fornecerá aos pesquisadores do grupo EQuS acesso sem precedentes a tecnologias e à experiência necessárias para resolver os desafios da computação quântica útil”, afirma William Oliver, professor de engenharia elétrica e ciência da computação e de física, líder do grupo EQuS e diretor do Centro de Engenharia Quântica do MIT. “Prevemos que o futuro também incluirá outros membros do Centro de Engenharia Quântica do MIT. A integração da plataforma de computação acelerada da NVIDIA com qubits ajudará a enfrentar os principais desafios, como correção de erros quânticos, desenvolvimento de aplicações híbridas e caracterização de dispositivos quânticos.”
“Avanços na computação quântica significam mudanças incríveis para o futuro da humanidade. O potencial é imenso nas mais diversas áreas de pesquisa, e a NVIDIA se orgulha muito de fazer parte dessa história com a criação no NVAQC”, finaliza Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da NVIDIA para América Latina.
Espera-se que o NVAQC inicie as operações no final deste ano.
Saiba mais sobre as iniciativas de computação quântica da NVIDIA e ouça os líderes do setor participando do Quantum Day no NVIDIA GTC, que vai até 21 de março.
Sobre a NVIDIA
Desde sua fundação em 1993, a NVIDIA(NASDAQ: NVDA) tem sido pioneira em computação acelerada. A invenção da GPU pela empresa em 1999 estimulou o crescimento do mercado de games para PC, redefiniu a computação gráfica, iniciou a era da IA moderna e tem ajudado a digitalização industrial em todos os mercados. A NVIDIA agora é uma empresa de infraestrutura de computação full-stack com soluções em escala de data center que estão revolucionando o setor. Mais informações em: https://www.nvidia.com/pt-br/.
O novo Produto Estratégico de Defesa é fruto da parceria estratégica da SST com o Grupo Bembras, com a aplicação do SSTOM, tecnologia proprietária para monitoramento inteligente e análise de dados com IA
A SST (Smart Streams Technologies), pioneira em soluções de inteligência artificial para monitoramento inteligente e análise de dados em tempo real, celebra a aprovação de sua tecnologia SSTOM (SST Operational Manager), em parceria com a Bembras, como Produto Estratégico de Defesa (PED) pelo Ministério da Defesa. O reconhecimento foi oficializado na Portaria GM-MD nº 5574, consolidando a SST como referência no setor de defesa e segurança.
Definida como uma plataforma SaaS disruptiva baseada em nuvem, a SSTOM foi projetada para integrar múltiplos dispositivos, como câmeras, drones e smartphones. Com inteligência artificial cognitiva e generativa, o sistema transforma imagens em dados acionáveis em tempo real, permitindo a tomada de decisões antes que eventos críticos escalem.
No setor de segurança, a tecnologia atua para:
Detecção de anomalias: identifica automaticamente comportamentos ou situações fora do padrão, acionando autoridades em tempo real.
Escalabilidade e eficiência: integra dispositivos existentes sem necessidade de novos investimentos em hardware, reduzindo custos operacionais.
Impacto preventivo: ajuda a evitar tragédias ao detectar incidentes antes que se tornem grandes problemas.
Segundo Adriano Leão, CEO e fundador da SST, a certificação do SSTOM como Produto Estratégico de Defesa (PED) marca um momento de grande relevância para a tecnologia desenvolvida pela empresa.
“Esse reconhecimento é um marco na história da SST. Ter nossa tecnologia aprovada dentro do rigoroso processo do Ministério da Defesa reforça nossa missão de transformar a segurança e a gestão operacional com inteligência artificial de ponta. A parceria com a Bembras, referência há mais de 25 anos no setor, foi essencial para essa homologação e consolida o SSTOM como uma solução estratégica para defesa e segurança nacional”, destaca Leão.
A certificação é fruto da parceria entre a SST e o Grupo Bembras, empresa Estratégica de Defesa (EED), que agora detém a comercialização exclusiva do SSTOM para o setor de defesa. Esse reconhecimento habilita a Bembras a negociar diretamente com órgãos governamentais e grandes players da indústria, ampliando sua presença no mercado nacional e internacional com uma tecnologia inovadora e já homologada para aplicações críticas de segurança.
Os PEDs são tecnologias, sistemas ou serviços considerados essenciais para garantir a soberania e a segurança do Brasil. Ao integrar essa categoria, o SSTOM se posiciona como uma solução estratégica, validada pelo Ministério da Defesa e alinhada às demandas do setor.
Com a definição do SSTOM como Produto Estratégico de Defesa, a Bembras fortalece sua atuação no mercado de segurança e defesa, garantindo acesso privilegiado a projetos governamentais e oportunidades estratégicas para a aplicação de inteligência artificial e visão computacional em missões críticas.
