Ele divulgou isso ao ser entrevistado para uma reportagem do BuzzFeed que lhe indagava sobre a divulgação de uma conversa que teve com Andrea Neves, irmã de Aécio.
O que foi divulgado da conversa só diz respeito a eles. Reinaldo criticava a operação Lava Jato e questionou uma reportagem que a revista para a qual trabalhou realizara.
A despeito de isso não ter nada a ver com o objeto da investigação, a transcrição do áudio foi para o processo. O que tinha por objetivo claro constrangê-lo na empresa para a qual presta serviços. E com seus leitores.
A ação do estado policial que lhe ataca porque, num dado momento, ele decidiu se insubordinar contra seus antigos aliados?
Reinaldo foi um dos que imaginou que derrubar Dilma e acabar com o PT levaria o país a um lugar melhor. Mesmo que limites democráticos fossem ignorados. Está sentindo agora o bafo quente do monstro que alimentou.
Sua defesa, porém, é obrigação dos democratas. Independente do que se ache dele ou de suas posições. Por isso tem toda a minha solidariedade.
Segue texto que ele enviou ao BuzzFeed:
“Pela ordem:
Comecemos pelas consequências.
Pedi demissão da VEJA. Na verdade, temos um contrato, que está sendo rompido a meu pedido. E a direção da revista concordou.
1: não sou investigado;
2: a transcrição da conversa privada, entre jornalista e sua fonte, não guarda relação com o objeto da investigação;
3: tornar público esse tipo de conversa é só uma maneira de intimidar jornalistas;
4: como Andrea e Aécio são minhas fontes, achei, num primeiro momento, que pudessem fazer isso; depois, pensei que seria de tal sorte absurdo que não aconteceria;
5: mas me ocorreu em seguida: “se estimulam que se grave ilegalmente o presidente, por que não fariam isso com um jornalista que é crítico ao trabalho da patota;
6: em qualquer democracia do mundo, a divulgação da conversa de um jornalista com sua fonte seria considerada um escândalo. Por aqui, não;
7: tratem, senhores jornalistas, de só falar bem da Lava Jato, de incensar seus comandantes.
8: Andrea estava grampeada, eu não. A divulgação dessa conversa me tem como foco, não a ela;
9: Bem, o blog está fora da VEJA. Se conseguir hospedá-lo em algum outro lugar, vocês ficarão sabendo;
10: O que se tem aí caracteriza um estado policial. Uma garantia constitucional de um indivíduo está sendo agredida por algo que nada tem a ver com a investigação;
11: e também há uma agressão a uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo”.
Fonte: BR47
O que foi divulgado da conversa só diz respeito a eles. Reinaldo criticava a operação Lava Jato e questionou uma reportagem que a revista para a qual trabalhou realizara.
A despeito de isso não ter nada a ver com o objeto da investigação, a transcrição do áudio foi para o processo. O que tinha por objetivo claro constrangê-lo na empresa para a qual presta serviços. E com seus leitores.
A ação do estado policial que lhe ataca porque, num dado momento, ele decidiu se insubordinar contra seus antigos aliados?
Reinaldo foi um dos que imaginou que derrubar Dilma e acabar com o PT levaria o país a um lugar melhor. Mesmo que limites democráticos fossem ignorados. Está sentindo agora o bafo quente do monstro que alimentou.
Sua defesa, porém, é obrigação dos democratas. Independente do que se ache dele ou de suas posições. Por isso tem toda a minha solidariedade.
Segue texto que ele enviou ao BuzzFeed:
“Pela ordem:
Comecemos pelas consequências.
Pedi demissão da VEJA. Na verdade, temos um contrato, que está sendo rompido a meu pedido. E a direção da revista concordou.
1: não sou investigado;
2: a transcrição da conversa privada, entre jornalista e sua fonte, não guarda relação com o objeto da investigação;
3: tornar público esse tipo de conversa é só uma maneira de intimidar jornalistas;
4: como Andrea e Aécio são minhas fontes, achei, num primeiro momento, que pudessem fazer isso; depois, pensei que seria de tal sorte absurdo que não aconteceria;
5: mas me ocorreu em seguida: “se estimulam que se grave ilegalmente o presidente, por que não fariam isso com um jornalista que é crítico ao trabalho da patota;
6: em qualquer democracia do mundo, a divulgação da conversa de um jornalista com sua fonte seria considerada um escândalo. Por aqui, não;
7: tratem, senhores jornalistas, de só falar bem da Lava Jato, de incensar seus comandantes.
8: Andrea estava grampeada, eu não. A divulgação dessa conversa me tem como foco, não a ela;
9: Bem, o blog está fora da VEJA. Se conseguir hospedá-lo em algum outro lugar, vocês ficarão sabendo;
10: O que se tem aí caracteriza um estado policial. Uma garantia constitucional de um indivíduo está sendo agredida por algo que nada tem a ver com a investigação;
11: e também há uma agressão a uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo”.
Fonte: BR47