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sábado, 26 de novembro de 2022

Governador Carlos Brandão faz reuniões em Brasília e prospecta investimentos na infraestrutura aeroportuária

Foto: Reprodução

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, participou, na quarta-feira (23), de uma série de reuniões em Brasília (DF) para dialogar sobre investimentos na infraestrutura dos aeroportos regionais do Maranhão. 

Na ocasião, esteve acompanhado dos secretários de Estado de Indústria e Comercio (Seinc), Cassiano Pereira Junior, e o de Turismo (Setur), Paulo Henrique Campos Matos, além do gestor do Departamento de Aeroportos da Seinc, Shirlei Aparecido Alves. 

“O Maranhão tem importantes destinos turísticos e, também, de relevância socioeconômica, que alavancam nossa capacidade de crescimento, gerando trabalho e renda. Com estes diálogos, ampliamos o leque de possibilidades para um estado que tem, cada vez mais, valorizado a economia e sua potencialidade no turismo”, destacou Carlos Brandão.

A primeira das reuniões ocorreu com gestores da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Na ocasião, o Governo do Estado reuniu com o presidente Hélio Paes, que apresentou proposta comercial de soluções aeroportuárias para o Maranhão pela Infraero. 

“O Governo do Estado aponta as cidades com viabilidade de ter seus aeródromos transformados em aeroportos regionais, como ocorreu com Barreirinhas. E a Infraero é responsável pela análise técnica, o que envolve desde futuros voos comerciais até a sugestão de onde conseguir recursos para investimentos ou parcerias público-privadas. Uma busca constante de melhoria é uma característica forte do Governo Brandão”, analisou Cassiano Pereira Junior. 

Em seguida, durante reunião na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), com Marcos Roberto Eurich, gerente de Controle e Fiscalização, e equipe, o Governo do Maranhão dialogou sobre as tratativas para o registro dos helipontos nas cidades que possuem hospitais regionais do Governo do Estado, com foco no transporte aéreo de pacientes - entre outros assuntos debatidos. 

Ao fim da tarde, os representantes do Governo do Estado reuniram, ainda, com a gestores da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), no Ministério da Infraestrutura (Minfra) - representada pelo diretor do Departamento de Investimentos, Eduardo Henn Bernardi, e pelo coordenador-geral de Projetos Aeroportuários, Marcio Maffili Fernandes.


Foto: Reprodução

Visando a atração de recursos para 2023/2024 na infraestrutura aeroportuária do Maranhão, a reunião destacou pautas como o planejamento de investimentos nos aeroportos e aeródromos regionais do estado - como no Aeroporto de Barreirinhas - e, também, com foco para a transformação de aeródromos em aeroportos, tais como o de Barra do Corda, Balsas e Bacabal, além da restruturação dos aeródromos de Colinas e Chapadinha, entre outros. 

Durante a reunião, foram sinalizados investimentos no modal aéreo do Maranhão em 2023/2024, no Plano de Expansão de investimentos da SAC, coordenado pela equipe de transição do Ministério de Infraestrutura, sob o comando da ex-ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

“O nosso governo pretende estabelecer um Termo de Compromisso com a finalidade de investimento em equipamentos necessários para a ampliação das operações da aviação regional maranhense. Um passo importante que nos aproxima da SAC e fortalece nosso tráfego aéreo”, acrescentou o governador Brandão.

Para Eduardo Henn Bernardi, diretor do departamento de investimentos da SAC, é importante o diálogo do Governo do Maranhão em busca do desenvolvimento da aviação regional. 

“Estamos dispostos a fornecer todo o suporte técnico necessário, como a análise de projetos, onde já foram mapeados quatro aeroportos no interior do Maranhão onde identificamos viabilidade, com possibilidade real de investimentos da SAC nos próximos anos”, destacou Eduardo Henn Bernardi.

O secretário de Estado do Turismo, Paulo Matos, contou que conectar as necessidades do Estado a nível nacional é necessário para que a cadeia do turismo seja ainda mais ampliada. 

“Reunir com Infraero, ANAC e SAC para buscar parcerias e recursos, é um grande passo para conseguirmos condições adequadas para recebermos os turistas no Maranhão. Temos absoluta convicção de que a cadeia turística, assim como diversas cadeias produtivas, será beneficiada a partir destes diálogos feitos hoje”, pontuou. 

Mais

Atualmente, o Governo do Estado, por meio da Seinc, é o responsável pela gestão, administração e manutenção do Aeroporto de Barreirinhas e dos aeródromos das cidades de Bacabal, Barra do Corda, Balsas, Carolina e o de Santa Inês.

Em curso, existe um projeto de expansão, coordenado pelo governador Carlos Brandão, de novos aeroportos e aeródromos no interior, contemplando 10 municípios ao todo no Maranhão.

Fonte: ma.gov


quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Lançado o Observatório Portuário do Maranhão

Imagem: Reprodução

De forma virtual, o webinário de lançamento do “Observatório Portuário”, com transmissão pelo Youtube, ocorreu no dia 3 de novembro. A iniciativa é um projeto de inovação criado pelo grupo de pesquisa Labportos, do Departamento de Ciências Contábeis e Administração da Universidade Federal do Maranhão, para contribuir com a elaboração e disseminação de informações qualificadas sobre o setor portuário e transporte aquaviário.

O Observatório conta com o apoio da Agência de Inovação, Empreendedorismo Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização da UFMA (Ageufma), em convênio com a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap). Tem como propósito subsidiar com conhecimento qualificado o ecossistema portuário, gestores privados e públicos, empresários, profissionais e academia.

Na mesa de abertura, estiveram presentes o professor e pró-reitor da Ageufma Fernando Carvalho Silva; o docente e coordenador do Observatório Portuário, Sérgio Cutrim; o docente e vice-coordenador do Observatório Portuário, Tadeu Teixeira; a professora e pesquisadora do Observatório, Darliane Cunha; e o docente e pesquisador do Observatório, Léo Tadeu Robles.

O pró-reitor Fernando Carvalho relatou que acompanha o projeto de inovação do Observatório portuário e disse que essa é uma ação muito importante. “Nós não tínhamos algo assim no Maranhão, que terá diversos indicadores que vão auxiliar na Emap e no Porto do Itaqui, nas ações em relação ao seu planejamento estratégico e outras, até mesmo com questões de responsabilidade social, de interação com a comunidade, por isso que acho que vai trazer um ganho muito grande não só para a UFMA, mas também para própria Emap, que vai ter essas ferramentas de avaliação, de indicadores que podem ajudar no desenvolvimento do Porto de forma sustentável” analisou.

Também presente, a professora Deborah Baesse, gerente de Comunicação e Inovação do Porto do Itaqui, representando o presidente da Emap, Ted Lago. “Esse lançamento e a constituição do nosso apoio ao Observatório Portuário se inserem em um bloco de iniciativas, um programa que convencionamos a chamar de ‘Porto do Futuro’ aqui no Itaqui. Vem na perspectiva de fomentar e fazer a nossa contribuição para estreitar essas relações e aproximar, cada vez mais, o universo acadêmico e o universo portuário”, afirmou.

