Mostrando postagens com marcador MERCADO & CONSUMO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador MERCADO & CONSUMO. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 9 de abril de 2024

Serviços financeiros começam a se preparar para lidar com ameaças relacionadas a deepfakes

Imagem: reprodução

Os incidentes deepfake no setor de fintechs aumentaram 700% em 2023 em relação ao ano anterior.

Com os avanços tecnológicos tornando a voz e as imagens habilitadas para inteligência artificial mais realistas do que nunca, malfeitores armados com deepfakes estão chegando às empresas.

“Sempre recebemos chamadas fraudulentas. Mas a capacidade desses modelos de IA agora imitarem os padrões reais de voz de um indivíduo dando instruções a alguém com o telefone para fazer algo – esses tipos de riscos são totalmente novos”, disse Bill Cassidy, diretor de informações da New York Life.

Os bancos e os prestadores de serviços financeiros estão entre as primeiras empresas a serem visadas. “Este espaço está se movendo muito rápido”, disse Kyle Kappel, líder cibernético da KPMG nos EUA.

A rapidez foi demonstrada no início deste mês, quando a OpenAI apresentou uma tecnologia que pode recriar uma voz humana a partir de um clipe de 15 segundos. A Open AI disse que não divulgaria a tecnologia publicamente até saber mais sobre os riscos potenciais de uso indevido.

Entre as preocupações está a possibilidade de maus atores usarem áudio gerado por IA para manipular software de autenticação de voz usado por empresas de serviços financeiros para verificar clientes e conceder-lhes acesso às suas contas. O Chase Bank foi enganado recentemente por uma voz gerada por IA durante um experimento.

Os incidentes deepfake no setor de fintechs aumentaram 700% em 2023 em relação ao ano anterior, de acordo com um relatório recente da plataforma de verificação de identidade Sumsub.

As empresas dizem que estão trabalhando para implementar mais barreiras de proteção para se prepararem para uma onda de ataques generativos alimentados por IA. Por exemplo, a Cassidy disse que está trabalhando com o grupo de capital de risco da New York Life para identificar startups e tecnologias emergentes projetadas para combater deepfakes. “Em muitos casos, a melhor defesa desta ameaça de IA generativa é alguma forma de IA generativa do outro lado”, disse ele.

Os malfeitores também podem usar a IA para gerar fotos falsas de pessoas para configurar contas online, por isso Alex Carriles, diretor digital do Simmons Bank, disse que está mudando alguns protocolos de verificação de identidade. Anteriormente, uma etapa para abrir uma conta online no banco envolvia o upload de fotos de carteiras de motorista pelos clientes. Agora que as imagens de carteiras de motorista podem ser facilmente geradas com IA, o banco está trabalhando com o fornecedor de segurança IDScan.net para melhorar o processo.

Em vez de enviar uma foto pré-existente, disse Carriles, os clientes agora devem fotografar suas carteiras de motorista por meio do aplicativo do banco e depois tirar selfies. Para evitar uma situação em que eles seguram câmeras contra uma tela com um visual gerado por IA do rosto de outra pessoa, o aplicativo instrui os usuários a olhar para a esquerda, direita, para cima ou para baixo, já que um deepfake genérico de IA não estará necessariamente preparado para fazer o mesmo.

Fontemercadoeconsumo / Via Dow Jones Newswires



terça-feira, 12 de março de 2024

Faturamento do Dia do Consumidor deste ano deve superar o de 2023

Foto: reprodução

Projeção é da FecomercioSP, que aponta o cenário econômico mais favorável como impulsionador para o bom desempenho.

O Dia do Consumidor deste ano, que acontece no próximo dia 15, deve superar os resultados de 2023 em termos de faturamento, conforme projeção da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), devido ao cenário econômico mais favorável, como a queda no desemprego, que ocasiona a capacidade de mais pessoas consumirem. Além disso, a redução da inflação e o ciclo de quedas da taxa básica de juros do país, a Selic, poderão influenciar nas vendas do período.

A FecomercioSP considera a data de grande importância para o impulsionamento das vendas no varejo, o que também impacta os dias seguintes, pois as promoções se estendem durante o fim de semana, incluindo as ofertas que começam a ser feitas já no começo do mês.

A data, conhecida como a “Black Friday do primeiro semestre”, gerou uma receita de R$ 618,7 milhões para o setor varejista em 2023, segundo estimativa da consultoria Neotrust, apresentando uma queda de 20,8% em relação a 2022.

No ano passado, no intervalo entre 1º e 15 de março, a Neotrust apurou que o faturamento médio diário do varejo foi de R$ 448,7 milhões, um montante 7,8% superior à média diária de janeiro.

Semana do Consumidor

Diversas iniciativas podem ser adotadas pelos lojistas para atrair clientes e aumentar o faturamento, não apenas na data, mas durante toda a semana do consumidor. Pensando nisso, a FecomercioSP reuniu algumas dicas que visam ajudar os empresários a aproveitarem ao máximo esse período de oportunidades no varejo.

  • Pesquisas de mercado: Buscar e realizar pesquisas de mercado realizadas por agências sobre preferências e tendências de produtos para a data. Considerar os últimos lançamentos disponíveis e selecionar itens parados nos estoques ou relacionados a períodos sazonais específicos, como o verão, para movimentá-los por meio de descontos com condições especiais.
  • Extensão das ações: Estender as ações promocionais não apenas para o Dia do Consumidor, mas também para o período da Semana do Consumidor. Criar campanhas de descontos em canais digitais, como marketplaces, em momentos distintos, e pensar em ofertas exclusivas para clientes antigos ou condições diferenciadas para atrair novos consumidores nas lojas físicas.
  • Promoções atrativas: Oferecer descontos reais e atrativos, acompanhando a variação dos preços e promovendo campanhas subsidiadas por plataformas em marketplaces. Nas lojas físicas, agregar produtos às vendas com promoções como descontos na segunda unidade ou “compre 2 e pague 2”.
  • Facilidades de pagamento e entrega: Oferecer valores mais atrativos para pagamento usando o Pix para reforçar o caixa de forma imediata, além de disponibilizar entregas gratuitas a partir de determinados valores para diminuir os custos com máquinas de pagamento e evitar a desistência da compra por causa do preço do frete.
  • Investir na experiência do cliente: Investir na melhoria da experiência do cliente na loja física ou no marketplace, considerando aspectos como conferência do estoque e de materiais de expedição, afinamento dos prazos de envio no e-commerce, verificação dos preços das etiquetas nas lojas físicas, treinamento dos funcionários para oferecer os produtos das promoções, incentivo ao pagamento por PIX e utilização das redes sociais para divulgação externa da data.

Fonte: mercadoeconsumo


sexta-feira, 8 de março de 2024

Executivas falam sobre inspiração para vencer desafios e motivação em suas carreiras

Imagem: reprodução

A convite da reportagem, cinco mulheres compartilham experiências pessoais, profissionais e com a maternidade.

A luta das mulheres operárias, que deu origem à celebração do Dia Internacional da Mulher, ainda se repete 113 anos depois da primeira celebração dessa data, que busca evidenciar os avanços conquistados e o quanto falta para que a discriminação de gênero não reduza oportunidades, salários e opiniões de uma pessoa por ter nascido mulher. Ou que ela se torne o alvo preferido da violência pelo mesmo motivo.

Há três dias, a MERCADO&CONSUMO publicou um estudo, realizado pelo Fórum Mundial Econômico e divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), sobre o atual  ritmo do progresso econômico. De acordo com o documento, os países levarão 131 anos para atingir a paridade salarial entre homens e mulheres.

