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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Diabetes: prevenção, alimentação e atividade física são os aliados fundamentais para manter a qualidade de vida

Imagem: reprodução

Diabetes: prevenção, alimentação e atividade física são os aliados fundamentais para manter a qualidade de vida.

Os dados da 9ª edição do Atlas de Diabetes da International Diabetes Federation (IDF) mostram que existem 463 milhões de adultos com diabetes em todo o mundo. Globalmente, a prevalência do diabetes atingiu 9,3%, com mais da metade (50,1%) dos adultos não diagnosticados, sendo o diabetes tipo 2 responsável por cerca de 90% dos casos.

Novas pesquisas indicam que o número de indivíduos que vivem com diabetes deve aumentar de 366 milhões em 2011 para 578 milhões até 2030 e 700 milhões em 2045, se nenhuma ação urgente for tomada. Isso equivale a aproximadamente três novos casos a cada dez segundos ou quase dez milhões por ano. Outros números também mostram que 80% das pessoas com diabetes vivem em países de baixa e média renda. 78.000 crianças desenvolvem diabetes tipo 1 todos os anos. E o maior número de pessoas com diabetes têm entre 40 e 59 anos de idade

O diabetes é uma doença em que os níveis de glicose no sangue estão acima do normal, podendo causar sérias complicações de saúde, incluindo doenças cardíacas, cegueira, insuficiência renal e amputações de membros inferiores. O diabetes é a sétima causa de morte nos Estados Unidos.


“Dadas essas estatísticas, é altamente provável que profissionais de exercícios em uma ampla variedade de ambientes interajam com clientes com diabetes. A atividade física é uma intervenção comprovada que faz uma diferença impressionante para a saúde dos clientes que têm a doença e pode ajudar a preveni-los para aqueles que não têm. Compreender como o diabetes afeta a saúde física e mental de um indivíduo pode ser a chave para projetar e implementar um programa de exercícios aquáticos bem-sucedido para esses clientes. Exercícios físicos ajudam a diminuir a resistência à insulina e baixar o nível de glicose”, pontua Eduardo Netto, Diretor Técnico da Bodytech e autor do livro Atividade Física para Diabéticos.

 

No momento, o diabetes tipo 1 não pode ser evitado. Os gatilhos ambientais que se acredita gerar o processo que resulta na destruição das células produtoras de insulina do corpo ainda estão sob investigação. Mas, felizmente, há muitas evidências de que mudanças no estilo de vida (alcançar um peso corporal saudável e atividade física moderada) podem ajudar a prevenir o desenvolvimento de diabetes tipo 2. Até 85% das complicações e morbidades entre os indivíduos com diabetes tipo 2 podem ser evitadas, retardadas ou tratadas com eficácia e minimizadas com visitas regulares a um profissional de saúde, monitoramento e medicação adequados e uma dieta e estilo de vida saudáveis. A identificação precoce de complicações potenciais pode fornecer oportunidades para intervenção, educação e encaminhamento para um especialista quando necessário.


“A obesidade, especialmente a abdominal, está ligada ao desenvolvimento de diabetes tipo 2. A perda de peso melhora a resistência à insulina e reduz a hipertensão. Pessoas com sobrepeso ou obesas devem, portanto, ser incentivadas a atingir e manter um peso corporal saudável. O Programa de Prevenção de Diabetes descobriu que a perda de peso e o aumento da atividade física reduziram o desenvolvimento de diabetes tipo 2 em 58% durante um período de estudo de três anos. Entre os indivíduos mais velhos (aqueles com 60 anos ou mais), a redução foi de 71 por cento. E mais importante, indivíduos com sobrepeso que perdem até cinco a sete por cento de seu peso corporal por meio de exercícios e alimentação saudável podem efetivamente prevenir ou retardar o aparecimento do diabetes tipo 2 indefinidamente”, destaca Netto.

 

Falando sobre complicações e efeitos, é importante saber que os problemas associados ao diabetes são comuns e podem ser graves. Os efeitos colaterais e comorbidades da doença podem incluir doenças cardíacas, derrame cerebral, hipertensão, cegueira e problemas oculares, doenças renais, complicações do sistema nervoso, amputações, doenças dentárias, complicações na gravidez e problemas de saúde mental (como depressão).

O aumento da atividade física é importante para manter a perda de peso e está relacionado à redução da pressão arterial, redução da frequência cardíaca em repouso, aumento da sensibilidade à insulina, melhora da composição corporal e bem-estar psicológico, tornando-se um dos principais pilares na prevenção do diabetes.

O inimigo silencioso e muitas vezes mortal

O número atual de pessoas com diabetes no Brasil é de 12.054.827, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Os dados são resultado da atualização do Censo de Diabetes. O mais alarmante é que metade dessa população não sabe que está doente. O Brasil é o décimo país com prevalência da doença e será, nos próximos anos, o terceiro em números de casos. O diabetes é uma patologia que pode ser prevenida, o primeiro passo é procurar ajuda, mudar os hábitos alimentares, praticar exercícios físicos diariamente e utilizar os medicamentos corretamente para cada caso para controlar a quantidade de glicose no sangue, e desta maneira, ter qualidade de vida.

 

“O diabetes é uma doença multifatorial, e a evolução do quadro é determinante para os pacientes que têm predisposição genética. Isso explica por que existem pessoas com hábitos de vida muito ruins, obesos, sedentários e que vão viver 100 anos sem desenvolver diabetes. E nós temos a situação oposta, indivíduos magros, saudáveis, que mantêm uma rotina de exercícios diários, alimentação balanceada e tem a doença. O fator fundamental é a propagação da prevenção e incentivar a população a realizar exames para saber como está a saúde. Para mudar o cenário é preciso falar mais sobre o assunto. Pesquisas apontam que a mortalidade vascular de pré-diabetes é superior à da população em geral”, alerta Anna Gabriela Fuks, Mestre em Endocrinologista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

 

A doença é silenciosa e o descontrole pode causar infarto do miocárdio, retinopatia, acidente vascular cerebral, pé de diabéticos, nefropatia e neuropatia. “É importante não menosprezar os cuidados diários para evitar complicações graves, como amputações e problemas de visão. Nunca é tarde para dar início a um estilo de vida saudável e sem excessos”, orienta a endocrinologista.