A parceria com o Grupo Bembras
A colaboração entre SST e o Grupo Bembras foi essencial para consolidar essa conquista. Atuando como parceiro estratégico, o Grupo Bembras trouxe sua experiência no setor de defesa, reforçando a credibilidade e viabilizando a homologação do SSTOM como PED. Essa sinergia entre inovação tecnológica e expertise em segurança pública é um marco para o avanço da tecnologia no Brasil.
Sobre a SST
Fundada em 2023, a SST (Smart Streams Technologies) combina inteligência artificial cognitiva e generativa para transformar dispositivos comuns em ferramentas inteligentes e proativas. Focada em escalabilidade, eficiência e acessibilidade, a plataforma SSTOM está revolucionando indústrias como segurança, infraestrutura e varejo, conectando o Brasil ao futuro da inovação global.
Enquanto as inovações em hardware estão estagnadas, as gigantes de smartphones estão promovendo avanços em software impulsionado por IA.
Apesar da aceleração exponencial da tecnologia – incluindo a pressa na inclusão de IA – os smartphones não mudaram muito nos últimos anos. A Samsung e a Apple continuam batalhando pelo domínio global, mas ambas as companhias permanecem com o desenvolvimento de hardware estagnado.
“Um meteoro atingiu a terra em 2007 (quando o primeiro iPhone foi lançado) e mudou tudo sobre tecnologia móvel”, disse um executivo que trabalhou com muitas companhias no ramo de smatphones e preferiu falar anonimamente. “A poeira baixou há um bom tempo e as pessoas perceberam que os smartphones estagnaram completamente. Até as companhias têm que admitir que, na maioria das vezes, estamos dando pequenos passos nas mudanças tecnológicas.”
O novo iPhone da Apple focou em ser mais acessível financeiramente. O iPhone 16e – divulgado na quarta-feira, 19 – tem muito em comum com o modelo 16 lançado em setembro, com a exceção de algumas funções, como controles sofisticados da câmera. O celular mais ‘enxuto’ tem um preço inicial de US$ 599, comparado com o modelo 16, que está em torno de US$ 799; a Apple está buscando ser mais ‘amigável com o bolso’ dos compradores, depois que as vendas nas festas de fim de ano foram menores do que o esperado.
Quando a Apple lançou o iPhone 16, os avaliadores notaram algumas melhoras na câmera se comparado com o iPhone 15, mas os elogios foram, em sua maioria, voltados ao novo software impulsionado por IA.
No dia 22 de janeiro, a Samsung divulgou o novo Galaxy S25 no evento Galaxy Unpacked 2025. Na semana passada, os analistas de TI e influenciadores revelaram suas análises e formaram um consenso – com a exceção de pequenos avanços, o smartphone está bem similar aos modelos os anteriores.
A Samsung e a Apple, líderes globais na venda de smartphones, presenciaram uma queda de 1% ano após ano nas exportações dos produtos de acordo com dados preliminares divulgados em janeiro, pela International Data Corporation (IDC), que mencionou o “agressivo crescimento nas vendas chinesas” como razão para o declínio das duas marcas.
A Apple exportou 232 milhões de smartphones comparado com os 223 milhões da Samsung em 2024 – resultando em uma diferença de menos de 1% de participação no mercado, de acordo com os dados da IDC.
A disparidade no mercado aumenta nos EUA, onde, no terceiro trimestre de 2024, a Apple detinha 53% do mercado e a Samsung 23%, de acordo com os dados mais recentes publicados pela Counterpoint Research. A Apple tem dominado os EUA historicamente, conforme os usuários de iPhone e novos clientes seguem comprando os produtos da marca, diz Sam Huston, vice-presidente sênior na Dept, agência especializada em tecnologia e marketing digital.
“É muito comum que o primeiro dispositivo que as crianças vão ganhar seja um iPad ou um Apple Watch, para os pais poderem rastreá-las”, ele disse. “Eles já conhecem o ecossistema da Apple, o que dá certa vantagem à marca se olharmos para o futuro, já que, se estão adaptados ao ecossistema, dificilmente vão trocar por outro.”
À medida que a inovação no hardware atinge seu limite, a Samsung e a Apple devem depender mais do marketing de software e desenvolvimentos em IA, para aumentar o interesse dos consumidores em seus dispositivos mais recentes. No entanto, encontrar casos relevantes do uso de recursos de IA tem sido um desafio.
“A tendência para o próximo ano será a batalha de IA e como as fabricantes vão utilizar a IA para criar funções que interessem os usuários, o que tem sido desafiador até agora”, diz o executivo anônimo. “Mas com certeza isso vai esquentar no próximo ano”
Abaixo, apresentamos um olhar mais detalhista em como a Apple e a Samsung estão trabalhando no marketing nos novos smartphones, incluindo como os criadores de conteúdo podem assumir um papel mais importante. A Samsung se negou a comentar sobre o tema, e a Apple não respondeu aos pedidos.
