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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

DENÚNCIA! Mariana Carvalho deve ser denunciada ao Ministério Público por operar suposto “Gabinete do Ódio” no Maranhão

Imagem: reprodução

Denúncia aponta uma estruturada rede de corrupção em torno do financiamento de milícias digitais no Maranhão.

Uma representação que deve ser protocolada nos próximos dias no Ministério Público do Maranhão (MPMA) promete abrir um novo capítulo nas denúncias envolvendo a suplente de deputada Mariana Carvalho e seu esposo Ivanildo Tavres. O documento, segundo apurado pela reportagem, aponta que Mariana, ao lado do empresário Ivanildo, estaria no centro de um esquema de corrupção e de manutenção de um suposto “Gabinete do Ódio” financiado com recursos desviados de prefeituras ligadas ao deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL).


Ivanildo e Mariana - Imagem: reprodução

De acordo com o denunciante, o esquema funcionaria por meio de duas agências de publicidade fantasmas, que mantêm contratos milionários com prefeituras controladas por aliados de Josimar — entre elas a de Zé Doca, cidade do interior do estado.

Imagem: reprodução


Segundo os relatos, os recursos provenientes desses contratos estariam sendo repassados mensalmente a Mariana Carvalho na capital São Luís, sempre entre os dias 10 e 12 de cada mês. Essa estrutura, de acordo com a denúncia, financiaria a atuação digital de militantes pagos para atacar adversários políticos e defender os interesses de Josimar e seus aliados entre eles o vice governador Felipe Camarão.


Imagem: reprodução

Nos últimos meses, Mariana Carvalho tem sido alvo de diversas denúncias por supostamente articular a rede de ataques virtuais conhecida como “Gabinete do Ódio”. O grupo, segundo os relatos, estaria sendo usado para destruir a imagem de opositores políticos e manipular o debate público no Maranhão, em benefício de Josimar do PL e do vice-governador Felipe Camarão (PT), apontados como um dos aliados do casal Mariana e Ivanildo.


Em um vídeo que circula nas redes sociais, o deputado federal Aluísio Mendes (Republicanos) afirma que Mariana Carvalho agora “faz parte de uma quadrilha”, reforçando as acusações de que a suplente estaria envolvida sim em um esquema criminoso de desvio de dinheiro público e ataques virtuais.



(Na ocasião, o presidente estadual do Republicanos, Aluísio Mendes, teceu críticas à candidata do próprio partido à prefeitura de Imperatriz, Mariana Carvalho.

“Ela tomou uma opção política. Estar abraçada com o grupo político que eu considero uma organização cr1m1n0s4, que eu combato há 14 anos no Estado do Maranhão”, disparou sobre a aliança com Josimar de Maranhãozinho (PL). 

Aluísio afirmou que Mariana teria loteado cargos na prefeitura caso vencesse a eleição.

“Imperatriz, que tem sofrido tanto nos últimos anos, não merece e não pode cair nas mãos dessa organização criminosa“, finalizou. Fonte: acontece_maranhao)


A reportagem tentou contato com os citados, mas até o momento nenhum deles foram localizados por nossa reportagem.

Se confirmadas, as denúncias podem resultar em ações civis e Criminais contra os envolvidos, além de abrir mais uma frente de investigação sobre o uso indevido de recursos públicos desviados no Maranhão.

Fonte: CAST LESTE


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terça-feira, 19 de agosto de 2025

DENÚNCIA! Cargos comissionados e a sombra da falta de transparência na gestão de Paulo Victor

Imagens: reprodução / composição


Uma das acusações mais recentes partiu do vereador Douglas Pinto, que denunciou (na Sessão Ordinária - 12/08/2025) a existência de mais de 600 cargos comissionados na Câmara, mais especificamente 685 assessores, que contemplam R$ 30 milhões em salários de um orçamento anual de R$ 166 milhões da Câmara Municipal, sem qualquer transparência quanto à identidade ou função dos nomeados. Para Pinto, a gestão de Paulo Victor estaria abrindo espaço para um verdadeiro “cabide de empregos”, prática que fere a confiança da população e transforma o Legislativo em balcão de negócios.