 Planejamento alimentar

O primeiro passo é marcar uma consulta com um nutricionista para definir um cardápio balanceado e específico para cada caso.


“É importante cuidar da organização da rotina alimentar desde a primeira até a última refeição do dia e não pular as etapas. Para evitar quadros de hipoglicemia, é essencial incluir carboidratos complexos, fontes de fibras e proteínas no cardápio” destaca Daniela Lasman, nutricionista da Bodytech Iguatemi SP. 

 

A alimentação balanceada e saudável é composta por alimentos dos grupos dos energéticos, dos construtores e dos reguladores. A combinação e inclusão dos alimentos devem ser escolhidos com o auxílio de um nutricionista, respeitando as individualidades, as preferências, as aversões, a rotina e os exercícios físicos de cada paciente.


“O segredo é saber combinar quando e quanto comer cada um dos alimentos de acordo com a sua rotina. O conjunto de hábitos, que incluem além da boa hidratação ao longo do dia e a qualidade do sono, são peças-chaves para o controle da glicemia. Alimentos que tenham características de liberação rápida de glicose como: bebidas alcoólicas, açúcar e carboidratos refinados (farinha branca) devem ser consumidos com muita cautela. O tradicional prato dos brasileiros, o famoso arroz, feijão, proteína e salada, é um excelente exemplo de uma boa combinação e de uma refeição equilibrada”, orienta Lasman.

 

Fonte: fscomunicacaoestrategica


Prefeitura de São Luís recebe do TCE-MA nota máxima em transparência na gestão de gastos públicos

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O Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) atribuiu à Prefeitura de São Luís nota máxima quanto à transparência dos gastos públicos do Município. O Portal da Transparência da Prefeitura foi avaliado com índice “A”, sendo detentor da maior nota atribuída a municípios com mais de 23.000 habitantes.

“Esta avaliação máxima feita pelo TCE-MA comprova a seriedade com a qual administramos os recursos públicos do Município. Com muito trabalho e responsabilidade, mudamos para melhor a situação fiscal da nossa cidade. Esse resultado é fruto do nosso compromisso com as contas públicas e o contribuinte, permitindo que possamos investir nas áreas que mais precisam de atenção e cuidado”, disse o prefeito Eduardo Braide.

A análise do TCE-MA avaliou o Portal da Transparência da Prefeitura Municipal de São Luís nos últimos seis meses, considerando a média ponderada de todos os itens avaliados. Como resultado, o índice de atendimento foi de 97.40%. Isto significa que, dos requisitos analisados pelo tribunal, a Prefeitura de São Luís atende a quase totalidade deles.


“Este resultado é fruto de um incansável e árduo trabalho realizado pela Prefeitura de São Luís, por meio da Controladoria-Geral do Município, ao longo dos últimos seis meses, em parceria com os órgãos municipais, e, claro, acima de tudo, em razão do comando e determinação do nosso prefeito Eduardo Braide, que tem como um dos pilares de sua administração o foco na devida e correta aplicação dos recursos públicos e, principalmente, o compromisso com a ampla transparência dos atos de sua gestão. A determinação do nosso Prefeito é que o trabalho continue com o mesmo empenho e dedicação para que possamos alcançar os 100 pontos.”, destacou o controlador-geral do Município, Sérgio Motta.

Fonte: agenciasaoluis




quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Infecções por H. pylori aumentam em duas vezes o risco de câncer de estômago

Imagem: reprodução

Exames moleculares detectam a bactéria de forma precisa, além de avaliar resistência ao tratamento

No Brasil, a bactéria Helicobacter pylori é responsável por mais de 60% dos casos de câncer de estômago. Apesar da infecção estar presente no mundo todo, países em desenvolvimento são os mais afetados. No Brasil, a prevalência média é estimada em 71,2%. Entre as consequências da H. pylori, pode-se destacar a gastrite crônica, úlcera péptica, câncer e linfoma gástrico. 

A infecção provocada pela bactéria é responsável por cerca de 50% de todos os cânceres gástricos no mundo. Isso corresponde a quase 350 mil casos da doença anualmente. Esse tipo de câncer é a segunda causa de morte no mundo, com incidência de 800 mil casos por ano. A infecção pelo H. pylori está associada a um risco duas vezes maior para o desenvolvimento do problema. Acredita-se que mais de um terço dos carcinomas gástricos seja atribuído à infecção.

 A prevalência da infecção pelo H. pylori varia com a idade, características de saúde e com o nível socioeconômico das pessoas. Segundo o último Consenso Brasileiro sobre infecção por H. pylori, a prevalência em crianças de 2 a 5 anos é de 50% e nas menores de 10 anos a porcentagem aumenta de 70 para 90%.

Em países em desenvolvimento e em subcontinentes, como a América Central e a América do Sul, a porcentagem de pessoas infectadas gira em torno de 70% e 90%. Na Ásia, o índice varia entre 50% e 80%. Na Europa Oriental, 70%, e na Europa Ocidental a porcentagem fica entre 30 e 50%. Já em países desenvolvidos, esse percentual cai drasticamente. No Canadá e nos Estados Unidos, esse valor corresponde a 30% e na Austrália cerca de 20% da população é infectada pelo H. pylori. Os principais fatores de risco para adquirir a infecção são status sanitário e nível socioeconômico baixos.

70% da população brasileira pode estar infectada pela bactéria

A Helicobacter pylori é uma bactéria que infecta células da mucosa gástrica. Sua morfologia é adaptada para o ambiente ácido do estômago. “A gastrite induzida por ela é uma das infecções crônicas mais comuns na espécie humana. Estima-se que, aproximadamente, 70% da população brasileira esteja infectada por esta bactéria, mas por razões ainda desconhecidas, enquanto algumas pessoas são assintomáticas, outras desenvolvem gastrites, úlceras e até mesmo câncer gástrico”, diz Cristiane Nagasako, médica gastroenterologista. 

