quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Governo dá posse a 55 gestores indígenas de escolas da Rede Estadual e participa do 1° Encontro dos Estudantes da Amazônia realizado pela UNE, em São Luís

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Em solenidade na Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão (Fetaema), o Governo do Estado realizou, na terça-feira (07), o Ato de Designação dos Gestores Indígenas da Rede Estadual. Foram empossados 55 gestores, membros das diversas etnias do Maranhão, como Tentehar/Guajajara, Ka’apor, Pyhcop Cati/Gavião, Canela/Memortumre e Krikati.

A ação marca um momento histórico para o Estado, transformando as escolas indígenas em escolas sede, deixando de ser anexo. A medida dá mais autonomia administrativa para 55 unidades escolares, que terão seus gestores indicados por meio de portaria.

O vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, ressaltou que a nomeação dos indígenas para o cargo de gestor é um momento importante para os povos indígenas e destacou que as políticas públicas devem levar em conta as suas tradições.

“Hoje nós fizemos um ato histórico. Nomeamos 55 gestores indígenas para o cargo de diretor de escolas, uma conquista extraordinária, um momento que valoriza a nossa cultura, a cultura indígena e ao mesmo tempo transfere conhecimento. Vamos continuar aperfeiçoando e levando políticas públicas às comunidades indígenas, e valorizando, acima de tudo, a preservação de sua cultura”, expressou Brandão.

Foto: Lauro Vasconcelos - Reprodução

Foto: Lauro Vasconcelos - Reprodução

Durante a solenidade, o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, falou da importância do ato para os indígenas do Maranhão. “Mais um dia histórico para a educação maranhense e para o Estado do Maranhão. A nomeação dos gestores indígenas significa respeito, preservação e dedicação do Governo Flávio Dino a quem mais precisa. Continuaremos trabalhando, com muito respeito e muita dedicação e contribuindo para o fortalecimento dos povos indígenas do Maranhão”, exprimiu.

“Esse momento, que estamos vivendo hoje, é de extrema importância para nós indígenas, principalmente depois de muitos anos de reivindicações. Hoje vemos o quanto a nossa escola avançou, através de nossas lutas e estamos muito felizes por receber a nossa posse de gestores, principalmente eu que sou mulher e isso é de uma representatividade muito grande”, proferiu Rosilene Guajajara de Sousa, da Aldeia Maçaranduba, terra indígena Caru, no município de Bom Jardim.

Governo participa do 1° Encontro dos Estudantes da Amazônia realizado pela UNE, em São Luís

Foto: Reprodução
Com o intuito de debater com a juventude estudantil as medidas necessárias para o
desenvolvimento econômico sustentável na região amazônica, bem como refletir sobre os atuais danos causados pela exploração predatória do bioma amazônico, a União Nacional do Estudantes (UNE) realizou, até sábado (4), o 1º Encontro dos Estudantes da Amazônia, em São Luís do Maranhão. O evento contou com o apoio do Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

Durante o encontro, o secretário de Educação, Felipe Camarão, destacou a importância do debate e ressaltou que a Educação é fator essencial para acabar com o preconceito e estabelecer o desenvolvimento social e econômico de uma sociedade.

“Devemos buscar soluções para os atuais problemas ambientais que ameaçam a Amazônia e o desenvolvimento sustentável da região e também combater outros males, que assolam o país. Não há mais espaço para uma sociedade machista, homofóbica, racista, que não respeita as religiões e os povos tradicionais, e isso se resolve, também, com educação. É por isso que devemos apostar muito em educação como fator de desenvolvimento de uma sociedade”, proferiu Camarão.

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Bruna Brelaz, presidente da UNE, agradeceu o governo pelo apoio dado ao evento e se emocionou ao falar sobre o papel das escolas em tempo integral, que tiveram importância significativa em sua vida. Brelaz também destacou as ações no Maranhão, destaque, hoje, no fortalecimento do ensino em tempo integral.

“Queremos muito agradecer o secretário Felipe Camarão por esse momento. Eu estudei em escolas em tempo integral e graças a isso a minha mãe pôde trabalhar para nos sustentar. Esse momento é muito representativo para mim. Sei que o Maranhão investe em educação e as escolas em tempo integral possuem professores de qualidade, onde os alunos têm condições de ingressar em uma universidade”, exprimiu.

A programação do Encontro trouxe diversas atividades, como mostra científica, debates, oficinas, ato político em defesa da Amazônia, festival dos estudantes da Amazônia, entre outras atividades, que discutiram o “Papel da Educação e da Ciência na Preservação e no Desenvolvimento da Amazônia”; “Amazônia em Disputa: Modelos de Desenvolvimento e Preservação”; “Perspectivas e Desafios no campo da Cultura e Arte Amazônica, entre outros de relevância para a preservação da Amazônia.

Presente ao evento, a coordenadora da Escola Ambiental do Maranhão, Cricielle Muniz, ressaltou a participação dos Agentes Jovens Ambientais do Maranhão no debate em defesa da Amazônia. “É um debate importante e tão necessário para o Brasil, diante da crise ambiental que vivemos hoje em nosso país. Os Agentes Jovens Ambientais, instituídos pelo governo Flávio Dino, participaram desse momento de forma bem permanente e ativa, e ajudou a construir esse debate para o nosso país, em defesa da Amazônia”, ressaltou.

Estudantes de munícipios dos diversos estados brasileiros pertencentes à Amazônia Legal participaram do Encontro. A estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará, Gabryela Lobato, e representante do Movimento Estudantil Coletivo Juntos, ressaltou a importância do debate.

“A importância desse encontro se dá muito pela conjuntura que a gente está vivendo. São diversos ataques à Educação, corte de bolsas nos cursos de graduação e pós-graduação e quando a gente vem para Amazônia, vê diversos ataques ao meio ambiente e aos povos tradicionais. A conjuntura de ser um estudante na Amazônia engloba tudo isso, a gente está em defesa da educação, mas também está em defesa do nosso território”, concluiu.

Fonte: SEDUC/MA