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quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Pessoas recebem transfusão de sangue feito em laboratório em estudo inédito

Imagem: Reprodução

Pesquisadores do Reino Unido fabricaram glóbulos vermelhos a partir de células-tronco com o intuito de auxiliar pacientes com tipos raros de sangue e portadores de distúrbios sanguíneos.

Pela primeira vez, cientistas transfundiram sangue criado em laboratório em voluntários em ensaio clínico controlado. Nomeado Restore, o experimento é uma iniciativa de pesquisa conjunta do Serviço Nacional de Saúde, Sangue e Transplante (NHSBT, sigla em inglês) e da Universidade de Bristol, no Reino Unido.

As células sanguíneas foram cultivadas a partir de células-tronco de doadores e administradas em outras pessoas por meio de transfusão. Até o momento, dois participantes receberam o sangue em pequenas quantidades e seguem em observação para analisar como as células se comportam no organismo.

O objetivo do estudo é atender principalmente pessoas com tipos raros de sangue e aquelas com distúrbios sanguíneos, como anemias falciformes. Muitas vezes, quando o sangue não é compatível, naturalmente o corpo começa a rejeitá-lo, o que compromete o tratamento.

“Pacientes que precisam de transfusões de sangue regulares ou intermitentes podem desenvolver anticorpos contra grupos sanguíneos menores, o que torna mais difícil encontrar doadores de sangue que possam ser transfundidos sem o risco de uma reação potencialmente fatal”, diz Farrukh Shah, diretor médico de Transfusão de Sangue e Transplante do NHS, em nota.

Fabricando sangue

Os voluntários foram recrutados da base de doadores de sangue do NHSBT. Eles doaram sangue para o ensaio e as células-tronco foram separadas da amostra sanguínea. Essas células-tronco foram então cultivadas para produzir glóbulos vermelhos em um laboratório da Unidade de Terapias Avançadas do NHSBT em Bristol.

Os receptores do sangue, por sua vez, foram recrutados de membros saudáveis do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde e Cuidados (NIHR) BioResource.

A quantidade de células cultivadas em laboratório sendo infundidas varia, mas de acordo com o estudo, de 5 a 10 ml estão sendo utilizados, o equivalente a uma a duas colheres de chá. Duas pessoas já receberam a transfusão, porém o objetivo é alcançar a marca de 10 participantes.

Uma vez atingida essa quantidade, os cientistas irão intercalar tanto o sangue fabricado quanto o sangue natural, com um intervalo de quatro meses para descobrir se os glóbulos vermelhos jovens feitos em laboratório duram mais do que as células produzidas no corpo.



Se comprovadamente seguras e eficazes, as células sanguíneas de laboratório poderiam, com o tempo, revolucionar tratamentos. Isso porque esses glóbulos vermelhos são mais “frescos” do que aqueles que são doados e que normalmente têm células de idades diferentes.

Qualidade de vida

Se as células fabricadas durarem mais tempo no corpo, isso significa que os pacientes que normalmente necessitam de sangue regularmente podem não precisar de transfusões com tanta frequência.

“Esperamos que nossos glóbulos vermelhos cultivados em laboratório durem mais do que aqueles que vêm de doadores de sangue. Se o nosso ensaio for bem-sucedido, ajudará a transformar seus cuidados, já que as transfusões podem diminuir”, explica Cedric Ghevaert, pesquisador-chefe e professor de Medicina Transfusional e Consultor Hematologista da Universidade de Cambridge e do NHSBT.

Mas o laboratório não descarta as doações, já que a maior parte das transfusões depende de doadores voluntários. Segundo os pesquisadores, no futuro, as células fabricadas só poderiam ser usadas para um número muito pequeno de pacientes com necessidades de transfusões muito complexas.

Fonte: revistagalileu


terça-feira, 11 de outubro de 2022

Funcionários buscam apoio e liderança não acompanha, aponta estudo

Imagem: Reprodução

Funcionários buscam apoio e liderança não acompanha, aponta estudo

Estudo Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho avalia a percepção de líderes e liderados sobre seu bem-estar no trabalho.

A saúde mental no trabalho é uma questão atual, que vem sendo cada vez mais priorizada pelas empresas, uma vez que promover um ambiente saudável de trabalho traz benefícios tanto para os colaboradores quanto para a organização.

De olho nesse tema, a The School of Life, companhia focada no ensino da inteligência emocional, desenvolveu em parceria com a Robert Half, o estudo Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho.

O levantamento foi realizado de 2 a 26 de agosto com 800 profissionais, sendo 620 líderes e 180 liderados. Todos tinham mais de 25 anos.

Entre os principais achados está uma discrepância entre a percepção dos líderes e os demais membros das equipes.

Dos colaboradores entrevistados, 36% acreditam que uma das habilidades que mais tem faltado aos seus chefes nos últimos 12 meses é apoio. Ou seja, disponibilidade, escuta ativa e valorização do outro.

Na contramão, apenas 6% dos líderes citaram apoio entre as três habilidades que gostariam de desenvolver em si mesmos.

O que significa saúde mental no trabalho?

A OMS (Organização Mundial da Saúde) define a saúde mental como um estado de bem-estar. Quando colocada no contexto do trabalho, se relaciona com a cultura oferecida pela organização.

Uma vez que boa parte do dia é dedicada ao trabalho, contar com um ambiente organizacional saudável nas empresas é fundamental para promover o bem-estar do colaborador.

Diante disso, a saúde mental no trabalho pode ser definida como o estado emocional em que o profissional se encontra e os impactos de fatores organizacionais.

Um ambiente acelerado, com sobrecarga de tarefas e sem motivação, por exemplo, pode gerar consequências para o colaborador, como o burnout, um dos principais transtornos mentais citados pelos profissionais nos últimos anos.

Conhecido também como Síndrome do Esgotamento Profissional, o burnout é causado pelo estresse e pelo cansaço físico e mental em decorrência das condições de trabalho.

Qual a importância da saúde mental no ambiente de trabalho?

O burnout é um exemplo das consequências trazidas pela falta de bem-estar no ambiente de trabalho, que reforça a importância de promover a saúde mental nas empresas.

A qualidade do ambiente organizacional pode impactar diretamente no estado psicológico dos colaboradores, bem como no seu desempenho profissional.

Transtornos mentais e síndromes como o burnout podem levar a queda na produtividade, ao absenteísmo – que é o alto índice de ausência dos trabalhadores – e até mesmo a demissões.

Segundo a pesquisa da The School of Life, 52% dos colaboradores afirmaram ter deixado de produzir ou engajar com o trabalho nos últimos 12 meses por estarem emocionalmente abalados

.Além dos impactos negativos na saúde mental e física do profissional, isso prejudica também o funcionamento das atividades internas e a imagem da empresa no mercado.

Como anda o ambiente de trabalho?

Questionados, 57% dos liderados e 67% dos líderes afirmaram trabalhar, atualmente, com uma pessoa emocionalmente desafiadora, com perfil manipulador, humor instável ou algum nível de agressividade.

Em outras experiências, 45% dos líderes e 44% já pediram demissão por conta do mau relacionamento com um chefe ou colega de trabalho.