O professor Sérgio Cutrim fez uma breve apresentação sobre o Observatório, explicando sobre os conflitos existentes que dificultam a relação entre Porto e cidade. “Efetivamente, nós estamos fundando o primeiro observatório nacional, publicado, dedicado 100% ao tema portuário. Grupos de pesquisa existem vários, não só aqui no Maranhão, em todo o complexo portuário, mas nós estamos dando início ao primeiro Observatório, no sentido completo da palavra, que nasce com foco em analisar o complexo portuário do Maranhão”, explicou.


Imagem: Divulgação

Na sequência, o vice-coordenador e responsável pela coordenação técnica do Observatório, o professor Tadeu Teixeira, destacou alguns processos a serem realizados. “A nossa ideia aqui no Observatório Portuário é trabalhar com um processo de compilação, de sistematização e de apresentação desses dados para subsidiar um processo de tomada de decisão, e também para que a sociedade conheça o que está sendo realizado no setor portuário, seu desempenho, seu resultado, para que isso possa chegar à população de maneira mais ampla. Nós já temos quatro relatórios, que estão disponíveis, nós trabalhamos com dados públicos que estão disponibilizados on-line em repositórios institucionais ou sites institucionais”, detalhou.

Na ocasião, a pesquisadora do Observatório Darliane Ribeiro Cunha, especialista na temática sustentabilidade e que atua há mais 15 anos na área, mostrou quais são os indicadores e a diferença de crescimento entre as capitais. “Apresentamos, nesse relatório das cidades sustentáveis e portuárias, o PIB, a pontuação geral do próprio índice, indicadores relacionados ao analfabetismo, domicílios com acesso à energia elétrica e ao Índice de Gini, em que todos esses dados vinculamos a esses indicadores que o próprio estudo contemplava, dos indicadores com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis”, destacou.

Em seguida, o pesquisador Léo Robles, comentou que a proposta dos relatórios é sempre avaliar um produto especial, que tenha destaque ou que tenha destacado interesse na atividade portuária. “Estabelecemos um perfil marítimo e logístico e a contribuição para o comércio exterior brasileiro”, explicou, sobre sua apresentação ao Observatório.

Fonte: ALMA / via UFMA


sábado, 29 de janeiro de 2022

Empresários analisam expansão do Estaleiro São Luís

Foto: Reprodução
O projeto de expansão do Estaleiro São Luís prevê investimentos na ordem de R$ 130 milhões, com conclusão prevista para 2023.

Em sua primeira reunião neste ano, o Grupo de Trabalho “Pensar O Maranhão”, coordenado pelo vice-presidente executivo da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), Luiz Fernando Renner, debateu o projeto de expansão do Estaleiro São Luís, apresentado pelo empresário Luiz Carlos Cantanhede, diretor-presidente da empresa maranhense Internacional Marítima e a aprovação do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e Ampliação da Infraestrutura (Reporto), com o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), Ted Lago.

Construído no início dos anos 2000, na Ponta da Espera, no Itaqui, o projeto de expansão do Estaleiro São Luís prevê investimentos na ordem de R$ 130 milhões, com conclusão prevista para 2023. Entre as obras planejadas estão um dique flutuante e a construção de 13 embarcações entre catamarãs e ferry-boats. A expectativa é que com a ampliação do Estaleiro São Luís, o Maranhão ganhe destaque na indústria naval do país.

“É um projeto de grande relevância para o Maranhão, que vai desenvolver o Estado, gerando mais empregos e renda para a população que vai atuar no setor da indústria naval”, afirmou Luiz Carlos Cantanhede.

Segundo o empresário, após a conclusão do projeto de expansão do Estaleiro São Luís, os consertos de embarcações como ferry-boats, entre outros, poderão ser feitos em solo maranhense e não mais nos estados como Pará e Bahia, para onde, atualmente, são transportadas essas embarcações.

“Esses serviços precisam ser realizados de cinco em cinco anos. Essa é a recomendação. A diária da base naval de Aratu, para fazermos reparos numa embarcação, chega ao valor de R$ 9.200,00”, explicou Cantanhede. O projeto, dividido em três fases, já está na última etapa, cuja conclusão está prevista para o ano que vem.

Para o vice-presidente da FIEMA e coordenador do GT Pensar o Maranhão, Luiz Fernando Renner, a importância de trazer o projeto para o GT é apresentar aos membros mais esse investimento que está sendo realizado em São Luís e a cadeia de negócios que poderão vir junto com o empreendimento. “Como entidade de classe, estamos à disposição para contribuir com o desenvolvimento desse projeto que vai alavancar o setor naval do Maranhão”, afirmou Renner.

O presidente da EMAP, Ted Lago afirmou que a expansão do Estaleiro São Luís é um projeto fundamental para o desenvolvimento do Maranhão e que fortalece um setor com uma demanda incalculável.

A secretária-adjunta de Micro e Pequena Empresa da Secretaria da Indústria, Comércio e Energia (Seinc), Luzia Rezende, também elogiou a iniciativa e colocou a secretaria à disposição da Internacional Marítima “Muito importante conhecer um projeto dessa magnitude sendo conduzido em nosso Estado. A Seinc está à disposição para vermos às questões tributária para o setor e as tarifas praticadas em outros estados”, disse.

O professor da Escola Superior de Guerra, Ronaldo Carmona, destacou a abrangência do projeto, e a geração de novos empregos e renda para a população, em vários segmentos. “É um projeto extremamente relevante para o desenvolvimento do Maranhão, pois vai fomentar a economia do mar, que compreende desde a atividade industrial à atividade pesqueira”, declarou Carmona.

Fonte: saoluisdofuturo

sábado, 15 de janeiro de 2022

Aumento de investimento da Alumar gera rodada de negócios no estado

Foto: Reprodução

As direções da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) e do Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar/Alcoa) planejam rodada de negócios com fornecedores, após a multinacional anunciar na semana passada retomada de mais uma linha de produção de alumínio no estado, com um aumento do investimento inicial de R$ 400 milhões para R$ 910 milhões.

A rodada de negócios FIEMA e a Alumar/Alcoa será coordenada pelo Programa de Desenvolvimento de Fornecedores do Maranhão (PDF Maranhão), que tem a multinacional como uma das cinco empresas mantenedoras, sob a gestão da FIEMA.

A agenda para realização da rodada de negócios foi debatida pelo presidente da FIEMA, Edilson Baldez e pelo diretor da multinacional Helder Teixeira. Com a retomada de mais uma linha de produção a empresa vai gerar mais de 2.300 empregos diretos.

Fonte: saoluisdofuturo

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Movimentação em portos registra alta de 5,5% de janeiro a outubro

Foto: Reprodução

O setor portuário brasileiro movimentou um bilhão de toneladas até outubro de 2021.

O setor portuário brasileiro, que envolve portos públicos e privados, movimentou um bilhão de toneladas de janeiro a outubro de 2021 – crescimento de 5,5% em relação ao mesmo período de 2020 -, conforme dados divulgados na segunda-feira (13), em Brasília, pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Os portos públicos registraram 344,5 milhões de toneladas, aumento de 5,01%, enquanto as instalações privadas alcançaram uma alta de 5,70% com 665,8 milhões de toneladas. Os portos privados que tiveram maior crescimento foram o Terminal Aquaviário de São Francisco do Sul, em Santa Catarina e o Terminal Portuário do Pecém, no Ceará.