Por que os grandes avanços em hardware não continuam?
A Maior parte das atualizações em hardware chega na forma de pequenas melhoras em tecnologia já existente, como uma câmera melhor, uma bateria mais duradoura ou estrutura mais refinada. Uma das mudanças mais drásticas recentemente foram os celulares dobráveis, lançados pela Samsung em 2019. Enquanto isso, há rumores de a Apple também estaria trabalhando em um dispositivo dobrável, o ‘iPhone Flip’.
Porém os celulares dobráveis não se tornaram o sucesso que esperavam devido aos preços altos e também pelo fato de os consumidores não verem muita utilidade nessa função, conta Allison Johnson, crítico de smartphones no The Verge. O último lançamento da Samsung na linha, o Galaxy Z Fold6 chega ao preço de US$ 1.900, enquanto o modelo anterior, Galaxy Z Flip6 chega a US$ 1.100.
No evento Galaxy Unpacked da Samsung, que aconteceu no Louvre em julho, a Samsung lançou campanhas para promover os dois dispositivos. Uma delas segue um detetive investigando um avião cheio de pessoas – avião que ele acredita ter sido roubado. Conforme ele investiga cada suspeito, ele vai destacando várias características que acredita que possam dar um motivo a eles. O anúncio divulga o poder de processamento, a habilidade de tirar fotos com a câmera principal, uma ferramenta de tradução, upgrades em durabilidade, um assistente de notas e a possibilidade de pesquisar objetos de uma foto ao circulá-los. A Samsung também postou em seu canal de Youtube vídeos com instruções que mostram como usar cada novidade da linha Z.
Apesar dos esforços, os consumidores ainda não se engajaram com os dispositivos dobráveis. A linha Z de 2024, lançada em julho, também teve performance inferior em relação ao modelo lançado no ano anterior, de acordo com um relatório divulgado em janeiro pelo site de tecnologia Android Police, mencionando um post vazado no X. A fabricante pretende produzir menos dispositivos dobráveis neste ano, de acordo com um relatório do outlet coreano, ETNews.
A Apple e Samsung estão prestes a disputar em uma frente de hardware diferente, com ambas previstas para lançar smartphones ultrafinos este ano: o iPhone Air e o Samsung Galaxy S25 Edge.
Como as estratégias de marketing dos smartphones da Apple e Samsung divergem
Os rivais no ramo de smartphones são guiados por profissionais de marketing com trajetórias muito diferentes nas suas respectivas companhias. Responsável pelo iPhone, está o vice-presidente global de marketing da Apple, Greg Joswiak, que se juntou à companhia em 1986. Já na Samsung, Olga Suvorona chegou à empresa em janeiro de 2024, como CMO de experiências móveis. A executiva assumiu o lugar da antiga CMO, Janet Lee, e anteriormente, tinha atuado na Google por mais de 10 anos, inclusive na função de head global de marketing da marca, de estratégia e criatividade para o Google Chrome e Chromebook.
Ambas as companhias têm enfatizado as características de IA para divulgar os últimos lançamentos, com os maiores esforços de marketing girando em torno de eventos chave para revelar novos produtos. Durante o evento Glowtime da Apple em setembro, a marca lançou seu primeiro anúncio divulgando o sistema de IA, o Apple Intelligence, disponível no iPhone 16. A atriz Bella Ramsey estrelou em três cenas, onde ela usa o software para resumir um e-mail, lembrar o nome de uma pessoa e criar um vídeo em memória ao peixe da família que morreu.
A marca lançou mais anúncios no mês seguinte – um mostrando um trabalhador incompetente gerando automaticamente um e-mail para o chefe, e outro mostrando uma mãe criando rapidamente um compilado de vídeos, ao perceber que esqueceu de comprar um presente de aniversário para o marido. Este último se conecta à tradição da Apple de incorporar emoção nos anúncios do iPhone.
Os anúncios foram criados pela TBWA\Media Arts Lab, uma unidade sob medida criada especificamente para a Apple em 2006. A TBWA trabalha com a Apple desde 1984, quando auxiliou no lançamento do primeiro computador pessoal da Apple, o Macintosh.
“A Apple faz um ótimo trabalho no que tange ao ado emocional”, conta Huston. “Se você pensar nos anúncios deles, onde estão focando na câmera e na capacidade de editar vídeos como se fossem filmes e compartilhá-los, você vê que o benefício emocional disso é poderoso.”
A Apple, no entanto, tem sofrido para trazer essa emoção para o Apple Intelligence. A recepção do anúncio do presente de aniversário foi controversa, com alguns dizendo que isso mostrava a dificuldade das marcas em achar uma função útil para os softwares de IA.
