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Mais de 60% da força de trabalho do País têm perfil na rede; plataforma já conta com soluções baseadas em IA e planeja expandir investimento na tecnologia.
O LinkedIn alcançou a marca de mais de 75 milhões de usuários brasileiros no Brasil – o terceiro maior mercado do LinkedIn nesse quesito, perdendo apenas para Estados Unidos e Índia, com um crescimento médio anual de cerca de 15%.
Os usuários estão geograficamente espalhados por todas as partes do País, e mais da metade se encontra fora do eixo Rio-São Paulo.
Entre os destaques, houve um aumento de 112% de trabalhadores da chamada “linha de frente”. A categoria, que conta com 47% de usuários da rede, engloba profissionais que atuam diretamente com o público, para além do ambiente tradicional corporativo.
Alguns exemplos são as 237 mil contas de enfermeiros, 140 mil mecânicos, 106 mil garçonetes e garçons, e 25 mil maquiadores. Há até mesmo mais de 500 palhaços profissionais presentes na plataforma.
Os usos do LinkedIn no Brasil
No que diz respeito às atividades no LinkedIn, 65% no Brasil o utilizam para se candidatar a vagas de emprego. Neste sentido, 27% têm a plataforma como ferramenta principal para essa busca. Entre os demais usos está a conexão com outros profissionais e atualização acerca de informações sobre o mercado de trabalho.
Os conteúdos informativos são grandes aliados para esse último objetivo e tem recebido o dobro de engajamento do que outros tipos de conteúdo. Os Top Voices, por exemplo, ferramenta dedicada a profissionais especialistas na rede, contam com nomes como o economista Ricardo Amorim e a atriz Taís Araújo.
Além disso, o LinkedIn anunciou a disponibilização de 75 cursos gratuitos, voltados para desenvolvimento de carreira, comunicação, negócios e ferramentas digitais na plataforma LinkedIn Learning até dezembro. O intuito é impulsionar a trajetória profissional dos usuários brasileiros.
Geração Z em destaque
Ao todo, mais da metade dos perfis são de millennials (51%). Mas, de acordo com a plataforma, a geração Z é o público que mais cresce. Atualmente, representam 40% dos perfis brasileiros, contra apenas 2,5% em 2010. O Brasil, inclusive, fica à frente dos Estados Unidos, que contam com 20% dos perfis da geração Z. A geração X corresponde a apenas 8,9% das contas.
Um levantamento da própria companhia mostra que 38% dos profissionais de hospitais e serviços de saúde são dessa faixa etária. Há, ainda, forte presença no varejo (37%) e atendimento ao consumidor (36%).
Em entrevista ao Meio & Mensagem, Josh Graff, managing director para as regiões EMEA e LATAM e vice-presidente do Enterprise Solutions Group do LinkedIn, afirmou que a geração Z busca, primeiramente, encontrar empregos na rede social. Mas, em segundo lugar, encaram a plataforma como um local para fazer perguntas, seguir líderes e aprimorar suas habilidades em um momento de inserção no mercado de trabalho.
“Não acredito que a geração Z se comporte de maneira materialmente diferente de outros grupos no ambiente de trabalho. O que talvez tenha mudado é que, se voltarmos à década de 1970, por exemplo, as pessoas, em média, trabalhavam para duas a três empresas durante a vida. Se olharmos para as gerações atuais, muitas vezes as pessoas trabalharão para cinco ou seis empresas antes dos 30 anos. Há um reconhecimento de que o seu percurso profissional já seja linear, e as pessoas estão dispostas a assumir riscos maiores. Eles estão dispostos a mudar de setor, indústria, mudar tipos de funções para realmente ampliar experiências, e há o reconhecimento de que não se trata apenas de experiência educacional, mas sim das habilidades as quais possuem”, declarou sobre o grupo.
Investimento em IA
O LinkedIn quer apostar em inteligência artificial em seus investimentos no próximo ano. Atualmente, o Brasil já conta com soluções como artigos colaborativos, sugestões de mensagens de perfil e de mensagens diretas, e outras novidades deverão ser anunciadas nos próximos meses.
É importante ressaltar que o LinkedIn é uma companhia da Microsoft, que tem investimentos e trabalha junto à OpenAI na corrida pela IA.
Em todo o mundo, 70% das sugestões geradas por IA foram aproveitadas pelos usuários. No geral, grande parte (90%) dos profissionais declararam que a tecnologia facilitou a busca por empregos. Do lado dos recrutadores, 74% registraram uma economia de tempo em suas atividades.
“De muitas maneiras, a IA generativa fará com que os profissionais de marketing voltem aos alicerces do seu trabalho, que é demonstrar empatia pelo cliente e desenvolver uma promessa de marca muito clara. É interessante como a tecnologia, em muitos casos, nos ajuda ou nos encoraja, talvez às vezes nos força a voltar aos princípios e fundamentos de qualquer trabalho”, explicou Graff ao M&M sobre o uso da IA no marketing, especificamente.
Fonte: meioemensagem