sábado, 11 de outubro de 2025

YouTube investe em novelas, shows e futebol

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Plataforma aposta em conteúdo, evolução de programas de grade e em social commerce

O YouTube acaba de realizar o Brandcast, evento anual em que apresenta alguns de seus projetos comerciais para o próximo ano.

A diretora do YouTube América Latina, Patrícia Muratori, e a head de conteúdo e creative solucion do Google, Alessandra Gambuzzi, apresentaram panorama da evolução da plataforma e os principais territórios que serão fontes de exploração para criadores e marcas.

Patrícia explica que o YouTube funciona com base em um tripé que trabalha para atender quem cria, quem consome e quem investe para gerar resultados de longo prazo.

“Os empreendedores criativos estão ressignificando o entretenimento. Temos os criadores virando marcas, marcas virando influenciadores e a mídia tradicional fazendo estratégias para o digital”, afirma.

Por esse motivo, a plataforma decidiu investir na variação de formatos, que vão desde vídeos curtos até conteúdo mais longo e denso.

Dessa forma, a ideia é que esse conteúdo seja visto em celulares, tablets, computadores e, principalmente, em TVs conectadas (CTV).

De fato, essas estratégias se refletem em números.

Segundo dados da Kantar Ibope Media, a TV ultrapassou o celular como o principal dispositivo para o YouTube no Brasil.

Assim, o estudo Cross Platform View revela que a participação de audiência do YouTube em CTV para maiores de 18 anos saltou de 41% para 53% em três anos.

Ainda, pesquisa  interna apontou que YouTube alcançou mais de 80 milhões de pessoas com 18 anos ou mais na CTV no Brasil, em abril deste ano.

“Tem uma mudança forte no comportamento do consumidor, temos um mercado latente e muito investimento para evoluir na experiência”, afirma Patrícia.

Investimento em territórios

Para se consolidar como plataforma de streaming no País e continuar a crescer, o YouTube preparou quatro territórios específicos pelos quais deve oferecer oportunidades para as marcas.

Música, entretenimento, esportes e bem-estar são as áreas que ditarão os principais projetos para 2026.

A programação será feita em forma de vídeo longo, com foco em alta performance, principalmente, para CTV.

Segundo Alessandra, esses territórios tiveram desenvolvimento em conjunto com criadores.

“Queremos que o mercado entenda que os criadores precisam estar no centro da criação e como trazer a economia como ponto de partida das conversas de franquias que são tão clássicas”, diz.

Entretenimento

Por isso, uma das primeiras novidades será a criação do Noverama, canal em parceria com o Sofá Digital, cujp foco será a exibição de novelas.

Para o YouTube, o gênero é patrimônio cultural nacional.

Esse projeto terá apenas uma cota comercial, que será inserida na programação.

Ademais, o gênero é relevante para os espectadores.

O Relatório Novelas no Brasil,  da Opinion Box, feito com mil pessoas entre abril e maio de 2025, revelou que 30% dos respondentes assistem novelas todos os dias, enquanto 21% de 4 a 6 vezes por semana e 35% de 1 a 3 vezes por semana.

Dessa forma, apesar de a TV aberta ser o principal meio de consumo desse tipo de produto (81%), o streaming é o segundo canal favorito (43%) para o público que gosta de ver novela em horário alternativo.

“O YouTube é sobre paixões, traremos novelas para explorar. Vamos lançar o canal no ano que vem”, diz a head.

Ainda, o portal de vídeos terá, ano que vem, a segunda temporada do MasterChef Creators.

Por fim, em parceria com a Endemol Shine, o programa terá quatro episódios.

O comando é da dupla Fih e Edu, do canal Diva Depressão, com o trio de jurados Henrique Fogaça, Helena Rizzo e Erick Jacquin.

Assim, com lançamento previsto para o primeiro semestre, o reality contará com três cotas comerciais.

Futebol

No futebol, em parceria com a CazéTV, o YouTube seguirá com a transmissão do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Paulista.

Para a competição nacional, será exibido um jogo por rodada, somando 38 partidas ao longo do ano.

Já para o estadual, com o novo calendário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), serão 16 partidas, com rodadas que podem ter mais de um jogo .

