terça-feira, 21 de maio de 2024

Produtoras nascem com a promessa de integrar IA aos trabalhos

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Apesar das indefinições regulatórias e éticas que rondam a IA generativa, produtoras nascem com a premissa de integrar tecnologia ao negócio.

Assim como empresas de qualquer segmento, as produtoras audiovisuais precisam acompanhar as mudanças tecnológicas, sobretudo, quando prometem abalar a categoria. Foi assim com as câmeras digitais quando substituíram as analógicas e, com o avanço da inteligência artificial (IA), ainda mais mudanças estão por vir.

Sob a promessa de democratizar a produção cinematográfica, as produtoras Air e The Future Studios acabam de chegar ao mercado integrando ferramentas de IA no cotidiano aos negócios.  Porém, existem ainda algumas questões em debate: regulamentação das plataformas, direitos autorais e alternativas de negócio.

Inteligência artificial na produção

Para Cacau Moraes, fundador da Future Studios, a inteligência artificial generativa (GenAI) permite que a pós-produção aconteça ao mesmo tempo – se não, antes – que as filmagens. Com um time composto por profissionais de pós-produção, como motion design e VFX, o olhar humano pode aprimorar, por exemplo, a iluminação gerada pela IA, que pode parecer pouco natural. A produtora já produziu filmes para Samsung e para a rede farmacêutica EMC.

Também com histórico na pós-produção, a dupla de diretores Nylon – formada por Marcos Ceravolo e Caio Montanari – criou a Air. A empresa tem utilizado fontes abertas de programação, conhecidas como open sources, disponibilizadas por programadores em fóruns abertos. Ceravolo menciona que a IA é capaz de criar, por exemplo, campos ‘infinitos’ de lavanda em uma cena panorâmica.

Além disso, menciona que a GenAI pode dispensar a utilização de animais nos sets de filmagem a partir das produções digitais. A Air produziu um filme para a Everest, com estreia neste mês, e está envolvida no projeto de Vivo para Olimpíadas.

Qual é o modelo de negócios das produtoras audiovisuais?

A Future Studios opta por utilizar ferramentas como ChatGPT e Midjourney no dia a dia da operação. Segundo Cacau, os investimentos necessários para criar as próprias ferramentas seriam exorbitantes, além de estarem competindo com empresas de porte multinacional.

“Ainda é preciso de muita técnica e detalhe para criar algo que se destaque usando as ferramentas disponíveis”, comenta. Por outro lado, a Air tem buscado criar os próprios modelos a partir das open sources, mas também tem estudado a criação de ferramentas que possam otimizar as partes burocráticas de um projeto, como análise de valores e investimentos necessários.

Dos sócios Cacau Moraes e Baepi Pinna, a Future Studios nasceu como um espaço para que os profissionais interessados em IA possam ampliar o repertório. Segundo Cacau, à medida que eles iam agregando pessoas ao time, era notável que mesmo os mais entusiasmados precisavam aprender com as novidades que surgiam.  “A pessoa com mais experiência em GenAI não tinha nem um ano de trabalho em cima disso”, comenta.

Nesse sentido, em junho, a empresa lançará a Future Academy, escola de online para uso de ferramentas digitais, como fonte de diversificação de receita e para capacitar futuros profissionais em IA. O primeiro curso disponível será sobre IA Filmaking e abordará como os indivíduos conseguem criar os próprios filmes usando a tecnologia.

Apesar de terem surgido com em meio à ascensão da IA, as produtoras audiovisuais ainda executam capturas tradicionais. Em ambos os casos, a IA é utilizada como forma de amplificar efeitos especiais, como ampliação ou criação de cenários de fantasia, tal qual cidades distópicas. Mesmo assim, tanto a Air quanto The Future Studios acreditam que o próximo passo sejam as produções criadas que utilizam integralmente ferramentas de IA generativa.

Qual é o debate sobre IA hoje?

Em meados de 2022, o metaverso surgiu com a promessa de ser o próximo passo das interações sociais nos espaços virtuais. Na época, empresas criaram unidades de negócio e startups tentaram trilhar o caminho ao sucesso no mercado ainda prematuro. Aos poucos, o hype passou, o que causou demissões ou reavaliações sobre o negócio. Contudo, com a IA as coisas parecem ser diferentes, ao menos, é o que acreditam os executivos.

“Somos contadores de histórias e somos uma produtora como uma qualquer outra. Se precisar contar uma história em câmera aberta, a gente consegue. Chegamos em um caminho sem volta a menos que haja uma complicação em relação a regulamentação das coisas, porque precisa muito ter”, comenta Cacau.

