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domingo, 23 de fevereiro de 2020

Fim do DOC e TED: PIX chega para “universalizar” o dinheiro no BR

Foto: Reprodução
De acordo com a Agência Brasil, o Banco Central (BC) está anunciando na quarta-feira (19) o sistema para pagamentos instantâneos PIX, que vai permitir transferências imediatas entre contas correntes de bancos diferentes com o uso de QR Code. O serviço tem previsão para entrar em funcionamento em novembro e será um concorrente direto dos pagamentos instantâneos com criptomoedas.

Serviço será obrigatório para algumas instituições

De acordo com as regras de participação para o serviço, que foram aprovadas na semana passada e cuja circular será publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (19), algumas instituições serão obrigadas a participar do PIX. São elas as instituições financeiras com mais de 500 mil contas de clientes ativos – valem contas de depósito à vista, contas de depósito de poupanças e contas de pagamentos pré-pagas.

Imagem: Reprodução

De início, esse critério de obrigatoriedade já agrega cerca de 30 instituições, que são responsáveis por mais de 90% das contas transacionais ofertadas no Brasil.

Definir um nome para o serviço já em fevereiro e incluir um critério de obrigatoriedade de participação, deixa claro o comprometimento do BC em lançar o PIX em novembro e torná-lo uma modalidade padrão para pagamentos logo no início de sua implantação.



Adeus DOC e TED

O principal objetivo do BC é oferecer pagamentos instantâneos, que serão concretizados em alguns segundos e poderão ser feitos 24 horas por dia e nos sete dias por semana, incluindo os sábados e domingos. Com isso, o PIX vai substituir as transferências bancárias (TED – Transferência Eletrônica Disponível – e DOC – Documento de Ordem de Crédito) e débitos por transações entre pessoas.

A fase final de testes do PIX será lançada no dia 3 de novembro, sendo que o serviço vai entrar em funcionamento pleno a partir do dia 16 do mesmo mês, contando com suporte para transferências com uso de chave de endereçamento e pagamentos com leitura de QR Code estático ou dinâmico.

Fonte: tecmundo

sábado, 28 de dezembro de 2019

Raspberry Pi tem mais de 30 milhões de unidades vendidas no mundo todo

Imagem: Reprodução
Vendas saltaram de 700 mil unidades em 2013 para mais de 30 milhões em 2019. Desde sua criação, dispositivo evoluiu por quatro gerações

O minicomputador mais conhecido entre desenvolvedores e makers, o Raspberry Pi, conquistou um marco e tanto neste ano. Segundo o cofundador da Fundação Raspberry Pi, Ebert Upton, foram vendidas 30 milhões de unidades do dispositivo desde o lançamento comercial em fevereiro de 2012. O número superou - e muito - a estimativa inicial do próprio Upton, que previa vender 10 mil unidades do Raspberry Pi para este ano.

O microcomputador Single Board Computer (SBC) de US$ 35 é frequentemente usado em projetos de tecnologia no estilo DIY (Do It Yourself). Desde a sua criação, o dispositivo evoluiu por quatro gerações até chegar ao seu menor formato, o Raspberry Pi Zero.

Imagem: Reprodução

A popularidade do dispositivo é refletida em sua curva de adoção ao longo dos anos. Segundo informações do site Zdnet, as vendas do Raspberry Pi passaram de 700 mil unidades em 2013 para quase quatro milhões em 2014. Em 2016, atingiu 10 milhões de unidades vendidas e 14 milhões no ano de 2017. Agora, ultrapassa 30 milhões de unidades entregues.

A Oracle anunciou no começo deste ano que construiu o maior supercomputador Pi do mundo, com mais de 1000 Raspberry Pi conectados em cluster, totalizando 4.240 núcleos. Já o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL) também anunciou que usa os microcomputadores para sua missão em Marte.

O Raspberry Pi é usado em projetos diversos, desde tablets, smartphones, dispositivos caseiros de Internet das Coisas (IoT) até mesmo em projetos de nuvem privada. Apesar de o Raspberry Pi ser o principal responsável pelo crescimento do SBC no mercado, há outros players no mercado. A Sony é uma das licenciadas que fabrica o Raspberry Pi.

Fonte: computerworld


sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Como funciona o PicPay? Conheça o app de pagamentos que só cresce no Brasil

Foto: Reprodução
O PicPay é um aplicativo de pagamentos online desenvolvido no Brasil e lançado em 2012. O sistema nasceu com a proposta de descomplicar transferências de valores entre usuários, tanto para fazer pagamentos a lojas virtuais quanto para serviços online.

Então, o app funciona como uma carteira eletrônica para transferir valores e fazer pagamentos em estabelecimentos credenciados (à vista ou em parcelas). Não há cobrança de juros ou taxas para contas pessoais, mas limita-se o recebimento de valores em R$ 800,00 por mês. A versão PRO, voltada para uso comercial, cobra 1,99% por pagamento recebido, mas não limita o volume de dinheiro por mês.

O programa permite fazer compras pelo smartphone com cartão de crédito ou valor de transferência. O usuário pode fazer o parcelamento em determinadas lojas e serviços, além de ser possível dividir a conta do bar ou até rachar o presente de aniversário de um amigo.





