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sábado, 22 de fevereiro de 2025

Moraes manda suspender o 'Rumble' em todo o território brasileiro

Imagens: reprodução

A medida ocorre após a plataforma descumprir diversas decisões judiciais e de o CEO da Rumble, Chris Pavlovski, desafiar Moraes.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão imediata, completa e integral do funcionamento do Rumble Inc no Brasil. A medida é válida até que a plataforma cumpra todas as decisões judiciais proferidas pelo STF e indique representante legal no Brasil.

Moraes ressaltou que concedeu todas as oportunidades à plataforma, mas teve de tomar após “reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros, para instituir um ambiente de total impunidade e ‘terra sem lei’ nas redes sociais brasileiras”.

O ministro considerou ainda o “periculum in mora – que consistente na manutenção e ampliação da instrumentalização da Rumble por meio da atuação de grupos extremistas e milícias digitais nas redes sociais, com massiva divulgação de discursos nazistas, racistas, fascistas, de ódio, antidemocráticos”.

Guerra do Rumble contra Moraes

Reduto de grupos conservadores, a plataforma Rumble foi fundada em 2013 pelo empresário canadense Chris Pavlovski.

Em 2023, a plataforma chegou a interromper as atividades no Brasil após Alexandre de Moraes determinar a remoção de alguns conteúdos e usuários da plataforma. O caso aconteceu após o ministro pedir a derrubada de perfis, como o do influenciador Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, e de outros nomes da direita brasileira.

Na época, o influenciador, que já chegou a defender o nazismo, realizou uma transmissão em que colocou dúvidas sobre a eleição presidencial de 2022, sem que provas fossem apresentadas.

O Rumble voltou a operar em solo brasileiro no início deste ano.

Ao lado de um grupo empresarial de Trump, a rede social entrou com ação mirando o ministro Moraes, acusado de violar a liberdade de expressão. Eles pedem que a Justiça conceda salvaguardas para as duas empresas contra decisões do ministro do STF.

Representante legal

Moraes determinou que o Rumble apresente representante legal no Brasil. O ministro considerou que “não há qualquer prova da regularidade da representação da RUMBLE INC. em território brasileiro”.

A plataforma não tem cumprido reiteradas decisões da Justiça brasileira com a determinação de tirar do ar perfis do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. Moraes considera que o blogueiro usa a rede com novos perfis “para reproduzir o conteúdo que já foi objeto de bloqueio”, “burlando novamente decisão judicial, o que pode caracterizar, inclusive, o crime de desobediência à decisão judicial”.

A suspensão ocorre após o CEO da Rumble, Chris Pavlovski, desafiar Moraes nas redes sociais. Pavlovki disse que a plataforma recebeu nova ordem de Alexandre de Moraes, mas afirmou que sua empresa não vai cumprir a determinação do ministro do STF por considerar a decisão “ilegal”. A declaração do empresário aconteceu nesta quinta-feira (20/2).

Pavlovski não falou do que se trata a ordem, mas revelou que Moraes determinou seu cumprimento até a noite desta sexta-feira (21/2).

“Recebemos mais uma ordem ilegal e sigilosa na noite passada, exigindo nosso cumprimento até amanhã à noite”, escreveu o CEO da Rumble no X. “Você não tem autoridade sobre a Rumble aqui nos EUA, a menos que passe pelo governo dos Estados Unidos”, disparou.

Assim como já havia feito, o CEO da rede social voltou a ameaçar Moraes e disse aguardar o ministro do STF no tribunal.

“Repito – nos vemos no tribunal”, desafiou Pavlovski.

Ao lado do grupo empresarial Trump Media & Technology Group (TMTG), do presidente dos EUA, a Rumble entrou com ação judicial contra Moraes na quarta-feira (19/2). O ministro brasileiro é acusado de violar a liberdade de expressão com suas decisões contra empresas norte-americanas.

Anatel notificada

Moraes determinou a intimação do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Manuel Baigorri, a fim de que adote imediatamente todas as providência necessárias para a efetivação da ordem. Determinou que a medida seja comunicada ao STF, no máximo, em 24 horas.

Fonte: metropolis

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Venda de dados de íris para IA: riscos e desafios para a segurança corporativa

 

Imagem: reprodução

Com 500 mil brasileiros escaneando a íris, especialistas alertam para riscos de vazamentos e fraudes de identidade

Recentemente, viralizou nas redes sociais a polêmica em torno da venda de dados biométricos pessoais, como a íris, para empresas de Inteligência Artificial (IA). No Brasil, projetos como o Worldcoin, que ofereciam criptomoedas em troca do escaneamento da íris, atraíram cerca de 500 mil pessoas, especialmente em regiões periféricas, antes de serem interrompidos pelo governo. 

A iniciativa, que ganhou destaque por sua proposta inovadora, levantou questões urgentes sobre os riscos da comercialização de dados tão sensíveis e as implicações para a segurança corporativa e a privacidade dos indivíduos.

A coleta e o armazenamento de dados biométricos, como a íris, representam um desafio crítico para a segurança das empresas. Diferentemente de senhas ou tokens, dados biométricos são imutáveis – uma vez comprometidos, não podem ser alterados. Isso os torna um alvo valioso para cibercriminosos, que podem explorar vulnerabilidades em sistemas de armazenamento e processamento de dados. Um vazamento dessas informações pode resultar em fraudes, roubo de identidade e até mesmo em ataques diretos a infraestruturas críticas.

Para Evandro Ribeiro, Head de Segurança da Informação do Grupo Avivatec,uma empresa de soluções e projetos de tecnologia, a coleta de dados biométricos, como a íris, traz desafios complexos para a segurança digital. "A íris é uma informação única e impossível de ser alterada, o que a torna extremamente valiosa para cibercriminosos. Empresas que armazenam esses dados precisam adotar protocolos avançados de cibersegurança, como criptografia de ponta a ponta e sistemas de monitoramento contínuo, para evitar vazamentos que podem resultar em fraudes de identidade ou acessos não autorizados a sistemas críticos", comenta.

