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Como o sistema eleitoral brasileiro pode se fortalecer diante das incertezas e divisões no cenário americano.
Nesta terça-feira, o mundo volta seus olhos para as urnas americanas, onde a disputa entre Kamala Harris e Donald Trump transcende a escolha de um presidente. Entre os desafios de ambos os lados, que vão desde a promessa de renovação e os ecos de autoritarismo até a complexidade das questões geopolíticas no Oriente Médio, uma coisa estará definitivamente à prova: o processo eleitoral que se iniciará amanhã e que, como tantas vezes antes, não tem hora para terminar.
O sistema eleitoral dos Estados Unidos, com o seu modelo descentralizado e a sua lentidão na apuração, coloca em evidência fragilidades que, num mundo cada vez mais ligado, se tornam alvo de críticas e desconfiança. Cada estado com suas próprias regras, as disputas incessantes nos tribunais, a pressão dos advogados e a interferência política no processo são realidades que prolongam a incerteza e alimentam uma atmosfera de suspeita. O processo se torna um espetáculo que, longe de promover a confiança, frequentemente reforça as divisões.
Para o Brasil, que tem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pilar centralizador e eficiente, o contraste não poderia ser mais claro. Enquanto os Estados Unidos se preparam para uma maratona que pode se arrastar por semanas, o sistema brasileiro é capaz de oferecer resultados rápidos, transparentes e confiáveis na noite da própria votação. O TSE coordena, fiscaliza e centraliza o processo, garantindo que a expressão da vontade popular seja respeitada de forma clara e precisa. É um exemplo de agilidade e transparência que muitos países – incluindo os Estados Unidos – poderiam adotar.
Esse cenário é ainda mais relevante ao considerarmos as próximas eleições brasileiras em 2026. Assim como nos EUA, o Brasil enfrentará desafios políticos e sociais intensos, mas o fortalecimento do TSE e a confiança popular no processo eleitoral são diferenciais que garantem a estabilidade. A soberania do TSE, construída com o passar dos anos, é uma conquista da nossa democracia e uma prova de que um sistema eleitoral centralizado pode, sim, ser exemplo para o mundo.
O Brasil ensina ao mundo que é possível realizar eleições seguras, transparentes e ágeis. O início das votações nos Estados Unidos amanhã é uma oportunidade para refletirmos sobre os valores que sustentam a democracia e a importância de um sistema eleitoral robusto, que inspire confiança e seja capaz de unir, e não dividir, uma nação.
À medida que o mundo assiste à eleição americana com expectativa e apreensão, o Brasil observa de uma posição única, como uma democracia que, apesar de todos os desafios, se orgulha de um sistema eleitoral que é referência em eficiência e transparência. Que as lições aprendidas com os erros e os acertos internacionais nos ajudem a continuar fortalecendo nossas próprias instituições e a garantir que as eleições no Brasil sejam sempre uma expressão fiel da vontade de seu povo.
Fonte: ET Eventos / Elias Tavares