  • São salários que vão de R$ 1.200 a R$ 10.000 reais e que somam mais de R$ 2.3 milhões por mês.

A denúncia ganhou força porque, até agora, a presidência não apresentou respostas claras. A opacidade levanta suspeitas de que os cargos estariam sendo usados como moeda de troca política.


Presidência questionada

Apesar de acumular dois mandatos e tentar se projetar como pré-candidato a deputado estadual, o desgaste de Paulo Victor é evidente. Sua eleição é considerada improvável, pois está politicamente desacreditado. Ele já não conta mais com o apoio de líderes do governo do Estado, e sua base política se enfraquece a cada dia.

Além disso, servidores concursados afirmam ser prejudicados pela atual gestão, enquanto o prédio da Câmara apresenta sérios problemas estruturais, reflexo do fiasco administrativo de sua gestão. Sua reeleição para a presidência foi classificada por opositores como “constrangedora”, diante do fato de responder a ações por corrupção. Para críticos, a Câmara vive hoje sob uma gestão que prefere o improviso e a blindagem a um projeto sério de fortalecimento institucional.

As denúncias devem ampliar o debate sobre a necessidade de maior controle dos gastos públicos e de responsabilização dos envolvidos em eventuais irregularidades no Legislativo municipal.

Fonte: Vinhais/Bequimão e Regiões


terça-feira, 12 de agosto de 2025

BOMBÁSTICO! Em vídeo, nesse final de semana, Marcus Brandão denunciou uma suposta perseguição por parte do GRUPO DINISTA

Marcus, Camarão, Pedro Lucas, Jerry, Othelino e Dino - Imagem: reprodução

O irmão do governador do Maranhão denunciou uma conspiração para derrubar seu irmão dos Leões

Uma estarrecedora declaração de Marcus Brandão, presidente estadual do MDB, abalou as estruturas de poder no Maranhão nesse final de semana. Marcus declara em vídeo que ele e seu irmão, o governador Carlos Brandão, vem sofrendo perseguição por parte dos dinistas e que o deputado federal, Pedro Lucas (UNIÃO PROGRESSISTA) teria lhe confessado no início do ano, que estão armando um golpe para afastar seu irmão do Palácio dos Leões, para que o vice, Felipe Camarão (PT), assuma a cadeira e possa consolidar sua pré-candidatura ao Governo do Estado em 2026, caso ele não seja o indicado do grupão.

A trama, o vice e os deputados dinistas

Segundo ele, o vice-governador, estaria envolvido com deputados dinistas em uma conspiração para afastar o irmão por 90 dias e posteriormente mais 90 dias renovados pelo apoio de outro ministro do Superior Tribunal de Justiça - STJ, mesmo sem fatos concretos que justificassem a medida. Falou ainda que Camarão não soube sequer controlar seus aliados dinistas, em especial referindo-se ao deputado Othelino Neto (SOLIDARIEDADE) e outros dinistas, sedentos de poder e cargos na atual administração do irmão governador, pressionando e impondo condições para a sucessão de 2026.

Produção de provas

"Também mencionou suposta produção de provas falsas, espionagem contra a gestão estadual acusando o grupo rival de prever decisões judiciais e movimentações processuais antes mesmo de seu protocolo. Para ele, o cenário envolve “denúncias fabricadas” e manobras que extrapolam o embate político tradicional".

O assessor

Marcus revelou a atuação de um assessor do STF, que estaria a disposição do gabinete de Flávio Dino, e teria utilizado, 130 vezes, em um único dia, a senha de um computador do Estado que deveria estar bloqueada, repassando dados sigilosos a opositores, com intuito de comprometer a família Brandão. Checagens de IP levam ao gabinete do STF em Brasília e um escritório de advocacia que representa o SOLIDARIEDADE.