A médica lembra que, desde 1994, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, da Organização Mundial de Saúde (OMS), reconhece o H. pylori como um agente carcinogênico  do tipo 1, ou seja, uma bactéria relacionada ao câncer em humanos. A presença da bactéria no estômago pode levar à atrofia gástrica, que aumentaria o risco de desenvolver, posteriormente, adenocarcinoma gástrico, responsável por causar cerca de 95% dos casos de tumor do estômago. 

Tratamento

O tratamento é longo e consiste na utilização de vários antibióticos, dependendo da progressão do quadro. Na maioria dos casos, a escolha é feita de forma empírica, ou seja, sem a avaliação de resistência bacteriana. Um dos medicamentos de primeira linha mais utilizados é a Claritromicina aliada a inibidores de próton, como o Omeprazol. Nestes casos, a abordagem terapêutica pode não ser eficaz caso a infecção seja causada por bactérias resistentes à Claritromicina, o que pode aumentar os riscos ao paciente e potencializar a seleção de microrganismos resistentes.


“Atualmente, os testes moleculares permitem identificar as cepas resistentes a determinados antibióticos e esse conhecimento auxilia o médico a escolher o tratamento mais efetivo para a erradicação da bactéria, evitando tratamentos ineficazes e efeitos colaterais desnecessários. A resistência antibiótica, principalmente aos compostos Claritromicina e Levofloxacina, vem aumentando mundialmente e se mostra como o principal fator determinante para a dificuldade de erradicação do H. pylori”, afirma a gastroenterologista. 

 

Exames moleculares garantem mais assertividade no tratamento 

Diante desse cenário, os testes de PCR em tempo real, projetados para a identificação específica do H. pylori e detecção de resistência à Claritromicina em fragmentos do tecido gástrico de pacientes com sintomas gastrointestinais, podem auxiliar na adequada detecção e no tratamento da bactéria. “Em razão da alta sensibilidade e especificidade do teste, é possível identificar a presença da bactéria e da resistência à Claritromicina”, destaca Cristiane.

O kit Master H. pylori foi desenvolvido com o objetivo de personalizar e direcionar o tratamento dos pacientes acometidos por H. pylori. O teste é altamente informativo, uma vez que identifica a presença bacteriana e avalia a resistência à Claritromicina em um único exame e amostra. O resultado é liberado em poucas horas de forma precisa, pois, a técnica utilizada é a PCR em tempo real.

Sobre a Mobius

A Mobius faz parte de um grupo sólido de empresas com mais de 25 anos de atuação e grande expertise no mercado. Desenvolve, produz e comercializa produtos destinados ao segmento de medicina diagnóstica, fornecendo kits para o Diagnóstico Molecular in vitro de doenças infecciosas, oncologia e genética e sorologia, tornando o diagnóstico cada vez mais rápido e preciso.

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Fonte: DePropósito Comunicação de Causas


terça-feira, 17 de outubro de 2023

27 agrotóxicos são detectados na água consumida em São Paulo, Fortaleza e Campinas

Imagem: reprodução
Dados do Ministério da Saúde revelam que 210 cidades encontraram todos os agrotóxicos testados na rede de abastecimento de água em 2022. Chamado de “efeito coquetel”, a mistura entre substâncias preocupa especialistas.

Uma mistura de 27 diferentes tipos de agrotóxicos foi detectada na água consumida por parte da população de 210 municípios brasileiros, como São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Campinas (SP).

As informações são resultado de um cruzamento de dados realizado pela Repórter Brasil a partir de informações do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, com testes feitos em 2022.

A maioria dos exames identificou uma concentração dentro do limite considerado seguro pelo Ministério da Saúde para cada tipo de substância isoladamente. Ou seja, a simples presença de cada agrotóxico em uma amostra não necessariamente acarreta problemas para a saúde.

No entanto, a regulação brasileira não leva em conta os riscos da interação entre os diferentes tipos de pesticidas. É justamente a mistura de substâncias o que preocupa especialistas ouvidos pela reportagem. Eles afirmam que o chamado “efeito coquetel” pode gerar consequências ainda desconhecidas ao organismo humano.


Mistura de agrotóxicos na água, fenômeno ainda sem regulação no Brasil, preocupa
especialistas por causarem efeitos ainda desconhecidos
- Foto: Andres Siimon/Unsplash - reprodução

As detecções ocorreram em amostras de água de diferentes redes de abastecimento dentro dos municípios. Por exemplo, na cidade de São Paulo, cinco agrotóxicos foram encontrados na água da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), responsável por prover a maior parte do município.

Já o total de 27 foi verificado em condomínios e empresas da capital paulista com sistemas particulares de tratamento da água. Não houve casos de concentração acima do limite permitido para cada agrotóxico analisado, em São Paulo.

Ministério da Saúde não regula “efeito coquetel”

Enquanto a União Europeia impõe um limite para a presença de diferentes substâncias na água, o risco da mistura é ignorado pela normativa do Ministério da Saúde. A pasta teve a chance de regular essa questão em 2021, quando a nova Portaria de Potabilidade da Água foi aprovada, mas tratou apenas dos limites individuais.

O principal argumento é a dificuldade em calcular os efeitos causados pelas diferentes combinações de substâncias químicas na água.


“O ideal seria não detectar, ou seja, não encontrar nada”, afirma Cassiana Montagner, pesquisadora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). “Mas quando há a detecção, ainda que em concentrações menores que o valor máximo permitido, os governos deveriam tomar ações para evitar que esses agrotóxicos apareçam por longos períodos de tempo”, complementa.

 

Ela destaca que o risco é maior quando o consumo é contínuo, ou seja, quando a presença das substâncias na água persiste ao longo dos meses e anos. Nesses casos, 15 dos pesticidas encontrados estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas como câncer, disfunções hormonais e reprodutivas.

Segundo a pesquisadora, as estações de tratamento não conseguem retirar os agrotóxicos da água na concentração encontrada no Brasil. Assim, a melhor solução é evitar a contaminação.

A origem do problema é o uso excessivo e indevido dessas substâncias, que ocorre em maiores quantidades em regiões rurais, mas também no paisagismo nas cidades.

“Tudo aquilo que vem sendo colocado no ecossistema, solos e plantações, permanece nos recursos naturais e continua presente em diferentes lugares”, alerta Rafael Rioja, coordenador de consumo sustentável do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), que faz alertas constantes sobre a presença de agrotóxicos nos alimentos.