Enquanto isso, a Samsung lançou outro anúncio para o Galaxy AI e S25 no evento Galaxy Unpacked: um comercial que dá continuidade à sua longa campanha “Next Big Thing”, que tem promovido a Galaxy AI recentemente sob o nome “The Next Big Thing Is You”. O anúncio mostra uma mulher usando o Galaxy AI no celular para ver seu itinerário do dia e criar planos com velhos amigos, enquanto caminha em um local de transporte público lotado.
O anúncio veio da BBH Cingapura e da Leo Burnett Alemanha. A BBH tem sido parte do portifólio global da Samsung desde 2014.
A Samsung também tem um histórico de ataques às habilidades de inovação da Apple. Em um anúncio de novembro, é ilustrado um usuário de iPhone esperando em uma fila para comprar o novo iPhone, para só descobrir o que tem de novidade após comprar. Enquanto isso, é mostrado um usuário da Samsung caminhando enquanto realiza multitarefas no smartphone dobrável. O anúncio também mostra pessoas traduzindo uma conversa com um vendedor de frutas usando o Samsung Flip, e saindo ao descobrir que ele só vendia maçãs.
Dado o domínio da Apple nos EUA e a dificuldade da Samsung em ganhar o interesse dos consumidores em suas inovações de hardware, alguns especialistas questionaram essa estratégia.
“Dá pra ver como isso poderia ter dado errado”, disse Huston. “Quando você faz chacota, você está se definindo com base no que você é contra, e não com base no que você tem a oferecer. Isso vai ressoar com as pessoas que odeiam a Apple, mas não vai necessariamente aumentar a taxa de conversão.”
Quanto a Apple e a Samsung gastam divulgando seus smartphones dos EUA?
A Samsung investiu mais do que a Apple em propaganda nos EUA na maior parte dos últimos 5 anos. Entre janeiro e setembro do último ano, a Samsung investiu US$ 254 milhões em segmentos de mídia nos EUA com o Galaxy, em comparação com os US$ 202 milhões da Apple no mesmo período, de acordo com dados da MediaRadar, reunidos pelo AdAge Datacenter. A Apple não divulga o valor gasto em nível global.
Entretanto, a Apple superou os investimentos da Samsung em 2023. A marca gastou US$ 317 milhões no ano, comparado aos US$ 249 milhões da concorrente.
Criadores de conteúdo poderiam impulsionar ambas as marcas na corrida da IA
Ambas as marcas têm enfrentado dificuldades para encontrar e mostrar aos consumidores funções úteis das ferramentas de IA nos smartphones – mesmo com os vídeos educacionais que ensinam a usar tais ferramentas.
“Eles estão tentando ganhar as pessoas no que essas ferramentas podem fazer, mas são coisas que nós não utilizamos, então eles estão tentando formar novos hábitos”, conta Johnson, da The Verge. “É uma situação desconfortável para eles.”
À medida que eles continuam buscando por relevância, eles podem recorrer aos influencers para obter insights sobre como os consumidores atualmente usam a IA, e explicar aos seguidores os possíveis usos, explica Kassi Socha, diretora e analista de marketing da Gartner.
“As empresas da indústria de eletrônicos de consumo que apostarem em vozes externas falando sobre as utilidades de seus produtos serão as que terão sucesso,” ela diz. “Estou falando sobre a voz dos influencers e avaliadores. Ninguém conhece as necessidades e percepções dos consumidores melhor que os criadores de conteúdos, que focam em responder questões e fazer recomendações para guiar os seguidores.”
Ambas as marcas recentemente recrutaram criadores de conteúdo para destacar funções específicas em seus smartphones. Os únicos vídeos no TikTok da Apple são de criadores de conteúdo oferecendo dicas para usar as diversas ferramentas do Iphone, em sua maioria, relacionadas à câmera. A Samsung tem trabalhado com os influencers para promover as características Galaxy AI, assim como a funcionalidade de cruzamento de apps.
Nos últimos anos, testemunhamos um avanço exponencial nas tecnologias de inteligência artificial (IA), impulsionado por empresas como OpenAI, DeepSeek e Alibaba. Segundo uma pesquisa da McKinsey, em 2024, 72% das empresas já adotaram IA, um aumento significativo comparado aos 55% em 2023. A pesquisa também revela que a IA generativa passou de 33% para 65% de adoção em um ano, mas afinal, o que esperar dessas inúmeras criações e soluções?
Neste artigo, exploramos o panorama atual dessas tecnologias, comparando suas características e projeções futuras, além de analisar como essas inovações impactam o cotidiano das pessoas.
Com esse novos cenários de acessibilidade é possível ter uma redução de custos?
A competição acirrada entre gigantes comoOpenAI, Alibaba e DeepSeek está resultando em uma significativa redução nos custos das soluções baseadas em IA. Isso torna a tecnologia mais acessível para startups, pequenas empresas e consumidores finais. Com a IA se tornando mais barata, podemos ver e presenciar uma democratização da tecnologia, permitindo que mais setores da sociedade integrem IA em suas operações diárias.