Além das preocupações com a segurança dos dados biométricos, é essencial discutir como inovação e privacidade podem coexistir. A biometria tem transformado a autenticação digital, tornando-a mais rápida e eficiente, mas também levanta questionamentos sobre o controle do usuário sobre seus próprios dados. Modelos descentralizados de armazenamento e o uso de inteligência artificial para detectar acessos suspeitos são algumas das alternativas que equilibram proteção e conveniência. Para garantir que essas tecnologias sejam adotadas de forma ética, as empresas precisam investir não apenas em segurança cibernética, mas também em transparência e governança de dados.

Para Vinicius Gallafrio, CEO da MadeinWeb, empresa provedora de TI e especialista em inteligência artificial, a tecnologia precisa ser aliada da segurança sem prejudicar a experiência do usuário. “A autenticação biométrica já é uma realidade, mas seu futuro depende de como as empresas vão garantir que esses dados sejam utilizados de forma ética e segura. A implementação de inteligência artificial para detectar fraudes em tempo real e modelos de “zero trust” para limitar acessos não autorizados são estratégias que reforçam essa segurança sem criar barreiras para o usuário. O desafio não é apenas proteger os dados, mas garantir que a inovação aconteça de forma responsável e acessível.”, comenta.

Além disso, a comercialização desses dados biométricos sem regulamentação clara e transparente aumenta o risco de violações de privacidade. A coleta e venda desses dados sem o devido consentimento informado pode acarretar em sérias consequências legais, além de afetar a segurança digital de um grande número de pessoas, especialmente as vulneráveis ou de regiões periféricas.

Portanto, é fundamental que empresas e órgãos reguladores adotem medidas rigorosas para garantir que os dados biométricos sejam tratados de forma ética, segura e transparente, protegendo a privacidade dos indivíduos e evitando riscos à segurança digital, sem comprometer a confiança do consumidor.

Fonte: NR-7 Comunicação / Mateus Decker

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Dia da Internet Segura: 5 ameaças cibernéticas que exigem atenção e como se proteger delas

Imagem: reprodução

 

Especialista da BugHunt alerta para os principais perigos virtuais e dá dicas para se manter seguro no ambiente digital

O Dia da Internet Segura, celebrado em 11 de fevereiro, reforça a necessidade de conscientização sobre os riscos no ambiente digital. Em 2024, o Brasil registrou um aumento de 45% nos crimes cibernéticos em relação ao ano anterior, somando cerca de 5 milhões de fraudes, segundo a Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP).

Bruno Telles, COO da BugHunt, empresa brasileira pioneira em Bug Bounty na América Latina, explica que os ciberataques estão cada vez mais sofisticados, explorando vulnerabilidades de forma automatizada e personalizada. “A Inteligência Artificial tem sido usada tanto para otimizar a segurança quanto para aprimorar técnicas de fraudes e invasões digitais”, aponta.

A sofisticação das ameaças não representa um risco apenas para as empresas. Uma pesquisa do Instituto DataSenado revela que 24% dos brasileiros foram vítimas de golpes digitais no último ano, com frequentes golpes de clonagem de cartão, fraudes na internet e invasão de contas bancárias. 

De acordo com o especialista em cibersegurança, a conscientização da população sobre os riscos existentes no ambiente digital é a principal ferramenta para aumentar a segurança na internet. “Para minimizar os riscos, é essencial compreender as principais ameaças e adotar medidas preventivas cotidianas”, orienta Telles.

Pensando nisso, o COO da BugHunt listou as cinco principais ameaças cibernéticas da atualidade e reuniu dicas de como se proteger delas:

  • Ransomware

O ransomware continua sendo uma das maiores ameaças na internet. Essa modalidade de ciberataque atua bloqueando o acesso a dados e frequentemente exige o pagamento de resgates. A evolução dessa técnica inclui a dupla extorsão, na qual os criminosos não apenas criptografam arquivos, mas também ameaçam vazá-los. 

“Manter backups atualizados e armazenados offline, evitar clicar em links suspeitos e garantir que sistemas estejam sempre atualizados são atitudes primordiais para não ser afetado por ransomwares”, recomenda.

  • Phishing e deepfakes

Com a ajuda da IA, golpes de phishing se tornaram ainda mais convincentes, com a criação de deepfakes e mensagens altamente personalizadas para enganar usuários e roubar credenciais. Neste caso, recomenda-se checar com atenção qualquer conteúdo recebido de um remetente incomum.

“Recomendo sempre verificar a autenticidade de e-mails e mensagens antes de fornecer informações sensíveis, manter ativa a autenticação em dois fatores e evitar clicar em links desconhecidos”, alerta o especialista.

  • Ataques a APIs e serviços em nuvem

Empresas que migraram para a nuvem sem implementar protocolos de segurança adequados estão mais expostas a estes tipos de ataque, que exploram vulnerabilidades em APIs para roubo de dados, de acordo com Telles. 

“Adotar medidas de segurança robustas, como criptografia de dados, autenticação em dois fatores e realizar revisões regulares de acessos são algumas dicas para manter APIs e nuvens seguras”, sugere.

  • Vazamento de dados

“O vazamento de credenciais facilita invasões de contas e fraudes. Muitas pessoas reutilizam senhas, aumentando os danos em caso de exposição de dados”, comenta o especialista. 

O COO da BugHunt recomenda o uso de senhas fortes e únicas para cada serviço, além de usar um gerenciador de senhas e monitorar se as credenciais foram comprometidas, o que pode ser feito em plataformas como Have I Been Pwned.

  • Ataques à cadeia de suprimentos

Hackers exploram fornecedores para atingir empresas maiores, comprometendo softwares e infraestrutura. Por isso, a preocupação com a cibersegurança não pode ser apenas interna. 