A carga que teve maior crescimento foi a conteinerizada, com aumento de 13,8% em relação ao ano passado e 110,6 milhões de toneladas transportadas. Em seguida, vem a carga geral solta, com crescimento de 11,7%, com 49,2 milhões de toneladas.

O granel sólido movimentou 589,7 milhões de toneladas, 58,4% do total das cargas nas instalações portuárias brasileiras, e cresceu 1,8% em comparação com o mesmo período de 2020. Já o granel líquido somou 260,8 milhões de toneladas, 25,8% do total, aumento de 9,7% em relação ao apurado nos dez meses do ano passado.

A navegação de longo curso (entre países) continua liderando e representou 70,5% do total movimentado e cresceu 6% em relação ao ano passado. A cabotagem (navegação entre portos brasileiros) cresceu 6,7% e, por fim, a navegação de interior (entre rios) caiu 5%.

Portos que apresentaram o maior aumento de movimentação:

Terminal Aquaviário de São Francisco do Sul – SC: + 95,3% (14,7 mi t)

Terminal Portuário do Pecém – CE: +36,2% (17,6 mi t)

Terminal Aquaviário de Osório – RS: +31,2% (10,6 mi t)

Terminal Aquaviário da Ilha d’Água – RJ: +27,3% (18,1 mi t)

Itaqui – MA: +27% (26,9 mi t)

Terminal Ilha Guaíba – RJ: +20,2% (22,4 mi t)

Itaguaí – RJ: +21,1% (44,8 mi t)

Fonte: saoluisdofuturo

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Coreia do Sul revela protótipo da primeira cidade autossuficiente e flutuante, imune a desastres

Foto: Divulgação

À prova de inundações, infraestrutura da cidade se eleva com o nível do mar; objetivo do projeto é buscar soluções inovadoras para cidades ameaçadas pelas mudanças climáticas.

A cidade de Busan, na Coréia do Sul, a ONU-Habitat e a empresa de tecnologia Oceanix, assinaram um acordo para construir o primeiro protótipo de cidade flutuante sustentável do mundo. O projeto consiste em uma infraestrutura à prova de inundações, que se eleva com o mar e produz seus próprios alimentos, energia e água potável.

Em um cenário crescente de ameaça por conta das alterações climáticas causadas pela ação humana, a cidade flutuante surge como um destino possível para proteger populações de inundações, furacões e do próprio aumento do nível dos mares, bem como cultivar um ecossistema de empreendedores e pesquisadores de “tecnologia azul”.

Estratégia de adaptação climática

De acordo com o ONU-Habitat, duas em cada cinco pessoas no mundo vivem a menos de 100 quilômetros da costa e 90% das megacidades em todo o mundo são vulneráveis ​​à elevação do nível do mar. Cidades flutuantes sustentáveis ​​são parte do arsenal de estratégias de adaptação climática disponíveis, afirmou a agência especializada.

Maimunah Mohd Sharif, diretor executivo do UN-Habitat, disse que, em vez de lutar contra a água, a solução é aprender a conviver em harmonia com ela. O objetivo é desenvolver adaptação climática e soluções baseadas na natureza por meio do conceito de cidade flutuante e, segundo o executivo, Busan é a escolha ideal para a implantação.

Localizada na ponta sudeste da península coreana, Busan é vista como uma importante cidade marítima e tem o maior porto de movimentação de contêineres do país e o quinto do mundo. Segundo a Oceanix, o protótipo será abordado em um “nível hiperlocal”, levando em consideração a singularidade social, econômica, política e cultural.

Ilhas modulares interconectadas

A proposta delineou uma comunidade flutuante composta de ilhas modulares interconectadas, com capacidade para até 10 mil residentes com mais de 75 hectares. Os planos também incluem agricultura comunitária, edifícios que são resistentes ao vento e que geram energia solar e medidas para regeneração do ecossistema subaquático.

Cada construção sobre as plataformas não poderá passar de sete andares de altura, para manter um baixo centro de gravidade capaz de resistir ao vento e variações marítimas, e trarão painéis solares que alimentarão as plataformas. Segundo o projeto, cada plataforma funcionará para não produzir qualquer desperdício nem poluição.

Fonte: saoluisdofuturo


terça-feira, 30 de novembro de 2021

Saiu a lista das cidades mais inteligentes do Brasil

Foto: Reprodução

Foi avaliado o grau de automação e facilidade de acesso a serviços de 100 municípios na edição 2021 elaborada por Teleco, Abrintel e Conexis.

A cidade mineira Uberlândia ficou na primeira posição do ranking das cidades inteligentes de 2021, sendo que, entre as capitais, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, é a mais bem colocada. O ranking foi divulgado pela consultoria Teleco, a Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel) e a Conexis Brasil Digital.

Cidade inovadora

O levantamento considera a oferta de serviços por meio de recursos digitais e no estímulo às telecomunicações entre os 100 maiores municípios brasileiros. O ranking analisa 29 serviços, dos quais 16 foram identificados em Uberlândia.

Entre os destaques da cidade estão os cruzamentos com semáforos inteligentes, os prontuários eletrônicos, as lâmpadas de LED monitoradas por telegestão, informatização de serviços de saúde e educação e a digitalização dos serviços públicos.

Pela sequência, as dez primeiras cidades do ranking são: Uberlândia, Campo Grande, Fortaleza (CE), Santo André (SP), Belo Horizonte (MG), Blumenau (SC), Curitiba (PR), São José dos Campos (SP), Limeira (SP) e Porto Alegre (RS). Na edição de 2020, Santo André ocupava a primeira posição entre as cidades mais inteligentes.

Serviços inteligentes

Segundo a pesquisa, os principais indicadores de serviços inteligentes são semáforos, câmeras de vigilância, bases de informação, monitoramento de bueiros, prontuário médico, iluminação pública e limpeza pública. Para cada um desses serviços, o estudo considera o grau de automação, inteligência, utilidade e facilidades incorporados.

O estudo constatou que todas as cidades têm ao menos dois serviços inteligentes, principalmente referentes aos horários do transporte público e à emissão de boletos de tributos ou outros meios de pagamento. Os menores avanços foram em relação ao aluguel de bicicletas e às informações de turismo e cultura, entre outros.

Fonte: saoluisdofuturo


sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Porto do Itaqui se prepara para receber terminal de gás natural liquefeito

Foto: Reprodução
A iniciativa acontece por meio da criação de uma joint venture entre Eneva e a administradora de investimentos Servtec.

O Porto do Itaqui deve receber um terminal GNL (gás natural liquefeito). A iniciativa nasceu da parceria entre a Secretaria de Indústria, Comércio e Energia (Seinc), a Eneva, além de contar com o apoio do Governo do Maranhão. Não há informações ainda sobre a data da instalação.

Antes de anunciar a entrada na parceria, a Eneva já havia confirmado a assinatura de um acordo de cooperação com a Servtec Investimentos e Participações para avaliação de desenvolvimento de um terminal de gás natural liquefeito. A ideia é que a união crie uma joint venture, nesta, a Eneva teria 51% do total de ações e a Servtec ficará com os 49%.

