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Explico por quê. Apesar de a IA estar no mapa das tendências há alguns anos, somente agora ela está sendo efetivamente aplicada nas mais diferentes frentes, com apoio do machine learning (que de fato aprende e evolui) e o grande diferencial, e está democratizada.
Não é mais algo de grandes corporações ou gigantes da tecnologia. É real, acessível e está sendo utilizada para que as equipes ganhem eficiência em seu dia a dia.
Se você estiver atento ao que está borbulhando em torno da IA, certamente já tem uma gama de ferramentas para testar e colocar à prova. São muitas e com as mais diferentes aplicações – desde geração de imagens exclusivas, textos e respostas a comandos cada vez mais específicos.
A IA generativa é a que mais tem deslumbrado os executivos de diferentes mercados, inclusive do franchising. Ela é capaz de criar conteúdo original, como imagens, textos, músicas e além.
O ChatGPT (a mais difundida até o momento) levou apenas 2 meses para atingir 100 milhões de usuários. O Instagram, por exemplo, levou 2 anos e meio para atingir a mesma marca. É por isso que a afirmação de que é uma tecnologia democratizada é real. Apesar de sua base de dados ser referente a 2021, a quantidade de informações é tão grande que ela oferece respostas precisas e continua aprendendo com as interações com os usuários.
Um dos principais benefícios da IA no franchising é a capacidade de personalizar os esforços de marketing e vendas, usando análise de dados para atingir os clientes certos no momento certo. A IA também pode ajudar os franqueados na geração de leads, simplificando o processo de vendas e fornecendo previsões de vendas mais precisas. Como? Utilizando o apoio da IA para criar mensagens realmente atrativas que irão engajar e ampliam a propensão de um candidato à franquia se interessar por uma marca.
A IA pode ser usada para automatizar tarefas rotineiras, liberando os franqueados para se concentrarem em atividades mais estratégicas. Um bom exemplo é a elaboração das análises de desempenho das franquias a partir de dados enviados pelas unidades e oferecer recomendações.
Da mesma forma, a criação de conteúdo para treinamentos se torna mais fácil e acelerada. Outro exemplo é a possibilidade de os franqueados responderem às avaliações dos clientes em redes sociais ou apps de recomendações de forma mais assertiva e menos emocional. Muitas vezes, o franqueado não tem uma estrutura ou mesmo a expertise para fazer isso, e a IA pode dar um salto nesse retorno.
Já pensou na evolução do SAF? O serviço de atendimento ao franqueado ficará ainda mais eficaz e acurado. E, principalmente, rápido, oferecendo respostas imediatas a dúvidas que muitas vezes podem ser essenciais para condução do negócio na ponta.
E para as áreas de RH, nunca ficou tão fácil escrever um job description e buscar candidatos que tenham fit com a oportunidade.
E num mundo em que a geração de conteúdo começa a ficar mais homogênea, como as marcas vão se diferenciar? Com posicionamento, com adoção de pontos de vista claros. As avaliações humanas e emocionais não podem ser geradas pela IA (pelo menos por enquanto!).
No entanto, há alguns riscos potenciais para o franchising com o uso da IA, incluindo a necessidade de proteger a propriedade intelectual e questões de privacidade. Além disso, apesar de muito coerente, as ferramentas atuais ainda erram. Ouvi esses dias uma frase que fez muito sentido: da mesma forma que as ferramentas têm acertado com convicção, elas também erram com convicção. Então, uma dose de cautela é crucial. As marcas devem se manter atualizadas sobre a evolução da tecnologia da IA e participar de comunidades para se manterem informadas.
Vale lembrar que isso é só o começo do que está por vir. Pela velocidade da adoção e da evolução da tecnologia as possibilidades serão infinitas. Aquela preocupação de que “será que meu negócio sobrevive à Inteligência Artificial?” A resposta é sim. Mas somente se o seu negócio souber fazer bom uso dela.
E a conclusão é simples. A IA oferece grandes oportunidades para o setor de franquias, e aqueles que a adotarem cedo terão uma grande vantagem competitiva.
Por Lyana Bittencourt - CEO do Grupo Bittencourt
Fonte: mercadoeconsumo