Esta não é a primeira vez que dados públicos levantam alerta sobre a presença de diversos agrotóxicos na água. Em 2019, especial feito pela Repórter Brasil, Public Eye e Agência Pública revelou que 1 em cada 4 cidades brasileiras tinham detectado todos os pesticidas na rede de abastecimento – a quantidade de municípios era substancialmente maior porque o levantamento analisou dados de 4 anos, 2014 a 2017.


Fonte: Dados de 2022 do painel Vigiagua do Ministério da Saúde

Baixe aqui a tabela completa com os nomes dos municípios que detectaram os 27 agrotóxicos na água em 2022.

O que dizem o poder público e as empresas

Questionado pela Repórter Brasil, o Ministério da Saúde reconheceu que analisar os agrotóxicos na água de forma individualizada é insuficiente para determinar os riscos à saúde da população. Ressaltou, porém, que há poucos estudos que analisam os efeitos da mistura, justificando assim a ausência de valor máximo para o coquetel de substâncias na Portaria atual.

 

“A temática relativa à mistura de substâncias químicas integra a agenda de trabalho do Ministério da Saúde, inclusive no que se refere à definição do padrão de potabilidade”, afirmou em nota (leia a íntegra).

 

O órgão também garantiu que orienta as equipes de vigilância em saúde a adotarem ações preventivas mesmo nos casos em que os testes apontaram a presença de agrotóxicos dentro do limite individual para cada substância. Essa orientação, porém, não parece resultar em medidas objetivas adotadas pelos municípios ouvidos pela reportagem.

As secretarias de saúde de Campinas, São Paulo e Fortaleza, cidades onde os 27 agrotóxicos foram encontrados na água, afirmaram que apenas seguem os parâmetros fixados individualmente para cada substância, de acordo com a norma do Ministério.

A coordenadora da Vigilância em Saúde de Campinas, Cristiane Sartori, afirma que a secretaria só consegue realizar ações quando os testes apontam que o agrotóxico está acima do limite individual para aquela substância específica.

Os agrotóxicos detectados em Campinas apareceram em diferentes redes de distribuição da cidade, como condomínios, shopping e empresas. Na Sanasa, companhia que realiza a maior parte do abastecimento da cidade, não houve detecção. Já no campus da Unicamp, testes encontraram as 27 substâncias na água. Em 2022, cerca de 60 mil pessoas frequentaram o local.

A Unicamp afirmou que a mistura de substâncias é uma preocupação para a Universidade, mas também se amparou na regulamentação do Ministério da Saúde para justificar a tolerância aos 27 agrotóxicos na água. “É importante salientar que não há ações de controle previstas na legislação quando os valores dos resultados se encontram dentro dos padrões permitidos”. Veja a resposta.


Água com 27 agrotóxicos é encontrada em redes de abastecimento estaduais, além de
em água de empresas, condomínios e universidade - Foto: Pixabay - reprodução

A secretaria de saúde do município de São Paulo afirmou em nota que monitora a água fornecida à população e que “não foram detectados parâmetros acima do permitido pela legislação vigente”.

Sobre as detecções de cinco agrotóxicos na rede da Sabesp em 2022, a empresa se limitou a afirmar que “todos os ensaios realizados para agrotóxicos estão dentro do padrão estabelecido na Portaria de Potabilidade para água distribuída”. A Sabesp não respondeu às perguntas sobre a mistura de substâncias.

Em Fortaleza, todos os 27 agrotóxicos foram encontrados na rede de abastecimento da Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará), responsável pelo abastecimento de água de 152 municípios do Ceará. Em nota, a Cagece informou que os seus equipamentos de análise possuem alta capacidade de detecção, mas que a concentração de agrotóxicos na água é bem menor do que os limites previstos na legislação, o que faz com que considerem que não há risco à população. Leia na íntegra.

A secretaria de saúde de Fortaleza, responsável pelo monitoramento, não respondeu aos questionamentos enviados pela Repórter Brasil.

Apagão de dados

Os dados do Ministério da Saúde também mostram que 1.609 municípios brasileiros — 6 em cada 10 que fizeram testes (confira a tabela completa de cidades) — encontraram ao menos um agrotóxico em sua água. O número pode ser ainda maior, já que mais da metade (56%) dos municípios não enviaram dados ou publicaram informações consideradas inconsistentes pelo Ministério da Saúde.

Amapá, Amazonas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e Roraima estão em um apagão completo de informações, ou seja, não enviaram dados considerados válidos pelo Ministério da Saúde.

“A quantidade agrotóxicos que está sendo jogada no nosso ambiente é muito maior do que a nossa capacidade de absorção e da natureza de transformar essas moléculas, e isso está na água que a gente consome, na água da chuva, dos rios”, afirma Marcia Montanari, pesquisadora do Núcleo de Estudos Ambientais e Saúde do Trabalhador da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).




Confira quantos agrotóxicos foram detectados nas redes de abastecimento em cada município em 2022.

Entre os estados que forneceram pouca ou nenhuma informação, o, Mato Grosso se destaca. Ano após ano, ele se estabelece como o maior comprador de agrotóxicos do País. Em 2021, mais de 150 mil toneladas de pesticidas foram vendidas no estado, uma uma diferença de mais de 60 mil toneladas para o segundo colocado, São Paulo.

Contudo, a liderança não se mantém quando o assunto é testes de agrotóxicos na água. Dos 141 municípios do estado, 73% não entregaram dados ao Sisagua. O apagão preocupa: a exposição ao veneno no Mato Grosso é quase dez vezes maior do que a média nacional, de 7,3 litros por pessoa.

Lucas do Rio Verde é uma das cidades que não enviou dados consistentes. Com 83 mil habitantes, é uma das maiores produtoras de grãos do país, tendo sua economia baseada na agropecuária.

O uso de pesticidas é intenso na região, tanto que a cidade foi parar nas manchetes de todo o Brasil, em 2011, após uma pesquisa da Universidade Federal do Mato Grosso detectar agrotóxicos no leite de mulheres que amamentam. Mesmo com esse histórico, a cidade não enviou dados consistentes ao Ministério da Saúde sobre a presença de agrotóxicos em sua água.