E há mais do que isso. Questões fundamentais como direitos reprodutivos, equidade na divisão das responsabilidades familiares e domésticas, acesso igualitário a cargos de liderança tanto no setor público quanto no privado, representação efetiva nos órgãos legislativos e executivos e o direito inalienável de não ser vítima de assédio ou violência, persistem como problemas urgentes – e sem respostas satisfatórias à vista.

Mas não podemos ignorar que muitos progressos foram feitos por meio da luta diária de mulheres que escolhem diariamente contribuir um pouco mais com toda a sociedade e inspirar quem delas se aproxima.

Vanessa Sandrini, diretora de Varejo do Fasano e cofundadora do Ella’s do Varejo

Meu maior desafio é perceber que o mundo não é para pessoas diferentes e nós somos todos diferentes. "Eu fui educada para ser igual a todo mundo. Isso amputou várias partes de mim, me tornei ambidestra, e sou grata a isso. Mas, se eu cheguei lá, amputando partes de mim para “caber”, imagine quem eu seria se usasse o meu melhor a serviço do mundo?

O que me motiva, quando eu ouço as pessoas dizendo “onde é o que o mundo vai parar”, é ver que o mundo vai poder voar,  porque a gente vai poder deixar as pessoas serem quem elas são.

Educamos gerações – e com todo valor e respeito, entendo que foi necessário – para o volume. E, agora, é sobre indivíduos. Eu luto todos os dias para eu poder ser eu mesma. O que me motiva todos os dias é sobre mim. Parece egoísta, mas não posso melhorar o mundo se eu tiver de deixar de ser quem eu sou.

Ivone Santana, fundadora e dirigente do Instituto Modo Parités e consultora para lideranças e ambientes mais inclusivos

Acredito que desafios e problemas são objetos de trabalho, e não impeditivos. Gosto de buscar soluções para questões complexas. Isso sempre me motivou.

No entanto, como mulher, enfrentamos também o desafio de conciliar, o tempo todo, nossa força com a suavidade. Cultivar a gentileza consigo mesma, com nossa condição cíclica, com as pessoas ao nosso redor. Ao mesmo tempo, nos defendermos de uma sociedade, muitas vezes, misógina e machista, que coloca gigantescos muros preconceituosos e tóxicos em nosso caminho, é uma tarefa permanente. Quando se somam outros aspectos, como ser mulher, negra, com deficiência, LGBTI+, 50+, de baixa renda, os obstáculos são ainda maiores.

O momento em que me sinto mais motivada a seguir em frente é quando, em meu trabalho, vejo nos olhos das pessoas o brilho de quem despertou a consciência sobre um aspecto em que ela pode influenciar positivamente para melhorar a vida de outras pessoas, da sociedade e a sua própria vida, fazendo o virtuoso ciclo do ganha-ganha-ganha. Isso me motiva seguir adiante.

Cecília Rapassi, sócia-fundadora da Gouvêa Fashion Business

Sou verdadeiramente apaixonada pelo mercado de moda e tenho como missão pessoal contribuir para a evolução desse setor. Cada passo conquistado, nesse sentido, me anima muito! Conectar e desenvolver pessoas fazem meus olhos brilharem.

Apesar de ter enfrentado muitos percalços por trabalhar e morar sozinha desde muito nova, conheci o que realmente era desafiador depois de ser mãe. A mulher carrega instintivamente a responsabilidade e a carga emocional de cuidar da família e conciliar a carreira sem deixar nenhum prato cair. Sem duvida, hoje, é o que mais me desafia e me motiva ao mesmo tempo.

Fernanda Dalben, diretora de Marketing da Dalben

O que me motiva e me inspira é, todos os dias, de alguma forma, colaborar com o varejo. Levar uma nova visão, inovar. E, sendo mulher, acredito que isso quebra muitas barreiras e esteriótipos, já que o varejo sempre foi muito “dominado” por homens. Me inspira inspirar também outras mulheres. De algum modo, ser um exemplo.

Danielle Garry, Sales Director Large Accounts da Puratos e presidente do IFB

A gente tem um ambiente corporativo ainda muito masculino. A minha principal barreira foi conciliar a vida pessoal com a vida profissional. Cuidar da casa e da maternidade é sempre um grande desafio. Como eu consegui enfrentar? Foi sempre ter uma rede de suporte muito bem estruturada. Se eu não tenho uma base muito bem estruturada, não tenho um emocional equilibrado para seguir com o dia a dia do trabalho.

Eu sempre dou esse conselho para as meninas que trabalham comigo: organiza a casa, senão, você não consegue estar aqui de corpo e alma e com qualidade de presença. Eu vejo que, hoje, as mulheres se ajudam muito mais que antes. A gente se vê muito mais como parceiras que como concorrentes. É uma puxando a outra.

O que mais me motiva a superar tudo isso é ter, primeiramente, a minha independência, ser uma peça importante na construção da minha família e inspirar outras pessoas.

Primeira mulher a presidir o Instituto Foodservice Brasil, Danielle foi a convidada dessa semana do webcast Bora Varejar, produzido pela MERCADO&CONSUMO. O episódio 45, disponível abaixo, foi apresentado por Aiana Freitas, editora-executiva, e Larissa Féria, editora-chefe, ambas da M&C.



Fonte: mercadoeconsumo


quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Contratos inteligentes e blockchain no varejo: transformando as transações comerciais

Imagem: reprodução

Neste artigo, exploraremos como os contratos inteligentes e a tecnologia de blockchain estão transformando as transações comerciais no varejo, destacando os benefícios, desafios e implicações legais associadas.

Primeiramente, esclarecemos que o blockchain é uma tecnologia que oferece uma solução descentralizada para o armazenamento e verificação de dados, com registro distribuído e imutável de transações. O que ajuda a criar uma base de dados confiável para os contratos inteligentes que não podem ser alterados de forma fraudulenta.

A tecnologia blockchain está em ascensão, trazendo consigo uma revolução no setor varejista, introduzindo uma forma inovadora de conduzir transações comerciais: os contratos inteligentes.

Contratos inteligentes e blockchain no varejo: transformando as transações comerciais

Ainda, ajuda a criar um ambiente de negócios mais seguro, onde as transações são verificadas e validadas por uma rede de computadores, em vez de um único intermediário.

A blockchain tem ganhado popularidade em vários setores, incluindo o varejo. Uma das aplicações mais promissoras dessa tecnologia é a criação de contratos inteligentes, que automatizam a execução de acordos entre duas ou mais partes.

Os contratos inteligentes estão mudando o varejo de várias maneiras

No varejo, por exemplo, eles estão sendo usados para criar plataformas de comércio eletrônico descentralizadas, onde os compradores e vendedores podem negociar diretamente, sem a necessidade de intermediários. Isso ajuda a reduzir os custos dos intermediários e aumenta a eficiência das transações.

Também pode ser aplicada para rastrear a cadeia de suprimentos, autenticar produtos e criar um histórico imutável de transações, proporcionando um registro transparente e imutável de todo processo, aumentando a confiança entre as partes.

A capacidade de rastrear produtos ao longo da cadeia de suprimentos promove maior responsabilidade e autenticidade.

Nas empresas de varejo, a blockchain é utilizada para monitorar a movimentação de mercadorias entre fornecedores e compradores. Por exemplo, a Amazon registrou uma patente para um sistema de blockchain que rastreia mercadorias à medida que se movem na cadeia de suprimentos .

Exemplos de utilização no varejo

Pagamentos automatizados: contratos inteligentes podem facilitar pagamentos automáticos entre fornecedores e varejistas com base no cumprimento de condições pré-estabelecidas.