De fato, os dois torneios têm Casas Bahia, Claro, Fiat, Latam e PagBank como patrocinadores já confirmados.

Além disso, a plataforma, com o canal de Casimiro Miguel, será o único player a exibir os 104 jogos da Copa do Mundo Fifa de 2026, de forma gratuita.

Esse projeto contará com dez cotas e todas foram comercializadas. Nesse caso, o Itaú Unibanco foi o primeiro patrocinador confirmado na transmissão da competição.

Música brasileira

O Tiny Desk Brasil, cujo primeiro episódio foi ao ar na última terça-feira, 7, será o investimento da plataforma.

Dessa forma, em produção com a Anonymous Content Brasil, novas temporadas devem entrar no ar ainda no final deste ano, com dois episódios, e em 2026.

O primeiro episódio, com o cantor João Gomes, teve patrocínio de Heineken e Volkswagen, e os demais ainda podem ser comercializados.



Saúde e bem-estar

Para esse segmento, a aposta do YouTube será em três frentes de conteúdo.

O primeiro, de fato, é especializado, com os médicos Luciana Haddad e Dráuzio Varella.

O segundo é com esquetes de humor, com o Porta dos Fundos.

Por fim, há o patrocínio à primeira edição do Ted Health, prevista para junho de 2026. Nesse caso, serão três cotas comerciais.

Varejo

Ainda com foco no consumo em CTV, o YouTube apresenta a Shoppable CTV, ferramenta que tem como objetivo tornar o caminho de compra na plataforma mais interativo e fluido.

Além disso, a plataforma apresenta nova forma de monetização por meio do Programa de Afiliados do YouTube Shopping.

Portanto, a partir de 4 de novembro, os criadores poderão marcar produtos em seus Shorts. As primeiras marcas parceiras são Mercado Livre e Shopee.

“Não é um produto, é uma estratégia. O Brasil vai ser o primeiro país na América Latina a ter esse programa”, afirma Patrícia.

A executiva diz, dessa forma, que a IA também vai ser fundamental para esse momento.

Ainda, a ferramenta terá a capacidade de entender qual é o de maior audiência em um vídeo para que a marca possa inserir seu conteúdo.

“O poder de quebrar barreiras com a dublagem automática dos criadores, com sincronização labial para ter algo mais orgânico, conseguimos ser mais efetivos e mais específicos”, complementa.

Fonte: meioemensagem

Especialista em cibersegurança alerta: a proteção digital de crianças começa pelos pais e deve envolver toda a sociedade

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L8 Security dá dicas e destaca a importância da educação digital e do uso de ferramentas de controle de acesso no mês das crianças e à luz do novo ECA Digital

Outubro é o mês das crianças e o lançamento recente do que ficou conhecido como ECA digital, ou seja, a Lei 15.211/2025, assim como as discussões levantadas pelo influenciador Felca vêm contribuindo para uma discussão urgente: a proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital e no mundo online. A Lei, promulgada em setembro, dispõe sobre a proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais e cria algumas regras a serem seguidas por plataformas digitais, tais como supervisão parental, aferição de idade, publicidade, entre outros pontos. 

Mas, e na prática? Como saber como agir diante desse cenário? O especialista em cibersegurança e diretor da L8 Security, Júlio Kusman é categórico: “Dar um celular para uma criança é abrir um portal para o mundo, com tudo de bom e de ruim que ele oferece”, afirma Júlio. “Por isso, os pais precisam participar ativamente da educação digital dos filhos, usando ferramentas de controle e acompanhamento. O mesmo vale para escolas, empresas e clubes, que devem garantir acesso seguro à internet para evitar desde exposições indevidas até ataques cibernéticos”.

Para isso, pedimos que Kusman trouxesse algumas dicas importantes para auxiliar pais e responsáveis nesse processo de garantir não só segurança para crianças e adolescentes, mas para que todos tenham noções de segurança nas redes e diminuir até mesmo os temidos golpes e ataques virtuais. Confira:

Educar antes de restringir

O controle parental é uma ferramenta eficiente até uma certa idade. Isso porque quanto mais o tempo vai passando, menos controle é possível ter sobre o conteúdo acessado por jovens e adolescentes. Por isso, a educação digital deve fazer parte da rotina da família, para que as crianças e adolescentes saibam identificar potenciais perigos e não se tornarem alvos fáceis.