Oferta de gás

De acordo com informação divulgada por meio de nota pela Eneva, a decisão final de investimento no terminal está condicionada à conclusão das avaliações e à obtenção das devidas licenças e autorizações para a implantação do projeto. Simplício Araújo, secretário da Seinc observa que segue atuando juntamente a Eneva objetivando o aumento da oferta de gás no Maranhão.

Além disso, ele pontua que “ao longo de sua gestão, tem realizado importantes diálogos com a Eneva, sempre pensando na expansão da cadeia produtiva do gás no estado”.

Exclusividade no acordo

Até o fim de dezembro de 2022, a Eneva possui total exclusividade no acordo, para que desenvolva, gerencie e explore o terminal de GNL em conjunto com a Servtec.

Fonte: saoluisdofuturo


sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Terminais nos portos de Maceió e Areia Branca são leiloados com propostas únicas

Imagem: Reprodução
Expectativa é que complexos portuários recebam cerca de R$ 222 milhões de investimentos e gerem 3 mil empregos nas regiões.

O Ministério da Infraestrutura realizou, na sede do B3, o leilão de dois terminais portuários da região Nordeste. Os dois grupos vencedores foram os únicos interessados nos respectivos terminais. Por serem operações importantes para as cadeias locais, mas muito dependentes de um acordo com os produtores, não havia expectativa de competição.

O Complexo Portuário de Maceió, em Alagoas, foi arrematado pela Empresa Alagoana de Terminais, representada pela Ativa Investimentos, com proposta de R$ 15 mil de outorga. Já o Terminal Salineiro de Areia Branca, no Rio Grande do Norte, foi arrematado por R$ 100 mil pelo Consórcio Intersal, representado pela mesma corretora.

O secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, destacou a importância de trazer uma infraestrutura adequada, contratos com segurança jurídica e investimentos nas duas principais atividades de dois estados do país. O arrendamento dos dois terminais devem garantir cerca de R$ 222 milhões de investimentos privados.

O Complexo Portuário de Maceió concentra movimentação e armazenagem de granel vegetal, especialmente o açúcar. Com área de 71.262 m², espera-se que o complexo portuário movimente aproximadamente 25 milhões de toneladas durante os 25 anos de contrato, com investimentos de R$ 57,8 milhões e a criação de 842 empregos.

Com área de 35.114 m², o Terminal Salineiro de Areia Branca é destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos minerais. A expectativa é de que o terminal movimente 69,3 milhões de toneladas ao longo dos 25 anos de contrato. A expectativa é de 2.526 vagas de empregos durante o período, com investimentos de R$ 164,1 milhões.

Fonte: saoluisdofuturo


terça-feira, 19 de outubro de 2021

Porto do Itaqui recebe primeiro eletrocentro investido pela EMAP

Foto: Reprodução

O investimento custou cerca de R$ 10 milhões de reais.

O Porto do Itaqui vai iniciar a modernização de seu sistema elétrico, para isso, a EMAP, desembolsou cerca de R$ 10 milhões na compra de três eletrocentros, um deles já está no Porto, os recursos investidos são próprios da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP).

O eletrocentro recebido na quarta-feira (13) tem como objetivo principal qualificar a recepção e distribuição de energia em todo o porto, garantindo melhor qualidade e segurança para as operações e ampliando ações preventivas.

Power House

Os eletrocentros também são chamados de Power House, eles são estruturas modulares e transportáveis, que contém equipamentos necessários para uma melhor recepção e gerenciamento de energia em áreas industriais.

O presidente da EMAP, Ted Tago, diz que o porto contará com três novas subestações localizadas na área operacional, onde atracam os navios, agregando tecnologia de última geração para sua infraestrutura e apoiando o desenvolvimento atual e futuro do Porto do Itaqui, consolidando um dos principais portos do país.

Segurança operacional

O investimento deve proporcionar ao porto maior segurança operacional, refletindo nos menores riscos de interrupções no fornecimento de energia para o local, a instalação do eletrocentro não exige custos altos, até mesmo a manutenção fica barata, sem afetar na qualidade. A ideia é buscar ao máximo a produtividade das operações portuárias e garantir suporte a expansão das operações portuárias.

O plano de investimentos do Porto de Itaqui já incluía a modernização das subestações, além disso, pelo menos R$ 33 milhões foram destinados a obras de recuperação estrutural dos berços e pavimentações internas para toda a poligonal, no valor de R$ 27 milhões.

Fonte: saoluisdofuturo


terça-feira, 5 de outubro de 2021

Redes sociais apresentam instabilidade global

Imagem: Novendi Dian Prasetya/iStock
- Reprodução
Facebook, Instagram e WhatsApp ficam off-line; usuários reclamam de demais serviços.

Na segunda-feira (4), diversas redes sociais e plataformas digitais apresentaram instabilidade global. Por volta do meio-dia, as plataformas do Facebook Inc. (Facebook, Instagram e WhatsApp) estavam foram do ar. Isso ocorreu tanto nos aplicativos quanto nos navegadores.

Via Twitter, o Facebook reconheceu que usuários estavam com problemas no acesso aos aplicativos e produtos e que a empresa estava trabalhando para que as coisas voltassem ao normal o mais rápido possível. “Pedimos desculpas por qualquer inconveniente”, publicou. A plataforma de realidade virtual do Facebook, Oculus, também não estava carregando os games.

Segundo o UOL, outros aplicativos que dependem do Facebook, como aqueles em que o usuário utiliza o mesmo login do app, como o jogo Pokemon GO, também apresentaram instabilidade.

No Twitter, os usuários também reclamaram de operadoras de telefonia móvel, do aplicativo de mensagem Telegram e alguns problemas no TikTok.

Especulou-se que a causa dos problemas nas redes do Facebook Inc. estivessem relacionados ao DSN, ferramenta que registra números (endereços de IP) e nomes de domínio de uma plataforma, como instagram.com.

Houve relatos, segundo o DownDetector, que mostraram as quedas pelo mundo, de que 50% dos serviços globais de internet estavam fora do ar ou enfrentavam lentidão. Além das redes citadas, como o Twitter, Google Maps, YouTube, Google Drive, Google Meet e Zoom, entre outros.

Fonte: meioemensagem


quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Saiba quando terá cobertura 5G no Maranhão

Imagem: Reprodução
Para especialistas, falta de aplicações pode fazer com que consumidores não sintam mudanças imediatas.

Na última sexta-feira (24), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou as regras gerais para a implementação do 5G no Brasil e marcou a data do leilão da tecnologia para o dia 4 de novembro. Mas quando o sinal da quinta geração de internet móvel vai realmente chegar ao Maranhão?

A decisão prevê que as operadoras comecem a oferecer o sinal de 5G até 31 de julho de 2022. Os prazos estipulados são os seguintes:

  • 5G disponível nas capitais brasileiras até 31 de julho de 2022;
  • Em cidades com mais de 500 mil habitantes até 31 de julho de 2025;
  • Em municípios com mais de 200 mil habitantes até 31 de julho de 2026;
  • Cidades com mais de 100 mil habitantes até 31 de julho de 2027;
  • Enquanto nas com mais de 30 mil habitantes até 31 de julho de 2028.