Como criar um perfil e adicionar seu cartão de crédito no PicPay


  • Baixe e instale o aplicativo do PicPay (disponível para iPhone e Android);
  • Abra o aplicativo e clique em “Criar minha conta no PicPay!”;
  • Insira seu nome completo, número do celular para receber o código de confirmação via SMS, e-mail, senha para o perfil, CPF e data de nascimento. Confirme cada passo nos botões “Avançar”
  • Com o cadastro criado, clique em “Ajustes”;
  • Em “Conta Bancária”, entre com os dados da sua conta;
  • Em “Meus endereços”, entre com seu endereço pessoal. Segundo o PicPay, ele é necessário em transações que pedem endereço de cobrança;
  • Clique em “Carteira” e, em “Cartões Cadastrados”, adicione um cartão de crédito. É possível digitar manualmente ou escanear os dados por meio da câmera do celular. Insira também os dados do titular, código de segurança e CEP do endereço da fatura.
Após confirmar os dados, o cartão de crédito cadastrado será exibido no menu. Fique atento caso tenha saldo no PicPay: ao desabilitar o dinheiro no app, o cartão será usado em todos os pagamentos, sem utilizar o valor que está armazenado na carteira digital.





Como usar o PicPay para fazer pagamentos

Para fazer pagamentos e transferências com o PicPay, é preciso primeiro colocar dinheiro na carteira digital:


  • Clique em "Carteira", e depois em "Adicionar";
  • Escolha a forma como deseja acrescentar dinheiro;
  • Defina o valor que deseja adicionar, e confirme.
Com um cartão de crédito cadastrado e dinheiro na carteira virtual, você já pode começar a fazer compras pelo PicPay.


  • Volte à página principal do aplicativo e clique no botão “Pagar”. Para facilitar a busca por lojas e serviços, ligue o GPS do celular;
  • É possível colocar créditos em carteiras virtuais, e o PicPay é compatível com apps e games como Uber, Steam, Google Play e League of Legends, entre outros;
  • Para lojas, o usuário pode procurar pelo nome da conta ou escanear o código QR;
  • É possível também enviar valores para máquinas Cielo (QR code), recarregar celulares pré-pagos e colocar créditos em bilhetes de transporte público;
  • Para enviar dinheiro a contatos, é só clicar no perfil ou procurar pelo nome da pessoa em questão;
  • Uma vez dentro de um perfil, defina o valor que deseja enviar e confirme.





Promoções PicPay

Uma função que tem tornado o PicPay ainda mais popular são as ações de cashback (dinheiro de volta). Através dessas promoções, o aplicativo devolve parte do valor gasto pelo usuário em compras ou pagamentos específicos.

Em determinada ação, o aplicativo oferece 40% do dinheiro de volta na compra de créditos Steam, por exemplo. Isso significa que você adquire R$ 50 em créditos e apenas R$ 30 são descontados do seu cartão de crédito — os outros R$ 20 ficam na sua carteira PicPay e podem ser transferidos para uma conta bancária ou usados em outras compras.

As ações de cashback também são comuns para compras de créditos para serviços como Google Play, Uber, League of Legends e para recargas de celular. Imagine recarregar R$ 50 todo mês e pagar só R$ 35? Pois é isso o que o cashback do PicPay oferece!





O PicPay ainda costuma oferecer dinheiro de volta no pagamento de boletos bancários pelo aplicativo, com porcentagem de cashback variando de promoção para promoção. Em alguns casos, o aplicativo devolve 20% do valor do boleto até R$ 100 reais, algo muito útil para quem possui NuConta ou outro tipo de conta bancária onde se possa fazer depósitos por boleto.

Recentemente, o aplicativo também passou a oferecer benefícios para usuários que o utilizarem para fazer pagamentos em máquinas da Cielo (que estão entre as mais utilizadas em todo o Brasil). O PicPay oferece 5% de cashback em cada compra, o que é um ótimo incentivo para que as pessoas utilizem o app no dia a dia em pagamentos que elas fariam de qualquer forma sem ganhar nada.





O PicPay tem índice "Ótimo" no Reclame Aqui

A startup tem se dedicado ao atendimento ao cliente e vem mantendo o índice geral “Ótimo” há mais de um ano no Reclame Aqui.

Um dos motivos disso são os altos números de pessoas que afirmaram que voltariam a fazer negócio com a empresa e do índice de solução de eventuais problemas. Nos últimos seis meses, 100% das reclamações registradas na plataforma foram respondidas.

Quanto à segurança, a empresa informa que todos os dados são criptografados e armazenados em servidores seguros, e que segue as normas e padrões de segurança de dados PCI.


Enfim, em um mundo onde o dinheiro é cada vez mais digital, o PicPay se torna uma ótima opção para transações financeiras.

Fonte: canaltech


quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Com novo investimento, QuintoAndar entra para grupo de unicórnios brasileiros

Startup alcançou o feito após novo investimento de US$ 250 milhões, liderado pelo Softbank

O QuintoAndar anunciou na terça-feira (10) que recebeu um investimento de 250 milhões de dólares, rodada liderada pelo japonês Softbank Group, o que deve pavimentar a expansão do portal online de locação de imóveis, inclusive para o exterior.

Segundo uma fonte a par do assunto, com o novo acordo, o QuintoAndar entra no seleto grupo das empresas brasileiras classificadas como unicórnio, jargão do mercado aplicado para startups cujo valor de mercado supera 1 bilhão de dólares.

A norte-americana General Atlantic e a argentina Kaszek Ventures, já investidoras na companhia, também participaram deste aporte, o quarto. O negócio acontece apenas 10 meses após a startup ter recebido outra rodada de investimento, de 250 milhões de reais.

O QuintoAndar afirma que desde então seu faturamento mais do que triplicou, movimento acelerado em parte após a empresa ter começado a fazer parcerias com imobiliárias tradicionais.