“O uso responsável da internet deve ser uma prioridade para as famílias atualmente. Por isso, é importante conversar sempre com os filhos, orientar e acompanhar. Ensinar o que é um site confiável, o que são golpes e como proteger dados é tão importante quanto limitar o acesso”, lembra Kusman.

Adotar ferramentas de controle e filtros de conteúdo

Existem opções simples, como os controles nativos de navegadores e sistemas operacionais, como é o caso do Family Link, disponibilizado pelo Google, ou até mesmo a restrição de conteúdo ofertadas pelos apps. Ainda, o especialista aponta soluções mais robustas aplicadas por provedores de internet e empresas. “É possível configurar filtros no modem, no provedor, ou diretamente no browser”, explica Kusman. “O importante é ter algum tipo de controle ativo.”

Escolas, clubes, empresas também têm responsabilidade

Ambientes com função educativa ou corporativa devem impedir o acesso a conteúdos impróprios ou potencialmente perigosos, como jogos de apostas, sites de pornografia e páginas de malware. “Quando um aluno ou funcionário acessa um link malicioso dentro da rede da escola ou da empresa, ele coloca todo o sistema em risco”, alerta o especialista.

Anonimato na rede não existe

“A sensação de que ninguém está vendo o que fazemos online é falsa”, diz Kusman. Cada acesso gera rastros e pode associar o nome de uma instituição a conteúdos ou práticas danosas. Por isso, é importante que as instituições também façam parte dessa rede de proteção. Segundo Júlio, algumas soluções de controle e proteção de rede baseadas em tecnologias como as da Cloudflare oferecem camadas adicionais de segurança, monitoramento e filtragem de tráfego. “A gente não tem que esperar uma Lei existir para que essa realidade aconteça. É preciso agir sempre para que crianças, e usuários de rede em geral, estejam sempre seguros, sejam seus dados ou sua vida pessoal”, conclui.

Sobre a L8

O Grupo L8 agrega mais de 300 pessoas, que juntas implementaram com sucesso mais de 1 bilhão de reais em projetos em todo o Brasil. Com foco na inovação, na qualidade e na sustentabilidade com responsabilidade social, o Grupo L8 é composto pelas seguintes unidades de negócios: Energia, Tecnologia da Informação, Segurança Eletrônica e Cibersegurança. Com mais de 10 anos de atuação no Brasil, e sólida experiência em projetos de grande porte, a L8 está alinhada com os principais fabricantes globais para cada um de seus segmentos. O Grupo L8 possui as certificações ISO 9001, ISO 27001, Certigov, e possui uma operação 24x7 a partir de um prédio com certificação LEED. www.l8group.net

Fonte:  No Ar Comunicação - Ana Luísa


Educação eficiente não é consequência da riqueza: é a base para alcançá-la

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Quando comparamos o PIB per capita e o desempenho dos alunos dos países da OCDE nas provas de matemática no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), por exemplo, vemos uma tendência geral clara e esperada: os países mais ricos têm melhores resultados em educação. Mas há exceções, e vamos considerá-las, para aprender algo importante em seguida sobre política pública que, sem dúvida, serve de ensinamento para o Brasil. 

O Vietnã, com renda relativamente baixa, supera países europeus em desempenho escolar. Qatar e Emirados Árabes, reconhecidos pela riqueza altíssima, apresentam resultados educacionais modestos, o que mostra que economias dependentes de recursos energéticos e com pouco dinamismo para setores produtivos modernos sofrem para transformar investimento em conhecimento efetivo. Em Singapura temos o caso mais emblemático: antes um país pobre, apostou em educação de qualidade como prioridade nacional e hoje lidera o mundo em capital humano e renda.

Assim, países que tratam a educação como política de Estado colhem, décadas depois, crescimento econômico sustentável. Já aqueles que esperam enriquecer para depois investir em educação correm o risco de ficar presos na armadilha da renda média.