Minard e a conversa dos deputados federais

Marcus também corrobora a declaração do jornalista Minard, que repercutiu muito na mídia maranhense este mês, denunciando, em um programa de podcast, que tomou conhecimento de uma conversa entre o deputado federal Marcio Jerry e o deputado federal Pedro Lucas, que iriam dar um golpe no governo do irmão, e que ele, Pedro Lucas, ainda teria chance de mudar de lado. A conversa foi desmentida pelo próprio Jerry, em um programa de rádio local, em declaração por telefone ao jornalista John Cutrim.

A advogada mineira

Mencionou também sobre uma advogada mineira, Clara Alcântara Botelho Machado, que teria plantado provas falsas contra ele, Marcus Brandão, e que a mesma teria mais de 11 mil clientes no Maranhão, do INSS. Recentemente, Flávio Dino negou o pedido da advogada para se juntar ao processo (atuar como "amicus curiae"), movido pelo SOLIDARIEDADE, mas ordenou que a Polícia Federal investigasse as tais denúncias contra o governador. (entenda o caso)

Já no caso do ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), agiu diferente! Remeteu o inquérito dos respiradores ao STJ, a quem cabe o julgamento de ações que envolvem governadores. (entenda o caso).

A conversa com o vice

Nas declarações do irmão do governador, também chamou a atenção uma conversa com o vice, Felipe Camarão, sobre o vazamento dos prints, onde Camarão se dizia preocupado com o inquérito que ele mesmo teria denunciado como 'FAKE NEWS', sendo que o laudo da polícia civil, constatou mais de 4700 conversas entre Camarão e o blogueiro Landim.

A transferência do detento de pedrinhas

Marcus também fez menção sobre a transferência de um detento maranhense de nome Gilbson César Soares Cutrim Júnior, que teria sido transferido para Brasília e feito um acordo de delação premiada. (entenda o caso)

As informações privilegiadas

O irmão do governador também fez menção a ameaça de prisão do Procurador-Geral do Estado do Maranhão, Valdenio Nogueira Caminhao mesmo que acionou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, para investigar a conduta de dois assessores do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que, segundo o órgão, teriam acessado sistemas internos da procuradoria maranhense para embasar uma ação no STF impetrada pelo partido Solidariedade, do deputado estadual Othelino Neto, no próprio Supremo.(entenda o caso)

A retomada do PSB

Na última semana, uma reviravolta na política partidária, movimentou o tabuleiro para 2026. Especula-se que teria havido influência do ministro do STF, Flávio Dino, na retomada do PSB das mãos do governador Carlos Brandão, então presidente da sigla no Estado. O pedido teria sido feito pelo próprio Dino ao atual presidente nacional do partido, João Campos, prefeito do Recife, que confirmou o pedido, segundo afirmou apresentadores de uma rádio local e declarações do deputado Yglésio Moysés (PRTB). Mas a debandada que vai gerar em 2026, mais especificamente em abril, vai deixar um PSB completamente esvaziado de prefeitos, vices e deputados no Maranhão e também de vereadores em 2028, nas eleições municipais.

Interferências supremas

Tais interferências e participações na política local por parte de Flávio Dino, seriam não somente graves, mas vai de encontro a todo o ordenamento de poderes que impede que ministros do STF atuem politicamente. Caso seja verdade, Dino estaria não somente abusando de poder supremo, como também articulando junto ao seu antigo grupo político para dar sobrevida ao seu desacreditado pupilo político, Felipe Camarão.

Conclusão

O que vemos em sucessivas disputas eleitorais (estaduais 2014, 2018, 2022...) e (municipais 2012, 2016, 2020 e 2024) entre esses dinistas, são fake news, intrigas, política rasteira e traiçoeirismo. Ficaram completamente assoberbados depois da era de Flávio Dino, se achando os políticos a defender uma causa justa e altiva, e na era pós-dinismo, o inferno se instaura pela disputa de feudos e territórios municipais.