Para especialistas, o 5G ainda passará por alguns desafios em sua implementação, e pode demorar um certo tempo até que o consumidor veja alguma mudança em seu dia a dia. De acordo com o ministro das Comunicações, Fábio Farias, o governo estima que até o final do ano algumas cidades já recebam cobertura 5G.

Confira a previsão para as cidades do Maranhão:

  1. São Luís: até 31 de julho de 2022;
  2. Imperatriz: até 31 de julho de 2026;
  3. São José de Ribamar: até 31 de julho de 2027;
  4. Timon: até 31 de julho de 2027;
  5. Caxias: até 31 de julho de 2027;
  6. Codó: até 31 de julho de 2027;
  7. Paço do Lumiar: até 31 de julho de 2027;
  8. Açailândia: até 31 de julho de 2027;
  9. Bacabal: até 31 de julho de 2027;
  10. Balsas: até 31 de julho de 2028.

Fonte: saoluisdofuturo

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Crise hídrica: energia ficará mais cara e ‘suja’ com uso de térmicas até 2025

Imagem: Reprodução

Em outubro, o Ministério de Minas e Energia fará um leilão para compra de adicional de energia.

Conhecido por explorar bem seu potencial hídrico para a geração de energia elétrica, o Governo Federal decidiu, para afastar o risco de apagão em ano eleitoral, concentrar sua estratégia na expansão da energia termelétrica, em vez de apostar em outras fontes renováveis.

Energia 10% mais cara

Assim, a maior crise hídrica dos últimos 91 anos deve pesar no bolso do consumidor e no caixa das empresas ao menos até 2025, de acordo com especialistas do setor e consultorias da área. A previsão é que a conta de luz fique, em média, cerca de 10% mais cara este ano.

Contudo, não é apenas a falta de chuvas a única responsável pela pressão nos preços, dizem os analistas. Além da geração de energia mais cara gerada pelas termelétricas, os avanços do dólar, do petróleo e dos próprios índices de inflação tendem a pressionar os reajustes anuais das distribuidoras a partir de 2022.

Compra adicional de energia

Além disso, até 2025, pelo menos, a matriz energética terá uma participação maior de fontes mais poluentes. Em outubro, o Ministério de Minas e Energia fará um leilão para compra de adicional de energia, com prazo previsto para abril de 2022 a dezembro de 2025.

Poderão participar do leilão térmicas a gás com custo de até R$ 750 por megawatt-hora (MWh) e a óleo diesel e óleo combustível de até R$ 1 mil/MWh. A fatura sairá ainda mais cara do que os leilões anteriores, mas o governo argumenta que o “prazo desafiador” para entrada em operação resulta em custo mais alto. 

Fonte: saoluisdofuturo


sábado, 25 de setembro de 2021

Anatel dá a largada para leilão da 5G

Foto: Reprodução
Reunião do regulador na sexta-feira, 24, aprovou o edital; as teles terão que investir mais de R$ 45 bilhões até julho de 2027.

Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em reunião do conselho diretor, aprovou na sexta-feira (24), o edital para o leilão da quinta geração (5G) móvel. A previsão é que o leilão aconteça em 4 de novembro e que as primeiras redes comerciais entrem em operação a partir de julho do ano que vem, a princípio, nas capitais do País.

No dia 4 de novembro, serão oferecidas faixas em quatro frequências: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Os valores para exploração dos ativos serão pagos a partir de obrigações de cobertura e compromissos. Ao adquirir uma das faixas, as operadoras devem cumprir obrigações, como investir na cobertura 4G nos municípios brasileiros que ainda não têm essa tecnologia, trabalhar na implantação de fibra óptica nas localidades que ainda não dispõem dessa infraestrutura e instalar estações 5G em todos os municípios do País (para aquelas que vencerem lotes da faixa 3,5 GHz). Algumas dessas obrigações devem ser cumpridas já em 2022, enquanto outras têm prazo maior (até 2029).

O leilão será a maior licitação de telecomunicações da história do País. O valor líquido de todas as faixas que serão leiloadas —700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHZ — era estimado, inicialmente, em R$ 45,759 bilhões. Contudo, o Ministério das Comunicações transformou a maior parte desse valor em exigências de investimentos por parte das vencedoras do leilão. Com isso, a previsão é que as empresas vencedoras paguem R$ 8,6 bilhões ao governo e invistam R$ 37 bilhões para cumprir as contrapartidas previstas no edital. Ou seja, como queriam as teles, o leilão não terá viés arrecadatório. As teles terão que investir esse montante até julho de 2027 (cinco anos após a entrada em operação comercial, se os prazos atuais forem mantidos).

O edital prevê contrapartidas que terão que ser cumpridas pelas empresas vencedoras do leilão:

– oferta de 5G nas capitais do Brasil até julho de 2022;

– estender 4G a todas as rodovias do País;

– migrar o sinal da TV parabólica para liberar a faixa de 3,5GHz para o 5G;

– construção de rede privativa de comunicação para a administração federal;

– instalação de rede de fibra óptica, via fluvial, na região Amazônica; e

– extensão de internet móvel de qualidade às escolas públicas de educação básica. O plano de conectividade será desenvolvido pelo Ministério da Educação e executado e custeado pelas operadoras vencedoras da faixa de 26GHz.

“Com os ajustes finais no instrumento convocatório aprovados agora pelo conselho diretor, damos o passo final para possibilitar a realização do maior certame licitatório da história da Anatel, tanto em termos de quantidade quanto em diversidade de espectro”, afirmou o presidente da agência, Leonardo Euler.

Fonte: meioemensagem


quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O lento caminho rumo à velocidade

Imagem: Reprodução
5G, em compasso de espera pelo leilão, que pode ocorrer em outubro, gerará o maior investimento da história das telecomunicações do Brasil.

A quinta geração (5G) de telefonia móvel deve ampliar de vez a inclusão digital e ser um elemento importante para transações business-to-business (B2B). Ainda que a tecnologia não chegue a todo o território nacional, deverá impulsionar o atual padrão (4G) onde, atualmente, não há essa cobertura. O Brasil está atrasado: as redes 5G se tornaram comerciais há mais de dois anos quando, em abril de 2019, a Coreia do Sul lançou o primeiro serviço baseado no padrão. No mundo, 65 países já lançaram redes 5G, com cobertura em mais de 1,7 mil cidades. E, durante o Mobile World Congress (MWC) deste ano, fabricantes e teles já iniciaram os debates da sexta geração móvel (6G), com previsões de lançamentos entre 2028 e 2030. Também no MWC, o relatório de economia móvel global de inteligência da GSMA 2021 (a GSMA é a entidade que organiza o MWC) prevê que, até o final deste ano, as redes 5G cobrirão um quinto da população global e gerarão US$ 700 bilhões adicionais em receita anual para a indústria das telecomunicações até 2030.