O Brasil, infelizmente, ainda aparece na parte baixa do gráfico do PIB, com  renda limitada e com desempenho educacional fraco. O desafio, portanto, é inverter essa lógica: usar a educação como motor para crescer, e não esperar crescer para educar.

O Governo Federal através da Lei Complementar 212 – intitulada PROPAG – visa estimular a oferta de cursos técnicos profissionalizantes nos Estados, em troca de redução de juros das dívidas das unidades federativas com a União.

Dentro da Lei 212, existe um programa chamado ‘Juros Por Educação’, onde cada estado pode reduzir até 60% dos juros de sua dívida se atingir, ou melhor, cumprir as metas de ofertas de cursos técnicos sob seu domínio.

A expectativa é que jovens formados, com certificações e habilitações profissionais, sejam e estejam mais produtivos para estimular a economia e promover o movimento positivo econômico social. Esta é uma política plurianual de adesão voluntária de cada governo estadual e que visa estimular o fazer e gerar renda pelo saber.

A nós, de forma esperançosa, cabe o papel de cobrar que o Brasil, através dos Governos Municipais, Estaduais e Federal, coloque a educação no centro de sua estratégia de desenvolvimento de longo prazo.


Por Francisco Borges - mestre em Educação e consultor de Políticas Públicas voltadas ao ensino da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT)


Fonte: Compliance Comunicação - Caíque

THE GODFATHER? Rueda, presidente do União Brasil, vira alvo da PF na Carbono Oculto

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Corporação investiga se presidente do União Brasil seria proprietário de aeronaves em nome de fundos de investimento

O nome do presidente do União Brasil, o advogado Antônio Rueda, também conhecido como, Tony Rueda, teria aparecido nas investigações que investigam a infiltração da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) nos setores financeiro e de combustíveis.

Segundo apurou o Metrópoles, a Polícia Federal (PF) investiga a informação de que Rueda seria dono oculto de jatos executivos, que estão formalmente em nome de terceiros e de fundos de investimento. São três investigações: Carbono Oculto, do Ministério Público de São Paulo; Tank e Quasar, tocadas pela PF. O nome de Rueda apareceu na Tank.

As aeronaves são operadas pela empresa Táxi Aéreo Piracicaba (TAP), a mesma que seria usada por dois dos principais investigados na Carbono Oculto: Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, e Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, dono da refinaria Copape.

A Táxi Aéreo Piracicaba é uma empresa conhecida no mercado da aviação privada e já prestou serviço para vários políticos com mandato.

Uma das aeronaves, o Cessna 560XL de matrícula PRLPG, está em nome de uma empresa, a Magik Aviation, que é ligada a outra empresa, a Bariloche Participações S.A. Ambas têm o mesmo presidente.

Sediada no Itaim Bibi, em São Paulo (SP), a Bariloche pertence a dois empresários do ramo de mineração: Haroldo Augusto Filho e Valdoir Slapak.

Em novembro do ano passado, os dois foram alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal na Operação Sisamnes, que investiga a venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ambos são donos do grupo econômico Fource. Como mostrou o Metrópoles, os dois aparecem em mensagens do celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, em Cuiabá (MT).

A Bariloche Participações S.A tem aportes de capital de um outro fundo, também chamado Bariloche, que por sua vez tem capital do fundo Viena, da gestora Genial — uma das principais do país, mencionada nas investigações da Carbono Oculto. O Viena reúne as características de um chamado “fundo caixa-preta”.

Esse tipo de fundo é usado com frequência para ocultar patrimônio, como mostra uma série de reportagens do Metrópoles. O uso de várias pessoas jurídicas relacionadas entre si é uma das características desse tipo de fundo.

Tanto o fundo Bariloche FIP quanto o Viena aparecem nos registros da Comissão de Valores Mobiliários com abstenção de opinião de auditoria, o que mostra que eles sequer puderam ser auditados porque não entregaram documentos a auditores independentes. Essa é mais uma característica de um “fundo caixa preta”.

Além do Cessna 560 XL, as outras aeronaves seriam um Cessna 525A; um Raytheon R390; e um Gulfstream G200, avaliado em US$ 18 milhões – quase R$ 100 milhões.