A mais recente e ridícula demonstração de soberba desse pequeno grupo de deputados dinistas, foi tentar impor condições ao atual líder nas pesquisas para o Governo do Estado em 2026, o prefeito Eduardo Braide (PSD), muito bem avaliado pela população por sua gestão, e pasmem, Camarão, 'o lanterna nas pesquisas', chegou a oferecer vaga de vice e até de senador em sua chapa, em recente entrevista. É muito delírio!

Torçamos para que em 2026, o povo do Maranhão dê um fim a essa 'falida esquerda' em nosso Estado, que na tentativa de 'sobreviver politicamente', além das traquinagens de bastidores e maldades pessoais, só pensam em 'disputa de poder' e nas 'mamatinhas' que o poder lhes proporciona.

Por Daniel Braz


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sábado, 22 de fevereiro de 2025

DENÚNCIA! 'Gabinete de perseguição' visando adversários do CORONEL Brandão, disse Othelino...

Othelino, Cutrim e Brandão - Imagens: reprodução

Grave denúncia, feita esta semana, pelo deputado Othelino Neto (Solidariedade), em tribuna da ALEMA, de que estaria sendo formado um gabinete de perseguição, envolvendo o atual secretário de Carlos Brandão, Raimundo Cutrim, que já foi ex-secretário de Segurança Pública do Estado do Maranhão, leia:

"Na tribuna da Assembleia Legislativa, denunciei uma grave situação: Raimundo Cutrim tem utilizado a SECCOR (Superintendência de Combate à Corrupção) para pressionar servidores, delegados e agentes da polícia a perseguirem adversários do governador Carlos Brandão. 

Há relatos de que ele frequenta o órgão quase diariamente, tentando impor uma verdadeira caça às bruxas contra quem não se submete aos interesses do Palácio dos Leões.

Isso não é novidade! Já vimos esse mesmo roteiro no passado, quando Cutrim tentou transformar a SECCOR em um tribunal inquisitório, fabricando inquéritos fajutos que acabaram arquivados. Agora, tentam ressuscitá-lo do ostracismo para repetir as mesmas práticas, usando a estrutura do Estado como ferramenta de intimidação política.

Felizmente, há servidores íntegros e comprometidos com a justiça que já se recusaram a participar dessa farsa. E deixo um recado claro: não me intimidam! Sei muito bem o que fiz e sei exatamente o que essa gente anda tramando no Maranhão. Não temo cara feia, nem me curvo a coronéis e seus capangas.

A política deve ser feita com transparência e responsabilidade, não com perseguições covardes! Seguimos firmes na defesa da justiça e da democracia."

VEJA O DISCURSO NA ÍNTEGRA


Fonte: Instagram @othelinoneto / ALEMA



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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Prefeitos no MA escondem da PF documentos sobre emendas de deputado do PL

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Quatro municípios do interior do Maranhão se recusaram a informar a PF sobre licitações e contratos feitos com verbas de emendas do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e com empresas ligadas ao parlamentar. Eles só responderam a solicitação dos investigadores depois que a Polícia Federal foi presencialmente em cada município.

O que aconteceu

Episódio ocorreu no fim do ano passado e foi relatado ao STF pelo delegado que investiga Maranhãozinho. Em dezembro, Alessandro Silveira Furtado encaminhou ofício ao ministro Cristiano Zanin, relator do caso, para justificar a demora em concluir as investigações envolvendo o parlamentar. O delegado atribuiu a dificuldade em obter informações à influência política de Maranhãozinho na região.

O ministro Cristiano Zanin autorizou a conclusão das investigações. O caso tramita sob sigilo no STF, e a expectativa é que a PGR apresente denúncia contra o deputado após analisar toda a documentação e as perícias feitas sobre os contratos.