Garantia de qualidade: a blockchain pode ser utilizada para rastrear a qualidade dos produtos, acionando automaticamente cláusulas contratuais em caso de desvio.

Programas de fidelidade: contratos inteligentes podem gerenciar automaticamente programas de fidelidade, emitindo recompensas de forma eficiente.

Desafios e considerações legais

Ambiguidade legal: a legislação ainda está adaptada aos contratos inteligentes, levantando questões sobre a validade legal e interpretação de cláusulas automáticas.

Segurança jurídica: a segurança cibernética e a proteção contra fraudes são preocupações críticas que exigem atenção legal constante.

Resolução de disputas: mecanismos eficazes de resolução de disputas em contratos inteligentes ainda estão em desenvolvimento, exigindo soluções jurídicas inovadoras.

Conclusão

Em síntese, a integração de contratos inteligentes e blockchain no varejo representam uma evolução significativa nas transações comerciais. Embora os benefícios sejam evidentes, os desafios legais destacam a necessidade de um ambiente regulatório claro e adaptável.

O varejo do futuro dependerá não apenas da inovação tecnológica, mas também da capacidade de criar estruturas legais que acompanhem esse avanço.

Por Valéria Toriyama e Ana Paula Caseiro Camargo - advogadas do Caseiro e Camargo Advocacia Estratégica.


Fonte: mercadoeconsumo


quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Chega de Estado demais e sociedade de menos

Imagem: reprodução

Com o fim da era da pandemia, o tête-à-tête das interações humanas voltou à vida do dia a dia. O fenômeno da ressocialização em massa vem acontecendo em todos os países nos quais há liberdade de opinião, naturalmente, cultivando-se a arte do encontro. O reflorescimento global dos cafés, bares e restaurantes vem também ocorrendo no Brasil com grande ímpeto, porém, com um impulso ainda menor do que se observa em dezenas de países, sobretudo, os da Europa, Oceania e do Leste Asiático.

Isto porque os governos nacionais de 77 nações, conforme atestou o Fundo Monetário Internacional, não deixou que suas empresas saíssem da covid-19 com os pés acorrentados por dívidas. Durante a pandemia, foram concedidos recursos não reembolsáveis (portanto, a fundo perdido) aos negócios que estavam sendo asfixiados pelos “lockdowns”, em que as pessoas eram proibidas de saírem de casa. Essas interdições dos “lockdowns” se espalharam pelo mundo a partir de janeiro de 2020.

No dia 9 de março de 2021, estampou-se no blogue do International Monetary Fund (IMFblog) o resultado de um levantamento da instituição, por meio do qual foram identificados 100 países que estavam concedendo empréstimos a fundo perdido às empresas afetadas pelos lockdowns. Aqui, no Brasil, no dia 3 de maio de 2021, limitou-se providenciar apenas um balão de oxigênio para as empresas que agonizavam com o acúmulo cotidiano de dívidas e mais dívidas. Criou-se, então, o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O nome do Perse sequer faz clara indicação de que se destina também a socorrer os combalidos bares e restaurantes.

Esse programa compreende ainda o ramo da hotelaria, além dos contribuintes que realizam ou comercializam, entre outras atividades, como as relacionadas a eventos esportivos, a shows, a feiras, etc. O socorro brasileiro limita-se a reduzir a zero, durante cinco anos, as alíquotas do imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ), da CSLL, do PIS e da Cofins. Mas só foi socorrido, no Perse, um conjunto de 500 empresas, aquelas que estão fora do Simples, e, ainda assim, limitando-se ao Cadastro Único. Infelizmente, o que houve foi um programa para alguns, e não para todos. Já fomos à Justiça, inclusive, com ação no Supremo Tribunal Federal.

É sabido que o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, com um dos piores retornos de benefícios à população. E, assim, mesmo com o Perse ainda em vigor, 57% das empresas do setor da alimentação fora do lar continuam operando sem fazer lucro, sendo que 23% ostentam prejuízos, conforme recente pesquisa efetivada pela Abrasel. O setor tem 1,5 milhão de CNPJs ativos, dos quais 990 mil se enquadram na categoria de microempreendedores individuais (MEIs). No total, operam com 5,3 milhões de empregados.

Durante a pandemia, o setor viu-se na contingência de ter de recorrer a empréstimos. Hoje, 40% dos estabelecimentos ainda permanecem com parcelas de pagamento atrasadas, além das pendências nos encargos trabalhistas e nos impostos federais e estaduais. Metade das empresas (53%, aponta a pesquisa) não conseguiu repassar a totalidade da inflação dos alimentos. E somente em 10% das empresas reajustaram-se os preços acima da inflação. Os estabelecimentos da alimentação fora do lar sofreram um duplo golpe. A inflação do setor veio forte; os juros, idem.

Mas, no frigir dos ovos, o que prevalece no setor é um visível otimismo. Em primeiro lugar, os empresários de todos os portes (indo dos que se situam no MEI até os dirigentes e acionistas das maiores redes nacionais de restaurantes) alegram-se ao ver a freguesia novamente ocupando, com ares de felicidade, as mesas dos estabelecimentos. Os seus semblantes só transmitem maior preocupação com esta cruel ameaça que paira sobre o setor: a extinção dos benefícios do Perse. Trata-se de uma aniquilação que friamente se daria em duas etapas. A partir de abril deste ano, tornariam a ser plenamente cobrados a CSLL, o PIS e a Cofins. Em janeiro de 2025, voltaria a ser inteiramente taxado o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IPRJ).

O que o setor quer é diálogo. A troca de ideias, a conversação, a interlocução e a mesa-redonda estão no coração, na essência, no âmago dos empreendedores dos cafés, bares, bistrôs e restaurantes. Os países mais desenvolvidos, sobretudo os da Europa, têm as ruas ladeadas por amplas calçadas, propícias aos que nelas passam e aos que nelas querem permanecer. Sob os toldos dos estabelecimentos se pratica a arte da interlocução comunitária, que é vista por muitos sociólogos como a base de sustentação das democracias historicamente sólidas.

O Brasil caminha nesta direção, ainda que com tropeços, tais como o da extemporânea e descabida extinção do Perse. A gente sabe que o Estado tem de interferir na medida certa. Requer-se uma sutil moderação, equivalente à quantidade de sal que se coloca na comida. Sem o sal, o alimento fica insosso. Se utilizado além da conta, passa-se a correr o risco de trágicas consequências ao organismo, como o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral.

Chega de impostos demais e sociedade de menos. A causa dos bares e restaurantes sintetiza-se no lema da Abrasel: a partir das ruas, um país mais simples de se empreender e melhor de se viver.

Por Paulo Solmucci - presidente da ABRASEL


Fonte: mercadoeconsumo


quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Yalo recebe aporte de US$ 20 mi para investir em soluções de IA generativa e conversacional

Imagem: reprodução

Criada em 2015, a plataforma Yalo combina vendas, marketing e serviço de inteligência artificial para proporcionar experiências personalizadas.

A Yalo, plataforma de comércio conversacional, recebeu um aporte de US$ 20 milhões na rodada Série C, liderada pela Glisco Partners. No Brasil, o investimento será utilizado para aprimorar as soluções de IA generativa e conversacional, além de ampliar a atuação da companhia em cinco novos setores: agro, construção civil, CPG, distribuição e autopeças.

A empresa também visa amplificar sua presença na interação entre empresas e indústrias, estabelecendo uma conexão direta com seus clientes varejistas por meio de aplicativos de mensagens, como o WhatsApp.

