terça-feira, 17 de novembro de 2020

Segundo turno está confirmado em 18 capitais e 36 cidades com mais de 200 mil eleitores e Mulheres representam 12,2% dos prefeitos eleitos no País

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No domingo foram reeleitos os prefeitos de seis capitais e definida a disputa em Salvador. Eleição em Macapá será em dezembro.

O segundo turno do pleito municipal deste ano está assegurado em 54 das 95 localidades com mais de 200 mil eleitores. A votação acontecerá no próximo dia 29. Em Macapá, as eleições ficaram para dezembro devido a um apagão que atinge o estado desde o dia 3.

Considerando o desempenho até agora e as chances até a conclusão das eleições, PSDB e MDB podem sair da disputa com o comando de seis capitais cada um, caso vençam os confrontos de que participam no segundo turno. A disputa prossegue em 18 capitais.

No primeiro turno, PSDB, DEM e PSD reelegeram, cada um, dois prefeitos de capital. Dessas legendas, o PSDB está no segundo turno em quatro capitais e poderá alcançar então seis prefeituras. O MDB ainda não ganhou nenhuma, mas concorre em seis.

O DEM tem chance de obter cinco capitais. Além de dois reeleitos, conquistou Salvador com a maior votação entre todos os vencedores no domingo (64%), está no segundo turno no Rio de Janeiro e, conforme a pesquisa mais recente, liderava as pesquisas em Macapá.

O PSD está em um segundo turno e, se vencer, terá o comando de três capitais. Podemos, PP, PSB e Republicanos continuam na disputa em três localidades; PDT, Psol e PT, em duas; e Avante, Cidadania, Patriota, PCdoB, Pros e Solidariedade, em uma cada um.

Outros colégios eleitorais

Dos municípios com mais de 200 mil eleitores, está confirmado o segundo turno em 36. Estão sub judice os resultados em Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias e Volta Redonda, todos no Rio de Janeiro.

Em 31 outras cidades, o PSDB elegeu 10 prefeitos neste primeiro turno. Em seguida, pela ordem de conquistas, estão MDB, como 5; PP, com 4; PSD, com 3; e PL, com 2. Cidadania, DEM, PDT, Podemos, PSB, PSC e Solidariedade obtiveram uma vitória cada um.

O segundo turno das eleições para prefeito acontece nos municípios com mais de 200 mil eleitores. Das capitais, só Palmas fica de fora (180,5 mil eleitores). Somadas, as 26 capitais reúnem 32,6 milhões de eleitores (22% do total). Outras 70 cidades, 23,8 milhões (16%).

Mulheres representam 12,2% dos prefeitos eleitos no País


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Três deputadas federais estão na disputa para prefeita ou vice no segundo turno

As mulheres representam 12,2% dos prefeitos eleitos em primeiro turno nas eleições de domingo – entre elas Cinthia Ribeiro (PSDB), reeleita prefeita de Palmas, capital do Tocantins, com mais de 36% dos votos.

Cinco mulheres permanecem na disputa por prefeituras no segundo turno, que será realizado em 29 de novembro: Manuela D'Ávila (PCdoB), em Porto Alegre; Marília Arraes (PT), no Recife; Delegada Danielle (Cidadania), em Aracaju; Socorro Neri (PSB), em Rio Branco; e Cristiane Lopes (PP), em Porto Velho.

Marília Arraes é atualmente deputada federal. Outra deputada que disputa a prefeitura no segundo turno é Margarida Salomão, em Juiz de Fora (MG). Além disso, a deputada Luiza Erundina disputa a vice-prefeitura, no segundo turno, na cidade de São Paulo.

A deputada Patrícia Ferraz disputará a prefeitura de Macapá, onde o primeiro turno ainda não foi realizado. A eleição foi suspensa em razão de uma crise energética, e a data do pleito ainda será confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Comparação com 2016

Nas eleições municipais de 2016, foram eleitas 641 mulheres para o cargo de prefeita, representando 11,57% do total. No pleito passado, somente uma mulher foi eleita prefeita de uma capital: Teresa Surita (PMDB), em Boa Vista (RR).

O número de candidatas que disputam segundo turno em capitais neste ano é mais que o dobro daquele de 2016: são cinco as capitais com mulheres ainda em disputa, contra duas nas últimas eleições.

Cota nas candidaturas

As eleições de 2020 foram as primeiras eleições municipais em que valeram não apenas a cota de 30% de candidaturas femininas, mas também a reserva de pelo menos 30% dos fundos eleitoral e partidário para financiar candidatas e a aplicação do mesmo percentual ao tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

Além disso, com o fim das coligações nas eleições proporcionais, cada partido – e não mais cada coligação – foi obrigado a reservar 3 em cada 10 candidaturas de vereador para mulheres.

Apesar de as mulheres representarem 52,5% do eleitorado, as candidaturas femininas neste ano, para prefeita, vice-prefeita ou vereadora ficaram, mais uma vez, próximas ao limite estabelecido pelas cotas. De acordo com os dados do TSE, do total de 556.033 pedidos de registro de candidatura, 186.144 foram de mulheres, o que corresponde a um percentual 33,48%. Em 2016, as candidaturas femininas foram 31,9% do total.

Cota de cadeiras

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prometeu pautar, após as eleições municipais, proposta de emenda à Constituição que institui cota para mulheres nas câmaras de vereadores, assembleias legislativas e na Câmara dos Deputados.

A medida está prevista na Proposta de Emenda constitucional (PEC 134/15) que propõe que até 2030 haja ocupação paritária de homens e mulheres do Parlamento. O texto, que aguarda votação pelo Plenário, reserva cotas fixas de vagas para as mulheres no Legislativo, e não apenas cotas para as candidaturas, como acontece hoje.

Fonte: Agência Câmara de Notícias