Um município governado por uma sobrinha do deputado está entre os que resistiram em passar informações. Flávia Cunha (PL) é prefeita de Zé Doca, a 300 quilômetros de São Luís. A cidade também já foi governada por uma irmã de Maranhãozinho, Josinha Cunha (PL).

As outras três cidades são Maranhãozinho, Araguanã e Centro do Guilherme. Maranhãozinho já foi governada pela mulher do deputado, a também deputada federal Detinha (PL-MA).

Zé Doca encaminhou documentação após agentes da PF irem à prefeitura. Os demais municípios ainda solicitaram mais prazo, depois da visita dos agentes, para encaminhar toda a documentação, no fim do ano passado.

Perícias foram solicitadas pela PGR. Maranhãozinho já foi indiciado por peculato (desvio de dinheiro), organização criminosa, fraude a licitação e lavagem de dinheiro, em 2021. O caso vem se arrastando desde então e, em outubro do ano passado, a PGR pediu a conclusão das perícias de todo o material encontrado pela PF na investigação.

Somados, os quatro municípios receberam o total de R$ 15 milhões em emendas do deputado em 2020. As suspeitas da PF recaem sobre as emendas específicas para a área de saúde dos municípios. A PGR também pediu que fossem juntados documentos das licitações e contratos dos municípios abastecidos com verbas de emenda parlamentar e que levaram à contratação das empresas ligadas a Maranhãozinho.

Para a PGR, a documentação é necessária para checar a ocorrência do crime de fraude a licitação. Ao pedir as diligências, a PGR apontou que a investigação já encontrou "muitos indicativos" de envolvimento do parlamentar no desvio de verba de emendas indicadas por ele. A Procuradoria, porém, entende que é necessário saber se houve fraudes também nas licitações dos municípios que receberam a verba de Maranhãozinho e contrataram empresas que teriam devolvido parte do recurso ao parlamentar.

Diante de tal inércia, passível de responsabilização criminal, equipes da Polícia Federal foram designadas para comparecimento presencial nas prefeituras dos municípios de Maranhãozinho, Centro do Guilherme, Zé Doca e Araguanã, com determinação de permanência in loco até a entrega da documentação.

Trecho do ofício da PF ao ministro Cristiano Zanin, do STF

São muitos, em síntese, os indicativos da atuação do investigado em esquema por ele chefiado de desvio de recursos originários de emendas parlamentares. (...) É razoável inferir a frustração do caráter competitivo na escolha de empresas ligadas ao parlamentar. Mas, na visão do Ministério Público Federal, não se extrai desse fato a certeza necessária da prática criminosa. Em outras palavras, é importante a análise circunstanciada das contratações. Trecho da manifestação da PGR na investigação sobre Josimar Maranhãozinho.

Superfaturamento e bolos de dinheiro


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Investigação chegou a captar imagens do deputado recebendo dinheiro em espécie. De acordo com a PF, municípios que recebiam emendas de Maranhãozinho contrataram empresas controladas pelo parlamentar. Parte dos valores recebidos por essas empresas seria sacado e levado, em espécie, a um escritório utilizado por ele em São Luís.

Além disso, a PF realizou perícia no ano passado e constatou superfaturamento. Ao analisar o material que já havia sido encontrado anteriormente na investigação, peritos da PF identificaram superfaturamento em quatro contratos municipais de fornecimento de medicamentos e de material hospitalar com as empresas ligadas ao parlamentar. Segundo a PF, as contratações de R$ 3,1 milhões tiveram sobrepreço de R$ 459 mil, ou 15%.

Maranhãozinho e outros dois políticos do PL já foram denunciados pela PGR por venda de emendas. Em um desdobramento dessa investigação inicial, o deputado foi denunciado em um episódio envolvendo envio de emenda para o município de São José de Ribamar (MA). Além dele, foram denunciados o deputado Pastor Gil (PL-MA) e o ex-deputado Bosco Costa (PL-SE). Os três são acusados de comercializar o envio de emendas para o município em troca de receber de volta 25% da verba.

