sábado, 20 de julho de 2024

Poderes desmoralizados no Maranhão... FALTA DE TRANSPARÊNCIA E PÉSSIMAS NOTAS!

Imagens: reprodução

A Secretaria de Fiscalização do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (Sefis) divulgou o resultado do Ranking de Transparência relativo ao primeiro semestre de 2024.

O ranking é elaborado a partir de avaliações realizadas pelo órgão de controle externo nos portais de transparência dos fiscalizados sob sua jurisdição.

Nos últimos anos, as questões ligadas à transparência da gestão pública têm adquirido relevância cada vez maior, tanto no âmbito das ações realizadas pelos órgãos de controle externo quanto por seus reflexos no desenvolvimento das políticas públicas e no estímulo ao fortalecimento do controle social.

Nesse cenário, os tribunais de contas brasileiros, entre outras competências, fiscalizam o cumprimento das normas da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), especialmente quanto à transparência da gestão fiscal, conforme determinam as alterações introduzidas pela Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009 e pela Lei Complementar nº 156, de 28 de dezembro de 2016.

As Cortes de Contas avaliam também, no exercício das atividades inerentes ao controle externo, o cumprimento da Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, Lei de Acesso à Informação, e da Lei Federal nº 13.460, de 26 de junho de 2017, Código de Defesa dos Usuários de Serviços Públicos, entre outros normativos.

No caso do TCE maranhense, o art. 3° da Instrução Normativa TCE/MA n° 60/2020 determina que os resultados obtidos nos procedimentos de fiscalização devem ser disponibilizados no site oficial da instituição e divulgados em forma de ranking no Diário Oficial do TCE, quando finalizados os trabalhos de avaliação.

O ranking com os resultados alusivos ao primeiro semestre de 2024 foi composto pela notas obtidas pelos fiscalizados em avaliação realizada no período de 12 de março a 08 de julho de 2024

Com a finalidade de assegurar maior efetividade às ações do controle externo e objetivando contribuir para o fortalecimento do exercício do controle social, os tribunais de contas brasileiros ampliaram as ações voltadas a averiguar o cumprimento da legislação relativa ao acesso e à transparência das informações da administração pública.

Em sintonia com essa tendência, o TCE maranhense implementou várias medidas para tornar as avaliações dos portais realizadas pela instituição mais ágeis, interativas e seguras. Aos portais avaliados são atribuídos uma nota e um conceito, denominado Índice de Transparência. A composição do ranking é mais um aspecto importante deste processo.

Para o secretário de fiscalização do TCE maranhense, Fábio Alex de Melo, a divulgação do Ranking de Transparência permite que os cidadãos acompanhem os atos das administrações municipais e saibam como os recursos públicos estão sendo utilizados, contribuindo de forma decisiva para o exercício do controle social. “A transparência é princípio essencial à gestão pública. Ao avaliar a transparência em todos os níveis da administração pública, o controle externo atua para que os cidadãos tenham acesso à forma como o dinheiro e os recursos públicos são empregados, aspecto crucial quando se busca maior efetividade nas políticas públicas”, afirma.

Acesse o Diário Oficial do TCE onde foi publicado o Ranking de Transparência do primeiro semestre de 2024: 

As Prefeituras maranhenses

Oitenta e nove Prefeituras do Maranhão obtiveram nota C ou pontuação abaixo de sete no Ranking da Transparência divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA) na quinta-feira (11).

São municípios grandes e outros de menor porte, cujas administrações, de acordo com a Corte de Contas, não disponibilizaram informações suficientes, determinadas por Lei, em seus Portais da Transparência referentes ao primeiro semestre deste ano.

A cidade de Santa Inês, por exemplo, gerida pelo empresário Felipe dos Pneus, pré-candidato a reeleição, obteve 5,73 de pontuação.

O prefeito, ano passado, foi afastado do cargo acusado de chefiar organização criminosa que teria desviado R$ 55 milhões dos cofres públicos. 

Pinheiro, maior município da região da Baixada Maranhense, conseguiu 6,25 de pontuação.

A cidade é administrada pelo prefeito Luciano Genésio, que lançou o seu ex-cunhado, Kaio Hortegal, para sucedê-lo e manter-se no poder, desta forma, a partir de 2025.

Administrada pelo médico Hilton Gonçalo, já reeleito, Santa Rita cravou 5,35 de pontuação.

Já a vizinha Bacabeira, governada por Fernanda Gonçalo, esposa de Hilton, conseguiu 5,54.

O casal, para continuar mandando nas duas cidades, lançou os sobrinhos Milton Gonçalo Júnior e Naila Gonçalo para sucede-los nos respectivos municípios.

A cidade de Primeira Cruz, governada por Nilson do Cassó, obteve 6,58 de nota.

Ele apoia a pré-candidatura de Sérgio Albuquerque, que já governou o município (reveja e reveja).

Clique Aqui e veja a relação completa, incluindo Câmaras Municipais.


A prefeitura de São Luís tirou nota "A" - 9,15 (página 12/23). Só para título de comparação, para você, eleitor!


Imagem: reprodução


Câmara Municipal de São Luís

O Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA) atestou na quinta-feira (11), com a divulgação do Ranking da Transparência de Prefeituras e Câmaras Municipais, o cenário nebuloso de falta de transparência no Poder Legislativo de São Luís, presidido pelo vereador e pré-candidato a reeleição, Paulo Victor (PSDB).

A quarta Câmara mais antiga do Brasil tirou nota C ou 4,50 no que se refere a dar publicidade aos seus atos no Portal da Casa de Leis.

A avaliação é referente ao primeiro semestre deste ano. Paulo Victor assumiu a presidência no início de 2023.

Só para se ter uma ideia, o Parlamento da capital perde para Câmaras nanicas do interior, como Nova Iorque, Lajeado Novo, Sítio Novo, Montes Altos, São Roberto, Buritirana, Governador Nunes Freire e Vila Nova dos Martírios.

Todas tiraram nota A ou pontuação superior a 9.

O ranking é elaborado a partir de avaliações realizadas pelo órgão de controle externo nos portais de transparência dos fiscalizados sob sua jurisdição.

O Tribunal avalia também, no exercício das atividades inerentes ao controle externo, o cumprimento da Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, Lei de Acesso à Informação, e da Lei Federal nº 13.460, de 26 de junho de 2017, Código de Defesa dos Usuários de Serviços Públicos, entre outros normativos. 

O Ministério Público

O Ministério Público do Maranhão tirou nota C ou 6,60 no Ranking da Transparência divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA) na quinta-feira (11/07).

A avaliação foi feita pelo órgão de controle externo com base em informações disponibilizadas em seu Portal na internet e é referente ao primeiro semestre deste ano.

No ranking dos Poderes ou Órgãos, o Parquet aparece em último lugar, ficando atrás da Defensoria Pública e o próprio TCE, que obtiveram nota A; e também do Tribunal de Justiça e da Assembleia Legislativa, que tiraram nota B.

Clique aqui e veja a relação.


Fonte: Blog do Gláucio Ericeira


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