A startup diz que atualmente fecha mais de 4.500 contratos de aluguel por mês, ritmo mais de cinco vezes superior ao de 2018. Criada em 2013, a startup faz a intermediação de aluguel de imóveis.

A companhia ganhou popularidade com seu sistema que, em vez de cobrar seguro ou fiador, modelo tradicional do mercado, submete os locatários a uma análise de crédito. Na outra ponta, garante ao locador o recebimento do valor do aluguel, mesmo em caso de inadimplência do inquilino.

Atualmente opera em 25 cidades, incluindo as capitais São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Porto Alegre RS).

A empresa cobra em troca 100% do valor do primeiro aluguel e uma taxa de administração, que varia de 6,9% a 8% das demais prestações, dependendo de acordos de exclusividade.

Gabriel Braga, sócio-fundador e presidente da companhia, que preferiu não mencionar em quanto o aporte avaliou o QuintoAndar, afirmou à Reuters que não precisavam do dinheiro (do aporte liderado pelo Softbank), mas performaram muito acima do plano apresentado na última rodada e agora estão tentando pensar em coisas diferentes.

Segundo Braga, os novos recursos permitirão expandir a empresa no país, incluindo para as regiões Norte e Nordeste, mas também para o exterior. O executivo conta que o plano é de ir para fora do Brasil a partir do ano que vem, mas evitou detalhar para quais destinos.




Braga também afirmou que por ora não há um horizonte para que a empresa acesse o mercado de capitais, embora admita que o movimento pode ser uma forma de se profissionalizarem.

O aporte no QuintoAndar vem na sequência de uma série de investimentos feitos pelo Softbank após ter criado um fundo de 5 bilhões de dólares focado em tecnologia na América Latina. Com isso, liderou aportes de até 1 bilhão de dólares no aplicativo de entregas Rappi, de 231 milhões de dólares na fintech de crédito Creditas, além de comprar uma fatia no Banco Inter.

Fonte: saoluisdofuturo


Aplicativos de entrega dão as ordens na cozinha

A empresária Matilde Arruda recebe
24 mil pedidos de sushi por mês.
- Foto: Leonardo Rodrigues/Valor
Depois de avaliar demanda, apps chamam restaurantes para abrir “dark kitchens”, cozinhas que ficam fechadas ao público e só trabalham para atender a seus pedidos.

Se depender dos grandes aplicativos de entrega de comida, o tradicional convite “visite a nossa cozinha”, exposto em boa parte dos restaurantes, tende a desaparecer. Empresas como iFood, Rappi e Uber Eats estão investindo nas chamadas “dark kitchens”, que só funcionam para atender ao próprio serviço de “delivery”. O endereço dessas cozinhas - também conhecidas como “cloud kitchens” ou restaurantes virtuais - não é conhecido do público e os restaurantes, por sua vez, não sabem quem vai consumir seus produtos. Todo o controle de demanda, logística, pagamento e contato com os clientes fica por conta dos aplicativos.

O modelo reflete o que muitos especialistas consideram um dos “nós” da economia compartilhada. No caso do segmento de entrega de refeições, os restaurantes ganham escala, com custo menor que o tradicional, mas perdem o contato direto com os consumidores, o que torna inviável aborda-los diretamente no futuro.

Com avanço dos apps, multiplicam-se as ‘dark kitchens’, cozinhas que funcionam só para os pedidos on-line

Os aplicativos usam os imensos bancos de dados de que dispõem para identificar a demanda por um determinado tipo de refeição em um bairro ou vizinhança da cidade. Então, buscam um restaurante que já usa sua plataforma de entrega e o ajuda a escolher o ponto para instalar a “dark kitchen”.

O investimento fica por conta do restaurante, que na maioria das vezes fecha um contrato de exclusividade com o aplicativo: a cozinha trabalha, a portas fechadas, apenas para atender os clientes daquele serviço de entrega. Em troca, o “delivery” investe no marketing da marca, que só será exposta na sua plataforma, e ajuda a definir menu e preço.

A Rappi (que não entrega só comida) já tem cem “dark kitchens” no Brasil, montadas em “hubs” - estruturas que reúnem várias cozinhas no mesmo espaço - em São Paulo, no Rio, em Belo Horizonte e em Curitiba. O plano da empresa, fundada na Colômbia, é triplicar o número de cozinhas no Brasil até o fim de 2020, chegando a 10 capitais.

O Uber Eats - braço do Uber para entrega de comida - não divulga o número de “dark kitchens” por país. Nos 36 países onde atua, esse tipo de empreendimento soma 5,5 mil unidades. Há três anos no Brasil, o serviço revela apenas que o número de “dark kitchens” brasileiras foi “multiplicado por 15” este ano.

O iFood informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “está sempre atento às tendências e discussões que possam impactar positivamente todo o ecossistema, que incluem consumidores, restaurantes e parceiros de entrega”. A empresa criou uma opção, batizada de Loop, que é a mais barata do aplicativo: O cliente precisa fazer o pedido até 11h para recebê-lo no mesmo dia; caso contrário, a entrega fica agendada para o dia seguinte. Com essa antecedência, o iFood consegue programar os pedidos com restaurantes parceiros ou “dark kitchens” para oferecer refeições a R$ 10. O primeiro pedido do cliente na categoria Loop custa R$ 4,99. “A empresa segue analisando o cenário em busca de oportunidades que estejam alinhadas com sua estratégia de negócios”, informou o iFood.