“Avaliar constantemente a segurança dos fornecedores, exigir auditorias frequentes e reforçar medidas de proteção contra acessos indevidos é extremamente necessário para a segurança de qualquer negócio”, explica Telles.

Além dessas medidas que podem ser implementadas no cotidiano, o Bug Bounty tem se mostrado uma modalidade eficaz para fortalecer a segurança digital. Iniciativas desse tipo permitem que pesquisadores de segurança encontrem vulnerabilidades antes que criminosos as explorem. 

“O Bug Bounty funciona de forma contínua e dinâmica, trazendo uma visão realista de como um cibercriminoso tentaria comprometer um sistema e corrige brechas antes de serem aproveitadas por usuários mal-intencionados”, finaliza Telles.

Sobre a BugHunt

A BugHunt é uma empresa de cibersegurança referência em Bug Bounty, programa de recompensa por identificação de falhas. Pioneira na modalidade no Brasil, une uma comunidade de mais de 20 mil especialistas a marcas comprometidas com a segurança da informação e privacidade de dados.

Criada em 2020 pelos irmãos Caio e Bruno Telles, a BugHunt é responsável por democratizar o acesso à segurança digital e garantir proteção antecipada por meio da identificação de vulnerabilidades que colocam em risco a operação de organizações de diferentes setores de atuação, como OLX, WebMotors, Warren Investimentos e Tim do Brasil.

Fonte: Motim / Juliana Oliveira


terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Empresas brasileiras finalizam 2024 com maior investimento em TI e apontam IA e Dados como responsáveis

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Investimentos crescem, mas enfrentam grandes desafios de talentos e maturidade tecnológica

A evolução do mercado de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil entre 2023 e 2024, revelada pela pesquisa "Antes da TI, a Estratégia", destaca um cenário de avanços significativos, mas também de novos desafios estratégicos. O estudo anual, conduzido pelo IT Forum, aponta aumento na proporção de receita destinada a TI, mudanças nas prioridades de investimento e uma crescente preocupação com a maturidade de tecnologias emergentes.

De 2023 para 2024, o percentual médio da receita total das empresas investido em TI saltou de 4,2% para 5,9%, evidenciando um foco mais acentuado na modernização tecnológica. Segundo Bruna Bomfim, gerente de estudos e pesquisas do IT Forum, esse aumento reflete "um amadurecimento das empresas na percepção de que a TI não é apenas um suporte, mas um motor estratégico para a competitividade e a inovação."

Já em 2024, o aumento da inteligência nos negócios (Business Intelligence, Analytics e Big Data) foi apontado como o maior desafio por 78% dos respondentes, superando a segurança de dados, que liderava o ranking em 2023 com 74%. “Essa mudança mostra que as empresas estão cada vez mais focadas em transformar dados em insights estratégicos, indo além de protegê-los”, analisa Bruna.

A automação de processos para maior agilidade na tomada de decisões, embora ainda relevante, caiu em prioridade, sendo apontada por 57% dos respondentes em 2024, contra 60% no ano anterior.

O conflito de prioridades e múltiplas demandas nas companhias continua como o principal fator de risco para implementar estratégias, mantendo-se estável na comparação entre os anos de 2024 e 2023, 71% e 70% respectivamente.

No entanto, houve uma melhora relativa na disponibilidade de talentos qualificados: enquanto em 2023, 69% dos respondentes apontaram dificuldades de recrutamento e retenção, esse número caiu para 22 pontos percentuais em 2024. A falta de equipe com habilidades específicas, por outro lado, ainda preocupa 48% das empresas. “A formação de talentos é essencial para sustentar o ritmo de inovação, mas o mercado ainda enfrenta uma lacuna significativa entre a demanda e a oferta de profissionais especializados”, alerta Bruna.

Outro ponto que também apresentou mudanças importantes foi a maturidade tecnológica. Em 2023, Blockchain e Metaverso eram os temas que mais necessitavam de desenvolvimento, citados por 54% e 52% dos respondentes, respectivamente. Já em 2024, a Inteligência Artificial (IA) assumiu o topo da lista, com 79% dos entrevistados destacando a necessidade de maior conhecimento para receber investimentos significativos.

“O aumento expressivo da relevância da IA reflete tanto o potencial transformador da tecnologia quanto os desafios de sua implementação. Não basta apenas investir. É preciso entender os algoritmos, os dados e os impactos éticos e legais associados”, pontua Bruna.

A pesquisa demonstra que o setor de TI no Brasil está em uma curva de crescimento e amadurecimento, com as empresas destinando mais recursos para impulsionar suas estratégias digitais. No entanto, o sucesso dependerá de sua capacidade de superar obstáculos como a falta de talentos e o alinhamento de prioridades.

“Estamos vendo uma transição de um mercado que antes se concentrava em segurança e infraestrutura para um que reconhece o valor estratégico de tecnologias como a IA e o Big Data. O futuro do setor será moldado pela habilidade das empresas em integrar tecnologia, inovação e talentos”, conclui Bruna Bomfim.

IT Forum

O IT Forum é o principal ecossistema de tecnologia do Brasil e tem como missão conectar todo o setor de TI do País por meio de conteúdo, relacionamento e negócios.  

Hoje, a comunidade de tecnologia do IT Forum engloba a maior plataforma de notícias com foco em tecnologia para o público B2B. Fazem parte também do hub eventos líderes no mercado: o "IT Forum Trancoso" e o "IT Forum Praia do Forte", que reúnem os CIOs das quinhentas maiores empresas do País e CEOs da indústria de tecnologia.  

Líder em pesquisas no segmento, o IT Forum ainda é responsável pelo mais importante mapeamento do setor, o "Antes da TI, a Estratégia", e pelas premiações "As 100+ Inovadoras no Uso de TI" e "Executivo de TI do Ano".