Além disso, a variedade de opções de IA disponíveis no mercado permite que as empresas escolham a solução que melhor se adapta às suas necessidades específicas. Essa diversidade promove inovação, uma vez que cada provedor busca se diferenciar com funcionalidades exclusivas. O resultado é uma oferta mais personalizada e eficiente, beneficiando diretamente os usuários finais.
É importante lembrar que a concorrência entre essas empresas estimula também o investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento, acelerando a evolução das tecnologias de IA. Sendo assim, podemos traduzir isso em soluções mais eficientes, seguras e acessíveis. E é um fato: empresas como OpenAI, DeepSeek e Alibaba estão constantemente aprimorando seus modelos para oferecer desempenho superior em tarefas de processamento de linguagem natural.
Outro ponto a se considerar é que o barateamento da tecnologia de IA permite que mais setores da sociedade integrem essas soluções em suas operações, promovendo a inclusão digital e a capacitação profissional em larga escala. Essa democratização da tecnologia de IA tem o potencial de transformar diversos setores, desde a educação até a saúde, impactando positivamente a vida das pessoas.
Comparação dos modelos: OpenAI O1, DeepSeek R1 e Qwen 2.5-Max
OpenAI O1: Modelo desenvolvido pela OpenAI, reconhecido por sua capacidade de processamento de linguagem natural de alto nível.
Pontos Fortes - Excelente compreensão e geração de texto; flexibilidade para diversas aplicações.
Pontos Fracos - Alto custo operacional; dependência de infraestrutura computacional robusta.
DeepSeek R1: Desenvolvido pela startup chinesa DeepSeek, projetado para oferecer um desempenho competitivo sem exigir hardware de ponta.
Pontos Fortes - Preço acessível; eficiência em benchmarks relevantes.
Pontos Fracos - Pouca aceitação global; menor reconhecimento em mercados ocidentais.
Qwen 2.5-Max (Alibaba): A Alibaba promete que este modelo supera os principais concorrentes, incluindo o GPT-4 e o DeepSeek-V3.
Pontos Fortes - Desempenho aprimorado em testes comparativos; eficiência na geração de texto e compreensão semântica.
Pontos Fracos - Pouca aceitação global; menor reconhecimento em mercados ocidentais; possível pressão competitiva interna na China levou ao lançamento acelerado.
Pensando a longo prazo, qual o impacto no dia a dia?
À medida que a tecnologia de IA continua a evoluir, podemos esperar um impacto ainda maior no dia a dia das pessoas. Soluções de IA mais acessíveis e eficientes têm o potencial de transformar desde tarefas rotineiras, como atendimento ao cliente automatizado, até áreas críticas, como diagnósticos médicos assistidos por IA.
Em um futuro próximo, essa tecnologia deverá desempenhar um papel central na melhoria da qualidade de vida, simplificando processos e promovendo inovação em diversos setores. A combinação de redução de custos, maior diversidade de escolhas e avanço contínuo da tecnologia aponta para um cenário onde ela não apenas complementa, mas transforma significativamente a maneira como vivemos e trabalhamos.
Sendo assim, podemos concluir que com a rápida evolução e crescente acessibilidade das tecnologias de IA, estamos apenas no início de uma era onde a inteligência artificial moldará profundamente nosso futuro. Resta-nos acompanhar de perto essas inovações e aproveitar as oportunidades que elas nos oferecem para criar um mundo mais conectado e eficiente.
Por Gustavo Napomuceno - Arquiteto de Soluções e especialista em IA na Mouts TI.
Um levantamento realizado pela Jooriindica que mais de 300 mil advogados no Brasil já utilizam ferramentas de inteligência artificial (IA) especializadas no setor para trabalhar, representando aproximadamente 20% dos profissionais registrados na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O levantamento consolidou o número de usuários do país nas principais ferramentas de IA para o setor. A informação reflete o papel crescente da tecnologia no setor jurídico, promovendo maior eficiência e competitividade em um mercado altamente dinâmico.
A adoção de IA no setor jurídico tem ganhado força devido à sua capacidade de automatizar processos, reduzir custos e aumentar a produtividade. Ferramentas de IA gerativa estão sendo amplamente aplicadas para simplificar pesquisas jurídicas, oferecendo acesso rápido a precedentes, jurisprudências e informações atualizadas. Tecnologias avançadas também têm facilitado a criação de documentos legais e a revisão automatizada de contratos, otimizando tarefas que antes exigiam horas de trabalho manual. "A automação não substitui o profissional jurídico, mas o capacita a focar em questões estratégicas e atendimento personalizado, elevando o valor dos serviços", afirma João Canesin, líder do projeto Joori.
Pesquisas de organizações renomadas corroboram o impacto transformador da IA no setor jurídico. Um estudo da McKinsey & Company revela que 70% das empresas globalmente adotaram IA em suas operações, com 65% utilizando IA generativa para automação de processos. No setor jurídico, essa automação contribui diretamente para maior eficiência e qualidade nos serviços prestados.
