sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Falha na segurança do Clubhouse faz a plataforma enfrentar sua primeira crise

Imagem: Reprodução

A empresa já precisa lidar com o problema de vulnerabilidade do sistema publicamente.

Como nem tudo são flores, com pouco tempo após sua “explosão” no meio tecnológico, o Clubhouse já enfrenta sua primeira crise. A razão é uma falha na segurança em que um usuário do aplicativo vazou algumas conversas em outros sites pela internet. Desta forma, a empresa já precisa lidar com o problema de vulnerabilidade do sistema publicamente.

Reforço na segurança e proteção de conversas entre os usuários

Por conta do episódio, o Bloomberg ouviu um porta-voz da empresa e, segundo ele, várias salas de bate-papo foram afetadas e que o usuário por trás dos vazamentos foi banido permanentemente. Além disso, diante do fato ocorrido, a empresa afirma que irá reforçar as medidas de segurança para que episódios como esse não voltem a acontecer.

O que aconteceu já era previsto, uma vez que os relatórios da Stanford Internet Observatory já haviam comprovado uma falha no sistema de segurança, além de evidências de vulnerabilidade no aplicativo. Uma semana depois de descobrirem o problema, o vazamentos dos áudios aconteceu e iniciou a primeira crise da rede social.

Facilidade do trabalho de hackers e espionagem

Os estudos alertavam sobre códigos de cadastros de usuários e de salas de bate-papo no Clubhouse, que são transmitidos em formato de texto pela internet, o que poderia facilitar o trabalho de hackers e espionagem. O CEO da Agora, empresa de tecnologia usada pela rede social, relata que é obrigada por lei a cooperar com autoridades em casos de problemas considerados de segurança nacional.

A Agora explicou que os áudios são mantidos em segurança e usados apenas para monitoramentos técnicos, pedido feito pela própria companhia do Clubhouse. Em depoimento ao site The Verge, a empresa ressaltou que não tem acesso, não compartilha, nem armazena dados pessoais de usuários finais, bem como não intercepta tráfego de voz e vídeo de usuários que não sejam chineses, já que a empresa é localizada na China.

Depois da exposição, a recomendação entre os próprios usuários é que evitem falar sobre dados sensíveis que não são públicos. Países que são mais exigentes e autoritários com dados pessoais e informações sobre seus residentes podem ter maior preocupação com os moradores que já passaram e trocaram informações pela plataforma.

Fonte: saoluisdofuturo