O mercado de entrega de comida em domicílio está em expansão. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a expectativa é que o segmento movimente R$ 15 bilhões no país este ano, com alta de 20% sobre 2018. Para 2020, a previsão é atingir R$ 18 bilhões.

“Cerca de 70% dos restaurantes parceiros são pequenas e médias empresas”, diz Thaís Azevedo, diretora de marketing do Uber Eats. “O custo de montar uma estrutura para atender o público é muito alto. Um restaurante virtual é a chance de o pequeno empresário ampliar o negócio para além de sua região geográfica”, afirma.

De acordo com a executiva, o Uber Eats funciona como uma consultoria: a partir da análise de dados, define a região que necessita de determinado tipo de comida, em determinada faixa de preço, e oferece a ideia a um restaurante parceiro. “O menu precisa ser enxuto, porque quando o cardápio é longo, o cliente olha, olha e desiste”, afirma. O Uber Eats escolhe o lugar para instalação da “dark kitchen” e dá visibilidade à marca no aplicativo.

A empresária Matilde Arruda mantém um contrato de exclusividade com o Uber Eats para a marca Sushi Plus - um sushi mais barato que a média do mercado (entre R$ 1 e R$ 1,50 a unidade), que atende consumidores da Vila Mariana e da região da avenida Luís Carlos Berrini, ambas na zona sul de São Paulo.

São cerca de 24 mil pedidos por mês, contando as duas lojas. Matilde não tem mais restaurante aberto ao público e acaba de lançar mais uma marca com o Uber Eats, a Bownling Delivery, que entrega pokes, uma salada havaiana. “Ter uma ‘dark kitchen’ é bem diferente de um restaurante de rua”, afirma Matilde. “É muito mais funcional; não prioriza arquitetura, design, ponto físico. É uma minifábrica”, diz.

Matilde saiu do negócio da família, que comanda uma rede de temakerias, o Makis Place. Ela diz não se arrepender de ter fechado as portas ao público e pretende abrir mais duas unidades do Sushi Plus em 2020, na zona Leste de São Paulo e no ABC. O contrato com o Uber Eats é renovado anualmente e não prevê multa para nenhuma das partes, se rescindido. A empresária não revela quanto paga sobre o valor da venda para o aplicativo - essa é uma informação que as empresas de “delivery” não costumam divulgar. Segundo as empresas, o valor varia de caso a caso, dependendo da demanda e da localização. Pode ir de 15% a 30% do preço do produto.




“Para o dono do estabelecimento, tornar-se uma ‘dark kitchen’ é uma vantagem, porque tem ganhos de até 10 pontos percentuais na margem da operação, se comparado a manter um restaurante aberto ao público”, diz Ricardo Bechara, diretor de expansão e cofundador da Rappi no Brasil. No modelo de ‘dark kitchens’ proposto pela Rappi, o aplicativo oferece a infraestrutura e o “hub” de cozinhas. Também faz a gestão do espaço ou contrata terceiros para gerir a operação. A meta é encerrar 2020 com 600 cozinhas em até 30 “hubs” na América Latina. Além do Brasil e da Colômbia, a companhia também presente na Argentina, no Chile, México, Uruguai, Peru, Equador e Costa Rica.

A associação dos bares e restaurantes, Abrasel, se preocupa com a centralização das informações nas mãos dos aplicativos. A crítica é que, com as “dark kitchens”, essas empresas controlam integralmente o processo: quem faz o quê, para entregar a quem, em qual região e por qual preço. “Nós já entramos em contato com os três grandes aplicativos e solicitamos que eles compartilhem os dados dos clientes com os restaurantes”, diz Célio Salles, membro do conselho de administração nacional da Abrasel.

Salles ressalta que o “delivery” é uma questão estratégica para o setor: está relacionado ao sistema de pagamento (no iFood, o processamento é feito pelo próprio aplicativo), à tecnologia (que determina volume de pedidos e tempo de entrega) e o comportamento do consumidor, cada vez mais disposto a encomendar o almoço ou o jantar.

Pesquisas da Abrasel identificaram que os aplicativos não estão tirando tanto o público dos restaurantes, e sim substituindo o preparo da comida em casa - o que tende a prejudicar, por sua vez, os supermercados. “Os aplicativos de entrega de comida são fundamentais para o crescimento do setor de alimentação fora do lar”, diz Salles. “Mas defendemos uma relação mais equilibrada com as empresas de “delivery”, que hoje têm o domínio de todas as informações.”

Fonte: valoreconomico

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Nubank registra 40 milhões de pagamentos por aproximação

Foto: Reprodução
Os dados levam em conta as compras feitas por meio do cartão de crédito e do cartão com a função débito da conta digital do banco digital

Os clientes do Nubank realizaram cerca de 40 milhões de pagamentos por aproximação no acumulado dos primeiros 11 meses do ano, informou a fintech. Os dados levam em conta as compras feitas por meio do cartão de crédito e do cartão com a função débito da conta digital do banco digital.

A fintech começou a emitir cartões de crédito por aproximação em outubro de 2018. Esses cartões são chamados de contactless, e possuem tecnologia de leitura por aproximação. Ou seja, eles permitem fazer pagamentos sem a necessidade de digitar a senha para valores menores. 

Para isso, basta aproximar o cartão (a menos de 4 centímetros de distância) de um terminal de pagamento automático preparado para receber pagamentos contactless. Em 2018, foram 250 mil transações do tipo.