Fonte: Casa9 Agência de ComunicaçãoGuilherme Basile


quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Google deve ser forçado a vender o navegador Chrome, diz o Departamento de Justiça dos EUA

Imagem: reprodução

A solicitação segue a vitória do governo este ano em um caso antitruste contra a empresa de tecnologia.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse na quarta-feira, 20, que o Google deveria vender o navegador Chrome como parte de uma correção judicial para sua monopolização do mercado de busca on-line. A solicitação segue a vitória do governo este ano em um caso antitruste contra o Google e provavelmente dará início a uma luta legal intensificada com implicações de longo alcance para o negócio principal da gigante da tecnologia.

Advogados do governo disseram que a concorrência só pode ser restaurada se o Google separar seu mecanismo de busca dos produtos que ele construiu para acessar a internet, como o Chrome e o sistema operacional Android.

O Chrome controla cerca de dois terços do mercado global de navegadores, de acordo com o site Statcounter. As pesquisas na barra de endereços do Chrome passam pelo Google, a menos que um usuário altere as configurações.

O Departamento de Justiça também solicitou que o Google seja impedido de dar acesso preferencial ao seu mecanismo de busca em dispositivos que usam o Android. Se o Google violasse essa regra no futuro, ele teria que alienar o Android também, de acordo com a proposta do governo.

A big tech ainda seria proibida de pagar para ser o mecanismo de busca padrão em qualquer navegador, incluindo o Chrome, sob seu novo proprietário. Atualmente, o Google paga à Apple dezenas de bilhões de dólares por ano para ser o padrão no navegador Safari.

A proposta do governo também se aplica à inteligência artificial, que está começando a deslocar a busca tradicional. O Departamento de Justiça quer que o Google seja obrigado a permitir que os editores de sites optem por não ter seus dados usados para treinar seus modelos de IA. Alternativamente, o gigante das buscas poderia pagar aos editores para usar seus dados.

A proposta do Departamento de Justiça pede que o Google compartilhe seus dados de busca com concorrentes.

Fonte: mercadoeconsumo / via Dow Jones Newswires.


quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Especialista revela que é possível utilizar as newsletters como ferramenta estratégica para atração de leads qualificados

Imagem: reprodução / divulgação

Ao se aproximarem do público com conteúdo relevante e de forma personalizada, as marcas demonstram preocupação com as necessidades dos clientes, gerando um impacto positivo na percepção dos consumidores e nos resultados das vendas

As newsletters se destacam como uma ferramenta poderosa no marketing digital, permitindo que as empresas mantenham um relacionamento contínuo com seus clientes em potencial. Com o avanço da tecnologia e a multiplicação dos canais de comunicação, o uso de e-mails personalizados consolidou-se como uma maneira eficaz de manter o público informado e interessado.

Fabio Jr. Soma, especialista em inovação e criador do Método M.A.G.O., que auxilia empreendedores e criadores de conteúdo a terem sucesso com suas newsletters, destaca que, ao entregar conteúdo de valor diretamente na caixa de entrada do público, as newsletters oferecem uma comunicação direta, sem a necessidade de grandes investimentos em mídia paga. “A estratégia tem sido cada vez mais adotada por empresas que desejam converter visitantes do site em leads qualificados. Com um planejamento adequado, é possível segmentar o público, personalizar a mensagem e gerar engajamento recorrente”, afirma.

O grande diferencial das newsletters está na capacidade de reter a atenção e gerar interesse ao longo de uma jornada de compra mais prolongada. Ao contrário de campanhas pontuais, que podem não atingir o lead no momento certo, as newsletters constroem um relacionamento gradual e consistente. “Isso permite atrair leads em diferentes estágios do funil de vendas, aumentando as chances de conversão”, explica.

Benefícios das newsletters

Empresas que investem em newsletters conseguem transformar visitantes casuais em potenciais clientes ao longo do tempo. “Com a oferta de conteúdos ricos, como e-books, artigos exclusivos e relatórios de mercado, é possível educar o público sobre o produto ou serviço oferecido. Essa abordagem valoriza o conhecimento do cliente e gera confiança, um fator essencial para o processo de decisão”, destaca.

Com a possibilidade de mensurar os resultados de forma precisa e contínua, ferramentas de análise de e-mail marketing permitem acompanhar taxas de abertura, cliques e o comportamento dos usuários em relação ao conteúdo enviado. “Esses dados permitem que as equipes de marketing ajustem suas estratégias e aprimorem os materiais, tornando-os mais atrativos e personalizados, aumentando assim as chances de engajamento”, comenta.

Técnicas para o sucesso da estratégia

A segmentação da audiência é fundamental. Enviar newsletters com base nos interesses e comportamentos anteriores dos leads permite que o conteúdo chegue às pessoas certas, no momento certo. “Isso resulta em um relacionamento mais próximo com o público-alvo e aumenta a relevância das comunicações. Afinal, o leitor percebe que as mensagens estão alinhadas às suas necessidades e expectativas”, enfatiza.

O uso de CTAs (Call to Actions) bem posicionados dentro das newsletters pode impulsionar ainda mais as conversões. As empresas podem guiar seus leitores para landing pages otimizadas ou ofertas exclusivas, levando-os a realizar ações específicas que geram valor para o negócio. Assim, a newsletter não só informa, mas também direciona o comportamento do usuário de forma estratégica.

Por fim, o especialista ressalta que a constância no envio de newsletters gera familiaridade com a marca. Ao estabelecer uma frequência adequada e manter a qualidade do conteúdo, as empresas conseguem ocupar um espaço na mente do consumidor, tornando-se referência em suas áreas de atuação. “A presença contínua é fundamental para que os leads lembrem da empresa quando estiverem prontos para realizar uma compra ou contratar um serviço”, conclui.

Sobre Fábio Soma

Fábio Jr. Soma, conhecido como o Mago das Newsletters, é estrategista de inovação e estudioso dos hábitos de consumo online.  É o mentor por trás do Método M.A.G.O., que transforma newsletters em verdadeiras máquinas de geração de renda, hoje, lidera uma das maiores comunidades de criadores de newsletters da América Latina, ensinando estratégias poderosas que capacitam empreendedores, criadores de conteúdo e profissionais de marketing a alcançar a independência financeira e criativa.

