quinta-feira, 23 de abril de 2020

PF teria identificado Carlos Bolsonaro como mentor de fake news contra STF e Moro fala em demissão após Bolsonaro anunciar troca na direção da PF

Foto: Reprodução
A discordância entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro Sergio Moro em relação ao diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, ganhou novas explicações. Uma equipe da PF que investiga as fake news contra o Supremo Tribunal Federal (STF) teria identificado o mentor das publicações: Carlos Bolsonaro (Republicanos), conforme apuração de Vicente Nunes, do Correio Braziliense.

Na operação, os policiais responsáveis pelas investigações garantem que o filho do presidente, também conhecido como 02, é o condutor de ataques ao Supremo e ao Congresso.

Com isso, quando todo o aparato da investigação apontar para Carlos como o mentor, a crise estará instaurada. Além disso, ainda segundo a coluna há um processo aberto pelo STF para investigar esse movimento de notícias falsas.

A equipe que investiga o caso aberto pelo STF para analisar fake news também vai apurar quem foram os autores dos protestos pró-ditadura, no qual Jair Bolsonaro participou no último domingo (19).

Possível demissão de Sergio Moro

Caso o presidente force a demissão de Valeixo terá também de aceitar a saída de Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Nesse sentido, Bolsonaro escolherá defender o filho em detrimento do ministro que possui forte apelo popular.

Os agentes estão respaldados de provas dos ataques ao órgão supremo do Judiciário e à democracia. Entretanto, com a saída do atual diretor-geral, o presidente pode intervir na divulgação das provas, o que depende do nome indicado para o comando da entidade.

Moro fala em demissão após Bolsonaro anunciar troca na direção da PF

O ministro Sergio Moro, da Justiça, falou ao presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (23/4), que sai do governo se ocorrer a troca de comando da Polícia Federal. Bolsonaro tenta, agora, impedir a saída de Moro.

Bolsonaro anunciou ao ministro que o atual diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, deve ser demitido para dar lugar a um nome que tenha maior proximidade com o Planalto. Moro, porém, vê na troca um ato extremo de desautorização, que ocorreria para proteger aliados atualmente na mira da corporação, e disse que, saindo Valeixo, ele também sai.

A intenção de fazer a troca ocorre em meio ao andamento de um inquérito, aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do Procurador-geral da República, Augusto Aras, que mira deputados bolsonaristas. Eles são suspeitos de atuar para financiar e incentivar manifestações contra o Supremo e o Congresso. 

As manifestações foram convocadas em várias cidades para pedir um "novo AI-5". O próprio presidente participou de um ato em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. 

Resistência da corporação

As tentativas de trocar o diretor-geral da PF encontram resistência não só de Moro, mas também de delegados e agentes. É consenso que, se concretizadas, enfraquecerão o ministro da Justiça.

Dentro da corporação, a notícia da troca foi recebida como uma bomba por agentes e delegados. Nem a Presidência nem o Ministério da Justiça se manifestaram oficialmente sobre o caso, até o momento.

Fonte: istoe / MSN


Comentário

Quando é para limpar a sujeira de um dos filhos dele alguém sempre termina de é para era, as vezes, em definitivo! Já teve gente envolvida com o 01 que virou manchete de caderno  policial, mas só o corpo. Já sabiamos que esse 02 era um cyberagitador e que ataca inimigos do pai pelas redes sociais utilizando principalmente o twitter e se valendo de um exército de perfís falsos que obviamente são remunerados, pois são necessárias pessoas reais para controlar esses perfis. O Próprio Bozo credita a ele, o 02, o êxito nas eleições quando se refere a campanha virtual.

Isso já foi denunciado em CPI por ex-aliados do mandatário, mas o interessante aqui é a cara de pau dele fazer isso justamente quando a PF está prestes a colocar as mão no 02.

Atacar intituições democráticas como o STF e o Congresso Nacional e evocar AI-5, em movimentos de rua, incentivando as pessoas a também fazê-lo, deveria ser enquadrado como crime de responsabilidade implicando diretamente o papai do autor dos cyber atentados as instituições, ao país e a democracia. 

Vejam bém, isso não é um ato independente nem alheio ao conhecimento do Presidente da República, ele é "cúmplice".