Segundo a empresa, o crescimento do volume dessa forma de transações acompanha o ritmo de expansão da base de clientes que hoje é de mais de 15 milhões de pessoas em todo o Brasil. O número também foi alavancado pela liberação, em agosto, do cartão com a função débito para os clientes da conta do Nubank, a NuConta.

Fonte: saoluisdofuturo

O Nubank já explicou tudo sobre o Contactless neste vídeo aqui:




quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

O que de fato está impactando o pequeno varejista brasileiro?

Imagem: Reprodução
Realidade Virtual, superaplicativos, omnicanalidade. A série de novos termos que a tecnologia trouxe ao cenário do varejo brasileiro é gigante. Se buscar se manter ao menos alinhado com o que há de novo já se mostra uma tarefa complexa aos grandes players do mercado, os pequenos e médios varejistas têm um desafio ainda maior, pois mesmo quando há consciência da necessidade de atualização, a disposição de energia e capital de investimento é restrita, impedindo grandes avanços.

Já caíram por terra os tempos e as frases que sentenciavam que o varejo físico iria morrer, ou que estávamos em uma fase de apocalipse do varejo, ou ainda que o digital iria dominar o mercado. O tempo, por mais curto que tenha sido, já ajudou a provar que o que haverá é uma sinergia gigante entre esses dois meios, o digital e o físico, de modo que não faça mais sentido uma visão desassociada de negócios.

Mas como fica o pequeno varejo em meio a tudo isso?

É lógico que existem varejistas e varejistas. Haverá sempre os que já nascem antenados com o que está acontecendo, desafiando o mercado com novas propostas ou novos modelos de negócios, mas o que vai acontecer com a imensa maioria que vem fazendo tudo do mesmo jeito há anos, até mesmo décadas? Por onde começar?

A maior mudança, sem dúvidas, está nas questões de como o cliente deseja pagar e receber por seus produtos e serviços.

O tempo é o agora, e a forma é cada vez mais digital, principalmente através de aplicativos e celulares.

Muitos varejistas estão se transformando através da adesão a serviços de entregas, como Rappi, iFood, James Delivery, entre outros. E esse não é um movimento que parte do que o varejista e seu entendimento sobre o que é bom para o negócio, mas parte do desejo dos clientes de que as principais marcas e negócios com que eles se relacionam também estejam disponíveis nesses tipos de aplicativos. Se o varejista não está lá, há sempre o risco de outra empresa ganhar uma oportunidade com seu cliente.

Junto à praticidade de se pedir algo por meio de um aplicativo, a régua da expectativa de entrega também subiu. Se ainda esperar uma hora por uma pizza parece algo normal para alguns negócios, queremos ser atendidos em questão de poucos minutos. Quem ainda esperaria 20 minutos por um táxi hoje?

Percebe-se que a resistência e a dificuldade de inovar, sendo o protagonista na transformação de seus negócios, fez com que o pequeno varejo hoje se torne um verdadeiro refém das inovações e aplicativos de empresas terceiras, muitas delas startups, com muito menos tempo de mercado que a maioria dos negócios.

Não à toa, muitos desses varejistas veem serviços que trazem vendas, mesmo que cobrando taxas absurdas e até mesmo abusivas, como um “mal necessário”. Só é necessário hoje porque não se fez nada antes.

Na briga pela competitividade, nunca se fez tão necessário ter excelência na gestão e operação dos negócios. Sistemas que hoje até mesmo ajudam a provisionar o melhor estoque, ou calcular melhores preços, se tornam grandes aliados. E se contratar um sistema de uma grande empresa ainda é algo visto como de alto custo, há a opção de contratação de startups e pequenas empresas que começam a oferecer serviços de menor custo (até mesmo gratuitos em alguns casos), e melhor focados no tipo de negócio do qual sua empresa faz parte.

A propagação de serviços de empresas como Amazon e chinesas, como o Alibaba, prometem dar um verdadeiro choque no mercado em relação às suas expectativas de como comprar e receber. Os recém-lançados serviços e aparelhos guiados por voz, através da Alexa (Google também anunciou na semana passada sua chegada), tende a criar uma necessidade ainda maior de se atender de forma pontual e cada vez mais imediata.

Amazon e Alibaba já anunciaram seus planos de centros de distribuição e até mesmo a possibilidade de se tornarem potenciais compradores dos Correios, caso ocorra de fato a privatização.

A questão da experiência se mostra ainda essencial. A loja não vai deixar de existir, mas cumpre um papel muito mais complexo do que apenas ser um ponto de venda. Talvez esse seja um dos maiores riscos. Quem ainda opera sua loja somente como um ponto de distribuição entre alguém que produziu algo e alguém que vai comprar, ou seja, um amontoado de produtos distribuídos entre gondolas e prateleiras, são os que mais correm riscos de sumirem do mercado, não importando seu tamanho ou tempo de mercado.





Esse vão enfrentar uma concorrência cada vez mais forte dos competidores digitais com preços cada vez mais agressivos, e até mesmo com entregas melhores e mais fáceis que a sua. O quê? Você não faz entrega e o consumidor precisa ainda vir até sua loja como única alternativa de compra? Está na hora de rever seus conceitos.

Oferecer um “algo a mais”, ou um verdadeiro motivo para que alguém saia de casa e vá até sua loja, ainda é o grande segredo para conseguir se defender de alguma maneira de tudo o que vem acontecendo. Um ambiente atrativo ou confortável, atendimento acolhedor e facilitador na hora de resolver problemas, entre outros aspectos, são aqueles que fazem a diferença na hora de escolher comprar com você ou através de um aplicativo ou site, por exemplo.