Essa denúncia deve ser analisada pela Primeira Turma do STF na semana que vem. Os ministros vão decidir, em sessão do plenário virtual entre os dias 28 de fevereiro e 11 de março, se aceitam ou não a acusação da PGR. Caso aceitem, os parlamentares se tornam réus. A acusação é a primeira a ser analisada pelo Supremo em meio à queda de braço com o Congresso Nacional para que seja dada mais transparência aos pagamentos de verbas de emendas parlamentares.

Defesa de Maranhãozinho disse que ele não iria se manifestar. A reportagem também tentou contato com os quatro municípios por email, telefone e redes sociais, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

Fonte: UOL


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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Lavagem de dinheiro: relatório global revela quase 2 milhões de contas laranjas

 

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Fraudes sustentadas por contas laranjas aceleram a circulação de US$ 3,1 trilhões em recursos ilícitos no sistema financeiro global

Um relatório divulgado ontem apresenta a dimensão do problema da lavagem de dinheiro no sistema financeiro global. De acordo com a BioCatch, empresa especializada na detecção de fraudes digitais e crimes financeiros com o uso de inteligência comportamental, em 2024 foram relatadas quase 2 milhões de contas vinculadas à lavagem de dinheiro. Esses registros vieram de 257 instituições financeiras de 21 países, espalhados por cinco continentes, que utilizam as ferramentas de monitoramento e prevenção da empresa.

"A expressão ‘ponta do iceberg’ pode estar desgastada pelo uso, mas continua relevante", afirmou Tom Peacock, Diretor de Inteligência Global de Fraudes da BioCatch. "As 2 milhões de contas laranjas relatadas por nossos clientes em 2024 provavelmente representam apenas uma pequena parte daquelas usadas para atividades de lavagem de dinheiro. Muitas outras, ativas ou inativas, podem estar espalhadas entre as 44 mil instituições financeiras existentes no mundo no ano passado."

O relatório, intitulado “Global money mule networks: Using behavioral and device intelligence to shine a light on money laundering” (em tradução livre, “Redes globais de laranjas: Usando inteligência comportamental e de dispositivos para desvendar a lavagem de dinheiro”), apresenta uma análise detalhada sobre como o crime organizado utiliza contas ilegais para lavar dinheiro proveniente de crimes. O documento também explica os diferentes perfis de "laranjas" e como eles operam dentro de redes amplas e frequentemente complexas de lavagem de dinheiro.

O papel do Brasil

No contexto brasileiro, o relatório indica que o país está explorando opções para que os bancos possam compartilhar dados como uma estratégia para combater contas de laranjas. Essa discussão pode resultar em um maior foco na detecção e no controle dessas contas nos próximos anos, à medida que políticas e ferramentas de monitoramento forem estruturadas.

“As fraudes e golpes financeiros são diretamente alimentados pelas contas laranjas, que atuam como pontos de apoio no movimento de dinheiro ilícito. No Brasil, a ausência de penalizações para essas contas cria um ambiente em que é financeiramente vantajoso utilizá-las. Isso não apenas favorece a fraude, mas também abre portas para crimes mais graves, como tráfico de drogas e sequestros, que dependem das mesmas redes de contas laranjas”, afirma Cassiano Cavalcanti, Diretor de Pré-Vendas LATAM da BioCatch.

“Diante dessa situação, é urgente que o Brasil implemente medidas punitivas para combater as contas laranjas. Em alguns países, por exemplo, metade das perdas decorrentes de fraudes ou golpes é arcada pela instituição que recebe esses valores. Essa abordagem não apenas aumenta a segurança financeira do país, mas também alinha os esforços para a redução das fraudes e golpes”, completa Cavalcanti.