O atraso brasileiro é consequência da avaliação de questões técnicas (pelo Tribunal de Contas da União – TCU) e pelas políticas do governo federal, que envolvem até um lobby liderado pelo governo norte-americano contra a principal fornecedora de equipamentos 5G do mundo, a chinesa Huawei. No caso brasileiro, para que a Huawei forneça a infraestrutura futura dessa rede, o edital prevê a construção de rede privativa para o governo. Em agosto, o TCU aprovou o edital da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a possível realização do leilão do 5G em outubro (com previsão de lançamentos comerciais em julho do ano que vem). A partir de 30 a 40 dias após a publicação do edital, serão realizadas as sessões públicas para a abertura das propostas de preços para a licitação de autorizações de uso de frequências nas faixas de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Nas sessões públicas, serão determinados os vencedores de cada lote. A Anatel espera que o processo seja bem-sucedido em seu propósito de ampliar a quantidade de espectro disponível ao setor para a prestação de serviços de telecomunicações, em especial de banda larga móvel, e de viabilizar a cobertura, com tecnologia 4G ou superior, da maior parte das localidades do Brasil. Essas faixas representam o maior espectro ofertado pela agência.

A principal expectativa da Anatel é que, nos próximos anos toda a população brasileira tenha acesso a serviços de banda larga e que as prestadoras tenham condições de expandir esses serviços, tanto em termos de qualidade e robustez das redes de telecomunicações quanto em novos modelos de negócios a serem ofertados. O que já tem acontecido mesmo com as atuais redes (leia mais no box à pág. 32).

Entre as funcionalidades previstas para a quinta geração, está o “network slicing”, ou “fatiamento da rede”, onde as características da rede poderão ser adaptadas de acordo com a necessidade. Enquanto vídeos de alta resolução, como 4K, podem demandar larguras de banda extremamente altas, aplicações como carros autônomos ou cirurgias assistidas demandarão latências extremamente baixas. Apesar de já existirem diversas aplicações IoT disponíveis no mercado, a tecnologia 5G promete massificar e diversificar esse tipo de aplicação, especialmente para a indústria e operações agrícolas, nas quais será viável maior automatização e utilização mais eficiente de sensores e outros instrumentos de monitoramento (de plantações, rebanhos etc.).

Ao adquirir uma das faixas, as operadoras devem cumprir obrigações, como investir na cobertura 4G nos municípios brasileiros que ainda não têm essa tecnologia, trabalhar na implantação de fibra óptica nas localidades que ainda não dispõem dessa infraestrutura e instalar estações 5G em todos os municípios do País (para aquelas que vencerem lotes da faixa 3,5 GHz). Algumas dessas obrigações devem ser cumpridas já em 2022, enquanto outras têm prazo maior (até 2029). O leilão será a maior licitação de telecomunicações da história do País. O valor líquido de todas as faixas que serão leiloadas —700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHZ — é estimado em R$ 45,759 bilhões, e o valor dos compromissos, em mais R$ 37,079 bilhões. Ou seja, as teles terão que investir mais de R$ 82 bilhões até julho de 2027 (cinco anos após a entrada em operação comercial, se os prazos atuais forem mantidos).

Avanços tecnológicos

O fato é que o 5G deve avançar na concretização de projetos atrelados à internet das coisas (IoT) e machine learning, melhorar a qualidade de transmissões, além de tornar mais fácil e eficiente a gestão dos recursos de rede. Com a latência baixa, será possível avançar no modelo de carros autônomos e cirurgias assistidas, por exemplo.

Embora estejam atreladas aos prazos do edital, há muito tempo as teles têm preparado suas estratégias para 5G. As três maiores operadoras (Vivo, Claro e TIM) participarão do leilão e têm como foco principal arrematar lotes da faixa de 3,5 GHz (indicada pela Anatel como faixa pioneira do 5G, que requer menos investimentos; em oposição, a faixa de 26 GHz é que precisa de mais investimentos), afirma o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude. “A TIM declarou não ter interesse na faixa de 2,3 GHz. As faixas de 700 MHz e 3,5 GHz podem ter novos pretendentes entre as prestadoras regionais, como a Brisanet, ou empresas de infraestrutura, como a Highline”, diz Tude. O interesse maior está nas faixas com maior retorno comercial, ressalta o sócio da consultoria VIA\W, Nelson Reis, motivo pelo qual as pequenas e médias operadoras de nicho poderão se aproveitar de parte do espectro.

A partir do momento em que forem designados os lotes, as operadoras deverão adquirir equipamentos, instalar infraestruturas, realizar acordos de compartilhamentos e desenvolver novas linhas de negócios, entre outras atividades, conforme prevê a Anatel. Em entrevistas concedidas a Meio & Mensagem, tanto o presidente da Vivo, Christian Gebara, quanto o da TIM, Pietro Labriola, afirmaram esperar que o leilão não tenha viés arrecadatório (frequências mais caras), e sim o de permitir investimentos capazes de transformar o Brasil em país digital de fato.

As exigências das organizações envolvidas no processo comprovam esse aspecto mais social.

A grande transformação do 5G, diz Tude, será a possibilidade de ofertar serviços que atendam às demandas do mercado B2B. O 5G trará relevância às telecomunicações, com a possibilidade de lançamentos de experiências de interação distintas, planos, mais velocidade e a oferta de serviços em diferentes áreas e com soluções customizadas para as necessidades de cada setor ou público-alvo, aponta o diretor de marketing da Claro, Márcio Carvalho. “A topologia da rede também muda, com adoção maior de nuvem, software e APIs de integração para as diferentes aplicações e descentralização do processamento para garantir a baixa latência. Inovação aberta e colaborativa será o motor dessa transformação”, afirma. Claro, Vivo e TIM têm investido em pilotos de redes experimentais de 5G para testar tipos de uso dessa rede com parceiros.

Carvalho, da Claro, diz que a operadora quer refinar soluções ao lado de empresas que possam auxiliar na expansão das fronteiras do serviço móvel pessoal. A TIM está engajada com a academia, empreendedores, indústria e desenvolvedores de soluções. “Recentemente, apresentamos casos de uso em segurança pública e no agronegócio, já utilizando a rede 5G stand alone, que será o padrão adotado no Brasil após o leilão”, adianta o CTIO da TIM, Leonardo Capdeville. A Vivo anunciou parceria com a empresa agroindustrial São Martinho e a Ericsson, com foco na conectividade e desenvolvimento de aplicações para a agroindústria, conectou agência bancária do Itaú à rede de quinta geração, criou um centro de soluções 5G, em parceria com a FEI, para pesquisa e desenvolvimento de soluções e aplicações, e mantém projetos com empresas, como Vale e Petrobrás, cujas infraestruturas estão preparadas para receber a rede.

Para os demais setores da sociedade, o 5G possibilitará maior cobertura geográfica — o que contribui com a inclusão digital —, menor latência de velocidade na comunicação e de downloads, maior capacidade de transmissões, maior confiabilidade e disponibilidade, qualidade e velocidade na reprodução de vídeos e demais conteúdos, capacidade para conectar massivamente um número significativo de aparelhos e outros benefícios. “Para o consumidor comum, no dia a dia, o 5G poderá ser percebido especialmente pela baixa latência, com o tempo de download de um filme ou o tempo de resposta em um jogo”, exemplifica Capdeville. Porém, com mais capacidade de transmissão, Carvalho, da Claro, acredita que haverá evolução nas aplicações atuais, centradas em vídeo, para uso massivo de realidade virtual e aumentada, holografia e outras inovações que ainda serão criadas em função desse novo patamar de tecnologia.