“Manteremos nosso foco na construção de excelentes produtos para auxiliar nossos clientes a explorarem o vasto potencial da IA de maneira segura e intuitiva. Juntos, buscaremos democratizar o acesso à IA para milhões de comerciantes e consumidores que, historicamente, não tiveram essa oportunidade”, comenta Javier Mata, fundador e CEO da Yalo.

Criada em 2015, a plataforma Yalo combina vendas, marketing e serviço de inteligência artificial para proporcionar experiências personalizadas.

Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcoom), o varejo em 2022, alcançou a receita global de U$ 28,8 trilhões, com isso, a Yalo identificou uma oportunidade de mercado na interseção entre o comércio conversacional e o fragmentado cenário do varejista.

Fonte: mercadoeconsumo / via Mercado&Tech


Leia também:


quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Como redesenhar a dinâmica do trabalho para ganhar eficiência produtiva

Imagem: reprodução

Repensar a forma como as pessoas se relacionam no ambiente de trabalho, assim como a gestão do tempo e a forma de trabalhar, aumenta os indicadores de produtividade e de resultados em qualquer modelo de negócio.

O redesenho do formato de trabalho, gestão do tempo e relacionamento entre gestores e colaboradores colaborou para a construção de uma cultura de bem-estar no trabalho, o que ocasiona aumento de 31% na produtividade e, consequentemente, 37% de aumento direto das vendas – de acordo com pesquisas realizadas por organizações como HBR, Gallup, Forbes, dentre outras, e divulgadas pela Reconnect. Ele impulsionou também outros indicadores valiosos e que impactam diretamente no desenvolvimento constante de qualquer modelo de negócio.


Antes de iniciar esse processo de transformação na sua empresa, é fundamental realizar um trabalho de conscientização das lideranças, principalmente quando há uma cultura de olhar para resultados sem levar em consideração questões mais sensíveis, como os níveis de engajamento e comprometimento do time em entregar esse resultado. Empresas com culturas que valorizam pouco o fator humano normalmente apresentam altos índices de rotatividade, baixa produtividade, dificuldade em inovação e, consequentemente, aumento do quiet quitting (ou um desistir silencioso) –, indicador esse mais difícil de mensurar, que muitas vezes fica invisível nas organizações, mas que é ocasionado pelos baixos índices de engajamento no trabalho e da conexão da missão de vida do colaborador com a missão apresentada pela empresa.

Essa conexão das missões se estabelece quando há uma sinergia entre o propósito de vida do colaborador com o propósito da empresa. Quando isso não acontece, as pessoas se sentem engolidas e exaustas com a dinâmica acelerada, imposta pela rotina intensa de entregas e sobrecarga de trabalho, o que faz com que o colaborador produza o mínimo possível para manter as condições de emprego, em vez de procurar superar seus resultados continuamente – essa questão foi batizada pelo mercado internacional de quiet quitting. Mas o que a produtividade tem a ver com isso? Absolutamente tudo, pois é aumentando os índices de bem-estar no trabalho que os índices de produtividade também apresentam crescimento. Ambos estão diretamente conectados.

Para aumentar os índices de produtividade com qualidade, é preciso criar abertura para ir trabalhando outros fatores, como segurança psicológica; apoiar as pessoas a encontrarem significado em suas atividades profissionais e senso de realização; além de conquistar maior equilíbrio e harmonia entre a vida pessoal e profissional. Afinal, esses fatores estão diretamente conectados com o aumento dos índices de produtividade e conquista de resultados. Não é possível mais dissociá-los do seu modelo de gestão, da incorporação desse modelo à cultura da empresa e da forma como você irá tocar seu negócio e as suas relações no trabalho. Todas as nossas ações são moldadas pela forma como evoluímos e nos desenvolvemos como sociedade e isso não impacta apenas os comportamentos de consumo, mas também os comportamentos e relacionamentos em todas as áreas da vida – o trabalho é uma delas.

Confira algumas ações simples para que você possa repensar e redesenhar a gestão do tempo, do formato de trabalho e das relações na sua empresa, com o seu time ou até mesmo com os seus pares no dia a dia de trabalho.

Como redesenhar o trabalho

Faça melhor uso de ferramentas e recursos tecnológicos. As informações precisam estar de fácil acesso para todos. Estimule que as pessoas dediquem e bloqueiem suas agendas para dedicar-se ao desenvolvimento e entrega de suas atividades. Para aumentar a eficiência produtiva, é fundamental investir no desenvolvimento das pessoas e permitir que tenham alto nível de foco em suas entregas. Assim evita-se retrabalho, aumenta-se a agilidade na produção e as pessoas tendem a ficar mais satisfeitas e felizes com esse processo. Aprenda a identificar os pontos fortes de cada um, colocando as pessoas certas nos lugares certos.

Como redesenhar o tempo

Pense nas últimas reuniões das quais participou. De quantas delas você saiu realmente com algo decido e com missões claras do que precisa realizar, para que pudesse dedicar tempo de qualidade ao seu processo produtivo? Essa questão virou um sinal de alerta na pauta de CEOs ao redor do mundo e não é um problema somente para a alta liderança.

Ao redesenhar os formatos de trabalho, você cria caminhos para se dedicar com mais qualidade às ações de planejamento e potencialização da produtividade. Uma ação simples que apoia esse processo é a criação de pautas colaborativas para as reuniões, nas quais cada envolvido reserva um tempo (não precisa ser longo) para se debruçar sobre o tema levantado, traz possibilidades e alternativas, com as devidas justificativas, e as reuniões passam a ocorrer de forma bem mais objetiva, focadas apenas na tomada de decisão, uma vez que todos os envolvidos vão ter se preparado e estão cientes do que precisa ser tratado. Utilize os recursos tecnológicos para criar arquivos colaborativos e, assim, otimizar os processos de co-construção.

Como redesenhar as relações

Esse ponto está diretamente conectado à necessidade de aumentar os níveis de segurança psicológica no ambiente de trabalho. Para isso é necessário, durante reuniões e pontos de contato com os demais colaboradores, que você passe a exercitar uma posição mais aberta e assertiva quando se trata de escuta ativa e empatia, assim como criar processos de reconhecimento e valorização das pessoas de forma constante. O feedback positivo precisa fazer parte da rotina, ao ponto que o feedback corretivo e construtivo, é claro, precisa ser dado quando necessário. Quando você inverte isso, cria um ambiente pouco propício à inovação, desestimulante e aumenta o distanciamento do objetivo de fazer com que as pessoas encontrem seu real propósito na rotina de trabalho, aumentando os índices de quiet quitting, por exemplo. Para impulsionar o desenvolvimento das relações, estar atento a questões voltadas à diversidade, inclusão e equidade é fundamental. Repense suas falas, seu modo de agir, ideias preconcebidas que você possa ter. É mudando as pequenas ações no dia a dia que conseguimos conquistar os maiores e melhores resultados.

Essas são apenas algumas dicas para você começar com pequenas ações que já trarão excelentes resultados para o aumento da eficiência produtiva. Ao começar a pavimentar esse caminho inicial, você pode ir trabalhando com ações mais robustas e profundas gradativamente. Deseja ter um lugar melhor para se trabalhar? Comece provocando a mudança em você mesmo e nas pessoas mais próximas de você! Conforme a transformação acontece e os resultados vão chegando, com certeza mais e mais pessoas, em diferentes posições na hierarquia da corporação, estarão mais abertas a essa ideia e processo de transformação, com foco na melhoria de resultados. O que você fez e como você fez até hoje provavelmente não será o caminho que vai te levar adiante. Mudar é preciso e essencial!