Fábio também é CEO da holding Soma8 e da edtech Soma Peruzzo, uma startup com foco em habilitar profissionais a terem sucesso na união do mundo digital e o mundo offline.

Fonte: Lara Comunicação / Carolina Lara


terça-feira, 15 de outubro de 2024

Redes sociais e o advento do mundo 4.0

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*Por Fernando Moulin, partner da Sponsorb, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente

A era digital trouxe consigo uma revolução na forma como as marcas se comunicam com seu público. Dados de uma recente pesquisa da Warc destacam que atualmente as redes sociais são o maior canal dos investimentos em publicidade, devendo superar US$ 247,3 bilhões globalmente em 2024. Isso representa um crescimento de 14,3% na comparação com o ano passado.

Além disso, outro estudo, desta vez da GWI, apontou que o tempo gasto nas redes aumentou 50% nos últimos dez anos. O consumo médio diário teria saltado de 95 minutos em 2014, para 152 minutos em 2024. Isso significa que a plataforma que conecta a geração Y (os Millennials) com as gerações Z e Alpha não é mais a televisão, mas a experiência online das redes sociais. 

Ademais, poucos dias após o primeiro turno das eleições municipais em todo o país, queda evidente a transformação social, política e de costumes decorrente do papel dos “influenciadores” e da força das redes sociais na formação e consolidação de opiniões junto a todos os públicos e idades, cada um deles com sua rede de ‘preferência pessoal’. 

Por sua vez, dados do Merrill Lynch indicam que está em curso a maior transferência de riqueza da história, sendo liderada pela Geração Z e seus sucessores, que vão herdar mais de US$ 84 trilhões em ativos. E o que todos esses dados significam? Para ser direto: o dinheiro mudou de mãos, a sociedade mudou a forma de se comunicar, portanto, ou você entende essas mudanças e os anseios das novas gerações que possuem cada vez maior poder de compra, ou está fadado ao fracasso no médio prazo. 

Já há alguns anos (marcadamente após a pandemia), construir uma presença forte das marcas não é mais uma questão de “falar com o público jovem” ou “disponibilizar SAC 3.0”, mas uma prática fundamental para a sobrevivência da empresa. Para deixar ainda mais claras essa necessidade e essa mudança, sabe a televisão, essa que, se você tem mais de 30 anos de idade, era a grande companheira da família? Pois bem, ela já começou sua migração para as redes sociais — e não estou querendo dizer que ela vai ter um perfil no Facebook, mas que a televisão vai passar pela sua maior mudança na história com a TV 3.0, que, no Brasil, está prevista para começar no ano que vem. 

Com a TV 3.0, as emissoras poderão oferecer programas diferentes simultaneamente para públicos específicos, com base no perfil do telespectador, que será monitorado em tempo real através de algoritmos. Isso sugere que a TV 3.0 terá um nível de personalização que a TV convencional não possui. Assim, ligar a TV será como ver o feed das redes sociais. 

No Brasil, de olho nessas tendências e na TV 3.0, a Rede Globo também está inovando no campo da publicidade. A empresa lançou o GloboAds, plataforma que oferece uma variedade de soluções publicitárias para marcas. Além disso, ainda apresentou o Binge Ads, novas atrações na programação multiplataforma e novos canais FAST. 

Aliado a essa mudança está o fenômeno da inteligência artificial, alimentada por ferramentas de IA Generativa, como o ChatGPT e o Gemini. A Meta, por exemplo, tem investido fortemente – e muitas vezes de forma menos evidente ao grande público - em IA. Recentemente, a empresa anunciou a expansão internacional do Meta AI, um assistente de IA que permite aos usuários acessar informações em tempo real através do Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger. Além disso, a Meta lançou o AI Sandbox, uma "área de testes" para anunciantes experimentarem novas ferramentas de IA. E também fez sucesso nos meios especializados nos últimos dias com seu novo óculos de realidade aumentada e IA aplicada ao usuário feito com a Ray-Ban que – descobriu-se – captura obrigatoriamente tudo que estamos vendo em nossas casas e vidas para treinar sua IA própria com dados, se quisermos utilizar as funcionalidades que essa novidade tecnológica oferece. 

A Meta é um dos icônicos exemplos de empresa do século XXI que abraçaram e lideram aceleradamente essas transformações sociais e mercadológicas, assim como em maior ou menor escala todas as “7 Magníficas” da NASDAq americana e suas pares/concorrentes chinesas. 

Essas iniciativas de IA estão transformando a maneira como as marcas interagem com seus consumidores. Agora, as marcas podem criar conteúdo personalizado, responder às perguntas dos clientes e até mesmo prever tendências do mercado em tempo real. Dessa forma, elas conseguem entender as necessidades e desejos do seu público de maneiras até então impossíveis, e tudo isso diretamente no feed das redes sociais, local onde os consumidores interagem usando uma multiplicidade de personalidades, que se fundem no “Eu” de nossas personas físico-digitais. 

Meu recado final é bastante simples: não é mais possível separar a vida real da digital, pois elas estão em simbiose e integração cada vez mais plena. Com a inteligência artificial deixando de estar restrita aos filmes de ficção científica e passando a ser uma ferramenta do cotidiano, adapte-se rápido ou prepare-se para a irrelevância junto aos clientes. Bem-vindos ao mundo da revolução 4.0. 

*Fernando Moulin é partner da Sponsorb, empresa boutique de business performance, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente, além de coautor dos best-sellers "Inquietos por natureza" e "Você brilha quando vive sua verdade", ambos da Editora Gente, lançados em 2023.