Porém, a grande revolução e aposta dos players está no segmento B2B ou B2B2C, mais especificamente nos mercados automotivos, de saúde, energia, logística, agricultura, manufatura, segurança, tecnologia, informação, comunicação, varejo e mineração. A menor latência deve revolucionar o monitoramento e controle de processos de automação em tempo real, indica o executivo da Claro. Para a TIM, a chegada do 5G permitirá o acesso sem fio para oferecer banda larga fixa a partir da rede móvel, otimizando a infraestrutura já existente no 4G. É a inauguração da era da indústria 4.0, com a massiva utilização da IoT. “Com a rede 5G, o segmento de IoT poderá avançar de forma muito mais intensa e veloz. Quando você tem a possibilidade de conectar mais coisas e pessoas, o volume de novas possibilidades se multiplica exponencialmente, com impacto positivo na economia do País”, diz o vice-presidente de marketing e vendas da Vivo, Márcio Fabbris.

“De forma geral, espera-se que o 5G traga benefícios em três campos principais: internet móvel de alta qualidade, que possibilita experiências mais imersivas incentivando toda uma nova geração de aplicações e soluções cada vez mais envolventes — unindo o mundo virtual e o real, com soluções de realidade aumentada (RA), realidade virtual (VR) e inteligência artificial (IA); comunicações de missão crítica: que demandam uma conexão ultra estável, ultra confiável e de baixa latência como, por exemplo, o controle remoto de infraestruturas em fábricas, carros autônomos e robôs industriais; e a IoT, que possibilita a conexão massiva de sensores, com novas aplicações digitais para um grande número de indústrias”, diz. No contexto industrial, as redes 5G terão papel preponderante devido à sua grande capacidade e confiabilidade para suportar e se adaptar a um universo de aplicações e requerimentos necessários à sua execução. “Essas redes suportarão aplicações de missão crítica em ambientes extremamente agressivos onde a qualidade dos serviços, bem como sua disponibilidade, são essenciais para operações em linhas de montagem, chão de fábrica ou no campo, nas quais a produção não pode parar”, pontua.

Aceleração de inovações

O 5G impulsionará, ainda, a aceleração de inovações que já estão em curso, como a conexão via aparelhos inteligentes, contribuindo também nesse campo para a IoT, e explorações no campo da IA. De acordo com Tude, da Teleco, as redes de telecomunicações são campo fértil para a utilização de IA devido à disponibilidade de dados à medida que as redes passam a ser predominantemente de software. As redes, afirma, já fazem uso dessa inovação em smartphones, boots para atendimento de clientes, projeto, configuração e automação de redes. “A inteligência artificial já está presente em vários serviços e deverá crescer muito rapidamente, apoiando as empresas nas suas atividades com enorme capacidade de processar e aprender rapidamente com precisão com grande quantidade de dados. Entendemos que o acesso de forma rápida às informações e dados, e a grande capacidade computacional, aliada ao 5G e ao cloud, trarão à IA resultados exponenciais vitais para os negócios”, acredita Reis, da VIA\W.

Big data, analytics, machine learning e IA já são parte central da estratégia da Vivo. O objetivo, no longo prazo, é construir uma cultura baseada em dados. A operadora trabalha com a IA na assistente virtual Aura, no machine learning e no Vivo Money, serviço de crédito pessoal para clientes pós-pago e controle, para antecipar as necessidades dos clientes. “Ao longo dessa jornada, aprendemos muito e desenvolvemos diferentes casos de uso dessas tecnologias. Um deles, por exemplo, está relacionado ao planejamento e expansão da rede móvel. A análise de informações como índice de satisfação, horário de pico e volume de dados, entre outros, nos permite entender a real experiência que os clientes têm ao usar a rede, em cada estação rádio base e, como resultado, conseguimos oferecer experiência melhor para o cliente e otimizar os investimentos feitos pela companhia para levar a melhor tecnologia de conexão móvel aos assinantes”, afirma Fabbris. “O próximo passo com o uso dessas tecnologias é promover experiência omnichannel aos clientes, de modo que cada um se sinta com atendimento totalmente individualizado”, explica.

Para a publicidade, o CTIO da TIM acredita que o 5G pode contribuir com maior quantidade de dispositivos conectados e novos canais de interação com os consumidores, a partir do maior uso de soluções de IoT, ou seja, resultará em novos canais para comunicar as mensagens publicitárias e mais audiência. “O 5G não irá apenas ajudar na forma criativa, mas também na ampliação do alcance de audiência. Outro impacto será o crescimento da quantidade de dados trocados digitalmente, que podem permitir que os anunciantes conheçam melhor o seu público, respeitando, obviamente, todos os limites de segurança e privacidade”, prevê. Na TIM, a aplicação dessas inovações ocorre, principalmente, na Tais, assistente virtual da operadora desenvolvida em parceria com a IBM, e que se baseia no IBM Watson Assistant.

Fabbris, da Vivo, diz que o principal indicador de sucesso da campanha é o aumento da saúde de marca no ambiente digital. Com a velocidade, a comunicação pode ganhar fluidez. No ano passado, após estudo interno para identificar dores e oportunidades para melhorar a comunicação, a operadora criou o Vivo On, um hub de produção de conteúdo composto por algumas das agências que trabalha e profissionais multidisciplinares. A partir desse hub, as empresas aplicam um trabalho de social listening, pelo qual mapeiam as principais pautas e tendências no ambiente digital e identificam as oportunidades e sinergias para a marca. “Entendendo que, em um ambiente mais favorável, a comunicação se faz mais fluida, encontramos mais oportunidades de ofertas de produtos e serviços. A prioridade é a aderência do conteúdo, mesmo que entre os não-clientes, porque a intenção é construir relações de longo prazo e criar mensagens pertinentes para o espírito do tempo”, afirma.

O impacto do 5G na publicidade também foi tema do MWC deste ano. O CEO da Verizon Media Guru Gowrappan, afirmou, durante o evento, que a personalização da publicidade ajuda a trazer resultados mais assertivos aos anunciantes. “Dessa forma, experiências imersivas são capazes de criar experiências incríveis”, disse Guru. De acordo com o executivo, o 5G é capaz de levar a customização de publicidade para um próximo nível, mais atrativa e escalável: “Marcas, publishers e toda a indústria envolvida na criação de comunicação precisam estar preparados para esse estrondoso avanço tecnológico. O que os anunciantes precisam fazer, agora, é pensar como criar interações relevantes e mais valiosas. Trabalhar com o tempo real é o que a personalização demanda”.

“Essas tecnologias vieram para ficar e as empresas que não as acompanharem, entenderem e utilizarem, correm o risco de não existirem em curto espaço de tempo. No entanto, não precisam, necessariamente, se tornarem especialistas, pois estão surgindo empresas capacitadas para entender o seu segmento, as tecnologias e proporem, de forma isenta (sem viés comercial), as melhores soluções, operadoras e custos”, conclui Reis, da VIA\W.

Fonte: meioemensagem


sábado, 4 de setembro de 2021

Energia eólica pode criar 3,3 milhões de empregos até 2026, aponta Conselho Global

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A estimativa é expandir a capacidade instalada em 470 gigawatts onshore e offshore.