Entre os fatores mais importantes no ambiente de trabalho, o campeão foi o salário (76% liderados e 61% líderes. Mas, na segunda posição, aparece um ambiente que apoia e acolhe seus colaboradores (66% liderados e 70% líderes).

A pesquisa realizada pela The School of Life com a Robert Half apontou outras habilidades que os colaboradores indicaram faltar nos líderes nos últimos meses e que devem ser observadas pelas organizações.

Depois de apoio, aparecem valores como comunicação (26%), capacidade de decidir (17%), empatia (14%), objetividade – avaliação de algo ou alguém sem viés preconceituoso (14%), e liderança (13%).

Para as lideranças, as principais habilidades que gostariam de desenvolver em si incluem:

– espírito empreendedor: 23%;

– empatia: 23%;

– calma: 21%;

– espírito inovador: 20%;

– autoconhecimento: 19%;

– diplomacia: 18%.

Como as companhias estão lidando com o burnout?

Nos últimos dois anos, 6% dos líderes e 3% dos liderados relataram terem sido diagnosticados com burnout, síndrome causada por condições de trabalho desgastantes.

Para os especialistas da The School of Life, esse número ainda pode estar mascarado pela falta de diagnóstico.

Entre os que não sofreram com a síndrome, 19% dos liderados e 18% dos gestores conhecem um colega de trabalho que teve burnout.

Para entender como as empresas estão lidando com a saúde mental no trabalho, a pesquisa também buscou saber as ações para combater questões como o burnout.

Segundo os profissionais, as principais medidas adotadas pelas empresas para conter esse cenário foram o estímulo ao cumprimento do expediente com respeito a pausas e desconexão, oferta de consultas com psicólogos e psiquiatras, quando necessário, e ações de conscientização.

Apesar disso, na pesquisa, 34% dos liderados e 36% dos líderes afirmaram que nas companhias em que trabalham não existem iniciativas relacionadas à prevenção do burnout.

De acordo com dados da Robert Half, entre julho de 2021 e julho de 2022, 19% dos funcionários fora de cargos de liderança mudaram de emprego ou pediram demissão a fim de melhorar sua qualidade de vida e bem-estar emocional.

Desafios corporativos que influenciam na saúde mental no trabalho

A pandemia e a saúde mental impulsionaram mudanças nos modelos de trabalho e no comportamento corporativo, e esse movimento também trouxe novos desafios para as organizações.

Outros dados levantados pela pesquisa sobre inteligência emocional e saúde mental no trabalho revelam os principais desafios da rotina profissional que podem afetar o psicológico.

Mais uma vez, as percepções de líderes e colaboradores foi diferente.

Para 46% das lideranças, o maior desafio no dia a dia em relação aos liderados é a comunicação. Em seguida, aparecem questões como o autogerenciamento (43%) e a motivação (41%).

Já para os colaboradores, a maior dificuldade em relação às tarefas corporativas é a motivação, resposta escolhida por 31% dos entrevistados.

Na sequência, os profissionais elencaram a conexão com os colegas e/ou empresa (18%), seguida pelo autogerenciamento (14%). Apenas 7% apontaram a comunicação como um desafio corporativo.

Quais são os fatores que afetam a saúde mental dos profissionais?

Para entender o que prejudica a saúde mental do trabalhador, é importante identificar que existem fatores externos e internos à organização envolvidos na equação.

Em alguns casos, problemas pessoais podem afetar o bem-estar do profissional, mas muitas vezes o ambiente de trabalho, as relações e a cultura organizacional podem gerar estresse, ansiedade e outros impactos mentais.

Independente da causa, a empresa deve estar atenta às fontes causadoras desses transtornos e buscar soluções para promover condições de trabalho saudáveis.

Confira os principais fatores que afetam a saúde mental no trabalho, considerando questões internas da empresa.

Falhas de comunicação

A comunicação foi apontada como um dos principais desafios corporativos na pesquisa da The School of Life e é um fator com impacto direto na saúde mental no trabalho.

Por isso, as falhas de comunicação entre gestores e colaboradores ou entre profissionais e seus colegas de trabalho são fatores que podem afetar o bem-estar no ambiente organizacional.

Líderes que exercem uma comunicação agressiva, sem escuta ativa e feedbacks construtivos, por exemplo, podem gerar gatilhos para o colaborador, desencadeando problemas como estresse e ansiedade.

A busca por um ambiente de trabalho que apoia e acolhe, revelada pelo estudo, é um indicativo da importância de uma comunicação não violenta e humanizada.

Inflexibilidade de horários

Os efeitos prejudiciais para a saúde mental também podem surgir quando a jornada de trabalho é inflexível e o colaborador não consegue equilibrar a vida profissional com a pessoal.

A falta de autonomia na programação das tarefas diárias de trabalho muitas vezes torna difícil para os colaboradores atenderem a outras necessidades de sua vida, como cuidado com os filhos, autocuidado e questões pessoais.

Não ter o suficiente desses elementos na rotina pode fazer com que o profissional se sinta sobrecarregado, ansioso e estressado, o que tem impacto na produtividade e na motivação.

Sobrecarga de trabalho

Relacionado ao item anterior, a sobrecarga de trabalho é uma das principais consequências do excesso de horas trabalhadas, além de ser uma das causas para o burnout.

Isso porque a sobrecarga leva ao esgotamento físico, mental e emocional, sintomas que desencadeiam a síndrome em casos mais graves.

Além dos efeitos negativos sobre o estado de saúde mental, isso pode fazer com que as demandas pessoais recebam menos atenção, o que significa que relacionamentos, momentos de lazer e tempo de recuperação podem ficar em segundo plano.

Desvalorização profissional

A falta de reconhecimento profissional também pode influenciar no bem-estar dos colaboradores, desenvolvendo problemas de autoconfiança, autoestima e ansiedade, por exemplo.

Dentre os motivos que levam um profissional a se sentir desvalorizado, os principais são:

– cobranças excessivas;

– ausência de feedbacks positivos;

– inexistência de uma abertura para o diálogo;

– salário muito abaixo do mercado ou estagnado;

– falta de investimento no desenvolvimento profissional.

Essas atitudes podem criar um ambiente de trabalho hostil, bem como desmotivar o colaborador, reduzindo sua produtividade e engajamento com a empresa.

Outras ações, como estabelecer metas inalcançáveis, também podem ser motivos de frustração para a equipe, gerando desmotivação.

Falta de políticas de segurança e bem-estar

A saúde mental no trabalho depende da qualidade de vida dos colaboradores, portanto sem uma política de segurança e bem-estar, os profissionais podem sentir impactos negativos.

A falta de políticas de segurança, especialmente para profissões expostas a condições perigosas ou insalubres, pode ter um impacto físico e, consequentemente, mental.

Isso porque, ao serem expostos a situações de risco, os trabalhadores podem não sentir segurança para realizar suas atividades diárias.

Insegurança com o mercado de trabalho

A insegurança no emprego pode ser causada por uma variedade de fatores, como salário flutuante ou a falta de estabilidade devido a demissões, licenças ou outras mudanças repentinas no mercado.

Durante a pandemia, por exemplo, o cenário do mercado de trabalho ficou incerto e levantou inseguranças tanto para as empresas quanto para os profissionais.

