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O senador Weverton Rocha (PDT-MA), informou nas redes sociais nesta quinta-feira (11), que está tomando providências no âmbito do Poder Legislativo, para o que ele classifica de inaceitável. De acordo com Weverton, o governo Bolsonaro prepara uma medida para o setor da Agricultura no Nordeste, mas que deixa de fora o Estado do Maranhão.
O atual projeto voltado para a Agricultura Familiar, que exclui o Maranhão, tem como foco a irrigação e deve começar a ser desenhado na próxima segunda-feira (15), quando está marcada uma uma reunião na Casa Civil, comandada pelo Ministro Onyx Lorenzoni, com a participação de Gustavo Canuto, ministro do Desenvolvimento Regional, Ricardo Sales, do Meio Ambiente, Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, e Tereza Cristina, da Agricultura e Meio Ambiente. Segundo O Globo, o presidente irá propor a busca de uma cooperação tecnológica com Israel para dessanilizar a água para utilizar na lavoura. Ao mesmo jornal, um técnico da Embrapa disse que “essa tecnologia não tem viabilidade de aplicação para o sertão nordestino”.
Pelo tuíter, o Senador Weverton Rocha (PDT) disse que é inaceitável que o governo federal deixe o Maranhão de fora de qualquer projeto que vise beneficiar famílias carentes da região. “Já estou buscando as alternativas legislativas para que o Maranhão seja incluído e vamos reunir a bancada para buscar meios de garantir isso. O nosso estado tem regiões no semiárido que precisam de incentivo e vamos lutar para que seja parte desse pacote de fomento”, escreveu.
Weverton tuitou que estava se deslocando acompanhado pela bancada federal maranhense, para “batalhar pela inclusão do Maranhão no pacote de fomento à agricultura anunciado pelo governo federal”.
O jornal carioca O Globo anunciou que o governo Jair Bolsonaro (PSL), está preparando uma série de ações para se aproximar dos eleitores do Nordeste, como forma de mostrar que não guarda rancor por ter recebido na Região apenas 30% dos votos no segundo turno. Além do já anunciado 13º salário, o Ministério da Agricultura pretende divulgar um pacote de apoio aos produtores rurais de oito microrregiões carentes, mas que deixa de fora o Maranhão, o estado mais pobre do Brasil.
A iniciativa do Governo Bolsonaro em olhar para o Nordeste pode estar ligada ao fato de que a articulação politica da situação ter identificado que os parlamentares da Região estariam sendo pressionados por seus eleitores para votarem contra a reforma da previdência. O 13º Bolsa Família e o projeto de irrigação para a Agricultura Familiar funcionariam como uma moeda de troca, uma espécie de contrapartida. Os nordestinos possuem 151 cadeiras na Câmara dos Deputados Federais, sendo apenas 18 pelo Maranhão.
Fonte: Notícia dos Blogs