sábado, 12 de outubro de 2019

São Luís, Under the Dome, sob a redoma

O que será que está havendo com a nossa capital, por que somente São Luís ao contrário de nossa vizinha Fortaleza, não está usufruindo do gás natural e das outras redes de supermercados como EXTRA, CARREFOUR e tantas outras, por que somente Fortaleza e sua população usufrui?

Já não está na hora de alguém explicar ao povo maranhense porque nós ficamos a mercê do monopólio dos donos de postos de gasolina que não deixam o gás natural ser comercializado no Maranhão ou, o porquê, de repente, estarmos servidos por praticamente uma única rede de atacado e varejo que cresceu e engoliu toda a concorrência nos últimos anos e recebe tantos benefícios fiscais do nosso benevolente estado?

Não sei quanto a vocês, mas em conversa com um amigo cearense tive que concordar, quando disse que: "São Luís é uma ilha que parece ter sido colocada numa redoma, onde a concorrência não entra, só sai".



Nos últimos anos assistimos passivos uma grande rede atacadista e varejista local praticamente engolir a concorrência e comprar o que restou dela no Maranhão e ainda receber incentivos fiscais pra lá de vantajosos em leis, inclusive, que beneficiam o seu “status quo”, ou em tradução do latim para o português, beneficiam o seu "atual estado" ou estado de como as coisas estão.

Será que é uma boa condição para os maranhenses não haver concorrência na rede de supermercados varejista e atacadista? Será que não merecemos usufruir da nossa abundante reserva de gás natural ou apenas deixarmos o estado conceder a exploração para exportar?

O deputado estadual Fábio Macedo vem travando uma acirrada batalha contra o monopólio dos postos de combustíveis locais para a implantação e distribuição do gás natural em postos de São Luís, sem grandes avanços.

Para se ter ideia, somente com um cilindro médio de gás natural carregado com R$ 50,00 desse combustível em um carro convertido médio, o mesmo chega a rodar cerca de 180 KM, isso equivale a R$ 2,77 a cada 10 KM rodados, contra R$ 4,09 a 4,39 com o litro de gasolina, isso corresponde a uma economia de cerca de 30 a 40% com a utilização do gás natural em automóveis comercias e de passeio. 

Imaginem quantos empregos não seriam criados e quantos seriam beneficiados com essa economia, isso sem falar no quanto faria crescer os ganhos de motoristas que trabalham com seus veículos. Mencionemos ainda as oficinas de conversão de veículos para esse tipo de combustível que movimentariam exponencialmente a economia local, tendo em vista o tamanho da frota de veículos somente em São Luís. E os empregos gerados por outras grandes redes supermercadistas?



Já está na hora de alguém começar a responder essas questões que assolam a concorrência da nossa isolada capital, dominada por monopólios e políticas que praticamente inibem e destroem a livre iniciativa e saudável competição de preços entre variadas redes de supermercados e, uma outra alternativa de combustível, tão abundante em nosso estado.

E nem sequer mencionei a recente retrucada da cervejaria Heineken, ás condições desleais de impostos, impostas, á sua instalação no Maranhão, mas isso é assunto para uma outra postagem. Por enquanto fiquemos com as que a Bahia nos oferece!

Por Daniel Braz