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imagem: reprodução |
Nos últimos meses, temos visto uma série de decisões por parte do ministro Flávio Dino, no sentido de contrapor decisões ao Governo de Carlos Brandão, na mais alta corte do país, e muitas delas em conflito direto com o seu passado político e acordos que foram firmados com o atual governador do Maranhão, ainda em 2021, para as eleições de 2022, e, até à sucessão de 2026.
Dino vem protagonizando uma série de apreciações e decisões das quais deveria ter se declarado 'suspeito', principalmente no que diz respeito aos antigos aliados dos tempos de política, tempo em que foi líder partidário (PCdoB e PSB) e, governador do Maranhão.
A mais recente polêmica; deu fôlego a defesa de um grande aliado de seu outrora grupo político, Juscelino Filho (UNIÃO), recém afastado ministro das Comunicações do Governo Lula, acusado pela PGR - Procuradoria Geral da República de desvio de recursos de emendas parlamentares através da Codevasf, que beneficiou a prefeitura de Vitorino Freire cidadezinha de apenas 31 mil habitantes, administrada por sua irmã, Luanna Martins Bringel Rezende, do partido UNIÃO, eleita para o mandato de 2021 - 2024, que também foi investigada pela PF, por 'desvio de emendas parlamentares'.
Outra situação relacionada ao ministro, envolveu o uso indevido de dados da PGE-MA, pelos procuradores Túlio Simões e Lucas Pereira, que estão a disposição da assessoria pessoal de Flávio Dino no STF.
Desta vez, Dino protagonizou 'um infeliz comentário' em um evento ocorrido na UNDB, uma faculdade particular local, na noite de sexta-feira (09), em que palestrava em uma 'AULA MAGNA', na presença do vice-governador Felipe Camarão (escolhido como sucessor de Brandão desde 2022, em acordo com Dino), onde sugeriu a indicação da professora Teresa Helena Barros (vídeo) 'para vice em sua chapa', embora tenha parecido em tom de brincadeira, para alguns, soou como tom de 'recado', para outros. GRAVE!
Isso desencadeou uma avalanche de publicações na mídia local e nacional, fazendo com que o pronunciamento, virasse alvo de pedido de Impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal por parte do deputado de extrema-direita, Nicholas Ferreira (PL).
A celeuma não para por aí, devido a esse único pronunciamento de Flávio Dino, agora, os olhos da impressa nacional, voltaram o radar para as movimentações contrárias de Dino no STF, relacionadas ao Governo de Carlos Brandão.
Os trancamentos de indicações de Brandão ao TCE - Tribunal de Contas do MA, a disputa pela presidência da ALEMA, as ações do SOLIDARIEDADE no STF, partido comandado por Flávia Alves, na capital, irmã de Othelino Neto, deputado estadual, marido da primeira suplente ao Senado na chapa de Dino em 2022, Ana Paula (PDT), onde Othelino foi seu 'tesoureiro de campanha' e sua esposa é hoje, titular da cadeira de senadora pelo Maranhão, pois assumiu logo que Dino foi indicado ministro da Justiça e Segurança Pública e posteriormente, ministro do STF..
Não seria caso de 'conflito de interesses', tendo em vista o recente passado político de Flávio Dino, com estes mesmos atores políticos, dentre aliados e ex-aliados?
Falou-se até em uma trama para afastar Brandão por 90 dias, para que o vice possa assumir a cadeira e assim disputar as eleições de 2026 no comando do Palácio dos Leões, segundo declarou na tribuna da ALEMA, em novembro de 2024, o deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB).
Enfim, o Maranhão virou alvo de uma disputa de poder, pura e simples, frente a tantas outras questões que assolam o povo do Maranhão e tantos outros problemas que carecem de soluções urgentes, como os exemplos de descaso nas pastas da EDUCAÇÃO, SAÚDE, CULTURA e principalmente, na área de SEGURANÇA PÚBLICA..
E, nenhuma das 'facções políticas' do outrora 'GRUPÃO DA ESQUERDA', liderado pelo então governador Flávio Dino, hoje dividido entre 'DINISTAS' e 'BRANDONISTAS', apresentam um 'PROJETO DE DESENVOLVIMENTO' para o Estado do Maranhão, mas apenas um 'PROJETO DE PODER'. Unir partidos, ganhar eleições e dividir o 'bolo do orçamento estadual'.
Mas a grande questão que todos estão se perguntando é: tem retorno? Quando um desentendimento, seja político ou pessoal, vira caso de 'justiça', é PONTO FINAL NA RELAÇÃO!
Já essa ladainha de 'SUCESSÃO NATURAL', isso não existe na política, o que se exige de um candidato é: currículo POLÍTICO, experiência nas URNAS, gestão COMPETENTE e ALIADOS DESCENTES! Político bom, não fica exaltando título acadêmico, isso só serve para o MAGISTÉRIO.
"Político bom, não precisa ser DOUTOR", precisa ter 'CARÁTER'. Conhecimento e sabedoria, são coisas distintas...
Por Daniel Braz
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