sexta-feira, 23 de julho de 2021

Maranhão realiza pesquisa pioneira sobre a resposta imunológica da Coronavac

Imagem: Reprodução
O estudo é parceria do Governo do Estado, por meio do Lacen-MA, com a Universidade Ceuma.

Uma pesquisa pioneira que irá avaliar a resposta imunológica de pessoas à vacina Coronavac e a resposta imune natural ou inata à Covid-19, bem como a permanência de anticorpos contra a doença, está sendo realizada no Maranhão pelo Governo do Estado, por meio do Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen-MA), e a Universidade Ceuma.

O objetivo do estudo, idealizado pelo professor de Imunologia da Universidade Ceuma, Eduardo Martins de Sousa, é que os resultados contribuam com o combate à pandemia no Brasil e até em escala mundial. A pesquisa foi iniciada ainda em 2020, com cerca de 100 pessoas que haviam realizado o exame de sorologia, que detecta anticorpos contra o SARS-Cov-2.

Análise

A proposta era analisar se os anticorpos persistiam após a infecção pelo coronavírus, por quanto tempo e se seriam anticorpos neutralizantes, capazes de impedir a reinfecção.

Agora, com a vacinação, o estudo pretende responder se uma pessoa que teve a doença m e se vacinou com as duas doses da Coronavac adquiriu uma proteção maior do que aquelas que contraíram e ainda não se vacinaram.

Segundo Eduardo Martins de Sousa, a pesquisa permitirá avaliar a eficácia da Coronavac na população maranhense, representados por adultos, profissionais de saúde e idosos.

Para o professor, o estudo deve ser de grande impacto na ciência, uma vez que existem poucas pesquisas que avaliam a eficácia da Coronavac e, além disso, o Brasil enfrenta um cenário de muitas variantes em circulação.

Metodologia

Para alcançar os resultados, a pesquisa inclui a aplicação de questionários e a coleta sorológica para análise dos anticorpos e das células de memória. Os quatro grupos analisados são de pessoas que não foram infectadas e nem vacinadas para Covid; não foram infectadas, mas vacinadas; foram infectadas, mas não vacinadas; e as que foram infectadas e vacinadas. 

Para a análise pelo Lacen-MA, foram realizadas três coletas nas pessoas selecionadas para participar do estudo: em junho de 2020, dezembro de 2020 e julho de 2021. A previsão é de que a pesquisa, que ainda está em andamento, seja concluída e tenha os resultados divulgados ainda neste ano.

Fonte: saoluisdofuturo