Desse conjunto, o maior é o Cessna 560XL, com 12 assentos, dos quais 10 são para passageiros. A aeronave é considerada um jato de tamanho médio, com valor estimado entre US$ 2,4 e US$ 3,6 milhões, e tem autonomia de até 3,9 mil quilômetros.

Nos registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), uma dessas aeronaves, o Raytheon, tem como um dos donos um dirigente partidário do Republicanos no Estado do Ceará.

A Carbono Oculto foi deflagrada em agosto deste ano pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), em parceria com a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal. A operação mirou cerca de mil postos de combustíveis, que movimentaram mais de R$ 50 bilhões entre os anos de 2020 e 2024.

Segundo os investigadores, o PCC tinha infiltrado todos os pontos da cadeia de combustíveis: desde a importação da matéria-prima até a distribuição nos postos. A investigação também apurou o uso de fundos de investimentos e fintechs para “lavar” o dinheiro — ou seja, dar uma aparência de legalidade aos recursos oriundos do crime.

O Metrópoles procurou Rueda, que negou qualquer associação com a Carbono Oculto. Segundo ele, seu nome “foi suscitado em um contexto absolutamente infundado”. E ainda ressaltou que “tomará todas as medidas cabíveis para proteger sua reputação”.

Fonte: metropoles


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Debate em comissão destaca necessidade de modernização do Código Civil

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A revisão do Código Civil entrou em nova fase com a discussão do PL 4/2025, projeto de lei que atualiza mais de 900 artigos e inclui 300 novos dispositivos no código — que está em vigor desde 2002. O projeto foi tema do debate que aconteceu nesta quinta-feira (9) no Senado — o primeiro da uma série de audiências. Um dos consensos da reunião foi que o direito precisa acompanhar as mudanças sociais, familiares e tecnológicas do século 21.

O encontro foi promovido pela Comissão Temporária para examinar o Novo Código Civil.

Apresentado pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o PL 4/2025 teve origem no trabalho feito pelo grupo de juristas coordenado pelo vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Luis Felipe Salomão. Atualmente, o projeto está sob a relatoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

Modernização

Durante o debate, o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco lembrou que Luis Felipe Salomão foi o primeiro a tratar com ele da necessidade de atualização do Código Civil diante das transformações sociais e tecnológicas das últimas décadas. 

Pacheco destacou que a proposta busca modernizar esse código sem romper com seus fundamentos. Ele acrescentou que o Parlamento tem o papel de aperfeiçoar o texto, “com respeito ao trabalho da comissão de juristas, mas com os olhos voltados às novas realidades da sociedade”. 

Para Salomão, o Brasil deve seguir a tendência internacional de revisão dos códigos civis. 

— As transformações da sociedade, os novos arranjos familiares, as inovações na engenharia genética e a comunicação em tempo real impõem a necessidade de atualizar as regras que regem as relações civis — afirmou o ministro do STJ.

Para a professora de direito Rosa Maria de Andrade Nery, o Código Civil permanece como a base da vida jurídica e social brasileira. Ela fez parte do grupo de juristas responsável pelo texto que deu origem ao projeto apresentado por Pacheco.

— O Código Civil é a estrutura do ser, do ter e do fazer acontecer. Nada que diga respeito à pessoa, ao patrimônio ou à atividade humana pode prescindir dessa estrutura — observou Rosa. 

O professor de direito Flávio Tartuce, que também fez parte desse grupo de juristas, destacou que a proposta representa uma reforma estrutural, e não a criação de um novo código.

— Mantivemos os princípios da socialidade, eticidade e operabilidade. Não se trata de refazer o Código Civil, mas de atualizá-lo para refletir a sociedade atual e garantir segurança jurídica — argumentou ele.

Rosa Maria de Andrade Nery e Flávio Tartuce foram relatores do anteprojeto apresentado pelo grupo de juristas.

Direito digital

Uma das inovações mais importantes previstas no projeto é a criação de um livro (uma grande divisão dentro de uma lei) sobre direito digital. Segundo o ministro Marco Aurélio Bellizze, também do STJ, isso será uma iniciativa inédita no mundo. 