Manter-se antenado e competitivo não é uma das tarefas mais fáceis, mas se antes era algo que parecia ainda opcional ou apenas aspiracional, hoje se mostra cada vez mais necessário para a sobrevivência dos negócios. A hora é agora.

Fonte: mercadoeconsumo


quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Inovar é simplificar

Foto: Reprodução
Há muitas discussões em busca de alguma ideia que seja a “sacada das sacadas” e com isso deixa-se passar despercebidas coisas simples que podem ser esse elemento transformador que tanto se almeja.

A genialidade está em fazer o óbvio e não o extraordinário. E conhecer o cliente é fundamental no processo de mudança.

O tempo que passamos assistindo televisão, conversando no whatsapp e consumindo informações em sites e redes sociais impactam a nossa jornada de compra. Nas redes sociais, os consumidores se tornaram cocriadores de conteúdo e tudo isso com um poder de alcance e engajamento altíssimos. Cada vez mais tem-se a certeza de que inovação é aquilo que o cliente adota como solução para o seu problema e não o que rotulamos como inovador.

Poder trocar um produto adquirido pelo e-commerce na loja física, comprar na loja e receber em casa ou comprar pelo celular e passar em uma loja para retirar é o que o consumidor deseja para facilitar a sua rotina. E o que para ele é básico, para a loja pode ser aquele projeto de inovação que está na gaveta.

A multicanalidade faz parte do estilo de consumo da nova geração de consumidores – 33% dos consumidores comparam preços no celular enquanto está fazendo compras e 70% consultam informações sobre produtos e preços no aplicativo ou internet antes de ir à loja.

Na prática, os consumidores estão mais conectados e exigentes e buscam uma marca que ofereça bom preço, conveniência, produtos mais saudáveis, experiências e serviços no ponto de venda.

Saber em que área ou sistema investir primeiro e quanto tempo cada etapa levará até a implantação não são questões simples de serem respondidas, mas o segredo está no simples! E fazer o básico bem feito pode ser a inovação que tanto buscamos para oferecer atendimento e produtos melhores, e conseguir reduzir custos e otimizar processos.

Hoje abordaremos três iniciativas que auxiliam nessa transformação: eficiência operacional nos processos logísticos, uso de dados para aprimorar a experiência do cliente e sistemas inovadores de pagamento.

Eficiência operacional nos processos logísticos: o Brasil possui um território muito extenso e isso torna a roteirização das entregas mais complexas. A transformação dos estoques das lojas físicas em minicentros de distribuição resolve essa complexidade logística. Neste caso o mesmo caminhão que faz o abastecimento semanal pode também transportar os produtos que estão com opção de retirada na loja.

A retirada de produtos nas lojas já é uma realidade e tem aumentado muito, segundo relatório Google Survey 19% dos consumidores online preferem retirar os produtos nas lojas, isso é bom para o consumidor que tem um frete mais barato e recebe o produto mais rápido e é bom para a loja que diminui o custo logístico.

Uso de dados para aprimorar a experiência de compra: uma em cada três vendas do varejo é influenciada pelo digital, e de forma orgânica as plataformas online coletam dados que permitem conhecer melhor o perfil do consumidor e sua jornada. O desafio está em fazer isso na loja física, e aí é que a integração de canais entra. A presença multicanal pode impulsionar e muito as vendas, ter um CRM integrado (online e offline), oferecer wi-fi no ponto de venda (isso é essencial porque o consumidor que esta na loja física pesquisa informações sobre o produto na internet) e o uso da geolocalização são algumas ações que auxiliam no mapeamento da jornada do consumidor na loja física.




Sistemas inovadores de pagamento: a tendência é que o consumidor seja livre para escolher a forma que melhor lhe convier, assim como escolhe entre a loja física e online. Temos muitas opções como, , Apple Pay, QR Code e Biometria Facial. O diferencial desses meios de pagamento são confiabilidade neste processo e a rapidez, ou seja, atrito zero. Diferente do método mais tradicional onde é preciso colocar o cartão na maquininha, lembrar e digitar a senha. Ou pegar o dinheiro e esperar o troco.

Inovação não pressupõe complicar, muito pelo contrário, inovar é simplificar. Inovação é converter novidade em valor e a tecnologia é só o meio de viabilizar tudo isso.

Na prática, todas essas iniciativas trazem mais mobilidade para dentro da loja, empoderando o vendedor, conferindo mais agilidade no processo de vendas, diminuindo filas e otimizando a produtividade.

Fonte: mercadoeconsumo



quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Compras de Natal devem injetar R$ 60 bilhões na economia

Foto: Reprodução
Levantamento do SPC Brasil mostra que quase 120 milhões de pessoas vão às compras este ano, mesmo com desemprego elevado

Mesmo com o desemprego em alta e o orçamento apertado dos brasileiros, as compras de Natal devem movimentar R$ 60 bilhões este ano. O número é um pouco maior do que os R$ 53,5 bilhões do ano passado, segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) feito em todas as capitais do país. A pesquisa concluiu que 119,8 milhões de brasileiros devem ir às compras este ano.

Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil, diz que mesmo que a recente liberação dos recursos do FGTS vá, principalmente, para o pagamento de dívidas, o comércio pode se beneficiar da medida para novas vendas, pois esses consumidores estão limpando o nome e recuperando seu crédito na praça.

Em média, os consumidores ouvidos pelo levantamento devem adquirir quatro presentes. Já o valor médio a ser gasto com cada item será de R$ 124,99, enquanto no ano passado esse valor foi de R$ 115,90.