Muitas organizações reduziram a jornada de trabalho, demitiram funcionários e algumas até precisaram fechar. Essa situação de incertezas gera medo, uma vez que o emprego é a fonte de renda para as famílias.

Como consequência, foi possível observar um contexto prejudicial da saúde mental no trabalho, com quadros de estresse, ansiedade e depressão, de acordo com dados da OMS.

Segundo a organização, os casos de ansiedade e depressão aumentaram em 25% a nível global.

Pouco poder de participação e autonomia

Sem uma oportunidade de expressar opinião, compartilhar novas ideias ou ter controle sobre seu trabalho, um funcionário pode começar a se sentir desvalorizado.

Com o crescimento dos modelos de trabalho home office e híbrido, os métodos para promover autonomia e integração entre os colaboradores também aumentaram.

Essas são algumas ações que podem contribuir para a construção de um ambiente de trabalho positivo e incentivar o engajamento da equipe.

Sem o controle próximo dos gestores, o autogerenciamento passou a ser uma prática comum, mas ainda é vista como um desafio, como mostrou a pesquisa da The School of Life.

Por que as empresas devem priorizar o cuidado com a saúde mental?

A saúde mental deve ser priorizada no local de trabalho, não apenas para o bem-estar dos colaboradores, mas também para o sucesso da organização.

As empresas podem colher uma série de benefícios ao criar um ambiente que encoraje e apoie a saúde mental. Dentre esses benefícios, podemos citar:

– equipe mais engajada;

– criatividade aprimorada;

– aumento de produtividade;

– níveis reduzidos de estresse;

– ambiente de trabalho seguro e saudável;

– redução dos índices de absenteísmo e turnover;

– melhora no desempenho e na conquista de resultados.

Além disso, ao promover a saúde mental no trabalho, a empresa também fortalece seu employer branding, construindo uma imagem sólida e confiável no mercado.

Para os colaboradores, um ambiente de trabalho mais saudável melhora a interação com os colegas e tende a promover uma cultura mais colaborativa.

Como consequência dessa cultura mais saudável e equilibrada, o estigma associado às conversas sobre saúde mental também é reduzido, o que pode ajudar a prevenir diversas questões psicológicas, como o esgotamento e o estresse.

Como promover saúde mental no trabalho?

Investir em bons cuidados com a saúde mental no trabalho é um passo importante para proporcionar um ambiente organizacional seguro e saudável para todos.

Para isso, algumas ações que podem ser implementadas pelas organizações são voltadas para a comunicação, a segurança e ao incentivo do autocuidado.

Confira quais medidas podem ser adotadas pelas empresas a seguir.

Promover uma gestão de pessoas mais empática e humanizada

A comunicação é ponto chave para identificar dificuldades, necessidades e promover o acolhimento. Para isso, é essencial trabalhar a empatia e as trocas saudáveis, mais humanizadas e não violentas.

Outro ponto importante na gestão de pessoas é construir uma cultura aberta aos feedbacks e aos erros, evitando assim frustrações por parte dos colaboradores.

Trabalhar a escuta ativa também é uma maneira de promover uma gestão mais empática e humanizada.

Fortalecer a cultura organizacional

A cultura organizacional é o conjunto de hábitos e valores compartilhados pela empresa, refletidos no dia a dia dos colaboradores. Portanto, deve estar alinhada ao comprometimento com o bem-estar dos profissionais.

Reavaliar a cultura e ajustar ao momento atual da organização, com foco na promoção da saúde mental no trabalho, é a primeira etapa para fortalecê-la.

A empresa deve ser clara sobre esses princípios e alinhá-los com toda a equipe.

Estimular diálogos entre gestores e equipes

Estimular o diálogo entre gestores e equipes pode ser a porta para identificar casos de esgotamento, estresse, ansiedade e outros transtornos mentais.

Abrir espaço para a troca é uma forma de desenvolver um ambiente mais colaborativo e evitar inseguranças por parte dos colaboradores, como medo de se posicionar, compartilhar dificuldades ou indicar sugestões de melhoria para a cultura organizacional.

Revisar todas as normas de Segurança e Saúde do Trabalho

A instabilidade na vida profissional pode gerar efeitos psicológicos no colaborador, destacando a necessidade de maior segurança financeira e recursos de saúde mental no trabalho.

Por isso, é importante que as empresas revisem e atualizem as normas de segurança e de saúde sempre que necessário, adaptando os pontos de acordo com as demandas dos profissionais para promover um espaço cada vez mais saudável.

Oferecer flexibilidade de horários

Após a pandemia, muitas agências adotaram a flexibilização como uma regra para tornar a rotina de trabalho mais leve e promover uma cultura organizacional saudável.

Neste contexto, a jornada de trabalho flexível e o modelo híbrido ganharam destaque. Essa é uma forma de proporcionar tempo para que o colaborador possa desenvolver atividades fora do ambiente de trabalho.

Fornecer benefícios que incentivem o cuidado com a saúde mental

Implementar medidas voltadas para a saúde mental dos colaboradores é fundamental, e os benefícios são uma maneira de incentivar esse cuidado.

Oferecer tempo para que o colaborador possa cuidar da saúde mental, por exemplo, pode ser um benefício interessante.

Dentro da organização, é possível desenvolver atividades como alongamento, meditação e aulas de yoga para relaxar são algumas alternativas.

Além disso, outras opções são a oferta de plano de saúde e acesso a programas de assistência psicológica dentro ou fora da empresa, assim como campanhas internas sobre a saúde mental no trabalho.

Afinal, como a saúde mental pode se conectar ao sucesso da empresa?

As empresas que reconhecem e se concentram na saúde mental de seus colaboradores provavelmente verão uma melhora no moral, na criatividade, na produtividade e nas relações entre colegas.

Uma cultura de aceitação e apoio à saúde mental no trabalho não apenas beneficia as pessoas dentro da organização, mas também pode ter um impacto significativo no sucesso da marca.

Por isso, a criação de um ambiente de trabalho saudável tem se tornado cada vez mais uma prioridade para as empresas.

Atualizada em 15/02/2023


Fonte: meioemensagem


quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Café da manhã farto e jantar leve controlam fome — mas não emagrecem; entenda

Imagem: Reprodução

Estudo com 30 adultos obesos ou com sobrepeso sugere que horário das refeições interfere no apetite de quem quer perder peso, porém não faz diferença no gasto energético diário.

Acordar cedo para tomar um café da manhã reforçado e terminar o dia com um jantar leve pode afetar o apetite, mas não altera o metabolismo energético. Em outras palavras, o horário das refeições não faz diferença na queima de calorias nem na perda de peso, conforme aponta estudo publicado em 9 de setembro na revista Cell Metabolism.

A pesquisa submeteu 30 homens e mulheres com obesidade ou sobrepeso a duas dietas de 4 semanas com restrição calórica e maior quantidade de calorias acumulada pela manhã ou à noite. Em seguida, os participantes passaram por exames de urina.

Os resultados não demonstraram diferenças no gasto energético diário, na taxa metabólica de repouso relacionada ao tempo de distribuição das calorias e na perda de peso. Os participantes que tomaram um café da manhã mais farto relataram terem fome significativamente menor.