De acordo com o Relatório Global de Crimes Financeiros 2024 da NASDAQ, aproximadamente US$ 3,1 trilhões em fundos ilícitos circularam pelo sistema financeiro global apenas no ano passado.

Outros achados importantes do relatório

O relatório também destacou que os jovens estão entre os mais vulneráveis ao recrutamento como laranjas. No Reino Unido, quase dois terços dos laranjas têm menos de 30 anos, enquanto nos Estados Unidos a faixa etária mais propensa a ser recrutada, seja de forma consciente ou inadvertida, é de 25 a 35 anos. Esses jovens são frequentemente atraídos pela promessa de uma "renda extra". Apesar do envolvimento, muitos desconhecem as possíveis punições: nos Estados Unidos, a pena média por lavagem de dinheiro é de 71 meses de prisão, enquanto no Reino Unido pode chegar a 14 anos e, na Austrália, varia de 12 meses até prisão perpétua.

Além disso, o relatório revelou que o custo de aliciar laranjas é relativamente baixo. Na Austrália, por exemplo, gangues chegam a pagar apenas 500 dólares australianos pelo uso irrestrito das contas bancárias dessas pessoas. Paralelamente, os casos de lavagem de dinheiro continuam em ascensão. Nos Estados Unidos, entre 2019 e 2023, houve um aumento de 14% nos casos, atribuído a fatores como maior atenção ao crime, melhorias na detecção e a crescente popularidade dessa prática.

Para acessar o relatório completo em inglês, clique aqui.

Sobre a BioCatch:


A BioCatch está na vanguarda da detecção de fraudes digitais e prevenção de crimes financeiros, sendo pioneira em inteligência biométrica comportamental baseada em ciência cognitiva avançada e Machine Learning. A BioCatch analisa milhares de interações de usuários para oferecer suporte a um ambiente bancário digital onde coexistem identidade, confiança e facilidade. Hoje, mais de 29 dos 100 principais bancos do mundo e 176 dos 500 maiores confiam no BioCatch Connect para combater fraudes, facilitar a transformação digital e aprofundar o relacionamento com os clientes. O Client Innovation Board da BioCatch, uma iniciativa liderada pelo setor que inclui American Express, Barclays, Citi Ventures, HSBC e o National Australia Bank, colabora para o pioneirismo criativo e inovador, alavancando o relacionamento com os clientes na prevenção de fraudes. Com mais de uma década de análise de dados, 90 patentes registradas e experiência incomparável, a BioCatch continua a liderar a inovação para enfrentar os desafios futuros. Para obter mais informações, visite www.biocatch.com.

Fonte:  BRSA - Branding And SalesJoão Andrade

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

TUDO ESTARIA À VENDA?! A Polícia Federal concluiu inquérito da operação “18 Minutos”

 

Gonzaga, Guerreiro, Marcelino, Nelma, Cristiano e Alice
- Imagem: reprodução / composição

A Polícia Federal concluiu, na quinta-feira (06), o inquérito da operação “18 Minutos” e pediu o indiciamento da desembargadora Nelma Sarney, do deputado federal Edilázio Júnior e do prefeito de Paço do Lumiar, Fred Campos, além de juízes, desembargadores e advogados ligados a um esquema de corrupção no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). 

O relatório, enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), aponta corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

De acordo com a PF, o grupo manipulava decisões judiciais para liberar mais de R$ 17 milhões em alvarás do Banco do Nordeste. Nelma Sarney, no centro do esquema, redistribuía processos e assinava sentenças direcionadas para beneficiar advogados envolvidos. Mensagens interceptadas revelam que Edilázio Júnior influenciava as decisões da desembargadora, chegando a orientá-la sobre como despachar, incluindo a suspensão de um pagamento milionário.

