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Segundo a consultoria KPMG, alguns fatores vão exigir atenção especial das empresas.
Considerado um dos setores mais impactados pela pandemia, a indústria de consumo e varejo no Brasil vem passando por uma fase de reestruturação para atender à nova realidade e expectativas do consumidor. A nova realidade vai exigir que empresas do setor implementem estratégias de negócios para atingir o sucesso em 2022.
A consultoria KPMG divulgou uma lista com as 10 principais tendências para a indústria de consumo e varejo no Brasil em 2022. Dentre elas, Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG, destaca a necessidade de regulação, de adequação ao novo consumidor, de investimento em tecnologia e inovação, além de busca por liquidez e boa gestão de risco. Para ele, esses são os fatores que vão exigir atenção especial das empresas de varejo e consumo.
“A nova realidade exige que as empresas de consumo e varejo implementem estratégias de negócios para atingir o sucesso no próximo ano. Essas transformações serão necessárias e vão atuar de forma impulsionadora para que a demanda do setor continue aquecida”, analisa o sócio da KPMG.
Veja a seguir a lista completa das dez tendências para 2022:
1) Mudanças nos hábitos de consumo
A pandemia afetou a cesta de compra e a própria forma de fazer compras dos consumidores, levando a uma constante revisão dos canais tradicionais e estratégias de vendas, além do crescente uso de dados dos clientes. Os portais de vendas online (marketplaces) avançaram durante a pandemia e foram incorporados ao cotidiano de consumo, exigindo das empresas investimentos em controle de qualidade, gestão de riscos, prevenção de fraudes e segurança cibernética.
2) Cliente no centro do negócio
Para colocar o cliente no centro das atenções, o varejo precisa investir em processos e ferramentas inovadoras, impulsionando as práticas ESG (sigla em inglês para meio ambiente, responsabilidade social e governança) e valorizando a reputação sustentável das marcas modelos de negócios. Segundo o estudo, os consumidores buscam empresas que apresentam engajamento, posicionamento social e ações positivas de inclusão e diversidade.
3) Logística
Esse é talvez o maior desafio do varejo hoje, principalmente devido à parte final da entrega do produto, que se torna mais difícil e cara à medida que as áreas se expandem e os prazos de entrega são cada vez mais curtos.
4) Segurança cibernética
O comércio digital foi o grande protagonista no setor de consumo durante a pandemia, mas, apesar disso, trouxe vulnerabilidade e riscos, tanto para quem compra quanto para quem vende. Isso faz com que os investimentos em privacidade e segurança cibernética sejam prioridades. O avanço do comércio digital veio acompanhado por um crescente aumento de insatisfações dos consumidores que impactam na imagem, caixa da empresa e experiência do cliente.
5) Integração do físico com o digital
O comércio tradicional vai seguir existindo, migrando para a integração entre os canais de venda físicos e digitais. O varejo físico seguirá com alta demanda por adoção de tecnologia que viabilize o modelo de negócio.
6) Jornada de transformação digital
Os varejistas estão na jornada de transformação, habilitada por tecnologia e inovação. Temas como plataforma e marketplace passam a fazer parte da agenda e a adaptação a estes novos modelos. A utilização de processos tradicionais como carteira de clientes, crédito e malha logística ajudam a repensar o negócio.
7) Tecnologia na área tributária
Para seguir atendendo aos temas regulatórios, as empresas precisam ter uma estrutura pesada e onerosa com profissionais que não atuam na linha de frente (back office). Apesar de iniciativas de consolidação e eficiência operacional já tenham sido implementadas, o setor tributário e fiscal demanda aceleração de adoção de tecnologia.
8) Consumidor e fabricante
A modalidade de venda direta do fabricante para o consumidor final (D2C) gerou concorrência com canais tradicionais e se tornou uma realidade nas empresas.
9) Novas formas de investimentos
Diversos movimentos de liquidez como a captação de investimentos via fundos e oferta pública inicial (IPO) trouxeram oportunidades de crescimento inorgânico através de aquisições de negócios complementares e novos investidores.
10) A importância do ESG
As preocupações das empresas com relação aos fornecedores, parceiros e até mesmo clientes finais aumentaram significativamente. A gestão de riscos de terceiros se tornou um tema chave para a visibilidade e saúde de marcas, tornando-se cada vez mais importante a adoção de práticas ambientais, sustentabilidade e governança (ESG) em toda cadeia de valor.
Fonte: mercadoeconsumo