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“Enquanto milhares de pessoas morrem, o presidente se ocupa com a agenda da intriga política, da pregação antidemocrática, da participação em atos que pedem um novo AI-5. O que nós precisamos é que o governo federal recobre o mínimo de juízo. Felizmente, a Câmara e o Senado estão fazendo um movimento diferente, respeitando a constituição e ajudando efetivamente o Brasil ao aprovar matérias para um combate eficaz da pandemia”, disse.
Márcio Jerry lembrou que são as votações do Parlamento que estão criando condições para o país enfrentar a pandemia, como a aprovação do auxílio emergencial de R$ 600, onde o governo Bolsonaro tinha proposto inicialmente apenas R$ 200, e o suporte financeiro a estados e municípios, para que os entes mantenham o mesmo nível de arrecadação registrado em 2019, sem a imposição de contrapartidas, como era o desejo inicial do presidente e sua equipe.
“Jair Bolsonaro, desde o primeiro momento, é negligente e irresponsável com a situação do coronavírus. Foi ele que disse que tudo não passa de uma “gripezinha”, essa doença que nas últimas 24 horas infelizmente vitimou 407 irmãos brasileiros”, completou.
Bolsonaro quer a PF para proteger miliciano
Jerry, usou sua página noTwitter na mesma manhã de sexta-feira (24) para criticar a postura do presidente Jair Bolsonaro em relação a Polícia Federal, surpreendida com o ato de exoneração do diretor geral da instituição, Maurício Valeixo.
Segundo o parlamentar maranhense, Jair Bolsonaro quer a Polícia Federal para proteger seus filhos e não para continuar sendo uma instituição do estado brasileiro. “É inaceitável querer transformar a PF em aparato para proteger miliciano”.
As mensagens do deputado do PCdoB foram postadas após a confirmação da exoneração de Valeixo e antes do ministro Sérgio Moro comunicar seu pedido de demissão por não concordar com a exoneração de Valeixo e pouco antes dele convocar coletiva para anunciar sua saída do Ministério.
"Saída de Moro não o absolve em nada"
Logo após o anúncio de sua saída da pasta, Márcio Jerry recordou o jogo político em que Moro esteve envolvido.
“O ex-juiz parcial e adepto de ilegalidades, Sérgio Moro participou de uma armação gigantesca para eleger Jair Bolsonaro. A saída hoje não o absolve de nada, ele é parte do esquema criminoso que conduziu o Brasil a esse pesadelo chamado Bolsonaro”, apontou o parlamentar maranhense, referindo-se à parcialidade de Moro durante a condução do processo que culminou na prisão do ex-presidente Lula.
Crimes – Conforme o deputado do PCdoB, alçado ao cargo de “herói” em virtude do combate à corrupção durante a Operação Lava Jato, Moro deixou o ministério nesta sexta após acusar Bolsonaro de interferir nos trabalhos da Polícia Federal e cometer uma série de ações que sugerem crime de responsabilidade.
Lamentando a realização da coletiva um dia após o Brasil registrar o recorde de 407 novos óbitos pelo coronavírus em 24 horas, Moro também fez referência, por três vezes, à autonomia garantida às organizações de controle durante o Governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT). “A despeito dos problemas nos governos anteriores, nunca houve interferência política. Isso é ilustrativo da importância de garantir o estado de direito, a autonomia das instituições”.
Vaza Jato – Conforme Márcio Jerry, Moro também protagonizou um dos maiores escândalos da política brasileira, quando diálogos ilegais entre ele e o procurador Deltan Dallagnol vieram à tona pela imprensa. No episódio que ficou conhecido como Vaza Jato, inúmeros áudios e mensagens comprovaram que a dupla tentou favorecer um grupo político em detrimento de outro, prejudicando partidos de esquerda na corrida eleitoral de 2018.
Fonte: Notícia dos Blogs