De acordo com o levantamento, 77% dos consumidores entrevistados pretendem presentear alguém neste Natal, percentual próximo dos 79% registrados na pesquisa feita no ano passado.

A maior parte dos entrevistados (37%) acredita que vai gastar mais no Natal deste ano na comparação com 2018. Entre estes, 27% disseram que vão gastar mais por conta do aumento dos preços. Outros 22% disseram que vão gastar menos do que no ano passado para economizar ou por estarem com o orçamento comprometido.

Mesmo com a inflação controlada e abaixo da meta oficial, a maioria dos consumidores (53%) tem a impressão de que os preços estão maiores em relação ao ano passado. Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a percepção dos brasileiros sobre preços elevados está relacionada à dificuldade para lidar com o orçamento e manter as contas em dia.




Segundo Kawauti, a inflação tem se mantido em patamares baixos, mas o desemprego e o orçamento apertado trazem a impressão de que os produtos e serviços estão custando mais caro.

A maioria dos entrevistados disse que pretende pagar os presentes à vista, mas 36% pretendem usar o cartão de crédito e parcelar a compra. Em média, essa turma pretende dividir as compras em cinco vezes.

O educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, afirma que dividir as compras em grande quantidade de parcelas sem avaliar o peso no orçamento pode atrapalhar o planejamento para o começo de um novo ano livre das dívidas. Sempre que possível, o ideal é pagar a vista, mas se isso não for possível, o melhor é fazer o mínimo de prestações.

Fonte: saoluisdofuturo


quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Programas de fidelidade são populares entre os brasileiros

Foto: Reprodução
Os brasileiros estão entre os povos que mais utilizam programas de fidelidade. De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), a emissão e o resgate de pontos/milhas vem crescendo na casa dos dois dígitos. Já a taxa de pontos/milhas expirados caiu no comparativo entre o segundo trimestre de 2018 e o mesmo período desse ano, de 19,8% para 17,4%.

Os programas de fidelidade nasceram nos anos 1990 com as companhias aéreas. Eles se desenvolveram e hoje oferecem outras opções, não apenas de acúmulo, mas de resgate dos pontos. Isso facilita a utilização e eleva a taxa de satisfação, levando os consumidores a aproveitarem cada vez mais os benefícios.

“Hoje, além das iniciativas individuais, vemos o crescimento dos programas B2B, como forma de premiação para clientes, parceiros comerciais ou mesmo funcionários de uma companhia, assim como os modelos de cashback, que ‘devolvem’ parte dos valores gastos aos participantes e até aqueles que oferecem experiências exclusivas só para quem é um cliente fidelizado”, disse Paulo Curro, diretor executivo da ABEMF.

Um exemplo importante são os programas feitos em coalizão, nos quais as redes de fidelidade são formadas por diversos parceiros comerciais, sendo possível acumular e resgatar em diferentes empresas.





De acordo com pesquisa realizada pela Visa em parceria com a Bond Brand Loyalty, esse tipo de programa contribui para o crescimento da satisfação dos clientes e, consequentemente, para aumentar o engajamento.

“Além disso, há outros motivos para que os brasileiros ocupem essa posição no ranking de satisfação. O crescimento constante das opções de resgate, com ofertas que vão muito além das passagens aéreas, e também a maior preocupação das empresas em personalizar a oferta, por meio do uso de tecnologia e da análise de dados dos programas. A ideia é oferecer o que o cliente quer e quando ele precisa. Uma experiência completa que facilite sua vida e o ajude no dia-a-dia”, concluiu.

Fonte: mercadoeconsumo

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

O amadurecimento do varejo e uma Black Friday como nunca se viu

Foto: Reprodução
Essa Black Friday será diferente de qualquer outra já realizada no Brasil. Isso é reflexo do amadurecimento do consumidor brasileiro, dos principais players do varejo, combinando com novos entrantes e novas categorias que serão promocionadas no próximo dia 29 de novembro.

Consumidor Brasileiro

O consumidor brasileiro está mais maduro em relação à data e isso gera oportunidades para marcas, varejo e, ao mesmo tempo, aumentam as expectativas quanto aos benefícios ofertados. O consumidor já está mais preparado e começa a se planejar para as promoções e inicia as pesquisas com maior antecedência que nos anos passados.

Segundo pesquisa divulgada pelo Google, a intenção de compra de diferentes categorias quase dobrou do ano passado para 2019, chegando a seis categorias. Isso quer dizer que, além dos tradicionais produtos eletrônicos e de telefonia que historicamente eram o foco de compra da data, hoje o consumidor já busca novas oportunidades. O desafio das marcas é desenvolver formas novas para promover o engajamento desses consumidores. Vender “a metade do dobro” já é passado e, cada vez mais, quem compra busca uma boa experiência de compra, que não quebre uma relação de confiança criada ao longo do tempo e que, acima de tudo, tenha um bom atendimento. A pesquisa aponta que 84% dos clientes estão dispostos a buscar novas lojas e marcas.

Multicanalidade

As boas ofertas da Black Friday devem ir onde o cliente está, e um quarto dos pesquisados pretendem comprar em mais de um canal. A multicanalidade será essencial para as marcas estarem presentes em toda a jornada de compra. Com esse pensamento em foco, estar presente no mobile é uma exigência básica. Se sua marca não está presente no online, já sai perdendo.

