terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Engie Brasil vai injetar R$3,5 bi nos setores de energias renováveis e infraestrutura

Foto: Reprodução
Até 2023, o plano de investimento deve se aproximar dos R$ 6 bilhões.

Para 2021, os planos da Engie Brasil Energia (EBE), maior geradora privada de energia do Brasil, incluem investir em setores renováveis e infraestrutura. O valor inicial da aplicação será de R$ 3,5 bilhões durante o ano todo, mas o objetivo é aumentar esse valor. Até 2023, o plano de investimento deve se aproximar dos R$ 6 bilhões.

Para Eduardo Sattamini, presidente da EBE, dentro desses valores podem estar novas linhas de transmissão, gasodutos e produtos de energia eólica e solar. Outro segmento que está na lista de contratação se volta aos projetos de geração hidrelétrica, como por exemplo, o caso da licitação da usina de Foz do Areia, operada pela Copel, no Paraná.

Baixo volume de chuvas

Há um aumento de perspectivas, mas segundo o EBE, o que ainda preocupa o setor é o baixo volume de chuvas em 2021, o que pode trazer prejuízo para o setor elétrico. Sattamini observa que o mercado já indica recuperação da queda de demanda observada em meio à pandemia de Covid-19, mas o cenário hidrológico é preocupante.

Não há risco de racionamento de energia, mas deve haver necessidade de aumentar a geração em usinas termelétricas para compensar a menor geração hidrelétrica. Hoje, a Engie é a maior geradora privada do país, com mais de 10,4 mil megawatts (MW) de capacidade instalada, dos quais mais de 80% estão em usinas hidrelétricas, acrescenta.

Alta de 21% em relação a 2019

A pandemia causou prejuízo e crescimento lento para diversos setores, mas esse não foi o caso da EBE, que registrou em 2020 alta de 21% em relação a 2019, com lucro líquido de R$ 2,79 bilhões. A receita operacional da empresa somou R$ 12,25 bilhões, crescendo 25% na comparação anual. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a R$ 6,48 bilhões, com crescimento de 25,7%.

Sattamini também destaca que a solução da repactuação do risco hidrológico (GSF, sigla em inglês), assim como a incorporação da Transportadora Associada de Gás (TAG), ajudaram os resultados da Engie ao longo do ano. Em função da baixa taxa de juros, o resultado da TAG foi melhor do que esperavam no ano passado.

Compra de 90% da TAG

Outro grande investimento feito pela ABE foi a compra de 90% da TAG e teve como parceira a controladora Engie e o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placemente du Québec (CDPQ), por US$ 8,6 bilhões. Ao longo de 2020, o lucro líquido total da empresa foi administrado pela transportadora, o que resultou no valor de R$ 420 milhões.

Os próximos passos a serem tomados estão baseados no pagamento de dividendos de R$ 0,7471 por ação, totalizando R$ 609,6 milhões, processo esse que para ser colocado em prática, precisa ser ratificado pela assembleia geral ordinária.

Fonte: saoluisdofuturo