Isso significa que comer bastante de manhã e menos de noite pode auxiliar na adesão a rotinas de emagrecimento, já que gera menor apetite. Contudo, não quer dizer que a prática pode ajudar a emagrecer diretamente: ao todo, o mesmo número de calorias foi consumido pelos voluntários ao longo do dia.

“Este estudo é importante porque desafia a crença anterior de que comer em diferentes momentos do dia leva a um gasto energético diferenciado”, destaca Alexandra Johnstone, líder do estudo e professora do Instituto Rowett da Universidade de Aberdeen, na Escócia, em comunicado.

Conforme a especialista, a mudança no peso corporal é determinada pelo balanço energético e não há um momento ideal para comer e controlar a balança. As conclusões do estudo desafiam pesquisas anteriores que sugeriram que os “comedores noturnos” têm maior probabilidade de ganhar peso e são menos capazes de perdê-lo.

Jonathan Johnston, coatutor da pesquisa, ressalta que, em condições de perda de peso, o tamanho do café da manhã e do jantar regula nosso apetite, mas não a quantidade total de energia que nosso corpo usa. "Planejamos desenvolver essa pesquisa para melhorar a saúde da população em geral e de grupos específicos, por exemplo, trabalhadores em turnos", ele afirma.

Fonte: revistagalileu


quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Cientistas descobrem "interruptor" molecular que controla longevidade

Imagem: Reprodução

Testes com células humanas e de nematoide indicam que, ao atuar sozinha, molécula comanda melhor os sinais de envelhecimento e renovação do receptor de insulina.

A proteína CHIP controla o receptor do hormônio insulina. Quando atua sozinha, ela comanda com maior eficácia a renovação desse receptor — e, consequentemente, os sinais de envelhecimento. É o que evidencia um estudo publicado em 25 de agosto na revista Molecular Cell.

Segundo a pesquisa, é possível que a proteína atue isoladamente como um "interruptor" molecular da expectativa de vida. Cientistas da Universidade de Colônia, na Alemanha, descobriram isso testando células humanas e do nematoide Caenorhabditis elegans.

Quando as nossas células sofrem estresse, a CHIP aparece pareada, como uma associação de duas proteínas idênticas. Ela destrói proteínas mal dobradas e defeituosas, “limpando” a célula. Detalhe é que a proteína “faxineira” trabalha com proteínas auxiliares, ligando as proteínas mal dobradas a uma cadeia da molécula ubiquitina.

Além disso, CHIP controla a transdução do sinal do receptor da insulina. Quando ela está pareada e se liga ao receptor, ele é degradado e não ativa mais produtos gênicos que prolongam a vida. “Depois que a CHIP limpa com sucesso as proteínas defeituosas, ela também pode marcar as proteínas auxiliares para a degradação”, conta Vishnu Balaji, primeiro autor do estudo, em comunicado.

Segundo o pesquisador, isso permite que a CHIP se rotule com a ubiquitina, impedindo a formação de sua versão pareada. Porém, para que o corpo funcione sem problemas, deve haver um equilíbrio entre os solitários estados monoméricos da proteína e as formas grupais, ou seja, as formas diméricas da CHIP. “É interessante que o equilíbrio monômero-dímero da CHIP parece ser interrompido em doenças neurodegenerativas", nota Thorsten Hoppe, um dos autores da pesquisa. 

Agora, os cientistas querem descobrir se existem outras proteínas ou receptores aos quais o monômero CHIP se liga e regula. Eles desejam saber também em quais tecidos e órgãos e em quais doenças os monômeros ou dímeros ocorrem em maior número, o que pode ajudar a criar tratamentos futuros.

Fonte: revistagalileu

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Ritmo da caminhada é tão importante quanto número de passos, diz estudo

Atingir aproximadamente 10 mil passos por
dia reduz incidência de demência, câncer
em morte - Foto: Reprodução/Pexels

Segundo cientistas, atingir aproximadamente 10 mil passos por dia diminui pela metade o risco de condições como demência e câncer — e acelerar o passo traz benefícios adicionais.

A prática de exercícios físicos é fundamental para uma vida mais saudável. E até mesmo o hábito de caminhar pode prevenir inúmeras doenças. Segundo um novo estudo, atingir aproximadamente 10 mil passos por dia é o suficiente para reduzir o risco de demência, doenças cardíacas, câncer e morte prematura.

A descoberta realizada por pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, e da Universidade do Sul da Dinamarca, publicada nas revistas JAMA Internal Medicine e JAMA Neurology, revelaram também que um ritmo de passos mais rápido, como uma caminhada acelerada, traz ainda mais benefícios.

Emmanuel Stamatakis, especialista em atividade física e estilo de vida da Universidade de Sydney, relata, em comunicado, que atualmente as pessoas já possuem o hábito de monitorar passos, devido a popularidade de rastreadores e aplicativos de vida fitness. No entanto, muitos não pensam no ritmo de seus passos.

“A mensagem para levar para casa aqui é que, para benefícios de saúde, as pessoas não só devem focar em atingir  em 10 mil passos por dia, mas também em andar mais rápido”, disse Matthew Ahmadi, pesquisador do Centro Charles Perkins da Universidade de Sydney e da Faculdade de Medicina e Saúde da mesma instituição.

De acordo com o estudo, para ter esses benefícios não é necessário atingir o número máximo estabelecido. A partir dos dois mil passos, os riscos de doenças já podem diminuir.

Analisando passos

Através de um estudo de base populacional, os cientistas contaram com dados de 78,5 mil adultos do Reino Unido, com idades entre 40 e 79 anos disponibilizados pelo UK Biobank. Os participantes que aceitaram colaborar com o estudo estavam em acompanhamento médico de rotina há sete anos.

Durante o período de uma semana os indivíduos utilizaram um acelerômetro de pulso para medir a atividade física. Foi estabelecido o período mínimo de 3 dias, incluindo um dia de fim de semana e monitoramento durante os períodos de sono.

A partir daí, essas informações foram vinculadas aos registros de saúde dos participantes por meio de várias fontes de dados e registros, incluindo registro hospitalar, de cuidados primários e registros de câncer e morte. A morbidade e a mortalidade baseadas nos documentos foram verificadas até outubro de 2021. As análises de dados foram realizadas durante março de 2022.

Os pesquisadores ressaltam que os estudos são observacionais, o que significa que eles não podem mostrar causa e efeito diretos. No entanto, os resultados mostram associações fortes e consistentes em nível populacional.

Redução de riscos

Os achados indicaram que, a partir dos dois mil passos, o risco de morte prematura pode ser reduzido entre 8% a 10%. Conforme o número aumenta, o benefício é ainda maior. Para aqueles que atingem 3,8 mil passos, o risco demência apresentou uma redução de 25%.

Contudo, 9,8 mil passos foi considerado o ideal pelos cientistas, para aqueles que desejam reduzir em 50% o risco de demência por todas as causas. Associações semelhantes foram observadas para doenças cardiovasculares e incidência de câncer.

