terça-feira, 20 de agosto de 2024

Acorde para o novo: como a Indústria 4.0 pode transformar o seu negócio

Imagem: gerada por IA

A Indústria 4.0, também conhecida como a Quarta Revolução Industrial, está redesenhando a forma como vivemos, trabalhamos e até mesmo nos relacionamos. O Brasil está se despertando para possibilidades e oportunidades geradas através de bilhões de pessoas e máquinas conectadas em tempo real, dando poder de processamento e conhecimento sem precedentes. 

Segundo informações divulgadas pela consultoria International Market Analysis Research and Consulting (IMARC), o segmento atingiu nacionalmente US$ 1,77 bilhão em 2022, representando uma taxa de crescimento de 18,8%, em comparação com 2017. A previsão final é que o nicho chegue a US$ 5,62 bilhões até 2028.

Na prática, o Brasil está entre os países que contam com iniciativas favoráveis à adoção dessa revolução. Tanto os subsídios, quanto os incentivos fiscais e programas de financiamento concedidos pelo governo, contribuem para que esse movimento se torne mais acessível. É impressionante a quantidade de oportunidades tecnológicas que permeiam várias áreas: inteligência artificial, robótica, internet das coisas (IOT), veículos autônomos, impressão 3D, nanotecnologia, biotecnologia, ciência dos materiais, armazenamento de energia, entre outras, que ainda estão em fase inicial e têm o potencial de amplificar umas às outras, integrando tecnologias dos mundos físico, digital e biológico.

Antes de pensar em investir em equipamentos, é crucial entender que a quarta revolução não se trata somente de sistemas e máquinas inteligentes conectadas. Baseada na revolução digital, ela é caracterizada por sensores poderosos e cada vez mais baratos, inteligência artificial e aprendizado de máquina (machine learning) com capacidade de fusão das tecnologias e interação entre os domínios físicos, digitais e biológicos.

Um bom caminho inicial seria realizar uma avaliação da maturidade de seus processos a fim de não realizar a digitalização e coleta de dados poluídos, bem como avaliar e desenvolver a qualificação da equipe, cultura de inovação da organização, infraestruturas de TI e demais impactadas.


Imagem: gerada por IA

A implementação deve seguir um plano estruturado com um mapeamento dos processos atuais da empresa, permitindo identificar onde a digitalização pode trazer mais vantagens. A escolha dos recursos tecnológicos adequados deve ser feita com base nessa análise, priorizando aquelas que melhor se adequam às necessidades específicas da companhia. A qualificação da equipe é outro passo essencial, garantindo que os funcionários estejam preparados para operar e manter as novas tecnologias. A integração dessas novas ferramentas com os sistemas existentes também requer atenção, para evitar interrupções na produção e assegurar que tudo funcione de maneira harmoniosa. Por fim, o monitoramento constante e ajustes são necessários, visto que essa transformação é um processo contínuo de melhoria e adaptação.

A realidade da ruptura e da inevitabilidade do impacto traz uma mudança de questão para todas as indústrias de “Haverá ruptura em minha empresa?” para “Quando e como ela irá afetar a mim e minha organização”.

Essa revolução permite o crescimento sustentável e inovação contínua nos negócios. “Se a mudança no lado de fora de sua empresa for mais rápida que a do lado de dentro, o fim está próximo” Jack Welch. Pense nisso!

Por Tiago Monteiro, Fundador e CEO Global da PTC Group 


Formado em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, em Portugal, Tiago está há mais de 19 anos nesse mercado, onde chegou a atuar como designer e consultor de Engenharia de Produtos. Atualmente, o executivo é fundador da PTC Group, empresa que fornece soluções de serviços ágeis e de alto desempenho, conectando talentos a desafios de engenharia e tecnologia de seus clientes.



Fonte: Markable Comunicação / Mayra Ribeiro