quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O Maranhão "mais infeliz!" Por que Weverton Rocha é a pior opção para governar o Estado?

Imagem: Reprodução
Em entrevista na terça-feira (18), ao jornal Bom Dia Mirante, o pré-candidato ao Governo do Estado do Maranhão, senador Weverton Rocha tentou defender as razões da sua ambição em achar que está a altura de Flávio Dino para governar o Maranhão e dar continuidade a todo o legado construído até agora. Foi a maior exibição de uso de óleo de peroba que já testemunhei.

Bom, primeiramente vamos verificar as razões do porquê ele não serve para governar o Maranhão. Para tanto vamos fazer um exercício que a maioria dos brasileiros e brasileiras não costumam fazer ao escolher um candidato para qualquer cargo que seja da administração municipal, estadual ou federal, vamos analisar o currículo pregresso deste candidato nos últimos 20 anos.

Já tendo respondido a diversos processos em várias instâncias do poder judiciário, Weverton já respondeu ou está respondendo por acusações de peculato, improbidade administrativa e corrupção ativa e passiva. E acredite se quiser, livrou-se de muitas delas por morosidade da justiça ou prescrição

Se este aqui fosse um país sério, um sujeito com um passado desses já estaria atrás das grades, e com os direitos políticos cassados, e não com mandato de senador ou pré-candidato a governador.


BIOGRAFIA


Nome Civil:
WEVERTON ROCHA MARQUES DE SOUSA

Nascimento: 08/10/1979

Naturalidade: Imperatriz, MA

Formação: Administrador






Sua carreira de "desvio de finalidade", começa aos 18 anos, quando ainda era dirigente da União Nacional dos Estudantes Secundaristas (UMES).


Ano: 1998-2000

Cargo eletivo: Dirigente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES)

Acusação: Desvio de Dinheiro

N° do processo: 0026051-93.2003.8.10.0000 (1°) 

Onde: Justiça Estadual do Maranhão.

Situação: Arquivado


Ano: 2007-2008

Cargo: Secretário Extraordinário da Juventude

Acusação: Improbidade Administrativa, Fraude no processo licitatório e Peculato

Prejuízo aos cofres públicos: ultrapassa R$ 5,38 milhões.

Onde: 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão

Situação: A denúncia foi aceita pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) em 2017, quando ele ainda era deputado federal. Remessa para o juízo de primeira instância, em razão da perda do foro especial por prerrogativa de função. O processo tem 9 volumes e 11 apensos.


Ano:  2009-2011

Cargo: Assessor Especial, Ministério do Trabalho e Emprego, Brasília, DF

Acusação: Enriquecimento ilícito

Prejuízo aos cofres públicos: R$ 17,3 milhões em convênios firmados com o Ministério do Trabalho e Emprego

Onde: 6ª Vara da Seção do Judiciário do Distrito Federal 

Situação: O Ministério Público Federal reiterou na quarta-feira (12/05/21) pedido pela condenação do senador Weverton Rocha (PDT) na ação de improbidade sobre suposto enriquecimento ilegal no recebimento de benesses. O MP quer, dentre outras coisas, a perda da função pública, suspensão temporária dos direitos políticos e ressarcimento do dano.

A ação ajuizada pela Procuradoria da República já dura quase 10 anos. O caso chegou às alegações finais em fevereiro de 2021.


Ano:  2011-2015-2019

Partido: PDT, MA

Cargo eletivo: Deputado Federal

Disparate: Em 2016, em seu segundo mandato como deputado federal, Weverton Rocha foi o autor do principal destaque ao projeto da lei das “10 Medidas contra a corrupção”. Nele, propôs que magistrados e integrantes do Ministério Público respondam por crime de abuso de autoridade quando atuarem com conduta incompatível com o cargo. 


CRESCIMENTO PATIMONIAL EM 4 ANOS



DECLARAÇÃO DE BENS EM 2018



Nesse período entre o primeiro e segundo mandato como Deputado Federal é que a evolução patrimonial começa a ficar estranha. 


Weverton Rocha – Bens Declarados

2014 – R$ 325.760,07

2018 – R$ 2.468.312,29


Como estará 4 anos depois, agora em 2022, quando fizer a declaração para o pleito deste ano? Será que ele adicionará os postos de gasolina no Araçagi, ou a nova mansão em Barreirinhas, a frota de Hilux ou até mesmo o posto em Paço do Lumiar e a TV e Rádio Difusora, que atribuiu-se mais recentemente, como sendo bens de sua propriedade?


Ano:  2019 a 2027

Partido: PDT, MA

Cargo eletivo: Senador

Manobras vergonhosas: Réu por enriquecimento ilícito, Weverton Rocha acelerou mudança de lei para beneficiá-lo. Senador pelo Maranhão, pedetista colocou texto em votação sem que tenha sido feito nenhum debate aprofundado e sem acolher nenhuma emenda.

Relator na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do projeto que altera a Lei de Improbidade Administrativa de modo a tornar ainda mais fácil aos gestores públicos desviarem recursos do erário.

Weverton foi escolhido relator da matéria no Senado, apresentou seu relatório em 24 horas, e tentou liquidar a fatura sob alegação de que o texto já havia sido debatido nos estados. 

Só não conseguiu concretizar a artimanha na ocasião, por mobilização de procuradores, membros do Ministério Público e dos senadores Lasier Martins (Podemos-RS) e Álvaro Dias (Podemos-PR).

O pedetista responde a processo de improbidade no qual é acusado pelo MPF, dentre outras suspeitas, de enriquecimento ilícito. As alterações nas regras de punição da lei podem beneficiá-lo, inclusive de ser livrado de eventual enquadramento na Lei da Ficha Limpa.

Jabutis na Lei de Improbidade

Entre os pontos encaminhados por Weverton está a que barra a perda do cargo em casos em que o acusado não ocupa mais o posto que motivou o processo, excetuando apenas casos “de caráter excepcional”.

O senador, por exemplo, se condenado na ação em que é réu na Justiça Federal por improbidade, não perderia o mandato em decorrência de um fato da época em que foi assessor especial no Ministério do Trabalho e Emprego.

Agora, para punir um gestor público por desvio de recursos ou enriquecimento ilícito, no malabarismo retórico de Weverton Rocha, passará a ser preciso primeiro provar que as irregularidades foram cometidas com dolo ou má-fé.

Desrespeitar a LAI (Lei de Acesso à Informação), como o pedetista vem fazendo em relação a pedidos em seu gabinete no Senado, por exemplo, deixará de ter punição, porque não está mais listado como ato ilícito na nova lei.

Com relação a projeto concretamente falado para governar o estado, seu discurso se restringiu a Turismo (em plena pandemia), infraestrutura e Industrialização. É claro, como ele pretende fomentar tudo isso, não revelou ou não soube dizer. O que fica claro é que, com um currículo desses, eu não o elegeria nem para tomar conta de galinheiro, quanto mais de um Estado.

Só no Brasil, as pessoas acham normal um cidadão assumir um mandato eletivo de 4 anos, com uma declaração inicial de bens de milhares de reais, e terminar o mandato milionário, com um patrimônio superlativo, e ainda se reeleger.

Então eleitor, tendo em vista todos esses fatos, será que o Maranhão seria "mais feliz" com um elemento desses governando o Estado?

Fonte: jornalitaquibacanga / Atual7/Blog do Antonio Martins/ Blog do Neto Ferreira

Não se convenceu? Veja também:


VEJAM VÍDEO QUE CIRCULA EM GRUPOS DE ZAP