A intensidade do passo ou um ritmo mais rápido mostraram associações benéficas para todos os resultados (demência, doença cardíaca, câncer e morte prematura) além do total de passos diários

“As pesquisas desses estudos poderiam informar as primeiras diretrizes formais de atividade física baseadas em etapas e ajudar a desenvolver programas eficazes de saúde pública destinados a prevenir doenças crônicas”, comenta Stamatakis.

Ahmadi explica que o tamanho e o propósito desse estudo com uso de rastreadores de pulso tornam essas evidências as mais significativas sobre o assunto até o momento. Ou seja, a ciência afirma que atingir aproximadamente 10 mil passos por dia é o ponto ideal para os benefícios de saúde e que caminhar mais rápido está associado a vantagens adicionais.

“Fazer mais pesquisas com o uso a longo prazo de rastreadores lançará mais luz sobre os benefícios para a saúde associados a certos níveis e intensidade do passo diário”, conclui o especialista.

Fonte: revistagalileu


quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Nova tecnologia usa lágrima para detectar doenças, como câncer e diabetes

Foto: Reprodução
Cientistas chineses criaram sistema que coleta e purifica o fluido lacrimal, permitindo separar exossomos, vesículas que transportam biomarcadores de enfermidades.

Pesquisadores da Unversidade de Medicina Wenzhou, na China, desenvolveram uma tecnologia que coleta e purifica lágrimas humanas, permitindo identificar biomarcadores de doenças, como câncer e diabetes. O sistema faz parte de um estudo publicado no mês de julho de 2022 no jornal ACS Nano.

A tecnologia, apelidada de iTEARS, purifica e separa pequenas "bolhas" presentes nas lágrimas, chamadas exossomos, ao identificar os genes dessas vesículas que transportam lipídios, ácidos nucleicos e até proteínas. O sistema então identifica as estruturas, que servem de indícios de doenças e melhoram a precisão dos diagnósticos.

O método é menos invasivo e não depende de uma avaliação de sintomas do paciente, que podem passar despercebidos nos estágios iniciais de certas doenças. Outras técnicas para isolar exossomos requerem um processamento bem mais longo e complicado, além de grandes volumes de amostra.

Os cientistas se perguntaram se um sistema de nanomembranas, que eles criaram para isolar exossomos da urina e do plasma, poderia também ajudá-los a obter as vesículas nas lágrimas. Então eles modificaram sua ideia original e tiveram sucesso. 

“As lágrimas podem ser coletadas de forma não invasiva e auto-colhidas dos pacientes para análise de exossomos”, eles escreveram na pesquisa. A equipe foi capaz de separar as vesículas em apenas 5 minutos, filtrando lágrimas sobre as membranas nanoporosas com um fluxo de pressão oscilante. 

Um total de 400 tipos diferentes de proteínas foram encontradas nos exossomos. Essas moléculas podem ser marcadas com sondas fluorescentes e depois transferidas para uma análise posterior em outros instrumentos. Os ácidos nucleicos, presentes nas vesículas, foram extraídos e também estudados.

Com isso, os pesquisadores distinguiram vários pacientes doentes, ao comparar amostras deles com as de pessoas saudáveis. Entre as enfermidades identificadas, estavam diversos tipos de doença do olho seco, retinopatia diabética, além de anomalias sintemáticas e inúmeros distúrbios neurodegenerativos. Segundo concluíram os experts, “os exossomos são uma fonte promissora para detecção precoce de doenças”.

Fonte: revistagalileu

sábado, 20 de agosto de 2022

Usar adoçante causa alterações no intestino, mostra estudo

Imagem: Reprodução
Os adoçantes aspartame, sacarina, estévia e sucralose impactam significativamente as microbiotas do nosso corpo, notavelmente a microbiota intestinal, segundo um estudo publicado na sexta-feira (19/8) na revista científica Cell.

No caso da sacarina e da sucralose, há também um aumento relevante nos níveis de glicose — justamente aquilo que o consumo desses itens frequentemente busca evitar.

Segundo a equipe de cientistas responsável pelo estudo, os resultados mostram que os chamados adoçantes não nutritivos (NNS) não são "inertes" no corpo humano, como se pensava, e que é preciso cautela sobre o uso desses produtos, especialmente por pessoas com doenças metabólicas como diabetes e obesidade.

Esses adoçantes não contêm ou quase não contêm calorias e nutrientes, diferente dos açúcares adicionados ou naturalmente existentes — nas frutas, por exemplo.

"Não podemos fazer uma recomendação favorável ou contrária ao uso desses adoçantes, mas acreditamos sim que até que mais estudos sejam realizados, a cautela é recomendada", escreveu por e-mail à BBC News Brasil o líder do estudo, o médico e pesquisador Eran Elinav, do Instituto Weizmann da Ciência, em Israel.

"É importante destacar que nossos resultados não significam de forma alguma que o consumo de açúcar, que é deletério à saúde humana conforme já mostraram muitos estudos, é superior aos adoçantes não nutritivos. Acreditamos que o consumo de açúcar deve ser evitado ou minimizado, especialmente por populações com propensão a ou sofrendo de doenças metabólicas."

A pesquisa realizada foi do tipo RCT, sigla em inglês para estudo clínico randomizado controlado, considerado "padrão ouro" em pesquisas por seu rigor.

Em trabalhos assim, participam dos testes pacientes (clínico), que são divididos aleatoriamente (randomizado) em grupos — aqueles que recebem o tratamento em teste e aqueles alocados no chamado grupo controle, que recebe outro tratamento para comparação ou placebo (um medicamento inócuo).

Alterações intestinais

No caso da pesquisa publicada na revista Cell, 120 voluntários que não tinham o hábito de consumir os adoçantes não nutritivos foram divididos em seis grupos: dois grupos controles, um grupo que ingeriu aspartame, outro sacarina, outro estévia e outro sucralose.

Os grupos que consumiram os adoçantes o fizeram durante duas semanas, incluindo na alimentação sachês em uma quantidade abaixo do nível máximo recomendado diariamente.

As microbiotas são conjuntos de bactérias, fungos e vírus geralmente benéficos que estão em diferentes partes do nosso corpo, sendo a microbiota intestinal a maior delas, com trilhões de micróbios vivendo ali.

Através da análise metagenômica, que envolve o material genético desses micróbios, os cientistas verificaram que cada adoçante impactou significativamente as microbiotas intestinal e oral, enquanto os grupos controle não tiveram alterações marcantes.

Eran Elinav explica que os adoçantes podem impactar as microbiotas inibindo ou estimulando o crescimento de alguma espécies, além de provocar alterações em fatores intermediários, como nos receptores de sabores doce ou amargo no intestino ou no sistema imunológico — que indiretamente afetam a microbiota.


Cientistas observaram que cada adoçante teve um impacto diferente na microbiota
intestinal dos voluntários - Imagem: Reprodução


Através de exames rotineiros, os pesquisadores registraram que as pessoas que ingeriram sacarina e sucralose tiveram um aumento significativo da glicose no sangue.

Em uma segunda etapa da pesquisa, para provar uma causalidade entre a alteração na microbiota por conta dos adoçantes e alterações nos níveis de glicose, a equipe usou cobaias.

Estas receberam transplantes de fezes de 42 voluntários, ou seja, receberam parte da microbiota dos participantes do estudo.

