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Imagem: Reprodução |
O crescimento de meio circulante acelerou para 13,8% em um ano
O Banco Central, diante da necessidade de produção de um número gigantesco de cédulas e moedas para o enfrentamento da pandemia causada pelo novo coronavírus já começa a apresentar certa dificuldade na produção de dinheiro, o que o deixa a um passo de sua fase de “seca”.
Com pretensão de ajudar, veio à tona a novidade da criação da cédula de R$ 200, notícia que dividiu opiniões. Segundo Carolina de Assis Barros, diretora de administração do Banco Central, lançar e imprimir notas de R$ 200 não envolve perigo relacionado à lavagem de dinheiro, a volta da CPMF e a aceleração da inflação, não tem nada a ver com isso. O BC não pode brincar, não pode deixar faltar dinheiro de jeito nenhum.
Capacidade de produção limitada
Com a fabricação disparada de milhares de notas, a capacidade de produção foi se limitando, em abril, foi dado o alerta desse ápice, o crescimento de meio circulante acelerou para 13,8% em um ano, ultrapassando a velocidade habitual de expansão, de 6%. Carolina reforça que consultou informalmente as casas de impressoras de outros países. De forma geral, estavam com a sua capacidade de produção comprometida.
Não apenas o Brasil vem apresentando essa dificuldade quanto à produção de cédulas e moedas, o Banco Central do Canadá enfrentou escassez de suas notas de 50 dólares canadenses. Os Estados Unidos, Japão e Rússia foram países que também tiveram suas dificuldades. A Casa da Moeda da Argentina precisou voltar a importar cédulas depois de cinco anos sem essa necessidade para enfrentar a forte demanda provocada pela alta inflação de 40%.
A pandemia exigiu maior demanda de dinheiro, o que consequentemente envolve maior tempo de trabalho de quem está à linha frente dessa produção, mesmo assim não se torna tão fácil como pode parecer. A Casa da Moeda ainda tem suas limitações.
Três formas de produção
A forma de produção se dá da seguinte maneira: uma para cédulas de R$ 2,00 e R$ 5,00; outra para cédulas de R$ 10,00 e R$20,00 e uma para R$ 50,00 e R$100,00, 100 milhões de cédulas. Carolina explica que para produzir esse volume, não é uma regime normal de trabalho, é preciso hora extra.
Foi decicido que o lançamento do projeto da cédula de R$ 200,00, que já estava na gaveta do Banco Central, era a melhor decisão técnica, dadas as limitações que tem sobretudo na produção. O desafio é ser produtivo: como gerar o maior volume financeiro em um curto espaço de tempo, diz Carolina.
Em busca de elevar o orçamento, o BC solicitou R$ 113,8 milhões ao Conselho Monetário Nacional (CMN) como aporte adicional, com isso, o orçamento anual vai para R$ 900 milhões. Além disso, 170 milhões de unidades de R$ 100,00 3 450 milhões de unidades de R$ 200,00 serão encaminhadas ao BC. O volume financeiro total é de R$ 104 bilhões.
Fonte: saoluisdofuturo