Por Roberta Andrade - gerente de Soluções da One Friedman


Fonte: mercadoeconsumo


quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

As oportunidades de negócios em TI para 2024 exigirão uma abordagem holística do mercado

Imagem: reprodução

Continuando a nossa análise sobre os desafios de 2023, podemos notar que cada vez mais as empresas estão constantemente se adaptando para se manterem competitivas. O ano de 2024 promete trazer uma série de mudanças revolucionárias no cenário de Tecnologia da Informação e temos a oportunidade de explorar algumas das principais tendências em TI que estão moldando o futuro e revolucionando a forma como fazemos negócios.

Ao adotar uma abordagem holística que combina análise abrangente do mercado e cenário atual, entendimento do cliente e acompanhamento das tendências tecnológicas e fatores que impactam o setor, as empresas conseguirão se posicionar de forma mais eficaz para prever seu próprio crescimento e aproveitar as oportunidades dentro de um cenário de negócios dinâmico.

Depois do impacto inicial em 2023, agora a Inteligência Artificial já é uma realidade. Em 2024 veremos avanços significativos em suas aplicações, tornando-a cada vez mais acessível. Algoritmos de IA sofisticados e sistemas de aprendizado profundo permitirão às empresas automatizar tarefas complexas, melhorar a personalização do cliente e aprimorar a análise preditiva. Desta forma as empresas conseguirão tomar decisões melhor embasadas em dados e informações, oferecendo experiências personalizadas e eficientes aos clientes.

Em paralelo ao descobrimento popular e facilitado da IA, o próximo ano promete ser marcado pela computação quântica tornando-se uma realidade comercial. As empresas estão investindo pesadamente em pesquisas para desenvolver computadores quânticos poderosos, capazes de resolver problemas complexos em segundos. Para os negócios, isso significa uma revolução nas operações de TI, com a capacidade de processar grandes volumes de dados de forma mais rápida e eficiente, o que abrirá portas para a inovação em várias indústrias.

Somando o uso dos “super e poderosos computadores” para otimizar o processamento de dados com a presença de algoritmos de IA cada vez mais sofisticados, a crescente adoção de dispositivos IoT (Internet das Coisas) faz com que o Edge Computing seja uma necessidade presente para 2024. Em vez de depender de uma infraestrutura centralizada, as empresas estão transferindo parte do processamento de dados para a borda da rede, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz às demandas em tempo real, melhorando a eficiência operacional e proporcionando uma experiência mais fluida aos usuários finais.

Todo esse avanço faz com que brechas permitam que as ameaças cibernéticas se tornem mais sofisticadas, fazendo com que a cibersegurança seja uma preocupação fundamental para todas as empresas. Em 2024, veremos um aumento significativo nos investimentos em tecnologias de segurança, como Inteligência Artificial para detecção de ameaças, blockchain para garantir a integridade dos dados e autenticação biométrica avançada. Proteger dados e sistemas será uma prioridade máxima para as empresas que desejam construir e manter a confiança dos clientes.

À medida que nos aproximamos de 2024, as tendências de negócios em TI estão moldando um futuro promissor. Aquelas empresas que adotarem proativamente essas tecnologias terão uma vantagem competitiva, impulsionando a inovação, melhorando a eficiência operacional e proporcionando experiências excepcionais aos clientes. Estar atento a essas tendências e investir nas soluções certas pode ser a chave para o sucesso nos negócios do futuro, transformando desafios em oportunidades e construindo um caminho sólido para o crescimento sustentável.

Por Carlos Carvalho - CEO da Truppe


terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Varejo movido a dados e inteligência marca último dia do Retail Media Show

Imagem: reprodução

Nos Estados Unidos, receitas geradas pelo mercado de retail media devem alcançar US$ 51,9 bilhões este ano.

Não é mais surpresa a necessidade de investimento em dados e em inteligência no varejo. No entanto, 84% do setor ainda não usa inteligência artificial (IA). Por si só, o número justifica a temática predominante do último dia do Retail Media Show (RMS), o primeiro evento focado no setor no País, realizado entre os dias 6 e 7 de dezembro, no auditório da Associação Brasileira de Automação, em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. A Mercado&Consumo foi media partner do RMS e realizou uma cobertura especial dos dois dias de palestras.

As grandes marcas estão antenadas a essa necessidade e têm ampliado investimentos e parcerias. Também se destacam como os grandes cases. Mas o varejo que permeia todo território nacional ainda está à margem desse debate e, em última instância, está perdendo o momento de se destacar da concorrência, oportunidades de negócio e de faturamento, além de conexão com seus clientes. O retail media é a terceira onda do marketing digital e a que elevará o varejo ao status de serviço de mídia e a vultosos investimentos em anúncios com mídia programática.

Segundo o estudo “Latin America Retail Media Advertising Trends 2023”, publicado pelo eMarketer, a América Latina deve ultrapassar US$ 1 bilhão em gastos com anúncios em mídia de varejo e chegar ao final de 2025 com investimento de US$ 1,66 bilhão. Nos Estados Unidos, a perspectiva é de que  as receitas geradas pelo mercado de retail media passem dos US$ 43,3 bilhões, em 2022, para alcançar a marca de US$ 51,9 bilhões este ano.

Reinvenção do varejo

Silvia Somazz, head of Retail CPG do Google Cloud, abriu o evento afirmando que o “varejo está se reinventando” ao abrir-se para novas possibilidades de negócios. “Hoje, a indústria quer ser varejo, o varejo quer ser banco,”, comentou. E sobre este último aspecto, evidenciou o gargalo do setor.

Por três anos consecutivos, o Google acompanha varejistas e bancos para detectar as dificuldades que um e outro enfrentam ao operar em um segmento do seu próprio. Mais que isso, o estudo aponta soluções para as dores percebidas. Até o momento, segundo Silvia Somazz, somente um varejista fez alguma adequação ao seu negócio, a qual não estava a contento. Em relação aos bancos, 5 entre 20 avaliados tinham feito aplicações consistentes. Dessa forma, o varejista perde o timing na hora de fazer a diferença.

As companhias mais abertas, por outro lado, estão desfrutando dos bons resultados. Um dos cases de sucesso do Google, a Sephora ampliou as vendas em 67% com a implementação de soluções tecnológicas para os clientes. As Casas Bahias estão aprimorando o seu buscador, com a tecnologia da plataforma, com o objetivo de melhorar a experiência do cliente até a conclusão da compra. Isso porque foi comprovado por meio de estudos da big tech que as vendas online aumentam quando o cliente encontra o que procura. O incremento da inteligência artificial faz com que o buscador entenda palavras escritas incorretamente, por exemplo, e amplie sua varredura para apresentar ao consumidor aquilo que deseja encontrar.

E o retail media?

Mas onde o retail media se encaixa? Todo o dinheiro disponível para anúncios será direcionado às empresas que realizarem assertivamente os seus investimentos na jornada completa do consumidor, que tiverem plataformas de e-commerce eficientes ou marketplaces onde o buscador cumpra com excelência a sua função. Quem estiver preparado para oferecer à indústria audiência qualificada, com um nível preciso de detalhamento de perfil para o anunciante, fará grandes negócios.

Mais uma vez, fica claro que o varejo não irá se renovar sem investimento financeiro, sem investimento tecnológico, sem dados e sem inteligência. Também não concluirá a sua meta “sem parceria”, acrescentou Giuliano Dall Orto, gerente comercial de Mídia e Conteúdo do Grupo Globo. Sem revelar objetivamente os planos do grupo para retail media, afirmou que nenhuma ação terá bons resultados se uma única empresa tentar cobrir todas as pontas do negócio e exemplifica com as movimentações do grupo de comunicação com suas parcerias e aquisições.

