quarta-feira, 3 de novembro de 2021

A inteligência coletiva faz a mudança

Foto: Web Summit - Reprodução

Nikolaj Coster-Waldau, ator e embaixador da PNUD, e Mik Thobo-Carlsen, cofundador e CEO da Mindpool, explicaram a importância da campanha Don't Choose Extinction e da plataforma de inteligência coletiva Global Mindpool para o desenvolvimento sustentável.

Nikolaj Coster-Waldau e Mik Thobo-Carlsen conversando com Matthew Garrahan sobre a campanha Don’t Choose Extinction. 

Atualmente, o mundo gasta US$ 423 bilhões anualmente para subsidiar os combustíveis fósseis para os consumidores. De acordo com a nova pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), esse valor é quatro vezes maior do que o que está sendo utilizado para ajudar os países mais pobres a enfrentar a crise climática. Isso é um dos pontos críticos da conferência climática global COP26, que está sendo realizada em Glasgow, Reino Unido. Apesar disso, reformas nos subsídios aos combustíveis fósseis também podem ser injustas e prejudiciais para as famílias e comunidades se forem mal planejadas. Para ajudar a informar e equipar melhor agentes decisores sobre questões como essa, a campanha Don’t Choose Extinction [veja abaixo], lançada na semana passada, apresenta a plataforma de inteligência coletiva Global Mindpool.



Para falar sobre a campanha e a plataforma Matthew Garrahan, editor de notícias do Financial Times, conversou com os responsáveis por ela: o ator e embaixador global da PNUD, Nikolaj Coster-Waldau, e Mik Thobo-Carlsen, cofundador e CEO da Mindpool. Nikolaj explicou que o tom bem-humorado da campanha foi pensado para engajar de maneira mais fácil as pessoas. “Uma vez que você ri, você relaxa e é mais fácil engajar em uma conversa. Então, essa foi a ideia e, obviamente, a esperança de fazer as pessoas entrarem no web site que foi criado, onde tem várias coisas boas, e também tem uma coisa chamada Global Mindpool, que é basicamente tentar usar a inteligência coletiva para engajar as pessoas”, completou.

O cofundador e CEO da Mindpool, explica que inteligência coletiva é basicamente trabalhar junto. “Foi cientificamente provado várias vezes que coletivamente somos mais inteligentes, somos melhores em prever, somos melhores criar novas ideias. Então, é basicamente isso que fazemos no Mindpool”, enfatizou Mik. O objetivo da plataforma de inteligência coletiva é capacitar um número cada vez maior de pessoas para que participem da construção de um futuro mais sustentável e igualitário. “Acreditamos que, atualmente, todo mundo é muito bom em apontar o dedo para o outro, e o que estamos tentando fazer é focar nos diálogos, incluir todos. Todos criamos essa bagunça, mas obviamente com tantas mentes brilhantes, temos que encontrar as soluções, temos as soluções lá”, complementou Nikolaj.

Tanto para Mik quanto para Nikolaj, o sucesso da campanha seria conseguir mobilizar o mundo inteiro, até mesmo os países com uma política mais rígida em relação às mudanças. “Se a pressão vier das pessoas, isso pode ser um jeito de mudar até mesmo a mais estranha política, que tem sua própria agenda”, comentou Mik.

Fonte: meioemensagem