sexta-feira, 5 de maio de 2017

Áreas de proteção ambiental estão abandonadas em São Luís

Reserva do Itapiracó, Reserva do Batatã, Parque Estadual do Bacanga e Sítio do Rangedor são locais considerados essenciais para manutenção da biodiversidade

A Batatã, Parque Estadual do Bacanga e Sítio do Rangedor, considerados locais essenciais para a manutenção da biodiversidade e conhecidas como “Ilhas Verdes”, estão abandonados.

Segundo o doutor em Geoquímica Ambiental, Odilon Teixeira de Melo, a situação de descaso nas áreas se deve a ação do homem, a falta de fiscalização e consciência ambiental. “A situação é um pouco crítica por falta de cuidado e preservação por parte do poder público, visto que as invasões muitas vezes são crescentes, a retirada de material para construção, também o lixo e a poluição dessas nascentes dos principais mananciais”, explicou.


O Parque Estadual do Sítio do Rangedor, situado entre os bairros Cohafuma, Calhau e Altos do Calhau, é um dos mais afetados. De 300 hectares só restaram atualmente 123. Já no Parque Estadual do Bacanga a poluição e o esgoto colocam em risco a saúde do rio assim como na Reserva do Batatã, onde a situação também é muito parecida.

O biólogo José Maria Maia Filho diz que as queimadas, as invasões às reservas, as construções tem causado uma reação negativa na natureza cada vez mais difícil de conter. “Se você trata bem o meio ambiente ele vai dar um retorno positivo. Se você agride ele vai dar um retorno negativo e é o que está acontecendo em São Luís com o aumenta da temperatura, queimadas, principalmente na época da estiagem. São vários fatores que vão contribuir para isso”.



O biólogo acrescenta que estas áreas são extremamente importantes para São Luís, pois influenciam diretamente no clima da cidade. Além de absorver boa parte das chuvas que alimentam os lençóis freáticos que ajudam no abastecimento de vários bairros da capital. “Se não tiver um saneamento básico bem feito aquilo ali pode contaminar aquele reservatório que abastece grande parte da nossa ilha”, finalizou.

Sobre a situação das áreas de proteção ambiental da capital, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos naturais disse que realiza operação contínua de fiscalização no Parque Estadual do Bacanga, para notificar, multar e embargar ocupações e atividades irregulares. Sobre o Sítio do Rangedor, a Secretaria disse que iniciou, no ano passado, o cercamento do Parque Estadual para evitar crimes ambientais e manter a preservação das áreas de recargas de aquíferos, os animais e a flora do Parque.

Fonte: G1