Sobre Fernando Moulin

Nascido em 1976 na cidade de Volta Redonda (RJ), Fernando Moulin é um dos principais especialistas brasileiros em transformação digital, inovação e gestão da experiência do cliente, além de ser um dos pioneiros do Marketing Digital/CRM no país. Graduado em Engenharia Química pela Unicamp, possui MBA Executivo Internacional pela FIA-USP e realizou cursos de marketing e negócios em diversas instituições internacionais, como Kellogg/NorthWestern (Estados Unidos), INSEAD (França), Cambridge (Reino Unido) e Lingnan University (China). Eleito em 2022 para o Hall of Fame da Associação Brasileira de Marketing de Dados (ABEMD), tem mais de 25 anos de experiência e passagens executivas em funções de liderança em grandes organizações, como Telefônica/Vivo, Cyrela, Nokia, Pão de Açúcar, Claro, Citibank, entre outras. Cofundador da Malbec Angels, mentor de startups e advisor estratégico, também é palestrante profissional e professor de disciplinas ligadas a suas áreas de expertise em instituições como a ESPM, o INSPER e a Live University, além de ser colunista de diversos veículos importantes de mídia e jurado de diversas premiações de mercado. Também é coautor das obras coletivas best-sellers "Inquietos por natureza", organizada por João Kepler, e "Você brilha quando vive sua verdade: transformando fragilidades em fortalezas", organizada por Eduardo Shinyashiki e Kareemi, ambas publicadas pela Editora Gente. Atualmente, é partner da Sponsorb, empresa boutique de business performance. Para mais informações, acesse: www.fernandomoulin.com.br e linkedin, ou veja sua palestra no TEDxSP: no youtube. 


Fonte: Nbpress Deborah Fecini

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

O que as empresas precisam saber sobre a segurança dos dados na nuvem?

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Com o avanço tecnológico e o aumento da digitalização de processos, as empresas estão cada vez mais expostas a ameaças cibernéticas. A segurança de dados em nuvem não é apenas uma preocupação para usuários domésticos, mas torna-se fundamental para o ambiente empresarial, no qual o impacto de um ataque pode ser devastador.  

Em um cenário B2B (business to business), as perdas não se limitam a dados pessoais ou pequenas quantias. “Empresas de grande porte, como indústrias, podem ter seus sistemas sequestrados por hackers, o que pode resultar na paralisação de operações inteiras. Imagine uma fábrica com suas máquinas de produção invadidas e controladas remotamente por criminosos. Isso não só interrompe o trabalho, mas pode acarretar prejuízos milionários, além de colocar em risco a integridade dos produtos e dos negócios”, explica João Victor de Sousa, diretor de tecnologia da Hostweb, empresa especializada em tecnologia da informação. 

Os ataques mais comuns no ambiente empresarial incluem o ransomware, no qual os criminosos “sequestram” dados e sistemas, exigindo resgates das informações. Empresas sem um plano sólido de cibersegurança correm sérios riscos de perder informações críticas, tempo de produção e até mesmo credibilidade no mercado. 

“Ao escolher uma solução de nuvem, um ponto relevante é que provedores de nuvem geralmente trabalham em uma filosofia de responsabilidade compartilhada, na qual parte da estratégia de segurança é provisionada pela própria cloud e as demais dever ser provisionadas pelo cliente. É extremamente importante ter o auxílio de um parceiro experiente para analisar corretamente a melhor estratégia”, reforça João Victor.  

Além disso, backups regulares e soluções de recuperação de desastres são elementos imprescindíveis para qualquer estratégia de segurança. Empresas que não têm um planejamento de backup arriscam perder dados vitais em ataques, causando interrupções significativas em suas operações. 

Para as empresas, a escolha de um parceiro confiável como a Hostweb, especializado em cibersegurança e soluções de nuvem voltadas para o setor empresarial, é decisiva. Uma empresa que opera 100% no B2B entende as complexidades do ambiente corporativo e oferece soluções robustas para proteger os dados críticos e garantir a continuidade dos negócios.

Fonte: Capuchino Press  / Vitoria Vasconcelos


quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Como Musk driblou o bloqueio de Moraes e reativou o X no Brasil

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Associação Brasileira dos Provedores de Internet (Abrint) detalha os recursos usados pela plataforma para voltar a funcionar

Na madrugada de quarta-feira (18), a rede social X voltou a funcionar no Brasil. A plataforma, que estava bloqueada por uma determinação judicial do Supremo Tribunal Federal (STF), foi reativada após uma atualização automática.

Segundo a Associação Brasileira dos Provedores de Internet (Abrint), o “novo software começou a operar de maneira diferente, utilizando endereços de IP  vinculados ao serviço  Cloudflare”. Na prática, o Cloudflare dificulta o bloqueio do aplicativo.

“Diferente do sistema anterior, que usava IPs específicos e passíveis de bloqueio, o novo sistema faz uso de IPs dinâmicos que mudam constantemente. Muitos desses IPs são compartilhados com outros serviços legítimos, como bancos e grandes plataformas de internet, tornando impossível bloquear um IP sem afetar outros serviços”, explica a Abrint.


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A instituição também aponta que “os provedores de internet estão em uma posição delicada”, visto que não podem “tomar ações por conta própria sem uma orientação oficial da Anatel, pois um bloqueio equivocado poderia afetar empresas legítimas”.

No momento, as empresas aguardam por instruções da Anatel para decidir quais medidas serão tomadas, pois “bloquear o Cloudflare significaria bloquear não apenas o X, mas também uma série de outros serviços que dependem dessa infraestrutura, o que poderia afetar negativamente a internet como um todo”, finaliza a associação.

Usuário pode ser punido ao acessar o X?

De acordo com Alexander Coelho, sócio do Godke Advogados a responsabilidade recai mais sobre a plataforma e seus operadores, desde que o usuário não esteja burlando ativamente o sistema ou as leis. “Não seria uma questão regulatória para ser tratada diretamente com a Anatel. A Anatel regula serviços de telecomunicações, mas o bloqueio judicial de uma plataforma como o X (Twitter) é uma questão que envolve a Justiça”, explica.