Em 2018, nos EUA, a Black Friday movimentou U$6 bilhões só no digital (crescimento de 23% vs 2017), sendo que deste total 1/3 passou pelo mobile commerce. Vou fazer a conta para vocês: U$2,1 bilhões comercializados na Black Friday americana somente no MOBILE!

No Brasil, 13% dos clientes já compraram via algum aplicativo e 36% tem intenção de comprar esse ano via app. Ficar de fora deste canal é perder relevância, oportunidade de relacionamento e dinheiro!




Amadurecimento do varejo brasileiro

O amadurecimento dos grandes varejistas coloca a data em outro patamar. Neste ano, o Magazine Luiza vem com sua força total. Uma empresa que vem se transformando em uma “plataforma digital com pontos físicos e calor humano” como repete seu CEO Frederico Trajano, com vendas totais nos últimos 12 meses superiores a R$ 22 bilhões, com mais de 1.000 lojas. Os resultados da empresa não param de crescer e, no e-commerce tradicional, suas vendas evoluíram 66,3%, enquanto no marketplace houve uma alta de 300%.  Suas operações são multicanal e cada vez mais multi categorias. A aquisição da Netshoes mexeu com o mercado nos últimos meses e mostra o apetite do Magalu. A concorrência respondeu rápido e no último mês foi divulgada a aliança entre Centauro e B2W, integrando as operações e criando novas oportunidades de contato e serviço para o consumidor. Segundo o Credit Suisse, com isso “a B2W melhora seu sortimento e aumenta sua frequência de compras e a Centauro se beneficia do acesso imediato e barato a um público consumidor mais amplo, de cerca de 15 milhões de pessoas.”

No outro lado do ringue, a Via Varejo, que este ano voltou para as mãos da família Klein, vem colocando rapidamente suas operações no trilho e promete uma virada nesta Black Friday. Semana passada já soltou sua campanha para a data e fará uma oferta por dia até 29 de novembro.

O Mercado Livre está na disputa da Black Friday com um modelo distinto dos concorrentes acima. Com uma enorme fortaleza no digital, a empresa continua seu investimento na ampliação de sua malha logística (inaugurou recentemente mais um CD em Cajamar-SP, totalizando 5 CDs no Brasil) e a criação de pontos de retirada de encomendas de marketplace na cidade de São Paulo, para depender cada vez menos das entregas dos Correios e ganhar mais contatos físicos com seus clientes. Com mais de 12 milhões de fornecedores vendendo mais de 260 milhões de itens, o volume de vendas na plataforma atingiu US$ 3,6 bilhões, o que representa uma alta de 36,8% na comparação ano a ano. Segundo o Canaltech, “grande parte desse sucesso está atrelado às novas opções fora da plataforma do Mercado Livre, tanto online quanto offline — serviços de pagamento, maquininhas de cartão e carteira digital, que, aliás, alcançou 6,1 milhões de pagadores ativos, com crescimento de 34,9% em usuários em relação ao segundo trimestre.”

Por fim e não menos impactante, a Amazon está mais estabelecida do que nunca no Brasil, segundo mercado internacional mais importante para a empresa. Nestes últimos 12 meses, inaugurou seu novo centro de distribuição, trouxe a Alexa falando português e com seu movimento mais estratégico no mercado, lançou seu programa de relacionamento Prime com oferta de frete grátis, além de músicas, filmes, séries, livros e jogos. Com muita análise de dados e entendimento do perfil de consumo do brasileiro, a Amazon promete sacudir essa Black Friday e só quem sai ganhando é o consumidor brasileiro.




Varejo alimentar na Black Friday

Com o amadurecimento do consumidor e do varejo, novas categorias estão ganhando força e o varejo alimentar– que representa 30% do orçamento familiar brasileiro – promete entrar em um novo patamar de participação nas vendas da Black Friday deste ano.

Apesar do ecommerce ainda representar pouco no resultado do Carrefour, o gigante varejista francês está se movimentando rápido para atender de maneira conveniente seus clientes. As vendas do Carrefour via Rappi representaram mais de um terço (35%) dos pedidos de vendas online de alimentos no primeiro trimestre. O GPA, principal concorrente, aposta no mobile como um canal estratégico para ganhar a disputa de quem é mais relevante na escolha do consumidor. Em matéria do EcommerceBrasil, Antonio Salvador, CDO (Chief Digital Officer) do Grupo Pão de Açúcar, relata que “os aplicativos do grupo funcionam como ferramentas de personalização e experiência. 30% dos clientes abrem os apps pelo menos uma vez por mês e destes, 40% se convertem em compras.”

Com esse cenário, é fato que esta Black Friday será diferente de todas as anteriores e assim serão as novas datas promocionais no varejo brasileiro. Um mercado em rápido amadurecimento, respondendo à um cliente que adquire novos hábitos e exige uma resposta imediata das marcas e empresas que se relacionam.

Uma importante constatação: esses movimentos estão acontecendo em todos os setores do varejo, independente do tamanho do negócio. Importante se movimentar rápido, colocando o cliente no centro da estratégia para continuar mantendo sua relevância e a sua competitividade nos próximos anos.

Que venha a Black Friday 2019!

A GS&Consult, consultoria do Grupo GS& Gouvêa de Souza, tem apoiado a transformação de negócios de diferentes setores da indústria e do varejo por meio de diferentes soluções como integração de canais, novos formatos (como a recém inaugurada Telhanortejá – loja de bairro) e revisão do modelos e canais de distribuição.

Fonte: saoluisdofuturo / via informações do Canal Tech, E-commerce Brasil, Exame