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Foto: Reprodução |
Em um primeiro momento devo começar
este breve texto com um singelo pedido de desculpas ao melhor governador
da história do nosso estado (Maranhão), pela presunção, em criticá-lo, tendo em vista que, definitivamente, não vivemos em um mundo perfeito ou ideal.
Num segundo momento, gostaria
de destacar aqui as conquistas do governo Flávio Dino, para em seguida, num terceiro momento, sublinhar
alguns de seus deslizes, se me permitem falar.
O que dizer do “Escola Digna”,
capitaneado pelo melhor secretário de Educação que já tivemos, Felipe Camarão, foram milhares de escolas construídas e reformadas, escolas bilíngues, escolas de
tempo integral, bibliotecas, IEMAs, Creches e tantas outras obras de instrumentos
educacionais, poderia dizer a vocês que foi quase como se eu tivesse sido um
breve espectador de toda essa transformação!
Desde que me entendo por gente
e desde que acompanho todos os governos que já vieram antes deste, devo dizer que nada vi igual ou parecido! Mas devo confessar que foi um momento de encantamento pelo meu estado e satisfação pelo
Maranhão que tanto amo, em ver tanta transformação em forma de justiça social, educacional e saúde, distribuídas e implementadas em um estado em que tem, a tantas décadas, tudo isso defenestrado.
Dino inaugurou e tomou para si,
um jeito de transformar a política educacional do Maranhão, como o estilo que
transformou o estado do Ceará, tirou das mãos de poucos, para dar as mãos de
muitos.
É fato que durante sua gestão
muitos consultores daquela transformação, que possibilitou a pequena cidade de
Sobral vir a ser a única no Brasil que concentra
o maior número de escolas estaduais públicas, dentre os melhores índices do Brasil,
começaram por lá, e é lógico que este mérito deve ser dado a uma administração
austera, pungente, capaz e renovadora como foi a do ex-deputado, ex-prefeito e ex-governador do Ceará e atual candidato à presidência da república, Ciro Gomes,
e seu mentor político, Tasso Jereissati.
Tivemos no Maranhão um intercâmbio de políticas educacionais, saúde e segurança com o Ceará, hoje coisa pouco
divulgada, mas que pode ser constatada na rede mundial.
Veveu Arruda, advogado e ex-prefeito
de sobral, coordenador do programa educacional de combate ao analfabetismo da Fundação Lemman, é consultor, e por vezes palestrante em eventos promovidos pela
SEDUC-MA, para aconselhar e colaborar com o modelo educacional implantado lá, e
agora aqui.
Dino teve muitos méritos, e só
este por si, já basta, pois esse é o principal transformador de realidades,
que só veremos aflorar em nosso estado em algumas décadas, mas isto em si, já é o primeiro passo para sairmos do atraso, isso tão somente, já é algo a se admirar da
coragem do governo Flávio Dino, que ousou como político e se despiu das
próprias ambições, para promover algo mais além, algo transformador, algo não
imediato e que lhe garantisse popularidade instantânea, mas algo que somente existe
na mente de um visionário e obstinado.
Singapura, Coréia do Sul, Japão,
todas essas são grandes potências mundiais do conhecimento, que chegaram a um
entendimento que sem educação, nenhuma nação no mudo seria capaz de se
desenvolver adequadamente, e ele investiu nisso, soube enxergar isso, e
felizmente, insistiu nisso!
Hoje temos números nunca antes
vistos na história do estado, temos um IDEB melhor e maior, temos o ‘Escola Digna’, que fulminou com as ‘escolas de taipa’, temos os IEMAs, com cursos
técnicos que fomentam o mercado profissionalizante, temos mais UTIs
distribuídas pelo estado, temos um Sistema Carcerário que é exemplo para o modelo
nacional, e temos os ‘Restaurantes Populares’, que chegam a mais de 100, e são
um alento, e foram um diferencial para as famílias de baixa renda maranhenses
que atravessaram esses dois anos de pandemia, sem a devida atenção do Governo Federal.
VEJAM BEM ESTAS IMAGENS, ESTA FOI A VERDADEIRA TRANSFORMAÇÃO!
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Foto: Construção de Taipa - Reprodução |
Agora vem a parte crítica
É sabido que na política nada
se obtém de graça. É preciso negociação, são necessárias alianças, e nem sempre
essas alianças são feitas com aqueles que gostaríamos, mas devemos ter em mente
que política é nada mais do que a arte do saber articular, do saber negociar e
do saber ‘parlare’ do latim, falar.
Dino é adepto do pragmatismo,
isso não temos dúvidas, alia-se com políticos muitas das vezes de caráter e
moral duvidosas, para deles extrair aquilo que objetiva, mas a política é
assim, devemos negociar, mas isso não implica dizer, fazer negociatas.
Devemos ter em mente que há um
jeito fácil de fazer política, mas também há um jeito correto, mas difícil, e
que a maioria ou melhor dizendo, nem todos querem trilhar ou se dão ao trabalho
para isso.
E este primeiro jeito é, via
de regra, o jeito dos pragmáticos, “dá à César o que é de César”, mas isso também
não quer dizer que seja o único jeito, existe o outro jeito, o jeito mais
difícil, mas esse, também via de regra, como já mencionado, não é o adotado pela esmagadora maioria
dos políticos. Fica a observação, sem mais detalhes.
Os Senadores
Dino teve a oportunidade de
escolher três dos atuais senadores do Maranhão, e nas três opções errou, e
errou feio!
O primeiro, que não vou aqui
mencionar o nome, um oportunista de primeira linha, que nunca fez nada pelo Maranhão,
nem via municipal, nem via federal, nas duas alianças que fez, municipal e estadual, a não ser por interesses
próprios.
Os outros dois, estamos vendo
a bagaceira, um se voltou contra o grupo que o elegeu, a outra vive buscando holofotes
para si, ao mesmo tempo que tenta administrar um marido problemático com 3 CPFs,
isso mesmo (três). Quando foi que falsidade ideológica deixou de ser crime
nesse país, e ainda dá direito a virar presidente de partido? Ou seja, uma
lástima, sem falar na questão de como dizemos em linguagem coloquial, trairagem da moça!
Resumindo, a política tem dessas
coisas, erros, acertos, mas o que não podemos perdoar e nem deixar de lado, são
as negligencias para com as desigualdades que assolam nosso país e o nosso estado e o combate a
corrupção, mas isso é tema para uma outra postagem.
Desejo ao nosso melhor
governador do Maranhão sucesso em sua trajetória no senado e uma
profícua jornada no que diz respeito aos seus futuros planos políticos.
Enfim, obrigado governador,
por sua gestão em prol do combate as desigualdades, embora não tenha tido tempo
suficiente para fazer tudo o que gostaria, ao invés do que pôde, e por suas
escolhas nos pontos chaves da sua gestão, como o foram os da Educação, Saúde, Infraestrutura, Esporte, Tecnologia, Agricultura, Direitos Humanos, JUNTA COMERCIAL, SEGEP, SEINC e Cultura.
Perdoem as que esqueci de mencionar!
Por Daniel Braz