Marcos Woicichoski, assessor jurídico do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Lucas de Rio Verde afirmou que a vigilância municipal de saúde ainda está realizando o lançamento dos dados de 2022 no Sisagua, contudo é possível consultar os resultados por meio do site do serviço. Os dados disponibilizados, no entanto, não permitem que a população saiba de forma simples se a água que chega em sua torneira tem substâncias perigosas.

“O SAAE informa que os níveis de agrotóxicos na água fornecida para a população sempre se mostraram abaixo do limite de segurança definido pela norma ministerial”. Já a Secretaria de Saúde de Lucas de Rio Verde não respondeu às questões enviadas.

Para a pesquisadora da UFMT, há uma pressão para que esses dados não sejam publicados. “Muitos desses municípios têm uma interveniência política do agronegócio muito forte, eles não fazem questão que essas informações apareçam”.

O responsável direto por esse monitoramento é a Secretaria Estadual de Saúde do Mato Grosso. Questionados pela reportagem, o órgão afirmou que cobrou o envio das informações. “A pasta realiza de forma ininterrupta o monitoramento junto aos prestadores de serviços de abastecimento de água. Entretanto, essa pergunta deve ser feita não apenas ao setor da Saúde, mas às várias áreas, visto que o agrotóxico é um tema de competência nacional, que envolve o Meio Ambiente, a Agricultura e os Recursos Hídricos”. Confira as respostas na íntegra.

“Enquanto não existir uma uma cobrança efetiva para que se cumpra a resolução, a frequência de análise e para que se olhe para esses dados, os responsáveis pelo abastecimento não vão se mexer”, avalia Fábio Kummrow, professor de toxicologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Está confortável pra eles assim”.

Fonte: reporterbrasil


sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Mantendo atuação na saúde, Fernando Braide comemora inauguração de Clínica da Família do Centro

Foto: reprodução
Espaço, que irá beneficiar cerca de 16 mil pessoas, conta com uma série de serviços e especialidades em saúde básica.

A população de São Luís ganhou, na quinta-feira (28), uma nova Clínica da Família, agora no Centro. O espaço, que irá beneficiar cerca de 16 mil pessoas, conta com uma série de serviços e especialidades em saúde básica. O deputado estadual Fernando Braide (PSD) participou da inauguração e celebrou a novidade junto à comunidade.

A partir da entrega da unidade, os moradores contam com acompanhamento em áreas como saúde da mulher e da gestante (pré-natal), pediatria, ginecologia, odontologia, fonoaudiologia, além de acompanhamento de doenças como hipertensão arterial, diabetes, tuberculose, hanseníase, consultas com clínico geral e enfermagem.


“Investimentos em saúde são essenciais à população e vejo como sendo uma prioridade da gestão. Além da população local, São Luís recebe pacientes de todo o estado e precisa estar preparada para atender esta demanda, por isso faço questão de apoiar cada novo investimento nesta área”, ressaltou o deputado Fernando Braide.

 

 

Fotos: reprodução / divulgação

A população contará, ainda, com a realização de exames de ultrassonografia, eletrocardiograma, exames laboratoriais, colpocitologia oncótica, planejamento familiar, fornecimento de medicamentos da farmácia básica, nebulização e imunização. Para o prefeito de São Luís, a entrega demonstra a força da dedicação empenhada pelas equipes envolvidas.


“Esta conquista representa um passo significativo em nosso compromisso de proporcionar serviços de saúde de alta qualidade à população. Minha gratidão às equipes envolvidas por seu excelente trabalho e dedicação. Um prefeito não pode fazer tudo sozinho, e é com o trabalho conjunto de nossos secretários e demais equipes que alcançamos o sucesso em nossos projetos para melhorar a saúde de São Luís", frisou Eduardo Braide.

 

Profissionais em uma das salas equipadas para atendimentos na Clínica da Família do
Centro - Foto: reprodução / divulgação


Para a população, a novidade é sinônimo de cuidado. “Essa clínica foi muito esperada por todos nós, com certeza vai fazer muita diferença em nossas vidas porque vai facilitar para fazer uma consulta perto de casa. Esse cuidado com a população é muito importante, a gente estava precisando”, disse a moradora Isaura Lobato.

Fonte: ALMA


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quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Silvana Noely agradece reforma do Centro de Saúde Dr. Salomão Fiquene

Foto: reprodução

Na sessão ordinária de quarta-feira (27), a vereadora Silvana Noely (Mais Brasil) subiu à tribuna para agradecer à Prefeitura de São Luís pela entrega da reforma do Centro de Saúde Dr. Salomão Fiquene, no Cohatrac II.

A parlamentar relembrou episódios em que a estrutura do centro de saúde havia sido comprometida, com desabamento do teto, dentre outros problemas. “Agora a população da região vai ter mais acesso à saúde de qualidade”, disse.


“Desde 2021, solicitamos a reforma desse centro de saúde e estamos lutando. Agora, finalmente, a comunidade do Cohatrac e regiões adjacentes puderam receber um posto totalmente reformado e ampliado. Quero agradecer a todos que acompanham nosso mandato, porque todos os dias eu era cobrada sobre esse posto”, pontuou.


Silvana Noely também comentou sobre um projeto de lei de sua autoria, que segue em tramitação na Câmara, dispondo sobre a disponibilização do tênis escolar como item gratuito a ser oferecido aos estudantes das instituições públicas de ensino.


“Se aprovado, vai garantir mais igualdade aos estudantes da rede pública, oferecendo assistência que irá garantir um alívio financeiro nas despesas familiares, permitindo o remanejamento desse recurso para outras áreas de necessidade, já que nem todo mundo tem condições de arcar com esse custo”, salientou.

 

A parlamentar ressaltou que, se aprovado, o PL irá garantir mais dignidade aos alunos. “É um item essencial no fardamento escolar. O impacto psicológico sobre esses estudantes seria extremamente positivo, colaborando nos índices de permanência e engajamento escolar”, concluiu.