Os pesquisadores observaram alterações semelhantes na microbiota e nos níveis de glicose de humanos e cobaias. Logo, eles demonstraram que os adoçantes impactam a microbiota, e que esta por sua vez também está relacionada aos níveis de glicose.

"A microbiota afeta a saúde metabólica, incluindo as respostas glicêmicas, de várias maneiras. Por exemplo, a microbiota pode modular a secreção de hormônios intestinais que afetam a secreção e a sensibilidade à insulina", explica Elinav.

A reportagem perguntou por que especificamente a sacarina e a sucralose (mais comuns no mercado brasileiro) levaram a um aumento da glicose, mas não recebeu resposta para essa questão específica.

Em 2014, um estudo do Instituto Weizmann da Ciência com cobaias já havia mostrado que adoçantes não nutritivos poderiam levar a alterações no metabolismo da glicose. Agora, um próximo passo, segundo o medico e pesquisador Eran Elinav, é ter estudos de longo prazo acompanhando o impacto dos adoçantes nos níveis de glicose em pessoas em risco ou diagnosticadas com diabetes.

Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Islândia testou uma jornada de trabalho mais curta. Deu certo

Foto: Reprodução

Alguns trabalharam menos horas por dia; outros, só quatro dias por semana. O resultado mostrou que menos tempo dedicado ao trabalho melhora o bem-estar e torna os profissionais mais produtivos. 

Já imaginou um fim de semana com três dias? Parece um sonho, mas talvez não seja algo tão distante assim. Bom, pelo menos para os cerca de 350 mil cidadãos islandeses. Dois novos experimentos feitos no país mostraram que a redução da jornada de trabalho, mantendo o mesmo salário, não diminuiu a produtividade dos trabalhadores nem impactou na sua performance, mas aumentou o bem-estar e a qualidade de vida dos empregados. 

Com base nos resultados, as autoridades do país já começaram a colocar a medida em prática: cerca de 86% dos islandeses já estão trabalhando em jornadas reduzidas ou poderão optar por essa modalidade no futuro próximo. 

Os experimento foram feitos entre 2015-2019 e 2017-2021, e os resultados foram divulgados em um relatório neste mês. Um dos estudos foi feito pelo próprio governo islandês em parceria com a BSRB, a principal associação de sindicatos do país, e o outro pelo governo municipal de Reykjavik, capital e maior cidade da ilha. Juntas, as iniciativas contaram com mais de 1% de toda a força de trabalho da pequena nação nórdica. 

A ideia era testar se uma jornada menor, mas com o mesmo salário, impactaria na produtividade dos trabalhadores. Das 40 horas usualmente trabalhadas na semana, os islandeses escolhidos para o projeto piloto passaram a trabalhar apenas 35 ou 36 horas, dependendo de qual estudo faziam parte. Gradualmente, mais e mais profissionais foram incluídos nesse esquema, e de vários setores diferentes, como escolas, repartições públicas, hospitais e prestadoras de serviços sociais. 

Aqui, vale um adendo: apesar de várias manchetes pelo mundo destacar as tais “semanas de quatro dias úteis” da Islândia, os experimentos não foram projetados para esse cenário especificamente. A intenção dos pesquisadores era descobrir o impacto da redução de horas semanais no trabalho como um todo. Acontece que alguns islandeses, combinando com seus gestores, decidiram concentrar essas 35/36 horas em apenas quatro dias da semana e transformaram o #sextou em um #quintou. Outros só trabalharam menos horas todos os dias, mas mantiveram a jornada de segunda a sexta. 

Após seis anos do início do primeiro estudo, os tão esperados resultados vieram. E foram positivos: como era de se esperar, o bem-estar de todos os trabalhadores aumentou, os níveis de estresse e burnout caíram.  A produtividade dos participantes ficou mais ou menos estável, em alguns casos, até aumentou, reforçando aquela coisa que a gente intuitivamente sabe: produzimos mais quando estamos mais satisfeitos. 

A melhora no bem-estar, segundo os participantes, se deu pelo aumento de tempo com a família e amigos e para ações de lazer e atividade física, por exemplo. Ao mesmo tempo, eles relataram que mudanças no ambiente de trabalho também foram necessárias para cumprir as atividades em tempo reduzido – como eliminar ou encurtar reuniões ou fazer menos pausas para o cafezinho com os colegas. 

Nem tudo é tão simples assim, é claro. O estudo também notou que alguns setores não funcionariam tão bem com reduções de jornada. Na área de saúde, por exemplo, o governo teria que contratar mais profissionais para cobrir a demanda, que é essencial por motivos óbvios. Colocando na calculadora, isso custaria ao poder público islandês cerca de US$ 33,6 milhões extras por ano. Não é o fim do mundo para um país rico, pequeno e desenvolvido como é a Islândia – mas seria um problemão em outros países menos privilegiados. 

Outros estudos do tipo foram feitos ou estão em andamento pelo mundo, como na Espanha e na Nova Zelândia. A maioria, porém, é em nível local; a Islândia teve o trunfo de analisar o cenário mais amplo, por ser um país minúsculo.

Fonte: VOCESA


sábado, 30 de abril de 2022

Pesquisa mostra como a pandemia de covid alterou nossa percepção do tempo

Imagem: Reprodução

Imagine que, durante os próximos 60 minutos, você terá dois compromissos. O primeiro deles é uma reunião de trabalho sobre um tema que você considera chato e tedioso. O segundo é um café com um grupo de amigos, com os quais você adora conversar.

Mesmo que as duas atividades tenham exatamente a mesma duração, a tendência natural é que a sensação da passagem de tempo em cada uma delas seja muito diferente. Enquanto cada segundo da reunião parece demorar uma eternidade, o café vai passar voando num piscar de olhos.

Mas e o que aconteceu durante os primeiros meses da pandemia de covid-19? Será que o lockdown, o distanciamento social, o trabalho remoto, a suspensão das aulas e o cancelamento de festas e datas comemorativas alteraram a forma como a gente se relaciona com o relógio?

Essa foi a curiosidade que guiou uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do ABC (UFABC), na região metropolitana de São Paulo, e pelo Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.

A partir de maio de 2020, os especialistas enviaram pela internet um questionário, e 3.855 pessoas toparam participar do experimento. Durante 15 semanas, os voluntários responderam, com o auxílio de uma escala, perguntas relacionadas à percepção de tempo e às sensações do dia a dia.

Para tanto, os cientistas levaram em conta dois domínios diferentes. O primeiro foi a expansão temporal, ou a noção de que os minutos se prolongam e custam a passar — o que desemboca em tédio.

Já o segundo tem a ver com a pressão temporal, em que parece que há mais tarefas na agenda do que horas suficientes para cumpri-las. Quando essa sensação se prolonga, aparece o estresse e o abandono de dimensões importantes da vida, como o autocuidado e o relacionamento saudável com familiares e amigos.

Vale lembrar que o primeiro semestre de 2020 foi marcado por muitas incertezas: a doença havia sido descoberta pouco tempo atrás, os casos estavam subindo rapidamente (com uma situação de calamidade em alguns países), não existia vacina ou remédio efetivos e o isolamento era a única saída para conter o vírus.