O poder dos dados

“Quem tiver dados, vai poder fazer qualquer coisa daqui por diante”, afirmou Felipe Ramirez, head of Data & Insights Monetization da Spock Data Monetization​ no painel “Quais são os desafios da construção de um sistema de monetização eficiente dentro do seu futuro ecossistema de retail media?”. O tema foi apresentado e discutido em parceria com o head de Tecnologia e Inovação da Retail Media, Rothmann Duarte.

Para ganhar mais com o serviço de mídia no varejo, a inteligência de dados é essencial. Nas palavras de Ramirez, eles ajudam a obter insights sobre como ajudar as empresas a solucionar os seus problemas, melhoram a experiência do consumidor e predizem demandas. As informações captadas e analisadas podem gerar ações na própria empresa e parcerias com fabricantes para que um produto se destaque para um determinado público.

O passo a passo, cada vez mais conhecido do setor, ainda que nem sempre executado, deve levar ao momento em que a IA conseguirá fazer recomendações de compras tão assertivamente que será quase impossível não fechar a venda.

Para Emerson Calegaretti, CEO & Founder da Shopper Media, o varejo deixou de ser uma parte meramente transacional de compra e venda.

Digitalização física

Ainda é comum ver banners pendurados em lojas e supermercados, por exemplo, anunciando produtos em promoção. Com essa estratégia, o dono da loja busca atrair o cliente pelo preço, destacando produtos de grande interesse. Raras vezes, porém, a propaganda é feita com o nome da marca.

O retail media está mudando a relação da empresa com o anúncio. As telas de led estão substituindo o papelão e a lona. Projetadas com alta resolução, brilho, cor e movimento, as telas chamam a atenção e podem lembrar uma marca na hora da compra ou sugerir um produto fora da lista.

Esse espaço não é oferecido gratuitamente. Além do mais, com a tecnologia existente, uma única tela pode transmitir vários anúncios e oferecer uma infinidade de conteúdos relevantes. A estratégia deverá atrair a atenção do consumidor desde que o varejo, primeiro, consiga “responder com dados o que o seu público deseja”, como comentou Ramirez.

O CEO da LedWave, Tiago Brito, apresentou as telas da companhia que poderão transformar a arquitetura não só de lojas, mas de cidades. Apontando para uma delas, transparente, ele afirmou que  “serão o novo tijolo”. As possibilidades de criação e oferta de conteúdos direcionados são, no momento, incontáveis

Em sua apresentação, Brito profetizou: “o próximo veículo de comunicação a nascer com força será dentro do varejo”, isto é, será a mídia de conversão.

Visão global do evento

Para Ricardo Vieira, organizador do evento e fundador do Clube do Varejo, o “Retail Media Show cumpriu com todas as entregas previstas nesta primeira edição, reunindo grandes especialistas da indústria e do varejo, além de executivos de tecnologia e de provedores de solução, garantindo debate de alto nível técnico e com muita profundidade”.

Em dois dias de palestras e debates, Vieira destacou como pontos principais as discussões do uso da inteligência artificial e da colaboração de dados entre indústria e varejo, bem como da incorporação da cultura e visão estratégica do retail media pelo varejo. “Hoje, há desafios de estruturação das áreas, formação de lideranças, construção do sistema de gestão e de indicadores de performance, além do entendimento e do mapeamento no incremento de receitas em todas as fases do funil de vendas e engajamento com o shopper”, observou.

A programação do RMS buscou painelistas que oferecessem conteúdos e troca de informações sobre essas dificuldades. Em análise retrospectiva, Ricardo Vieira chamou a atenção para o painel em que foi debatido o desafio das redes regionais em introduzir a visão estratégica do retail media em seus processos e resultados até o passo a passo para que o varejo tradicional avance nos estágios de evolução, tanto no onsite quanto no offsite.

O outro ponto forte do evento, na opinião do organizador, foi a discussão de como as soluções de inteligência artificial podem gerar valor e eficiência nos processos de gestão e execução do retail media.

“Obviamente, todo esse processo deve construir um sistema adequado e transparente de monetização. O potencial de inteligência do retail media também foi avaliado com a criação das redes de mídia do varejo, cuja capacidade de compartilhar inventários de mídia, carteira de clientes e potencial de consumo sejam relevantes para as ativações da das marcas de fabricantes”, apontou Vieira.

Um dos últimos painéis do evento discutiu o cenário de expansão, envolvendo todos os stakeholders, principalmente, veículos e agências de publicidade, que devem repensar o valor de suas entregas não somente baseado em ativações de branding, mas em geradores de receita com base em ocasiões de consumo, oportunidades de jornada e análise de cesta de compra.

O papel das comunidades de comércio eletrônico no Tik Tok e no conversational commerce – sustentado pelo WhatsApp – também foi abordado no RMS. As duas redes se caracterizam como grandes canais de alto potencial para incorporar plataformas integradas de retail media, ativando marcas em qualquer fase do funil de vendas com gigantesca base de usuários e alta frequência diária de uso.

Fonte: mercadoeconsumo


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Retail Media Show começa nesta quarta, dia 6, com abordagem sobre regionalização

Imagem: reprodução

A Mercado&Consumo é media partner e faz uma cobertura especial dos dias de programação.

O primeiro evento de Retail Media do Brasil começa nesta quarta-feira, 6 de dezembro, às 14 horas, no auditório da GS1, em Pinheiros, zona oeste da capital paulista.  São dois dias intensos de programação – 6 e 7 -, com painelistas reconhecidos no mercado, com o objetivo de popularizar o conceito, as estratégias e as soluções do retail media para o varejo. A Mercado&Consumo é media partner e fará cobertura especial do Retail Media Show.

Abordar o conceito do retail media para além do eixo Rio-São Paulo é uma das motivações do fórum. De acordo com o idealizador do evento, CEO e fundador do Clube do Varejo, Ricardo Vieira, é preciso ampliar o conhecimento dessa estratégia que redefinirá o varejo brasileiro – como reflexo do que ocorre no mundo – de agora em diante.

Para Leila Guimarães, Managing Director da Adsmovil, focada em soluções de publicidade mobile, e uma das parceiras do evento, o Retail Media Show marca uma importante iniciativa “por reunir profissionais do segmento varejista e também de áreas relacionadas a todo esse ecossistema, como plataformas de tecnologia e mídia, para discutir o presente e o futuro do retail media e o seu desenvolvimento no Brasil”.

A executiva fará parte do painel de debates “Qual é o grande desafio das redes regionais no retail media?”, nesta quarta, mediado pela editora-chefe da Mercado&Consumo Aiana Freitas, das 16h às 17h. Também participam dessa rodada de conversa Ana Pachoal, head of Retail Media do Tenda Atacado, e Theodoro Tortoro, gerente de Marketing do Grupo Amigão.

A Adsmovil apoia eventos e associações focadas nesse setor em vários países e destaca que no Brasil não seria diferente. “O retail media é hoje um dos principais pilares da Adsmovil e atuamos tanto ao lado dos varejistas, ajudando-os a monetizar suas audiências, quanto dos anunciantes, oferecendo soluções de publicidade digital em retail media que, combinadas às nossas camadas de tecnologia, resultam em formatos muito eficientes para marcas e agências”, afirma Leila. “Para nós, o evento é uma forma de mostrar o que já desenvolvemos, aprender com o mercado e fomentar o retail media no Brasil. Estamos muito animados em fazer parte desta construção”, comenta a executiva.