O Centro de Saúde Salomão Fiquene


Foto: reprodução
Fundado em outubro de 2001, presta assistência a mais de 2 mil famílias cadastradas e realiza mais de seis mil atendimentos anualmente. Com a conclusão das obras de requalificação, além de receber uma nova estrutura, os moradores da região do Cohatrac e áreas circunvizinhas terão acesso a uma ampla gama de novos serviços.

Esta é a 30ª unidade de saúde requalificada e entregue pelo prefeito que tem trabalhado desde o início da gestão para reestruturar a Atenção Básica na rede de saúde do Município.

Serviços

Os serviços abrangem a coleta de amostras para exames laboratoriais, consultas com enfermeiros e clínicos gerais, serviços odontológicos, imunizações, acompanhamento pré-natal, distribuição de medicamentos da farmácia básica, cuidados e orientações sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), bem como o tratamento de doenças como diabetes mellitus e hipertensão arterial. Além disso, o centro oferecerá serviços de nebulização, puericultura e tratamento de tuberculose e hanseníase.

Adicionalmente, os usuários da unidade de saúde têm acesso à Central de Marcação de Consultas e Exames (Cemarc) e ao Laboratório Central de São Luís (Lacen), que oferecem instalações exclusivas, contribuindo significativamente para aprimorar os serviços de atendimento básico à comunidade. Essas facilidades contribuem para a melhoria da experiência geral dos usuários do sistema de saúde municipal.


"Temos trabalhado de forma a tornar a saúde do Município de São Luís mais eficiente, capaz de atender a nossa população de forma mais humanizada e em ambientes adequados tanto para os pacientes quanto para os profissionais que atuam nestes espaços. Assim, entregamos mais uma unidade de saúde completamente equipada, com todas as suas dependências climatizadas, novos serviços, para prestar um melhor atendimento a todos os moradores do Cohatrac e região”, destacou o prefeito Eduardo Braide.

 

Nova infraestrutura

O Centro de Saúde Salomão Fiquene passou por obra completa de reforma e ampliação, e foi totalmente reequipado. Entre as melhorias estruturais, estão a revisão de cobertura com impermeabilização, implantação de novas instalações hidráulicas e elétricas, pintura e revestimento, climatização dos ambientes, novo projeto luminotécnico e adequação de acessibilidade.

O secretário da Semosp, David Col Debella, destacou o padrão de excelência estabelecido pelo prefeito Eduardo Braide na entrega dos equipamentos à comunidade.


"A determinação do prefeito Eduardo Braide é o de entregar à população o que há de melhor em infraestrutura, mantendo consistentemente a mais alta qualidade, o que é uma característica fundamental da gestão do prefeito. Ele está determinado a reformar todas as unidades de saúde e vamos continuar fazendo mais entregas como essa", garantiu.

 

A solenidade

Presentes à solenidade os vereadores, Francisco Chaguinhas (Podemos), vice-presidente da Câmara Municipal; e Silvana Noely (Mais Brasil), falaram da importância da entrega para a região.


“Esta obra tem qualidade, isso mostra a responsabilidade, a boa vontade, a humanização que o prefeito Braide tem”, declarou o vice-presidente da Câmara Municipal, Chaguinhas.

 

 

Fotos: divulgação / reprodução


“Um dia muito importante para nós da comunidade do Cohatrac. Não falo apenas como vereadora, mas como moradora que sou. Esta reforma era uma espera de anos, precisávamos muito dessa ampliação. Saber que esse posto que atende não só o Cohatrac, mas toda a população adjacente, deixa a mim e aos moradores muito felizes”, reforçou Silvana Noely.

 

A solenidade também contou com a presença da vice-prefeita Esmênia Miranda; dos secretários municipais Igor Almeida (Secom), Romário Barros (Semdel), Liviomar Macatrão (Semapa), Nirvana Anchieta (Semsa), Caroline Marques (Semed), Diego Rodrigues (SMTT); do procurador-geral do Município, Sergio Motta; do deputado estadual, Fernando Braide (PSD); dos suplentes de vereadores Barbosa Lages (PDT) e Manoel Filho (Avante); equipes da unidade, líderes comunitários, e população. A cerimônia contou ainda com as bênçãos proferidas pelo padre Flávio Colins, do Santuário Nossa Senhora de Nazaré.


Fonte: camara.slzagenciasaoluis


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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

OMS atualiza definição sobre o que é uma dieta saudável

Foto: reprodução
Nos últimos dias, a Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou a quantidade de determinados macronutrientes dentro de uma dieta saudável, capaz de impactar a expectativa de vida. Considerando as últimas evidências científicas, foram modificadas as orientações para o consumo de carboidratos, fibras e gorduras, incluindo as gorduras totais, saturadas e trans.

Em nota, a OMS explica que as novas orientações para uma dieta saudável têm como princípio melhorar a prevenção de doenças não transmissíveis relacionadas com a dieta, como diabetes tipo 2, problemas no coração e alguns cânceres. Além disso, as recomendações devem evitar o ganho de peso considerado não saudável.

Gorduras em uma dieta saudável

Pensando na inclusão de gorduras dentro de uma dieta saudável, a OMS reforça a importância do controle da quantidade, mas também da qualidade. Por dia, um adulto deve limitar a ingestão total de gordura a 30% da ingestão total de energia. Em uma dieta de 2 mil calorias, são no máximo 600 calorias provenientes de gorduras.


OMS limita a quantidade de gorduras dentro de uma dieta saudável - Imagem: Armando
Ascorve Morales/Unsplash - reprodução

Agora, avaliando a qualidade dessa gordura, a maior porcentagem deve ser dos ácidos graxos insaturados, ou seja, das gorduras boas — aquelas presentes em sementes, frutas (abacate), peixes e azeite de oliva. Enquanto isso, as gorduras saturadas devem ser no máximo 10% da quantidade total, e as trans não devem passar de 1%.

Aqui, vale mencionar que os ácidos graxos saturados são encontrados em carnes gordurosas, laticínios, manteiga ou mesmo óleo de coco. Já as gorduras trans estão presentes em alimentos normalmente assados ​​e fritos, como salgadinhos. Sempre que possível, é válido trocar essas opções por grãos integrais, vegetais, frutas e leguminosas.

Quanto de carboidrato e fibras comer por dia?