O estudo brasileiro, publicado recentemente no periódico especializado Science Advances, revela que a percepção de tempo entre os participantes mudou com o avançar dos dias.

Em resumo, ele indica que o tempo "se expandiu" logo no início da pandemia, mas essa sensação foi diminuindo com o passar das semanas. Outro achado interessante foi o de que a nossa consciência sobre a evolução das horas está diretamente relacionada com fatores psicológicos, como solidão e estresse.

As emoções se revelaram um aspecto crucial da maneira como o tempo é vivenciado, concluem os autores do artigo.

Mas será que é possível explicar como acontecem essas mudanças e o que elas podem significar, até para a vida pós-pandemia?

Um universo a ser explorado

O neurofisiologista André Cravo, um dos responsáveis pela pesquisa, explica que a percepção de tempo envolve uma série de habilidades do sistema nervoso.

"Uma delas é a capacidade de manter um ritmo, como medir adequadamente os milissegundos entre clicar no botão do mouse e ver alguma alteração na tela do computador", diz.

Um café com amigos pode ser um daqueles momentos em que o tempo passa voando
- Foto: Reprodução

"Outra tem a ver com estimar a duração de eventos no passado e colocá-los dentro de uma linha de tempo, em uma ordem de acontecimentos", continua o especialista, que integra o Laboratório de Cognição e Percepção do Tempo da UFABC.

"E também existe uma terceira habilidade, que envolve estimar intervalos de eventos do passado e tentar comparar com eventos similares do presente, como uma maneira de avaliar se o tempo passa mais rápido ou devagar", completa.

A Ciência ainda não desvendou completamente os mecanismos por trás de todos esses processos, ou quais são exatamente as áreas do cérebro envolvidas nessa tarefa tão complexa.

Mas uma coisa que não dá pra ignorar — e a pesquisa brasileira observou — é o impacto das emoções na percepção de que os ponteiros do relógio estão em marcha lenta ou em alta velocidade.

"No nosso estudo, fatores sociodemográficos, como gênero e idade, não foram tão preponderantes para a percepção de tempo. O que mais influenciou mesmo foram os fatores psicológicos, como a solidão, o tédio…", diz Cravo.

"Mas é preciso levar em conta que os voluntários pertenciam a classes sociais com mais condições, e temos bons motivos para acreditar que indivíduos numa situação econômica mais complicada tenham sentido uma pressão temporal mais forte na pandemia."

Portanto, é possível especular que, entre os participantes do experimento, aquela sensação de expansão do tempo no início da crise sanitária tenha a ver com uma agenda mais livre e com horas extras, que antes eram dedicadas às atividades sociais ou aos deslocamentos entre casa e trabalho.

Num primeiro momento, isso esteve relacionado à sensação de tédio e enfado, que foi diminuindo com o passar das semanas.

Mas esse sentimento é bastante subjetivo e pode variar de acordo com a realidade de cada um: é possível que, para alguém que precisa sair de casa para ganhar seu sustento, esses mesmos primeiros dias da covid-19 tenham sido marcados pela pressão temporal e pelo estresse.

Em estudo brasileiro, primeiras semanas da pandemia estiveram relacionadas com a
sensação de expansão do tempo - Foto: Reprodução

Cravo também lembra que as características individuais influenciam nessa percepção e na forma como cada um experimentou esse período.

"Para alguns, não poder sair foi muito ruim e agoniante. Já para outros, que têm traços mais introvertidos, foi bem mais fácil se adaptar."

Uma sensação que veio para ficar (ou que vai embora?)

Outra questão que fica em aberto tem a ver com o impacto que um evento como a pandemia deixa na percepção de tempo pelo resto da vida — mesmo quando a covid-19 deixar de ser uma emergência de saúde pública internacional.

Por ora, ainda não foram publicados estudos sobre esse tema. O neurocientista Raymundo Machado, do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein e que também fez parte do estudo, lista algumas maneiras de medir esse efeito a longo prazo.

"Daqui a dois ou três anos, poderemos entrevistar as pessoas para ver se elas se lembram da sequência em que os eventos aconteceram nesse período. Será que a ausência de marcos temporais importantes, como feriados e festas de aniversário, vai afetar a maneira como relacionamos as memórias?", questiona o pesquisador.

Um exemplo simples: você consegue se lembrar de bate-pronto dos momentos exatos em que ocorreram as trocas de ministros da Saúde no Brasil nesses dois anos? Quando saiu Luiz Henrique Mandetta e entrou Nelson Teich? Em que mês e ano o general Eduardo Pazuello assumiu o posto? Quando ele deixou o ministério? E o médico Marcelo Queiroga está no cargo desde que mês?

Montar esse verdadeiro quebra-cabeças pode ser um desafio ainda maior daqui a alguns anos, quando espera-se que a pandemia seja coisa do passado e os marcos temporais (aniversários, festas, feriados…) estejam 100% restabelecidos.

O tédio pode ser um dos efeitos da expansão temporal, quando parece que os ponteiros
do relógio não andam - Foto: Reprodução

Machado também destaca a dificuldade de comparar, do ponto de vista da percepção de tempo, a atual crise sanitária com qualquer outro evento histórico.

"Mesmo na gripe espanhola ou nas duas guerras mundiais, a forma como as pessoas lidaram com esses eventos foi diferente em cada parte do planeta." E isso, claro, influencia na percepção do tempo sentida nesses locais.

"Já na covid, todo o mundo experimentou coisas parecidas, e a maioria dos países adotou algum tipo de distanciamento físico, ao menos por algum tempo", conta o especialista. Ou seja: não há paralelos históricos e ainda é cedo para dizer se as mudanças sentidas na pandemia seguirão por toda a vida.

Mas os especialistas especulam que indivíduos que sofreram mais nesse período — e até desenvolveram transtornos sérios, como depressão, ansiedade ou estresse traumático — podem ter uma relação mais atribulada com o relógio daqui pra frente.

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 5 de abril de 2022

Estudo mostra que música é tão eficaz para a saúde mental quanto exercício

Foto: Reprodução

Da próxima vez que você não puder sair para cumprir uma meta de exercício físico a fim de melhorar ou manter uma boa saúde mental, não se aborreça, apenas coloque uma música para ouvir e tudo certo. Meta cumprida. Isso é o que sugere um novo estudo publicado na revista JAMA Network Open, em 22 de março de 2022. Baseado em uma meta-análise que abrange 26 estudos anteriores e um total de 779 pessoas, os dados obtidos mostraram que o impacto positivo de cantar, tocar ou ouvir música traz o mesmo benefício que, por exemplo, investir em exercícios de perda de peso.

Pesquisas anteriores já apontaram a música gospel como medida preventiva contra doenças cardíacas, e também sugeriram que participar de um coral pode ajudar as pessoas a se recuperarem de um câncer. 

"Evidências crescentes apoiam a capacidade da música de promover amplamente o bem-estar e a qualidade de vida relacionada à saúde", escrevem os pesquisadores do artigo. "No entanto, a magnitude da associação positiva da música com a saúde mental ainda não está clara, particularmente, em relação às intervenções estabelecidas, limitando a inclusão de intervenções musicais na política e nos cuidados de saúde", ponderaram. 