Além de Nelma, outros três desembargadores que atuam no Maranhão foram indiciados: Antônio Pacheco Guerreiro Junior, Luiz Gonzaga Almeida e Marcelino Everton Chaves. A PF também mirou a atuação de dois juízes: Alice de Sousa Rocha, Cristiano Simas de Sousa e do ex-juiz Sidney Cardoso Ramos.


Ex-juiz Sidney Cardoso Ramos - Imagem: reprodução

A lista abrange ainda o Advogado e Chefe da Assessoria Jurídica da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Estado do Maranhão, Ítalo Brown.


Ítalo Brown - Imagem: reprodução

A operação, deflagrada em agosto de 2024 por determinação do STJ, levou ao bloqueio de bens e ao afastamento de diversos envolvidos de suas funções públicas.



No inquérito, a PF apontou envolvimento dos magistrados em fraudes para a liberação de alvarás judiciais que somados chegaram a 18 milhões de reais. A rede de influência também contava com advogados. Um deles, inclusive, foi deputado federal pelo Maranhão: Edilázio Júnior (PSD). O ex-parlamentar é genro de Nelma Sarney e chegou a ser empulseirado com tornozeleira eletrônica em 2024.


Nelma e Edilázio - Imagem: reprodução

O inquérito também expõe a atuação de Fred Campos, que aparece com vínculo formal ao escritório Maranhão Advogados. A PF identificou um contrato de cooperação jurídica entre o prefeito e o escritório, além de documentos que revelam que Campos redigia minutas de votos e despachos, depois assinados por desembargadores. O empresário, advogado e então pré-candidato à prefeitura de Paço do Lumiar em 2024,também fez uso de tornozeleira eletrônica naquele ano.


Atual prefeito de Paço do Lumiar, Fred Campos - Imagem: reprodução

O que a PF encontrou com Edilázio Júnior na Operação 18 Minutos

Na residência do ex-parlamentar, os agentes encontraram dois cofres, um deles com fechadura eletrônica, cuja senha foi fornecida por um dos filhos de Edilázio. O segundo cofre, com tranca mecânica, precisou ser aberto por um chaveiro. Dentro, a Polícia Federal encontrou R$ 793.200,00 em espécie, 8.000 dólares americanos, 135 dólares canadenses, 770 euros, uma máquina de contar dinheiro, cinco cheques do Banco Bradesco, emitidos pela empresa Consultoria Barbosa Christ Ltda., totalizando R$ 100 mil, outros quatro cheques do Banco Bradesco, emitidos pela empresa Luongo Comércio de Semijoias Eireli, somando R$ 96 mil, um cheque do Banco do Brasil, no valor de R$ 11.600,00, emitido por Jaqueline Aurora de Jesus Chaves, e um cheque do Banco do Brasil, emitido por Abdon José Murad Junior, no valor de R$ 500 mil.


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Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no Aeroporto de São Luís, em 14 de agosto de 2024, agentes federais encontraram R$ 8.050,00 em espécie na mala do ex-parlamentar, em notas de R$ 100 e R$ 50. O que mais chamou atenção na época, foi a apreensão de uma pulseira de ouro da marca Cartier, avaliada em R$ 58 mil. Edilázio foi indiciado pela Polícia Federal na quinta-feira (06).


Imagens: reprodução

O relatório ainda detalha pagamentos suspeitos a assessores de magistrados. Um dos beneficiados foi Lúcio Ferreira, auxiliar do desembargador Guerreiro Júnior, que recebeu R$ 169,5 mil de advogados investigados. Outros servidores do TJMA também estão na mira da PF por receberem transferências mensais sem justificativa aparente.

A PF solicitou ao STJ a quebra de sigilos bancário e fiscal dos investigados, além de medidas cautelares contra os magistrados suspeitos. O caso agora está nas mãos do Ministério Público Federal, que pode apresentar denúncia nos próximos dias.

Veja a lista completa de indiciados


Fonte: Blog marrarpa / oantagonista / metropolis / segundaopiniao / lupa1 / G1


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