Para a OMS, a quantidade diária de carboidrato de uma dieta saudável deve ser obtida, prioritariamente, através de grãos integrais, vegetais, frutas e leguminosas. Para isso, adultos podem considerar o consumo diário de pelo menos 400 gramas de vegetais e frutas, além de 25 gramas provenientes de fibras dietéticas naturais. Isso pode ser feito com o consumo de verduras, como agrião, alface, rúcula e espinafre.


OMS estipula quantidade mínima de carboidratos e fibras que devem ser consumidos
diariamente - Imagem: Pressmaster/Envato - reprodução

De modo geral, dietas com mais fibras reduzem o risco de câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal. No Brasil, a incidência desse tipo de tumor tem aumentado nos últimos anos.

Mais recomendações da OMS

Além das novas diretrizes, a OMS mantém as outras recomendações dentro do que define como uma dieta saudável. Por exemplo, o açúcar de adição deve ser limitado a 10% do total de calorias diárias, ou seja, não deve ultrapassar os 50 gramas em uma dieta padrão de 2 mil calorias. Neste ano, os adoçantes deixaram de ser recomendados para a população em geral, exceto para pacientes com diabetes.

O consumo de sal e, consequentemente, de sódio também devem ser limitados. Conforme estipula a OMS, pessoas adultas devem consumir menos de 5 g de sal por dia, o equivalente a 2 g diárias de sódio.

Fonte: OMS / via canaltech



sexta-feira, 4 de agosto de 2023

O experimento sobre os efeitos dos alimentos ultraprocessados

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"É um pouco assustador ver esses resultados depois de apenas duas semanas."

Aimee, de 24 anos, passou duas semanas seguindo uma dieta de alimentos ultraprocessados ​​como parte de um estudo realizado por cientistas do King's College, de Londres, para o programa Panorama da BBC.

Nancy, sua irmã gêmea, seguia uma dieta que continha exatamente a mesma quantidade de calorias, nutrientes, gordura, açúcar e fibras. Mas no caso dela comendo apenas alimentos frescos ou pouco processados.

Aimee, que apresentou níveis piores de açúcar no sangue e aumento dos níveis de gordura, engordou quase um quilo. Enquanto isso, sua irmã Nancy perdeu a mesma quantidade de peso.

Esse foi um estudo curto com apenas um par de gêmeas, mas os resultados reforçam temores de cientistas que têm acumulado evidências de que os alimentos ultraprocessados ​​são prejudiciais à saúde de maneiras inesperadas.

"Estamos falando de todos os tipos de câncer, doenças cardíacas, derrame e demência", diz Tim Spector, professor de epidemiologia no King's College e pesquisador do comportamento das doenças, supervisionou o estudo.


Os emulsificantes melhoram a aparência e a textura dos alimentos e ajudam a prolongar
sua vida útil - Foto: reprodução

O termo "alimentos ultraprocessados" começou a ser usado há apenas 15 anos. Esse tipo de alimento representa aproximadamente metade do que se come em países como o Reino Unido.

No Brasil, um estudo feito pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que cerca de 20% das calorias consumidas pelos brasileiros vêm de ultraprocessados.

De pães integrais fatiados a pratos prontos e sorvetes, esse é um grupo de alimentos feitos com níveis variados - mas muitas vezes altos - de processamento industrial.

Ingredientes utilizados para o seu preparo como conservantes, adoçantes artificiais e emulsificantes não costumam ser utilizados na culinária caseira.

"Alimentos ultraprocessados ​​são alguns dos mais lucrativos que as empresas podem obter", diz a professora Marion Nestle, especialista em política alimentar e professor de nutrição na Universidade de Nova York.

À medida que nosso consumo aumenta, também aumentam as taxas de diabetes e câncer.

Alguns acadêmicos acreditam que a relação não é acidental.

O programa Panorama acessou novas evidências científicas que mostram a relação entre esses tipos de produtos químicos e doenças como câncer, diabetes e derrame.

A revista científica The Lancet publicou em janeiro um dos estudos mais abrangentes sobre o tema, feito pela Faculdade de Saúde Pública do Imperial College, em Londres.

O estudo, realizado com 200 mil adultos no Reino Unido, determinou que o maior consumo de alimentos ultraprocessados ​​pode estar relacionado ao aumento do risco de desenvolver câncer em geral e, especificamente, câncer de ovário e cérebro.


Os alimentos ultraprocessados mais usados:

- Pães e cereais açucarados embalados;

- Sopas instantâneas e refeições prontas para microondas;

- iogurtes com sabor de fruta;

- Carne reconstituída, como presunto e linguiça;

- Sorvete, batatas fritas e biscoitos;

- Refrigerantes e algumas bebidas alcoólicas, como uísque, gim e rum.


O termo 'alimentos ultraprocessados' começou a ser usado há apenas 15 anos
- Foto: reprodução

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou no mês passado evitar o consumo prolongado de adoçantes artificiais, devido aos possíveis riscos à saúde.

Provar que certos ingredientes causam doenças pode ser difícil porque há uma série de fatores em nosso estilo de vida que podem gerar problemas de saúde. Por exemplo, falta de exercício, tabagismo ou dietas açucaradas.

As primeiras pesquisas sobre consumo de alimentos ultraprocessados ​​e mortalidade começaram na França, na Universidade de Sorbonne, como parte de um estudo, ainda em andamento, sobre os hábitos alimentares de 174 mil pessoas.

"Temos registros dietéticos de 24 horas durante as quais os participantes nos contam todos os alimentos e bebidas que ingerem", explica a médica Mathilde Touvier, que lidera a pesquisa.

O estudo já publicou algumas conclusões, que mostram que os ultraprocessados podem aumentar as chances de desenvolvimento de câncer.

Emulsificantes, a jóia dos ultraprocessados

Ultimamente, os pesquisadores têm estudado o impacto, na alimentação, de um ingrediente específico, os emulsificantes.

Os emulsificantes são compostos químicos que melhoram a aparência e a textura dos alimentos e contribuem para prolongar sua vida útil - que acaba sendo bem maior que a dos alimentos não ou menos processados.