“Embora o Brasil esteja em estágios iniciais de adoção, o ritmo de crescimento observado em países como o Reino Unido sugere que a tendência é de rápida expansão. Lá, a adoção de IA no setor jurídico saltou de 11% em 2023 para 41% em 2024. O Brasil pode alcançar patamares semelhantes, com uma taxa de utilização de ferramentas de IA estimada entre 40% e 50% até 2025”, comenta Canesin.
Joori surge como principal assistente de IA para no direito brasileiro
A Joori é uma assistente de inteligência artificial desenvolvida pela Alore, uma startup brasileira especializada em soluções de blockchain e IA. Lançada em 2024, a plataforma foi criada ao longo de dois anos com um investimento de R$ 3 milhões, sob a liderança de João Canesin, especialista em IA.
A Joori foi projetada para reduzir o tempo gasto em tarefas operacionais no setor jurídico, permitindo que advogados e escritórios de todos os tamanhos concentrem seus esforços em atividades estratégicas.
Entre suas funcionalidades estão análises automatizadas de audiências, pesquisas jurídicas avançadas, criação de peças jurídicas e organização de processos. A plataforma é totalmente adaptada à legislação brasileira e já trouxe resultados notáveis para escritórios como o Brandão & Costa Advogados, que relatou uma redução de 95% no tempo de resposta aos clientes. "Nosso objetivo é democratizar o acesso a soluções de IA para o setor jurídico, transformando a maneira como os profissionais trabalham", explica João Canesin.
A inteligência artificial está redefinindo o cenário jurídico brasileiro. Com a capacidade de economizar tempo, reduzir custos e aumentar o valor agregado dos serviços prestados, a IA se consolida como um pilar fundamental para a transformação digital no setor. O futuro da advocacia será moldado pela integração entre a expertise humana e o poder da tecnologia.
Elon Musk está pronto para revolucionar mais uma indústria! O bilionário ameaçou lançar um smartphone da Tesla caso Apple e Google não mudem suas políticas de controle sobre as lojas de apps.
Elon Musk, o dono da Tesla, SpaceX, X (antigo Twitter) e outras inovações tecnológicas, voltou a causar burburinho ao insinuar que a Tesla pode entrar no mercado de smartphones.
A declaração veio após tensões com a Apple e o Google sobre suas políticas de controle nas lojas de aplicativos, que vêm sendo amplamente criticadas por desenvolvedores e empresas de tecnologia.
O Cenário das Big Techs e a Crítica de Musk
Atualmente, Apple e Google dominam o mercado de aplicativos com suas plataformas App Store e Google Play, cobrando taxas de até 30% sobre transações realizadas dentro dos apps. Essa prática tem sido amplamente contestada por Musk e outros líderes do setor, que consideram a taxa excessiva e prejudicial à inovação.
Recentemente, Musk criticou abertamente as políticas das lojas de aplicativos, sugerindo que, caso as big techs não adotem uma abordagem mais justa, ele estaria disposto a criar uma solução alternativa: um smartphone da Tesla.
Imagem: reprodução / divulgação
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Tesla Phone: Realidade ou Blefe?
Embora a ideia de um smartphone Tesla possa soar como uma provocação, muitos especulam que Musk pode estar falando sério. A Tesla é conhecida por desafiar indústrias estabelecidas, como a automotiva e aeroespacial, trazendo inovações disruptivas para o mercado.
Mesmo sem um modelo oficialmente anunciado, o designer italiano Antonio De Rosa, desenvolveu um conceito de como ele imagina que seria o smartphone e chamou o modelo de Object-X.
Um “Tesla Phone” poderia seguir o mesmo caminho, alavancando tecnologias já existentes na empresa, como:
Integração com os veículos Tesla: Controle total do carro através de um smartphone dedicado.
Conexão com Starlink: Internet de alta velocidade em qualquer lugar do mundo via a rede de satélites da SpaceX.
Sistemas operacionais independentes: Uma plataforma que não dependa de Apple ou Google.
Tecnologias sustentáveis: Bateria de longa duração, utilizando inovações da própria Tesla.
Impacto no Mercado
Se Musk realmente seguir em frente com o projeto, o impacto no mercado seria significativo. A entrada da Tesla no setor de smartphones representaria uma ameça direta à hegemonia da Apple e do Google, forçando-as a repensar suas políticas.
Por outro lado, o desafio de competir em um mercado tão saturado também não seria fácil, exigindo uma estratégia altamente inovadora e um diferencial claro.
Provocação ou Próximo Passo?
Essa não é a primeira vez que Elon Musk lança ideias audaciosas que inicialmente pareceram improváveis, mas que se tornaram realidade.