Passo a passo

O evento foi organizado para desafiar os participantes a responder sobre “Quais são os reais desafios do varejo brasileiro na gestão de todo processo de crescimento do retail media, considerando a identificação de relevantes oportunidades, a necessidade de capacitação dos gestores e a inteligência de toda jornada onsite e offsite experiencial do nosso shopper”.

Thaissa Gentil, head of Sales da LiveRamp, irá responder ao desafio no painel “O passo a passo  para o varejo avançar nos estágios do retail media”.

Apaixonada pelo tema e pelo setor, os olhos brilham ao explicar o histórico desse nem tão novo mercado em nível global, e com tanto potencial para ser absorvido nacionalmente. O objetivo da painelista é apresentar no evento os passos essenciais para a busca de resultados em cada estágio de maturidade de gestão do retail media na operação do varejista.

Em entrevista à M&C, Thaissa detalha o novo momento do marketing digital. O fim da era dos cookies abrirá um caminho novo de experiência e alcance do consumidor, mas com plena segurança de dados. “O shopper quer se proteger e também quer receber anúncio personalizado, mas não a qualquer custo”, ensina.

Thaissa Gentil estará no primeiro dia do Retail Media Show e palestra das 17h30 às 18h30.

A programação completa do evento está disponível no site.


Fonte: mercadoeconsumo


quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Personalização é apenas uma das estratégias de marketing que devem receber mais atenção em 2024

Imagem: reprodução

A partir da análise sobre os desafios de 2023 através do dinamismo e da evolução dos mercados de tecnologia, marketing e pessoas, a proximidade de um novo ano também faz com que o mercado e seus profissionais fiquem ansiosos para trabalhar com tendências que demonstram grande potencial para moldarem o cenário dos negócios em 2024. Olhando para o futuro próximo, temos a oportunidade de explorar as inovações em marketing e comunicação que prometem revolucionar a forma como as empresas se conectam com seus clientes e alcançam o sucesso.

O cenário dinâmico e em constante evolução apresenta um terreno fértil para a inovação e a adaptação. Questões relacionadas à privacidade de dados desafiaram a forma como as empresas coletam e utilizam informações sobre seus clientes. Além disso, vivermos a saturação do mercado e a intensificação da concorrência como obstáculos adicionais, que obrigam as marcas a repensarem suas abordagens para se destacar em meio ao cenário digital.

Se 2023 destacou a necessidade de soluções personalizadas, podemos esperar que 2024 chegue com oportunidades para aprimorar essa estratégia com o uso avançado da inteligência artificial. O uso de IA não apenas oferecerá insights valiosos, mas também automatizará processos, permitindo que as equipes de marketing se concentrem em estratégias mais criativas e estratégicas. Investimento em experiências interativas e realidade aumentada devem ganhar ainda mais destaque para envolver seu público de maneiras inovadoras e trabalharem com a fusão entre o digital e o físico.

Tudo vai depender sobre como as empresas conseguirão entender melhor o comportamento do consumidor, aumentando a capacidade para proporcionar experiências mais relevantes e personalizadas. O marketing de conteúdo interativo tem tudo para alcançar um novo patamar durante o próximo ano, mas para isso as marcas precisam aprender sobre como desenvolver estratégias que não apenas atraiam a atenção, mas também criem certa conexão emocional e mais profunda com os consumidores.

Enquanto a sustentabilidade representava um desafio para algumas empresas durante este ano, o próximo pode se destacar pela oportunidade de transformar práticas sustentáveis em diferenciais realmente competitivos, não apenas no tom da voz adotado pelas empresas. As marcas que adotarem uma abordagem consciente em relação ao meio ambiente não apenas atenderão às expectativas dos consumidores preocupados com o planeta, mas também ganharão sua lealdade.

A conscientização ambiental está moldando as escolhas dos consumidores, fazendo com que as marcas estejam cada vez mais focadas em estratégias de marketing sustentável, destacando suas práticas ecológicas, apoiando causas sociais e envolvendo-se em iniciativas comunitárias. Os consumidores não apenas comprarão produtos, mas também valores, e as marcas que adotarem uma abordagem sustentável colherão os benefícios em termos de lealdade e confiança do cliente. O marketing sustentável será uma maneira tangível de demonstrar os valores da empresa e construir conexões genuínas.

O surgimento do metaverso mostrou oportunidades duvidosas, deixando marcas à deriva ao explorarem esse espaço virtual na tentativa de criar experiências imersivas. Mesmo prometendo uma vanguarda da inovação, talvez este barco já tenha partido. No entanto, uma aposta segura para o marketing está no conteúdo rápido em vídeos curtos.

Com o TikTok alcançando o topo das redes sociais e o aumento do foco do conteúdo breve em vídeo, o aplicativo conquistou milhões de usuários em todo o mundo, tornando-se uma plataforma vital para estratégias de marketing inovadoras. Em 2024, o desafio será utilizar esse formato para a captura da atenção imediata, se expressar de maneira autêntica e oferecer interação direta. Complementando a tendência, o marketing de afiliados e a parceria com microinfluenciadores serão ainda mais relevantes para fomentar novos negócios ou otimizar seu esforço de marca.

Mesmo que 2023 tenha apresentado muitos desafios para as empresas de marketing, a virada para 2024 traz consigo oportunidades emocionantes. A capacidade de adaptação e a disposição para abraçar novas estratégias determinarão quais marcas prosperarão no próximo ano.

Trabalhar com produtos e serviços de maneira inovadora e interagir com os consumidores de uma forma completamente nova será cada vez mais difícil, porém, a capacidade de aprender com o passado, abraçar a mudança e transformar desafios em oportunidades de crescimento podem ser as chaves para o sucesso.

Fonte: mercadoeconsumo


quarta-feira, 22 de novembro de 2023

IA no RH: automação x proteção de dados e humanização

Imagem: reprodução

Benefícios e pontos de atenção da IA no RH

Viemos trazer informações para vocês sobre as aplicações da IA no RH das empresas e os pontos de atenção que precisam estar no foco dos gestores.

A IA veio mesmo para revolucionar e está se “alastrando” rapidamente em todos os setores das empresas. E não poderia ser diferente com o RH. Todas as áreas podem se beneficiar imensamente pelos usos, facilidades e, consequentemente, grandes ganhos que essa parceira tem para oferecer.

No RH, a IA traz ganhos na automação dos processos, na comunicação, no aprendizado, no suporte, na  interação com os colaboradores e na gestão como um todo. Ela veio para somar, trazendo benefícios, criando oportunidades e resolvendo problemas.

Trazemos, aqui, algumas de suas aplicabilidades:

  • Recrutamento e seleção: essa área tem muitos benefícios com a IA, pois ela traz muitos ganhos,  agilizando processos de triagem e, principalmente, aumentando a eficácia na seleção, à medida que utiliza algoritmos para analisar currículos e diversas outras fontes de dados dos candidatos.
  • Onboarding e treinamento: a IA pode customizar os programas de desenvolvimento de competências com base na jornada de cada colaborador, levando em conta as suas competências e necessidades. E através de um chatbot, pode desempenhar o papel de um atendente, tirando dúvidas com rapidez e dando celeridade a integração.
  • Engajamento e retenção: aqui a IA funciona como uma super gestora, analisando feedbacks dos colaboradores, pesquisas de satisfação e trazendo ganhos, à medida em que fornece dados sobre os níveis de engajamento, descontentamentos e outros indicadores. Com esses subsídios, as empresas podem tomar ações corretivas e proativas.
  • Previsão de rotatividade: por ser uma grande “delatora” de informações, ela pode antecipar os colaboradores que apresentam riscos de saída através de algoritmos que fazem análises em cima de avaliações de desempenho, histórico, entre outros.

