quinta-feira, 30 de abril de 2020

Justiça decreta lockdown de 10 dias na Região Metropolitana de São Luís e em reunião com Ministro da Saúde, Flávio Dino solicita cooperação

Imagem: Reprodução
A decisão é do juiz Douglas de Melo Martins da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca da Ilha de São Luís

Nesta quinta-feira (30), o juiz Douglas de Melo Martins da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca da Ilha de São Luís decretou o ‘lockdown‘ (bloqueio total) em quatro municípios da Região Metropolitana de São Luís, pelo prazo de dez dias, a partir do dia 05 de maio, em virtude do aumento do número de casos de covid-19 e o colapso do sistema de saúde na rede pública e particular nas regiões.

A solicitação do lockdown foi feita pelo Ministério Público do Maranhão nesta quinta. Com isso, os municípios de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa terão todas as atividades não essenciais à manutenção da vida e da saúde suspensas, com exceção de serviços de alimentação, farmácias, portos e indústrias que trabalham 24 horas.

Também ficará suspensa a circulação de veículos particulares, sendo autorizados somente a saída para compra de alimentos ou medicamentos, para transporte de pessoas e atendimento de saúde, serviços de segurança ou considerados essenciais pelo decreto estadual.

A decisão também limita a circulação de pessoas em espaços públicos ou abertos ao público, a regulamentação do funcionamento de bancos e lotéricas que devem ser abertas somente para o pagamento do auxílio emergencial, salários e benefícios sem lotação máxima nesses ambientes, com organização de filas. Veja Decisão.

LOCKDOWN


O termo ‘lockdown’ significa confinamento, que consiste em fechar praticamente tudo, com exceção das farmácias, supermercados e hospitais. Caso o sistema de saúde já não consiga atender toda demanda de pacientes diagnosticados, essa é a alternativa do governo para tentar conter a evolução da pandemia. É uma especie de toque de recolher.


Em reunião com Ministro da Saúde, Flávio Dino solicita maior cooperação da rede hospitalar federal



Foto: Reprodução
O governador Flávio Dino participou, no final da tarde de quarta-feira (29), de videoconferência com o Ministro da Saúde, Nelson Teich, e os demais governadores do Nordeste para tratar sobre a pandemia de Covid-19 na região.

Na reunião, o governador reforçou a necessidade de ampliação de leitos por parte da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). No Maranhão, a empresa administra o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. “O HU da UFMA tem grande importância em nosso estado, é um complexo hospitalar que pode ajudar muito e tem ajudado muito pouco nas últimas semanas. Nós já temos 2.800 casos no Maranhão. Pedimos que a EBSERH providencie o pleno funcionamento ou disponibilize a estrutura para o Governo do Estado para utilizarmos e montarmos leitos”, solicitou o governador.

Flávio Dino também chamou a atenção para o problema do pagamento do Auxílio Emergencial, que tem formado longas filas nas portas das agências da Caixa Econômica Federal, facilitando o contágio da população pelo vírus. “A fila da Caixa virou problema sanitário gravíssimo. Lembro que a CAIXA é órgão do Governo Federal e objeto de fiscalização mediante Banco Central. Temos feito fiscalização no âmbito estadual, por meio do Procon e da nossa Vigilância Sanitária, e temos imposto sucessivas multas. Os bancos têm sido autênticos polos de irradiação do coronavírus em praticamente todas as cidades brasileiras”, argumentou o governador.

O governador Flávio Dino pediu, ainda, que o Ministério da Saúde complemente os 20 leitos de UTI que o Estado recebeu essa semana. Na entrega, faltaram os respiradores. “Tivemos compromisso do Ministério para recebimento de 20 leitos de UTI. Nós recebemos a maior parte dos equipamentos, menos os respiradores relativos aos 20 kits recebidos. Solicitamos que dos 20 kits já entregues sejam completados com entrega dos respiradores”, requisitou.

Fonte: oimparcial / ma.gov