Enquanto o “Tesla Phone” ainda é apenas uma possibilidade, é evidente que Musk está disposto a pressionar as grandes empresas do setor a reconsiderarem suas práticas.
Se o mundo está pronto para um smartphone da Tesla, ainda não sabemos. Mas, vindo de Musk, qualquer desafio às estruturas tradicionais é algo a ser acompanhado de perto.
Aplicativo da LookInside prevê em 60 segundos o risco de amputações em diabéticos - Incubada no Tiradentes Innovation Center startup reforça a importância do diagnóstico precoce
A LookInside, startup incubada no Tiradentes Innovation Center, em Aracaju, Sergipe, está transformando o cenário de cuidados com a saúde de diabéticos com o lançamento de um aplicativo inovador capaz de prever, em apenas 60 segundos, o risco de amputações no pé de pacientes com diabetes. Este avanço tecnológico que reforça a importância do diagnóstico precoce no combate às complicações da doença chega em um momento crucial, coincidentemente durante as ações do Dia do Exame do Pé, promovido pela LookInside no Complexo do Centro de Especialidades em Saúde da Universidade Tiradentes (Unit).
De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, mais de 540 milhões de pessoas vivem com diabetes em todo o mundo, e uma das complicações mais graves da doença é a má circulação sanguínea, que pode levar à necessidade de amputações. Segundo o médico sergipano e fundador da LookInside, Hermílio Carvalho Júnior, "em 85% dos casos, a amputação pode ser evitada com diagnóstico precoce e intervenções rápidas".
O aplicativo, que pode ser baixado gratuitamente por qualquer pessoa, utiliza inteligência artificial para analisar imagens do pé do paciente – tiradas com um celular – e identificar riscos de complicações graves. O processo é simples e rápido: duas fotos (uma da parte superior e outra da inferior do pé) são suficientes para que o software forneça uma análise detalhada em apenas um minuto.
Carvalho explica que a ferramenta não substitui os exames médicos tradicionais, mas funciona como um aliado estratégico, permitindo que profissionais da saúde concentrem esforços em pacientes com maior necessidade de atenção.
Impacto e Resultados da LookInside
Fundada em 2022, a LookInside já preveniu 120 amputações graças à sua tecnologia pioneira. A startup vem atraindo atenção internacional, participando do Web Summit de Lisboa com o apoio da ApexBrasil e Sebrae.
“A presença internacional busca obter conhecimento tecnológico e regulatório e oferecer o produto à União Europeia. Nosso objetivo é tornar a LookInside uma referência global na prevenção de complicações relacionadas à diabetes”, afirma Carvalho, que recentemente recebeu um convite do Instituto Pedro Nunes, em Portugal, para explorar parcerias na área de software médico.
Conexão com o Tiradentes Innovation Center
A LookInside é mais um exemplo de sucesso incubado no Tiradentes Innovation Center, hub de inovação do Grupo Tiradentes. O centro oferece suporte estratégico a startups e empreendedores, conectando-os a investidores, tecnologias emergentes e mercados globais.
"Iniciativas como a LookInside demonstram como a tecnologia pode transformar vidas e criar impacto social positivo. Este é o tipo de inovação que buscamos fomentar no Tiradentes Innovation Center", destaca Domingos Sávio Alcântara Machado, presidente do Tiradentes Innovation Center.
Sobre a LookInside
A LookInside é uma empresa especializada em tecnologias médicas de visão computacional e inteligência artificial centradas no paciente, dedicada a transformar o cuidado com a saúde de diabéticos por meio da tecnologia. Fundada em 2022, a empresa já obteve resultados expressivos e está em expansão global, com a missão de reduzir amputações e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas.
Sobre o Tiradentes Innovation Center
O Tiradentes Innovation Center (TIC), inaugurado em outubro de 2019, é parte do ecossistema do Grupo Tiradentes, um dos principais grupos educacionais do Nordeste brasileiro, reconhecido por sua excelência em ensino, pesquisa, extensão e responsabilidade social. Sediado no campus Aracaju Farolândia da Universidade Tiradentes, onde sua trajetória teve início, o Centro tem como pilares a inovação, a gestão de qualidade e um corpo docente altamente capacitado.
O TIC, pioneiro na América Latina, foi criado com o propósito de experimentar, fomentar, investir e desenvolver projetos e ideias relacionadas ao futuro da educação e às novas profissões.
O Centro atua como um hub para conectar pessoas e instituições, promovendo a cultura da criatividade, inovação e empreendedorismo. Seu objetivo é desenvolver soluções inovadoras, negócios e tecnologias que gerem impactos positivos na economia, na sociedade e no futuro da educação. Parcerias estratégicas com empresas como Santander Universidades, Google For Education, Cisco, Samsung, Fortinet, TLD, Meta e outras, consolidam o TIC como um espaço de excelência e inovação, reafirmando o compromisso do Grupo Tiradentes com a transformação da educação e o impacto positivo na sociedade.