A expansão da indústria de energia eólica pode criar 3,3 milhões de empregos nos próximos cinco anos, de acordo com estimativas do Conselho Global de Energia Eólica. A projeção inclui funções diretas na energia eólica onshore e offshore, bem como empregos em toda a cadeia de valor do setor – em áreas como desenvolvimento de projetos, instalação, produção, planeamento e manutenção.

A chefe de políticas e projetos do conselho, Joyce Lee, afirmou que a transição energética teria que ser acelerada na próxima década para salvaguardar as chances de alcançar a neutralidade de carbono até meados do século. De acordo com a executiva, a boa notícia é que a transição oferece empregos líquidos e ganhos econômicos.

Governos estabelecem metas

Os governos em todo o mundo podem aproveitar os benefícios socioeconômicos ao definir metas de energia renovável mais ambiciosas, simplificando a autorização para projetos eólicos e construindo mercados de energia que contabilizem os verdadeiros custos dos combustíveis fósseis, acrescentou Lee.

Os Estados Unidos disseram que queriam expandir a sua capacidade eólica offshore para 30 GW até 2030, uma medida de Joe Biden espera que gere milhares de empregos e desbloqueie bilhões de dólares em investimentos nos próximos anos. Do outro lado do Atlântico, o Reino Unido quer que a sua capacidade eólica offshore atinja os 40 GW até 2030, enquanto a União Europeia espera atingir pelo menos 60 GW até ao final desta década e 300 GW até 2050.

Potencial no Nordeste

De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica, a instalação de novos parques eólicos devem acontecer predominantemente no Nordeste. A região é muito propícia à produção de energia eólica, uma vez que é uma zona com ventos muito fortes e constantes. Considerando que a energia éolica é a energia do vento transformada em energia elétrica através de um equipamento, a região é a melhor área do país para isso.

Fonte: saoluisdofuturo


quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Nova aquisição do porto de São Luís tem entrada da Cosan e segmentos competitivos

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A Cosan anuncia que, a partir de agora, fica responsável por 49% do porto de São Luís. A aquisição permite um novo segmento em condições competitivas. O presidente do grupo, Luís Henrique Guimarães fez o pronunciamento oficial durante o lançamento de um negócio de mineração, em parceria com o grupo Paulo Brito, a JV Mineração.

A nova participante das ações do porto pertencia a WPR, empresa de infraestrutura do grupo WTorre e a Lyon Capital, fundada por Paulo Remy.

O acordo foi fechado com menos da metade do porto, mas antes já havia sido conversado a respeito de um contrato vinculativo para ficar com 100% do negócio, avaliado em R$ 720 milhões. O porto é controlado pelo grupo chinês CCCC (China Communications Construction).

Provedores

O diretor financeiro Marcelo Martins diz que anunciaram a compra dos minoritários e a partir daí terão a discussão com a CCCC. Eles voltarão para o grupo, uma vez que assinaram a carta proposta. Eles também serão provedores do EPC (Engenharia, Gestão de Compras e Construção). Os termos do EPC estão sendo discutidos.

Martins observa que o financiamento para o projeto da JV Mineração e do Porto São Luís não será um problema. Ele acrescenta que terão um tempo razoável para solucionar a equação do ‘funding’.

Já é possível contemplar cenário de captação e não vai ser um desafio. O que é importante é que se tem disciplina financeira permanente. Chegarão outros investidores financeiros se for necessário ou, talvez, mesmo que não tenham 100% dos recursos.

Os planos futuros envolvem novas aquisições, além de investimentos bilionários. O próximo projeto a ser iniciado fica próximo a Parauapebas, região de Carajás, no Pará, a JV Mineração identificou um potencial de 2 a 3 bilhões de toneladas de recursos minerais no novo ponto.

Metros de sondagens

Segundo Juarez Saliba, presidente da empresa, já foram feitas quase 50 mil metros quadrados de sondagens na região e eles pretendem, no próximo ano, fazer mais 80 mil metros de sondagens.

Nossa meta é iniciar com produções de 1 milhão de toneladas por ano em 2025 e 2026. E, posteriormente, diversos outros projetos vão ser desenvolvidos. Até o final da década, espera-se um tamanho de produção significativo. O objetivo é trabalhar com nichos de mercado que paguem prêmios elevados, assim como a Vale faz hoje, destaca.

Guimarães pontua que o Cosan escolheu uma estrutura de fundo de investimentos para controlar os novos projetos, com objetivo de ter maior flexibilidade e agilidade na entrada e saída de novos negócios. A empresa criou um braço de investimentos que irá abrigar negócios.

A ideia do fundo tem a ver com o perfil de investimento. Tem a capacidade de ser mais ágil para atrair investidor financeiro, e com uma saída mais líquida. Também não dá flexibilidade para definir o ‘timing’ de listagem.

Fonte: saoluisdofuturo


sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Crise portuária com falta de navios e fretes altos não tem data para acabar

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Isso significa preços altos e prováveis atrasos na chegada de produtos pelos próximos meses devido à disparada nos fretes marítimos.

A crise portuária, intensificada pela pandemia da Covid-19, que interrompeu as cadeias de suprimentos, ainda não tem data para acabar. Isso significa preços altos e prováveis atrasos na chegada de produtos pelos próximos meses devido à disparada nos fretes marítimos.

Além do descompasso entre oferta e demanda no mercado, há atrasos na liberação das cargas, eventos extraordinários (como o bloqueio do canal de Suez) e surtos de Covid-19, que provocam bloqueios na chegada de navios, afastamento de funcionários e fechamento de terminais.

Retomada gradativa

Segundo o diretor da FGV Transportes, Marcus Quintella, a retomada será uma “situação gradativa”. O executivo afirmou que ainda é difícil falar em estimativa de tempo para a retomada e que a previsão para se normalizar depende do comportamento da pandemia, já que ainda há muito receio da volta das atividades.

O mercado tem operado com escassez de contêineres e falta de navios em todo o mundo. Com o início da temporada de pico – o terceiro trimestre, em que empresas abastecem seus estoques para o fim de ano -, a situação não só deve se prolongar, como poderá se agravar, avaliam especialistas do setor.

Segmentos com contêineres

A crise afeta todos os segmentos que usam contêineres: calçados, vestuário, higiene pessoal, eletrônicos, equipamentos, alimentos, frutas, carnes refrigeradas, celulose, veículos. O problema, segundo especialistas, atinge principalmente os clientes que dependem do mercado “spot” (de curto prazo).

Atualmente, há 353 navios transportadores de contêineres parados fora dos portos pelo mundo, sem espaço para atracar, mais que o dobro do que no início do ano, segundo dados em tempo real da firma de logística Kuehne+Nagel.

Comércio internacional

Quintella reforçou que a pandemia trouxe uma “desorganização” na logística do comércio internacional, com congestionamento nos portos, valores de frete muito altos e impacto na cadeia, além das restrições entre portos. No Brasil, o comércio com a China foi o mais afetado, o que se reflete recordes nos fretes marítimos.

Nas rotas de importação vindas da China, o frete médio registrado em julho de 2021 foi 7,35 vezes maior do que há um ano, segundo a Logcomex. Atualmente, a rota Xangai-Santos apresenta custo de US$ 11 mil por contêiner de 20 pés, contra US$ 1.500 em agosto de 2020. É um nível histórico e que ainda não deve recuar.

Fonte: saoluisdofuturo