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Foto: Reprodução |
O governador do Maranhão chegou a ser lembrado da cobrança feita por alguns segmentos de esquerda para que passe a adotar no Maranhão o mesmo discurso usado em nível nacional no que diz respeito a Segurança Pública, tendo como mais recente exemplo o tratamento dispensado a moradores da comunidade Cajueiro, mas limitou-se a comentar apenas os atos da polícia na reintegração de posse para a WPorto, que vai construir no local o Porto Luís, e que seria apenas um cumprimento de ordem judicial, não fazendo qualquer menção ao uso da força bruta da Polícia Militar em frente ao Palácio dos Leões, onde moradores da comunidade estavam acampados a espera de uma audiência com Sua Excelência.
A justificativa para o uso de bombas de efeito moral, como gás lacrimogêneo e de pimenta, seria o risco que corria o patrimônio público, no caso a sede do governo, “que é dever do estado proteger”, ou seja, os manifestantes poderiam invadir e depredar o palácio.
Ainda sobre o episódio do Rio, o governador disse que “todo governante que emite mensagens de uso de armas de modo ilimitado faz com que forças policiais se sintam autorizadas a agir de qualquer modo”, mas esqueceu de dizer que, mesmo não adotando publicamente esse discurso, policiais militares mataram a estudante Karina Brito Ferreira, na cidade de Balsas, quando ela e uma irmã retornavam de um velório e foram confundidas com bandidos que haviam praticado um assalto horas antes. Sobre este caso, ele nunca se manifestou nem para pedir desculpas aos familiares da vítima.
Política – Flávio Dino mais uma vez agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro por tê-lo colocado no debate nacional ao classificá-lo como o pior “dos governadores de Paraíba”, mas descartou que esteja em pré-campanha para a Presidência da República, até porque isto seria uma incoerência, já que prega a unidade das esquerdas e não seria coerente ser o primeiro a criar uma divisão antecipando sua candidatura.
Ele ainda defende o “Lula Livre”, mas diz que a esquerda deve se aliar às vozes do centro para as quais a pauta está longe de ser prioritária. Por isto mesmo, disse, procurou seu adversário histórico, o ex-presidente José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Nelson Jobim e outros para conversar.
Flávio Dino, que em 2014 apoiou a candidatura de Aécio Neves a presidente, mesmo tendo sido presidente da Embratur na gestão de Dilma Rousseff (PT), que tentava a reeleição, disse que “se o PT e o PSDB tivessem feito uma aliança, como eu disse há cinco anos aqui neste mesmo programa, o Brasil estaria em uma situação muito melhor hoje”.
Sobra a possibilidade de o PT vir abrir mão de indicar novamente um candidato a sucessor de Bolsonaro, disse que “não podemos impor, de saída, que o PT abra mão de lançar seus quadros em várias eleições. Por outro lado, é claro, nós temos que buscar que haja uma pluralização dos porta-vozes do campo nacional-popular”.
O governador voltou a defender a tese de que Ciro Gomes seria a melhor alternativa para 2018 e espera contar com seu apoio para unir as esquerdas em 2022. Sobre o fato do pedetista ter se recusado apoiar Fernando Haddad no segundo turno da disputa com Jair Bolsonaro, acha que foi um erro, pois poderia ter superado todas as divergências em nome de uma causa maior.
Fonte: Notícia dos Blogs