Os 26 estudos incluídos nessa nova pesquisa usaram o conceito adotado 36-Item Short Form Survey (SF-36) sobre saúde física e mental, ou a alternativa mais curta com 12 perguntas, o que facilitou a sintetização dos dados. 

Depois, os resultados foram comparados com outras pesquisas que analisaram os benefícios de "intervenções médicas e não farmacêuticas (como exercícios para perda de peso)" no bem-estar, além de outros estudos em que os tratamentos médicos para problemas de saúde não incluíam musicoterapia.

De acordo com os especialistas, o aumento da saúde mental da música está "dentro da faixa, embora no limite inferior" do mesmo tipo de impacto observado em pessoas que se comprometem com exercícios físicos ou programas de perda de peso. 

"Essa meta-análise de intervenções musicais forneceu evidências claras e quantitativas de qualidade moderada de que as intervenções musicais estão associadas a mudanças clinicamente significativas na saúde mental", disseram.

"Além disso, um subconjunto de 8 estudos demonstrou que a adição de intervenções musicais ao tratamento usual estava associada a alterações clinicamente significativas na saúde mental em várias condições", completaram. 

Houve ainda uma variação substancial entre os participantes sobre os diversos tipos de intervenções musicais, o que mostra que a musicoterapia não é algo que, necessariamente, vai funcionar para todos.

Por que esse estudo é importante? 

Os especialistas esperam que estudos como esse incentivem os profissionais de saúde a prescrever algum tipo de musicoterapia com mais frequência quando se trata de ajudar os pacientes a se recuperar de doenças ou manter uma boa saúde mental. 

Vale dizer que, para muitas pessoas, ouvir música ou cantar são atividades prazerosas, e que não exigem tanto quanto sair para fazer exercícios ou até mesmo seguir uma dieta.

"Pesquisas futuras são necessárias para esclarecer as intervenções e doses ideais de música para uso em cenários clínicos e de saúde pública específicos", concluem os autores.

Fonte: uol.com/vivabem


terça-feira, 1 de março de 2022

Pesquisas demonstram impactos positivos de games na visão e atenção dos usuários

Imagem: Reprodução

Os games de ação oferecem benefícios cognitivos significativos para desenvolvimento dos jogadores.

Pesquisas recentes sugerem que certos jogos podem tornar a mente mais afiada, reforçar a memória de trabalho, melhorar o foco, ashabilidades espaciais e até mesmo a visão.

Mas, para obter esse tipo de resultados positivos, o tipo de jogo é fundamental. Os games de ação — aqueles que envolvem tomar decisões rápidas, navegar em diferentes ambientes e encontrar alvos visuais — parecem oferecer os benefícios cognitivos mais significativos.

Um estudo de 2003 descobriu não apenas que jogadores de videogame eram melhores em resolver quebra-cabeças visuais do que aqueles que não jogavam — como foram necessários apenas 10 dias de prática de videogame para melhorar o desempenho destes últimos.

Em outro estudo, por exemplo, participantes foram convidados a jogar um game que envolvia resolver enigmas e coletar moedas como recompensa. Eles jogaram 30 minutos por dia durante 3 meses. Ao final do estudo, o hipocampo, a parte do cérebro que é vital para a memória, havia sido aprimorado.

Fonte: saoluisdofuturo

sábado, 8 de janeiro de 2022

Tatuagem colorida pode trazer riscos à saúde e União Europeia proíbe o uso de tintas coloridas para tatuagens

Foto: Reprodução

As tatuagens coloridas são um charme, mas foram excluídas da União Europeia, após entrar em vigor nesta semana uma lei que proíbe a realização deste tipo de desenho sobre a pele. A decisão veio após constatação de agentes cancerígenos ou responsáveis por mutações genéticas encontrados em ao menos 4 mil produtos químicos usados por tatuadores do bloco de países.

Segundo as autoridades, os ingredientes encontrados nessas tintas coloridas são proibidos pela regulamentação sanitária da União, pois podem expor as pessoas a risco de saúde. Entre os elementos químicos em questão está o álcool isopropanol.

A proibição inclui a maioria das cores utilizadas. Para o “National Public Radio”, o tatuador Mario Barth explicou que a decisão afeta cerca de 65 a 70% da paleta de cores dos tatuadores. 

Conforme informações do “The Swaddle”, a União Europeia alega que o objetivo “não é proibir a tatuagem, mas tornar mais seguras as cores usadas nas tatuagens e na maquiagem permanente”.

Os fornecedores de tintas têm até o dia 4 de janeiro de 2023 para encontrar produtos químicos aprovados pelo órgão regulador de produtos comercializados na UE.

Problemas de saúde desencadeados pela tatuagem colorida

O Cancer Council Australia destacou: “Não temos conhecimento de um caso de câncer relatado diretamente atribuível à tatuagem. No entanto, as evidências mostram que algumas tintas de tatuagem contêm substâncias cancerígenas.”

Segundo o jornal “India”, os riscos da tatuagem colorida à saúde ainda incluem:

Complicação na ressonância magnética: condição não frequente. Durante a realização de exames de ressonância magnética, tatuagens coloridas ou maquiagem permanente podem causar inchaço ou queimação nas áreas desenhadas, além de poderem causar problemas na qualidade da imagem.

Infecção cutânea e reações alérgicas: esse tipo de tatuagem também pode causar reações alérgicas, como coceira ou erupções cutâneas e, consequentemente, resultar em uma infecção de pele.

União Europeia proíbe o uso de tintas coloridas para tatuagens por risco de câncer

As tatuagens já foram sinônimo de rebeldia, mas não é novidade que os tatuadores devem seguir sérias regras de higiene para garantir a saúde do seu cliente. E, visando aumentar esta segurança na saúde, a União Europeia (UE) proibiu o uso de tintas coloridas para tatuagens.  

A proibição entrou em vigor desde a terça-feira (4) e foi instaurada pelo Registro, Avaliação, Autorização e Restrição de Produtos Químicos (REACH, na sigla em inglês) da União Europeia.  

De acordo com o jornal Metro, o REACH proibiu mais de 4 mil produtos químicos diferentes que normalmente são encontrados nas tintas coloridas para tatuagem e podem estar relacionados a “câncer ou mutações genéticas”.  

O REACH reforçou que a proibição não é com intuito de criminalizar as tatuagens e sim garantir maior segurança para as pessoas que optem por ter uma tatuagem colorida ou maquiagens definitivas, tendo em vista que as tintas utilizadas atualmente são fabricadas seguindo o mesmo padrão.  

Os tatuadores europeus estão apreensivos pois devem dispensar clientes que vão procurar tatuagens com pigmentos coloridos. Enquanto isso, os distribuidores e fabricantes das tintas estão procurando alternativas para substituir os pigmentos. 

O Reino Unido, que não faz mais parte da União Europeia, está avaliando se seguirá a nova determinação do bloco. Autoridades sanitárias pediram às organizações de tatuadores e fabricantes de tintas informações comprobatórias sobre a segurança das tintas de tatuagem.  

Fonte: istoe e olhardigital


Paulo Saldiva afirma que a Anvisa deveria controlar tintas 

coloridas usadas para tatuagens - 05/01/22