Esse elemento está em toda parte: na maionese, no chocolate, na pasta de amendoim e nas carnes. Ou seja, é bem provável que você esteja consumindo ou consumiu emulsificantes em algum momento.

O Panorama teve acesso exclusivo aos primeiros resultados da pesquisa de Touvier, que ainda não foram analisados ​​por outros especialistas, etapa crucial para a verificação de estudos científicos.

“Temos observado uma relação clara entre a ingestão de emulsificante e um risco acrescido de câncer em geral, e de câncer da mama em particular, mas também de doenças cardiovasculares”, diz a pesquisadora.

"Isso significa que vimos um padrão entre o consumo de alimentos ultraprocessados ​​e o risco de doenças. Mas mais pesquisas são necessárias."


Os alimentos ultraprocessados ​​representam boa parte do que comemos
- Foto: reprodução

Aspartame, mais doce que o açúcar

Um dos aditivos mais polêmicos de alimentos ultraprocessados ​​é o adoçante aspartame.

Duzentas vezes mais doce que o açúcar, tem sido anunciado como uma ótima alternativa de baixa caloria, transformando bebidas açucaradas, sorvetes e mousses anteriormente não saudáveis ​​em produtos comercializados como "saudáveis".

Durante as últimas duas décadas, surgiram dúvidas sobre seus possíveis efeitos nocivos.

No mês passado, a OMS afirmou que, embora as evidências sejam inconclusivas, teme que o uso prolongado de adoçantes como o aspartame possa aumentar o risco de "diabetes tipo 2, doenças cardíacas e mortalidade".

Em 2013, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) decidiu que o aspartame era seguro, assim como o Comitê de Toxicidade na Grã-Bretanha, que determinou em 2013 que os resultados "não indicam a necessidade de tomar medidas para proteger a saúde pública".

No entanto, seis anos depois, Erik Millstone, professor da Universidade de Sussex, decidiu revisar as mesmas evidências examinadas pela EFSA, para ver quem havia financiado os diferentes estudos.

Millstone descobriu que 90% dos estudos que defendem o adoçante foram financiados por grandes empresas de química que fabricam e vendem aspartame, e que todos os estudos sugerindo que o aspartame pode ser prejudicial foram financiados por fontes independentes e não comerciais.

A EFSA garante que vai estudar a avaliação em curso da OMS sobre este aditivo.

Fonte: BBC Brasil



quinta-feira, 27 de julho de 2023

Emana, marca de alimentos saudáveis do Rodrigo Hilbert, expande no varejo através da rede Bio Mundo e lançam campanha "Você na Cozinha com Rodrigo"

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A nova campanha da Bio Mundo se une, de forma inédita, a nova marca Emana, estrelada por Rodrigo Hilbert

Brasil, julho de 2023: A Bio Mundo, rede de lojas de produtos naturais e alimentação saudável, lança neste mês, a campanha publicitária que apresenta a sua nova parceira: Emana, marca de Rodrigo Hilbert.

A parceria, estrelada pelo apresentador Rodrigo Hilbert, sócio da Emana, conta com estratégia multicanal e tem o objetivo de mostrar a diversidade do portfólio de seus produtos existentes no mercado.

Toda a campanha busca reforçar a naturalidade e qualidade das marcas Bio Mundo e Emana, com valores que tornam seus respectivos produtos, diferentes de qualquer outra marca e dão ao consumidor aquilo que ele quer e precisa para manter uma alimentação saudável, conquistar saúde e bem-estar.


“Desde 2015, com seu nascimento, a Bio Mundo está desenvolvendo um trabalho sólido focado em educar o consumidor brasileiro quanto à alimentação. A cada ano, exploramos um asset diferente, atendendo uma demanda direta do consumidor apurada em pesquisas de mercado”, explica Edmar Mothé, CEO da Bio Mundo, que se sente muito feliz em fechar a parceria com uma marca potencial e ainda ter o Rodrigo participando do projeto.

 

A campanha ficará no ar durante o 2° semestre de 2023 com diversos conteúdos em vídeo e fotos. A ação tem ainda comerciais e merchan nas redes sociais, ativações em digital nas redes oficiais das marcas Bio Mundo e Emana.

A estratégia também inclui pílulas virtuais abertas ao público, ensinando aos consumidores diferentes formas de se usar os produtos da marca. O challenge “Bio e Emana Respondem” tem dicas exclusivas sobre rotina, como usar os produtos de maneira fácil e saudável, protagonizado pelo próprio Rodrigo.

Além disso, a Bio Mundo conseguiu exclusividade para a venda dos produtos em lojas físicas apenas enquanto durar a collab, ou seja, nos meses de julho e agosto, qualquer pessoa pode comprar os produtos Emana em uma das lojas Bio Mundo participantes.

A novidade da campanha acompanha a promoção “Você na cozinha com Rodrigo Hilbert”. Ela inicia no dia 07 de julho, vai até o dia 22 de agosto e a divulgação do vencedor será no dia 06 de setembro.  As regras da campanha se resumem a ir até uma das lojas Bio Mundo, adquirir um produto Emana e postar uma foto bem criativa com o produto.  Na foto é necessário marcar o @lojabiomundo junto com a hashtag #souemananabiomundo.

A foto mais criativa será selecionada e o participante escolhido terá a oportunidade de ir a um estúdio exclusivo e cozinhar ao lado do Rodrigo Hilbert, utilizando os produtos Emana.

Confira o regulamento completo 




Sobre a Bio Mundo

A Bio Mundo, rede de lojas de produtos naturais e nutrição esportiva, foi fundada em 2015, em Brasília, pelo empresário Edmar Mothé ao lado dos filhos Rafael, Bruna e Adriana. Suas filhas, em especial, já consumiam e "faziam parte" do universo mais saudável e fitness, o que colaborou e incentivou o início de toda a criação.

Possui mais de 150 lojas espalhadas em 18 estados do Brasil em apenas 7 anos de história. Conta com 3.000 produtos em prateleira e mais de 300 opções de produtos à granel.

É a vencedora do Prêmio Líderes do Brasil, com case de expansão regional e nacional e dona do Selo de Excelência em Franchising pela Associação Brasileira de Franchising - ABF.

Fonte: clacri.com