sábado, 21 de agosto de 2021

ELEIÇÕES 2022: a iminência de cassação da chapa Dino/Brandão de 2018 pelo TSE, o retrocesso Josimar e a ambição desmedida de Weverton Rocha

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Entenda a iminência de cassação de chapa Dino/Brandão 2018 pelo TSE

Caso TSE mantenha livramento dado pelo TRE do Maranhão, secretário de Educação será vice de Carlos Brandão. Weverton Rocha (PDT) será carta fora do baralho.

Na iminência de cassação de seu mandato e do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) por supostos abusos de poder nas eleições de 2018, caso o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirme que houve abuso de poder, Dino vai apoiar Felipe Camarão (PT), atual secretário de Estado da Educação, para o comando do Palácio dos Leões no pleito do ano que vem.

Parecer do TRE

Resumo da acusação: Candidato à reeleição, Flávio Dino teria lançado mão de vultuosas transferências voluntárias do Fundo Estadual de Saúde para os fundos de saúde de 75 municípios, às vésperas do período vedado. E, com auxílio do vice-governador Carlos Brandão, utilizou o programa Mais Asfalto com viés eleitoreiro, caracterizando suposto abuso de poder político.

Com parecer pela "improcedência da ação", a Procuradoria Regional Eleitoral teceu comentário sobre a tentativa de contrariar o desejo do eleitor expresso nas urnas.


“Vale mencionar que a robustez probatória exigida para a incidência das graves sanções previstas para os ilícitos em comento não se confunde com o mero volume elevado de alegações e elementos de prova superficiais sobre fatos esparsos, sem conexão firme e objetiva com cada uma das teses que se pretende provar”, ressaltou.


Em vista disso, se o livramento dado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) for mantido pelos ministros em Brasília (DF), e o caso arquivado, a ideia é seguir com o plano inicial: Camarão (PT) vice de Brandão (PSDB) e Dino (PSB) ao Senado.

Com a estratégia, Weverton Rocha, investigado por suposto envolvimento em diversos casos relacionados a desvio de recursos públicos e enriquecimento ilícito, fica fora do Palácio dos Leões.


O retrocesso Josimar

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Candidato sem nenhuma qualificação para dar continuidade ao legado de Flávio Dino, em ato de pré-candidatura do deputado Josimar Maranhãozinho (PL) ao Palácio dos Leões nas eleições de 2022 deve contar com a presença de cerca de dez gestores municipais que estiveram presentes nos encontros realizados pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e pelo senador Weverton Rocha (PDT), também postulantes ao Governo do Estado.

Marcado inicialmente para o final de agosto, o evento foi reagendado para o próximo dia 3 de setembro.

Gestores ainda não filiados ao PL, comandado por Josimar no Maranhão, devem entrar na legenda no ato político. Com as novas filiações, o partido se consolidará como uma das maiores forças do obscurantismo político no estado, com mais de 50 prefeitos.

O grupo está presente hoje em 41 cidades com prefeitos do PL e no próximo mês terão mais 11 prefeitos filiados, tornando-se o maior partido do estado. O PL contará com 58 candidatos a prefeitos que ficaram em segundo lugar em suas cidades.

O passado obscuro de Josimar e seus problemas com a justiça:


A ambição desmedida de Weverton Rocha


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A baixa participação de lideranças políticas no evento oficial de lançamento de pré-candidatura ao Palácio dos Leões, realizado em Imperatriz no último sábado (14), acendeu o alerta para o futuro político de Weverton Rocha (PDT) após 2022.

Dos quase 100 prefeitos esperados, apenas pouco mais de 30 apareceram no ato, que para evitar maior esvaziamento precisou ser ocupado por militantes levados por aliados em caravanas para fazer algum volume e simular apelo popular pela entrada do pedetista na eleição do ano que vem.