Os usuários, por sua vez, não têm a obrigação de reportar acessos. “Caso o bloqueio não seja eficaz, o responsável pelo cumprimento é a plataforma ou os provedores de serviço de internet”, avalia.

Alexander Coelho - advogado especializado em Direito Digital e Proteção de Dados.


Fonte: FORBES / Godke Advogados


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STF começou a julgar se a Google tem de fornecer à polícia dados de usuários a partir de buscas na internet

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A corte começou a julgar, desde ontem (18), um recurso da Google que busca impedir a violação à privacidade de usuários. O caso chegou ao STF mediante a interposição, pela big tech, do Recurso Extraordinário 1301250, relacionado ao caso do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco.

Decisões de primeira instância e do STJ haviam determinado uma suposta obrigação da Google de fornecer, à polícia, dados de usuários que tivessem realizado buscas na internet com o uso de combinações de palavras alusivas a Marielle e ao crime. Nas deliberações, os juízes haviam sustentado que o direito à privacidade não seria absoluto, podendo ser “relativizado” em hipóteses excepcionais, como, por exemplo, em assuntos envolvendo investigações criminais. Atuando em prol da salvaguarda do direito à privacidade de seus usuários, a Google interpôs o recurso cabível, que, nessa semana, deverá ser colocado “na berlinda” junto aos supremos.

A fruição da intimidade é decorrência natural da nossa própria humanidade, como prerrogativa de resguardar para nós mesmos, e para o círculo íntimo que possamos constituir, a privacidade das nossas escolhas. Assim sendo, a Constituição brasileira ampara a intimidade como garantia individual, a exemplo de todas as ordens constitucionais mundo afora. Por óbvio, diante de indícios robustos da prática de crimes, reconhecidos como tais por autoridades policiais, pelos fiscais da lei (Ministério Público), e, sobretudo, por decisão judicial, algumas esferas da privacidade podem ser afastadas, para cederem lugar a investigações. Contudo, trata-se de hipóteses excepcionalíssimas, em que o interesse público se sobrepõe ao privado.

Ora, como não é razoável crer que usuários de internet sejam “suspeitos” de crimes graves tão somente em virtude de uma inocente digitação de palavras durante suas buscas nas redes, é arbitrário impor à Google a obrigação de fornecimento de dados de todos os internautas simplesmente curiosos; da mesma forma como é acintoso expor a privacidade de indivíduos que apenas exerçam sua liberdade de realização de pesquisas sobre assuntos na internet.

Contudo, em nosso Zeitgeist de autoritarismo togado extremado, é bem possível, e até provável que nossa cúpula judiciária siga um entendimento oposto ao defendido neste espaço. Sigo acompanhando de perto.

Fonte: Gazeta do Povo


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sábado, 7 de setembro de 2024

TeamViewer vence Prêmio Microsoft Partner of The Year 2024 na categoria Apps & Soluções para Microsoft Teams

 

Imagem: reprodução / divulgação

A TeamViewer, fornecedora líder global de soluções de conectividade remota e digitalização de ambientes de trabalho, anuncia a conquista do prêmio Microsoft Partner of The Year 2024 na categoria Apps & Soluções para Microsoft Teams. A empresa foi reconhecida entre um grupo com os principais parceiros globais da Microsoft devido à excelência em inovação e implementação de tecnologias para clientes Microsoft.  

“Ganhar o prêmio Microsoft Partner of the Year 2024 destaca o compromisso que temos em oferecer valor e inovação incomparáveis aos nossos clientes”, afirma Alfredo Patron, Vice-Presidente Executivo de Desenvolvimento de Negócios da TeamViewer. "Nossa parceria com o Microsoft Teams enriquece a conectividade remota e agiliza as operações. Todos os meses, dezenas de milhares de usuários realizam conexões remotas alimentadas pela tecnologia TeamViewer por meio do Microsoft Teams, com integração perfeita a seus fluxos de trabalho diário, tanto para suporte remoto de TI como para suporte com Realidade Aumentada para trabalhadores em campo." 

O Microsoft Partner of the Year Awards 2024 reconhece os parceiros da Microsoft que desenvolveram e forneceram excelentes aplicativos, dispositivos, serviços e inovação em IA (Inteligência Artificial) para Microsoft Cloud no ano passado. Os prêmios foram divididos em diversas categorias e os vencedores foram escolhidos entre mais de 4,7 mil indicações de mais de cem países. 

A integração da tecnologia TeamViewer com o Microsoft Teams representa um avanço significativo nos serviços de suporte. A plataforma TeamViewer se integra ao Teams por meio do Microsoft Azure, aprimorando a conectividade remota, simplificando as operações e oferecendo recursos como suporte para forças de trabalho móveis, orientação remota baseada em RA (Realidade Aumentada) e ferramentas avançadas para solução de problemas. Mais de quatro mil empresas em todo o mundo são testemunhas dos benefícios e das melhorias em eficiência e produtividade, com redução de até 80% no tempo de resolução de tickets de suporte de TI. 

A TeamViewer se dedica e trabalha diariamente para fornecer integrações ainda mais poderosas no futuro, além de estar sempre na vanguarda tecnológica com lançamento contínuo de atualizações que incorporam novos recursos impulsionados pelo feedback direto dos clientes. 

A TeamViewer se orgulha em ser vencedora do Microsoft of The Year 2024 na categoria Apps & Soluções para Microsoft Teams. O prêmio corrobora seu constante compromisso com a transformação digital nas empresas e sua dedicação inabalável em satisfazer as demandas em constante evolução de seus clientes ao mesmo tempo em que reconhece o valor e a inovação incomparáveis de suas soluções de conectividade remota e digitalização de ambientes de trabalho.