A questão dos diretos autorais ainda é complexa e demanda regulamentação, inclusive para assegurar os trabalhos das produtoras audiovisuais. “Muitas vezes, a criação passa por tantos modelos que acabam virando uma coisa única”, comenta Ceravolo sobre a autenticidade do que é produzido a partir das ferramentas.

Segundo ele, a IA já estava integrada em outros softwares de edição há bastante tempo, porém, o diferencial é a parte generativa da programação. Ele também destaca que ainda existe uma lacuna na integração entre plataformas, mas é uma questão de tempo até que isso aconteça.

Fonte: meioemensagem




Netflix e rivais: a corrida pelo domínio do conteúdo esportivo

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Como a Netflix e outras do setor estão usando o esporte para atrair mais assinantes.

O mercado de streaming está em constante transformação, com serviços cada vez mais semelhantes às tradicionais TVs a cabo, especialmente devido ao investimento em transmissões esportivas ao vivo. Na semana passada, noticiamos a iniciativa da Netflix de transmitir jogos da NFL no Natal, o que me motivou a escrever esta coluna para destacar a importância desse movimento e a necessidade de estarmos atentos às suas implicações.

Sem considerar outros modelos de transmissão da nova economia que atingem milhões de fãs de esportes ou até mesmo levam esportes para novos públicos, como o YouTube, ou grandes veículos de mídia brasileiros como LiveMode (Cazé TV), recentemente investida pela General Atlantic e XP, Flow Sport Club, Podpah e Nsports, nesta coluna, nosso foco não será a transmissão e a mídia da Nova Economia. Pretendo dedicar um artigo exclusivo para esse tema no futuro. Hoje, vamos nos concentrar na expansão da Netflix e seus concorrentes globais.

Após minha carreira como atleta profissional e a transição para o mercado esportivo, antes de atuar com esporte e educação, trabalhei no IBOPE Repucom, líder global em pesquisa de marketing esportivo e retorno de exposição de marcas na mídia. A empresa fornece métricas de eficiência e avalia resultados de patrocinadores e anunciantes no esporte, entretenimento e cultura. Utilizando uma metodologia própria, analisa todas as mídias e oferece análises qualitativas e quantitativas para monitorar o retorno dessas marcas. Fui especialista na elaboração de relatórios para avaliação de patrocínios de marcas como CBF, Globo e McDonald’s. Embora esse movimento com novos players de streaming e da Nova Economia de Mídia façam o mercado crescer, não consigo imaginar a complexidade e as particularidades envolvidas para mensuração de resultados nessas novas plataformas, se comparadas às emissoras tradicionais com as quais trabalhávamos, como SporTV, ESPN, Fox e canais abertos.

Com isso, podemos entender que esse movimento dos streamings não apenas transforma o consumo dos fãs, mas também altera como as marcas decidem alocar seus investimentos e, consequentemente, como o mercado mensura o seu retorno e o quanto ele maximiza e ao mesmo tempo dispersa o destino do dinheiro  na economia do esporte.

A Netflix, gigante do streaming, está se destacando ao adotar uma abordagem inovadora voltada para o “entretenimento esportivo” e expandindo seu portfólio desde a luta entre Mike Tyson e Jake Paul aos jogos da NFL e as lutas da WWE em 2025, o interesse da Netflix em esportes ao vivo está aumentando ou até mesmo a expansão de documentários sobre esportes e ídolos. Nos próximos parágrafos vamos entender como a Netflix está liderando a revolução no mercado de streaming e quer transformar a forma como consumimos esporte e entretenimento

Documentários de Esportes e Ídolos

A Netflix já possui uma sólida coleção de documentários que celebram figuras icônicas do esporte e histórias inspiradoras:

  • “The Last Dance”: Uma série aclamada que narra a carreira de Michael Jordan e a última temporada do Chicago Bulls na NBA.
  • “Formula 1: Drive to Survive”: Um olhar profundo e envolvente sobre os bastidores da Fórmula 1, trazendo entrevistas exclusivas e momentos emocionantes que ajudaram a própria F1 a conquistar novos fãs.
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  • “Pelé”: Um documentário que retrata a vida e a carreira do maior jogador de futebol brasileiro da história.
  • “The Playbook”: Série que explora as regras e filosofias dos técnicos mais renomados do esporte mundial.
  • “Neymar: O Caos Perfeito”: Documentário que apresenta uma visão íntima da vida e carreira de Neymar Jr.
  • “Beckham”: Um documentário que narra a vida e a carreira do astro do futebol David Beckham, desde seus primeiros dias no Manchester United até sua carreira pós-futebol e vida pessoal.
  • “The Figo Affair: The Transfer That Changed Football”: Um documentário que explora a controversa transferência de Luís Figo do Barcelona para o Real Madid.