Desde que começou a perder líderes partidários, gestores municipais e até correligionários no PDT para Carlos Brandão (PSDB), sucessor e candidato do governador Flávio Dino ao pleito, Weverton passou a correr o risco de não apenas ser derrotado nas urnas no próximo ano, mas também perder forças para 2026, quando estará em jogo a própria cadeira no Senado.

Como esticou demais a corda dada por Dino, e já até declarou que não precisa de apoio do governador maranhense para ser eleito, o esperado é que Weverton Rocha não receba mais suporte do grupo que o elegeu na corrida passada, mesma traição atribuída ao senador Roberto Rocha (PSDB), eleito senador com Dino nas eleições de 2014.

Das duas vagas que serão abertas ao Maranhão em 2026, a tendência é de que uma seja ocupada por Carlos Brandão caso o tucano seja reeleito em 2022 para comandar o Palácio dos Leões e a outra por alguém realmente aliado, condição que Weverton, perdeu desde que traiu Flávio Dino nas eleições municipais em São Luís, no ano passado.

O temor é que Weverton acabe perdendo o privilégio de permanecer aliado com algum valor ao Poder Executivo estadual, tendo em vista a sua evidente, ambição desmedida!

“Apesar de nosso crescimento com vitórias em prefeituras do interior maranhense, a baixa foi grande em São Luís. A militância do PDT não existe sem cargos. Dino ainda nos mantém no governo, mas Brandão não terá obrigação alguma”, disse um dos principais aliados do senador no partido.

Atualmente, o PDT comanda a SEDES (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social) e o DETRAN (Departamento de Trânsito) do Maranhão.


Os problemas de Weverton com a justiça:

  • Ação penal por crimes licitatórios e de peculato

A ação penal em que é acusado de praticar crimes licitatórios e de peculato, em inquérito instaurado para apurar ilegalidades na contratação e celebração de termo aditivo para reforma e ampliação do Ginásio Costa Rodrigues, em São Luís.

A informação consta na 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão, em que a magistrada responsável, juíza Patrícia Marques Barbosa, rejeitou filigranas processuais e teorias benevolentes, como a do fruto da árvore envenenada, e manteve o pedetista réu por prejuízo aos cofres públicos que ultrapassa R$ 5,38 milhões.

O promotor Marcos Valentim Pinheiro Paixão, que atua no caso pelo Ministério Público, declarou que: “a ação está instruída com documentos e justificativas que contêm provas suficientes da conduta imputada” a Weverton Rocha na denúncia. Marcos Valentim é ex-integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas, o Gaeco.

A denúncia contra Weverton Rocha foi aceita pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) em 2017, quando ele ainda era deputado federal. Dois anos depois, porém, em razão da perda do foro especial por prerrogativa de função, a Corte declinou da competência para julgar o caso, e determinou a remessa para o juízo de primeira instância, pois os fatos delituosos correspondem ao período em que o pedetista era secretário de Esporte e Juventude do governo Jackson Lago (já falecido).

O processo tem 9 volumes e 11 apensos. Weverton nega as acusações, e se diz perseguido politicamente.

  • Ação por enriquecimento ilícito

O Ministério Público Federal reiterou na quarta-feira (12/05/21) pedido pela condenação do senador Weverton Rocha (PDT) na ação de improbidade sobre suposto enriquecimento ilegal no recebimento de benesse do empresário Adair Antônio de Freitas Meira, de Goiânia (GO), que comandava uma rede de entidades que mantinha R$ 17,3 milhões em convênios firmados com o Ministério do Trabalho e Emprego, ainda no primeiro mandato do governo Dilma.

A Procuradoria da República da 6ª Vara da Seção Judiciário do Distrito Federal quer que Weverton seja condenado, dentre outras coisas, à perda da função pública, suspensão temporária dos direitos políticos e ressarcimento do dano.

A ação ajuizada pela Procuradoria da República já dura quase dez anos. O caso chegou às alegações finais em fevereiro deste ano.


Fonte: Política Local / Via Atual7