Sobre a TeamViewer


Alfredo Patron,
Vice-Presidente Executivo
A TeamViewer é a empresa líder global em tecnologias e plataformas de conectividade remota para acesso, controle, gerenciamento, monitoramento e reparação de dispositivos de qualquer tipo – desde laptops e celulares até máquinas industriais e robôs. Embora a solução TeamViewer seja gratuita para uso pessoal, a companhia conta com mais de 640 mil assinantes e o software é amplamente utilizado por corporações e indústrias de todos os portes e segmentos para digitalização de processos críticos de negócios através de conectividade remota rápida, segura e perfeita. Tendo como pano de fundo as megatendências globais, como proliferação de dispositivos, automação e novas culturas de trabalho, a TeamViewer vem proativamente moldando a transformação digital e continuamente inovando nos campos da Realidade Aumentada, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Desde sua fundação em 2005, o software TeamViewer, carro-chefe da empresa, já foi instalado em mais de 2,5 bilhões de dispositivos em todo o mundo. Com sede em Göppingen, Alemanha, a TeamViewer emprega mais de 1,5 mil pessoas em escritórios globais. Em 2023, a companhia alcançou faturamento de cerca de 627 milhões de euros. As ações TeamViewer AG (TMV) estão listadas na Bolsa de Valores de Frankfurt e pertencem à MDAX. Mais informações estão disponíveis em http://www.teamviewer.com.

Fonte: Allameda.com Renata Bosco
 

sábado, 31 de agosto de 2024

Suspensão do X pode impactar segurança jurídica e confiança de investidores internacionais no Brasil, diz especialista

Imagem: gerada por IA


Anatel deverá cortar o funcionamento da plataforma em até 24 horas em todo o território nacional

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta sexta-feira (30) a suspensão da rede social X (ex-Twitter), do empresário Elon Musk, no Brasil. Agora, cabe a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) cortar a plataforma em todo o território nacional. O prazo para esse procedimento é de 24 horas.

A decisão foi feita após o não-cumprimento de uma intimação de nomear um representante legal da empresa no país. No documento, também é citado os descumprimentos ao pagamento de multas e a instrumentalização da plataforma para disseminação de discursos de ódio e antidemocráticos.

Para Alexander Coelho, sócio do Godke Advogados e especialista em Direito Digital e Proteção de Dados, a atuação do Ministro Alexandre de Moraes em relação ao X (ex-Twitter) coloca em evidência um desafio central no Direito Digital: equilibrar a aplicação das leis nacionais com a proteção das liberdades fundamentais em um ambiente globalizado.

“Embora seja legítimo exigir o cumprimento das leis brasileiras por plataformas que operam no país, a forma como isso foi conduzido — com prazos curtos e ameaças de prisão — levanta preocupações sobre o respeito ao devido processo legal”, explica.

Essa abordagem, de acordo com o especialista, pode afetar negativamente a segurança jurídica e a confiança de investidores internacionais, além de reacender o debate sobre o limite entre regulação e censura nas redes sociais.

“É fundamental que o Brasil encontre uma forma de garantir a aplicação da lei sem comprometer os direitos fundamentais, especialmente a liberdade de expressão, que é um pilar essencial da democracia”, defende o advogado.

Proibição do VPN

Com a suspensão do X já sendo especulada durante a semana, usuários enxergaram no Virtual Private Network (VPN) uma alternativa para acessar o aplicativo. “Com Spoofing de localização VPN, você pode mudar para um servidor de outro país e efetivamente “mudar” sua localização. Por exemplo, muitas plataformas de streaming não estão disponíveis em todos os países e o usuário pode acessá-los usando a VPN”, explica Coelho.

Alexandre de Moraes, no entanto, proibiu o uso de VPN para acessar o aplicativo. Além da proibição, o ministro do STF determinou a aplicação de uma multa diária de R$ 50 mil, caso qualquer pessoa natural ou jurídica utilize serviços de VPN para acessar o X.

Principais pautas em Direito Digital

X fora do ar: como usuários com perfil verificado devem fazer para pedir o reembolso?

Na iminência do X (ex-Twitter) ficar fora do ar no Brasil por não pagar as multas exigidas pelo STF, usuários que pagam o selo verificado precisam ficar atentos para não receberem cobranças abusivas sem a utilização do serviço. Especialistas falam sobre como pode ser feita a devolução de valores pagos de acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e como fica a transparência na comunicação prévia da empresa.

Atuação de Alexandre de Moraes no processo do X, pode afetar segurança jurídica no Brasil?

A atuação do Ministro Alexandre de Moraes em relação ao X (ex-Twitter) coloca em evidência um desafio central no Direito Digital: equilibrar a aplicação das leis nacionais com a proteção das liberdades fundamentais em um ambiente globalizado. Especialistas alertam que, embora seja legítimo exigir o cumprimento das leis brasileiras pelas plataformas operadas no País, abordagem adotada pelo STF pode causar insegurança jurídica e abalar até confiança de investidores internacionais.

ANPD aprova plano de conformidade da Meta sobre tratamento de dados pessoais para uso de IA?

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) deu um passo importante nesta sexta-feira (30), ao aprovar o plano de conformidade apresentado pela Meta Platforms, Inc (a Meta), com relação ao tratamento de dados pessoais - também chamado de dados sensíveis - com fins de treinamento de sistemas de IA generativa. Especialistas explicam quais responsabilidades da Meta, de forma que o processo de adequação do uso de inteligência artificial seja feito com transparência e em conformidade com a LGPD.

Por Alexander Coelho - advogado especializado em Direito Digital e Proteção de Dados. Membro da Comissão de Privacidade e Proteção de Dados e Inteligência Artificial (IA) da OAB/São Paulo. Pós-graduando em Digital Services pela Faculdade de Direito de Lisboa (Portugal).

Luiz Fernando Plastino - especialista em Propriedade Intelectual, Privacidade e Proteção de Dados. Pós-graduado em Direito de Informática pela ESA-OAB/SP. Doutor em Direito Civil.

Rafael Federici - Especialista em Direito Digital e Proteção de Dados. Mestre em Direito Societário pelo IBMEC São Paulo.


Fonte: M2 Comunicação /  Natasha Guerrize