— O Código Civil é o coração do direito privado brasileiro. Princípios do Marco Civil da Internet e da Lei Geral de Proteção de Dados passam [com o projeto de Rodrigo Pacheco] a integrar o Código Civil. Esse movimento reconhece que hoje as relações humanas também se constroem no ambiente virtual — explicou Bellizze. 

O texto prevê a regulamentação do testamento eletrônico, de documentos digitais e provas digitais. Também prevê o reconhecimento de identidades virtuais e avatares como manifestações da individualidade humana. Esses dispositivos, defendem os integrantes da comissão, reforçam a segurança jurídica nas relações digitais.

Construção coletiva

Responsável pelo parecer a ser dado sobre o projeto, o senador Veneziano Vital do Rêgo disse que a reforma do código representa um passo essencial para manter o direito “vivo e dinâmico”. 

— Cabe ao Parlamento enfrentar os caminhos que se impõem para garantir que o direito acompanhe as realidades atuais, que já não são as de outrora — declarou ele. 

Para Rodrigo Pacheco, o momento marca o início de um debate que deverá se estender por todo o Parlamento e ter ampla participação da sociedade. 

— O novo Código Civil será fruto de diálogo e construção coletiva. É dever do Legislativo garantir que nossa legislação acompanhe a evolução da vida em sociedade — sentenciou.

Fonte: Agência Senado



Câmara terá semana de votação de projetos sobre educação, diz Hugo Motta

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Propostas serão votadas em Plenário durante a semana das crianças e dos professores

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou em rede social uma lista de 16 projetos na área educacional para análise do Plenário a partir da terça-feira (14), por ocasião da semana das crianças e dos professores. "Incluí na pauta 16 projetos voltados para a educação", disse.

Confira a lista das propostas a serem analisadas:


  • PL 3824/23, do Senado, que estabelece a Política Nacional de Indução à Docência na Educação Básica;
  • PL 1556/19, do ex-deputado Edilázio Júnior (MA), que inclui os professores da educação básica no direito à meia-entrada em espetáculos artístico-culturais e esportivos;
  • PL 743/23, do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), que permite aos professores o uso de veículos destinados ao transporte escolar;
  • PL 672/25, do deputado Rafael Brito (MDB-AL), que assegura o direito ao piso salarial nacional para professores temporários;
  • PL 5669/2023, da deputada Luisa Canziani (PSD-PR), que institui a Política de Prevenção e Combate à Violência em Escolas (Prever);
  • PL 3096/24, do Senado, que inclui instituições federais de educação profissional, científica e tecnológica no Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar;
  • PL 1924/25, da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), que institui a Estratégia de Desenvolvimento Infantil;
  • PL 625/25, da deputada Professora Luciene Cavalcante (Psol-SP), que cria o Selo Compromisso com a Primeiríssima Infância;
  • PL 4937/24, do Senado, que transforma em lei o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, lançado em 2023;
  • PL 1971/25, do deputado Marcos Tavares (PDT-RJ), que institui a Política Nacional de Proteção à Primeira Infância no Ambiente Digital;
  • PL 3287/24, da deputada Rogéria Santos (Republicanos-BA), que prevê o uso de sistema com base em algoritmo para combate a crimes contra crianças e adolescentes em ambientes virtuais;
  • PL 3444/23, da deputada Lídice da Mata (PSB-BA), que regulamenta a atividade de influenciador digital;
  • PL 2122/25, da deputada Marussa Boldrin (MDB-GO), que prevê ações para melhorar a qualidade das relações interpessoais, o uso consciente das tecnologias digitais e o combate à violência nas escolas.
  • PL 6234/23, do Executivo, que estabelece medidas para agilizar a investigação de crimes contra a vida de crianças e adolescentes;
  • PL 2225/24, da deputada Laura Carneiro, que garante o acesso prioritário de crianças e adolescentes ao direito ao brincar livre em contato com a natureza;
  • PL 2076/22, do Senado, que institui o Dia Nacional da Proteção de Dados.


Fonte: Agência Câmara de Notícias


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