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O cronograma da agenda BC foi mantido mesmo com pandemia do coronavírus
Nesta semana, o Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciaram a regulamentação da duplicata eletrônica e do modelo open banking, plataforma em que o consumidor pode compartilhar seus dados financeiros com outras instituições para ter melhores condições de créditos.
O open banking é um dos pilares da Agenda BC, cujo cronograma foi mantido, mesmo com a pandemia do coronavírus. O diretor da Regulação do BC, Otávio Damaso, explicou que a medida visa empoderar o consumidor de produtos financeiros e cabe a ele decidir se vai ou não compartilhar seus dados com agentes do ecossistema.
O novo sistema pode ajudar a reduzir a diferença entre a taxa de captação de recursos e a taxa cobrada em financiamentos. Sua implementação será realizada em quatro etapas de modo que o processo deve estar pronto a partir de outubro do ano que vem.
As quatro etapas
A primeira etapa deve entrar em vigor em 30 de novembro, quando os bancos terão que fornecer informações de seus produtos e serviços, além de canais de atendimento.
A partir de maio de 2021, será feito o compartilhamento de informações de cadastro de cliente, de representantes e também, de dados de transações dos consumidores.
Em agosto, os bancos começarão a compartilhar serviços de pagamentos. Por fim, em outubro, termina a implementação, com a expansão do escopo de dados para operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência complementar aberta.
Duplicata eletrônica
Além disso, o BC regulamentou a emissão de duplicata eletrônica. Será obrigatório o registro em um sistema eletrônico regulado e fiscalizado pelo BC. A duplicata passa a ser um ativo financeiro, que pode ser usada como garantia de empréstimo por instituições financeiras.
Em nota, o BC afirmou que as duplicatas eletrônicas terão mais facilidade de compartilhar as informações sobre esses recebíveis com diversos financiadores, favorecendo a competição e a redução do spread.
Fonte: saoluisdofuturo