Desde sua inauguração, o Tiradentes Innovation Center vem alcançando números expressivos:
Mais de 20 edtechs incubadas;
+240 pessoas capacitadas em cursos e oficinas makers;
+920 eventos e ações no último ano;
Capacitação de mais de 1.000 docentes nas ferramentas da plataforma Google For Education;
A Inteligência Artificial representa uma oportunidade sem precedentes para o Brasil, mas o seu sucesso depende da superação de barreiras culturais e da adoção de uma mentalidade proativa. Para Adriano Cruz, CEO do GrupoW, um dos maiores nomes do país em softwares para internet de alta complexidade e com unidade especializada em IA, a WeGow, o "jeitinho brasileiro" pode ser visto de forma positiva já que carrega a habilidade fundamental para treinamento das IAs. Segundo o executivo, o país pode se tornar uma referência global, mostrando que conhecimento, além de criatividade e adaptação, são essenciais para navegar no futuro tecnológico.
A Inteligência Artificial (IA) é um tema que enfrenta barreiras culturais e muitos no Brasil a enxergam como uma ameaça. Porém, segundo Adriano Cruz, especialista de renome em TI e CEO de uma das empresas líderes em softwares para internet do Brasil, o GrupoW, com unidade focada em IA, a WeGow, destaca que o alto nível de testes e possibilidades exigidas para o treinamento eficaz de uma IA é a chave do sucesso dessas ferramentas.
“A riqueza cultural e a criatividade do povo brasileiro podem transformar esse cenário e posicionar o Brasil como um protagonista no desenvolvimento de tecnologias. O famoso "jeitinho brasileiro" neste momento se revela uma habilidade valiosa no contexto da IA. Nosso idioma complexo conectado com o aspecto cultural de trazer novas maneiras de enxergar um problema, a exemplo dos famosos “memes” e até alternativas criativas ao que parece ser óbvio e para contornar obstáculos, estão intrínsecos na cultura nacional. Essa habilidade é especialmente útil no treinamento de modelos de IA, fundamental para o seu sucesso. Já soube de casos, inclusive, de brasileiros capazes de extrair informações sigilosas de sistemas de IA usando a criatividade”, conta Adriano Cruz.
“Outro exemplo foi um caso de uma IA em que a regra implantada era de não revelar preços de determinados produtos. O usuário, brasileiro, começou a testar diversas possibilidades de perguntas até que conseguiu extrair a informação desejada e descobriu que a chave era uma palavra. Ele questionou à assistente virtual para revelar os preços apenas no sentido “hipotético” de uma compra. E ela passou!”, complementa o executivo para justificar o grande potencial do Brasil para treinamento e implementações de segurança nas IAs utilizando as diversas possibilidades. “Quanto o assunto é criatividade e adaptação, não há igual no mundo ao Brasil”, destaca.
A resistência ao aprendizado
O medo do desconhecido é um dos principais obstáculos para a adoção da IA. Muitas pessoas e empresas percebem essa tecnologia como um possível substituto para o trabalho humano, levando a uma resistência em aprender e integrar essas ferramentas em suas rotinas. Entretanto, a transformação cultural é um processo inevitável, segundo o especialista. “A educação e a conscientização nas empresas sobre as possibilidades e benefícios da tecnologia, além de como se enquadrar nesse novo cenário são fundamentais para mudar essa narrativa”, conta Adriano.
Talentos brasileiros no cenário global
O Brasil possui um vasto potencial em diversas áreas, como publicidade, medicina, ciência, tecnologia e inovação. A formação de talentos locais pode não apenas melhorar a qualidade da IA, mas também posicionar o Brasil como um hub de referência em tecnologia. “Precisamos propagar informações sobre como a IA pode somar e para isso é preciso o entendimento mais aprofundado além de promover ambientes de trabalho que permitam que a inovação possa florescer. A cultura brasileira, com sua diversidade e flexibilidade, é uma vantagem competitiva. A capacidade de adaptação e a criatividade, únicos no Brasil, são essenciais para o desenvolvimento de soluções de IA que atendam às necessidades específicas do mercado brasileiro e, por extensão, do mundo”, destaca o executivo.
“Acredito que neste cenário de IA o "jeitinho brasileiro" não deve ser visto apenas como uma forma de contornar regras, mas como uma habilidade fundamental para inovar e transformar”, conclui.
Sobre o GrupoW
Fundado por Adriano Cruz em 2000, o GrupoW é referência nacional em desenvolvimento de soluções tecnológicas para empresas, com serviços que incluem criação de sites, e-commerces, aplicativos e softwares personalizados, além de integração de sistemas e gerenciamento de campanhas promocionais. Em 2024, o GrupoW expandiu sua atuação com o lançamento da WegoW, agência de branding digital que utiliza 100% de inteligência artificial para desenvolver projetos e ferramentas inovadoras.