Até aqui vimos algumas de suas aplicabilidades e benefícios, mas preciso trazer os pontos de atenção, que são igualmente importantes, pois estão relacionados à privacidade dos dados dos colaboradores e dos riscos existentes de discriminação pelas análises dos algoritmos.

Destaco também a importância de mantermos a tecnologia de braços dados com a humanização, colocando cada coisa no seu lugar. A IA está chegando nas nossas empresas, ditando um novo ritmo e oportunizando uma qualidade impressionante nas informações, mas ela jamais vai substituir a interação entre as pessoas.

O olhar humano, a mão esticada e a sensibilidade para acolher as necessidades dos colaboradores serão sempre as ferramentas preciosas dos humanos. Lembre-se de que quem explora o novo é o humano, a IA é alimentada por dados existentes. Logo, o que fazer, quando tem algo que não temos informações ou dados? Pois é. Não somos insubstituíveis na capacidade de criar, amar e explorar o novo.

A IA da Benkyou está esperando por vocês. Venham conhecer e interagir com o Rob, neste link. Tenho certeza de que ele irá engajar vocês nessa jornada de conhecimento.

Por Patricia B. Bordignon Rodrigues - diretora de Marketing e Canais Benkyou


Fonte: mercadoeconsumo

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Divisão de inovação da Allos lança iniciativa para startups

Imagem: reprodução

As inscrições seguem até 30 de novembro

A Allostech, divisão de inovação e tecnologia da Allos, abriu inscrições para o Desafio Allos. A iniciativa tem como objetivo gerar e acelerar o desenvolvimento de soluções que resolvam dores de negócio da helloo, empresa de mídia OOH (Out of Home). As inscrições seguem até 30 de novembro.

Os desafios abrangem diversos temas relacionados à área de mídia, como tecnologia, data analytics, otimização de processos, produção de conteúdo, além de outras soluções disruptivas.

“Temos histórico de investir em ações de inovação e parcerias com startups para desenvolver novos negócios. O Desafio Allos é uma oportunidade de impulsionarmos o tema de mídia, que é extremamente estratégico para a companhia”, destaca Pedro Villarino, diretor de Produtos Digitais e Novos Negócios da Allos.

O desafio é realizado em parceria com a Dealist, empresa focada em soluções de Corporate Venture Capital. Ao longo de novembro, as startups interessadas devem preencher o formulário de inscrição e enviar os materiais solicitados na página do Desafio Allos.

Em dezembro, ocorrerá a apresentação das soluções em formato online, possibilitando que startups de todo o país participem desse desafio.

Maior shopping da Allos

Com maior foco em entretenimento, serviços, lojas e gastronomia, o Parque D. Pedro Shopping, em Campinas, agora passa a se chamar apenas Parque Dom Pedro.

A nova marca faz parte do processo de reestruturação do centro comercial, iniciado com uma revitalização em março de 2022 e com previsão de ser concluído em 2025.

“A nova marca do Parque Dom Pedro é uma síntese visual de seu propósito, que é desvendar um universo de vivências e experiências para cada um dos nossos visitantes”, explica Taís Tavares, gerente de marketing da operação.

Moderno e plural

A escolha pela simplificação do nome traz mais consistência e assertividade sobre a proposta de valor da marca. O rebranding e a nova identidade visual do Parque Dom Pedro foram feitos em parceria com a FutureBrand São Paulo.

“Quando pensamos nas expressões visuais, nos orientamos pela premissa de proporcionar aos públicos do Parque Dom Pedro uma experiência imersiva e encantadora. Desta forma, proximidade e jornada multicanal foram os cernes estratégicos para a nossa criação” explica Filippo Vidal, diretor e sócio da FutureBrand São Paulo.

Maior shopping do Grupo Allos, com 126,5 mil m², o Parque Dom Pedro conta com 400 lojas e uma média mensal de público de 1,6 milhão de consumidores.

Fonte: mercadoeconsumo


quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Busca do Google lança experiência de IA generativa no Brasil no Chrome para desktops

Imagem: reprodução
A ferramenta está disponível para teste e, na próxima semana, poderá ser acessada pelo aplicativo para Android e IOS.

O Google anunciou, nesta quarta-feira, 8, a chegada ao Brasil da Experiência de Pesquisa Generativa (em inglês, Search Generative Experience –  SGE). A ferramenta está disponível para teste em português e já pode ser utilizada.

Quando as pessoas fizerem uma pergunta ao buscador, a nova experiência de IA generativa poderá ajudar a dar os primeiros passos dessa pesquisa de forma mais natural e intuitiva. O experimento pode ser acessado via Search Labs, um novo programa por meio do qual os internautas podem testar e experimentar novas tecnologias e recursos da busca antecipadamente e compartilhar feedback.

Com novos avanços em IA generativa, a empresa está reinventando o que um mecanismo de Busca pode fazer. De acordo com o Google, será possível desbloquear perguntas e consultas completamente novas, além de transformar a forma como as informações são organizadas. Portanto, tópicos e novos conteúdos na web poderão ter resultados mais profundos quando forem buscados.

Facilidade de pesquisa

A SGE pode facilitar uma importante etapa do trabalho de pesquisa, para que as pessoas possam entender um tópico com mais rapidez, descobrir novos pontos de vista e insights e realizar tarefas com mais facilidade.

Entre algumas das principais utilidades da nova ferramenta, a empresa destaca resumos gerados por IA, modo conversacional para explorar informações durante uma pesquisa, sendo possível obter uma resposta instantânea, com links para diversas fontes na web, e resultados confiáveis.

Por exemplo, ao consultar  na Busca do Google “Como ingressar em um time de futebol feminino?” . Geralmente, você pode dividir essa questão em várias outras, classificar a vasta informação disponível e começar a “juntar as peças”. Com a IA generativa, a Busca poderá fazer parte desse trabalho.

Mas não termina aí. Abaixo do resultado, será possível sugestões para as próximas etapas da jornada do internauta, incluindo perguntas relacionadas ao tema. Ao clicar nelas, o usuário será levado a um modo conversacional e poderá perguntar mais ao Google sobre o tópico explorado.


“Ao trazer IA generativa para o nosso sistema de busca, fizemos um grande esforço para desenvolver uma experiência responsável e cuidadosa”, afirma Bruno Pôssas, vice-presidente de Engenharia para a Busca do Google. “Projetamos essas novas experiências para destacar e chamar a atenção para o conteúdo na web, facilitando o acesso a mais links e a uma ampla gama de fontes de informação”, completa.

 

Para ativar esta experiência basta clicar no ícone Labs  e começar a dar os primeiros passos. A experiência de IA generativa  e o Search Labs estão disponíveis no Chrome para desktop desde a quarta-feira, 8. Na próxima semana, o acesso será habilitado gradualmente no Google app disponível para Android e iOS.

Competição acirrada

Em setembro passado, o Google Cloud firmou diversas parcerias em IA com o objetivo de intensificar a concorrência com a Microsoft e a OpenAI, a criadora do ChatGPT, e levar a tecnologia a mais consumidores.

Entre elas, destacam-se as colaborações com a General Motors (GM), Six Flags, operadora de parques temáticos, Estee Lauder, Nvidia, governo de El Salvador, HCA Healthcare, Dun & Bradstreet e SAP.


Fonte: mercadoeconsumo