Existem muitas outras séries de sucesso sobre esportes que não mencionei aqui. Além disso, a Netflix já anunciou uma série de novas produções que destacam outros grandes ídolos e esportes ainda não explorados.

Expansão para Esportes ao Vivo

A Netflix também está ampliando sua presença em transmissões esportivas ao vivo:

NFL no Natal: Como citamos e noticiamos anteriormente, um contrato de três anos para transmitir jogos de futebol americano na época de Natal.

WWE Raw: A partir de 2025, a Netflix transmitirá o WWE Raw, além de SmackDown e NXT, num acordo de US$5 bilhões por dez anos​.

Boxe: Em julho de 2024, a plataforma transmitirá uma luta de destaque entre Mike Tyson e o YouTuber Jake Paul​​ junto com a luta de boxe feminino entre Katie Taylor e Amanda Serrano, válido pelo cinturão mundial das superleves.


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Concorrentes no Espaço de Streaming Esportivo

Enquanto a Netflix avança com suas estratégias, seus concorrentes também não estão parados e estão fazendo movimentos significativos para capturar a audiência esportiva:

Apple TV+: A Apple investiu na transmissão de jogos de baseball (MLB) e futebol (MLS). A empresa adquiriu os direitos exclusivos de algumas partidas, oferecendo uma experiência única aos seus assinantes.

Amazon Prime Video: Amazon assinou um acordo para transmitir jogos da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL), incluindo o “Thursday Night Football”. Além disso, a plataforma também transmite eventos de tênis e outros esportes.

Max: O serviço de streaming da Warner Bros. Discovery, anteriormente conhecido como HBO Max, adquiriu os direitos de transmissão de uma variedade de esportes, incluindo NFL, NBA, NHL, tênis, Nascar e golfe. Esta ampla gama de esportes visa atrair um público diverso e amante de esportes.

Star+: Parte da Disney, Star+ já oferece transmissões ao vivo dos jogos da ESPN, incluindo futebol, críquete e tênis. A plataforma se beneficia da vasta biblioteca de conteúdo esportivo da ESPN, atraindo fãs de várias modalidades esportivas.

Assim como em um jogo de xadrez, quando uma peça se move, o oponente precisa reagir, seja atacando, defendendo ou ganhando tempo. Por conta desses movimentos da Netflix, certamente veremos reações de Apple TV+, Amazon Prime, Max e Star+. É muito provável que escreveremos outras colunas para falar sobre ou até mesmo que ocorram publicações com notícias de mercado e novos acordos.


Lionel Messi. Imagem: divulgação/Apple TV+ - Imagem: reprodução

Benefícios e Impactos

A inclusão de esportes ao vivo nos serviços de streaming é uma tática para atrair novos usuários e anunciantes. Por exemplo, a Netflix, com seus planos com anúncios, conta com 40 milhões de usuários ativos mensais. Esta estratégia não só amplia a base de assinantes, mas também diversifica as fontes de receita da empresa.

Por outro lado, essa expansão apresenta desafios para os consumidores. Para assistir a todos os jogos da NFL, um fã precisará de várias assinaturas de diferentes serviços, resultando em um custo anual de aproximadamente US$ 1.610. Isso reflete a crescente fragmentação do mercado, onde os consumidores precisam se inscrever em múltiplas plataformas para acessar todo o conteúdo desejado.

Conclusão

A estratégia da Netflix de se aventurar no mundo dos esportes ao vivo demonstra sua capacidade de inovação e adaptação em um mercado competitivo. À medida que mais serviços de streaming entram nesse espaço, os consumidores terão mais opções, mas também enfrentarão maiores custos e complexidade na escolha de assinaturas. A Netflix está pavimentando um novo caminho no entretenimento esportivo, buscando redefinir o que um serviço de streaming pode oferecer.

Com essas movimentações, a Netflix não só diversifica seu conteúdo, mas também estabelece novos padrões para o mercado de streaming, refletindo uma transformação contínua e dinâmica no consumo de mídia esportiva. Fazendo valer a cultura que seu fundador, Reed Hastings, estabeleceu. Ele descreve essa filosofia um tanto quanto diferente no livro “A Regra é Não Ter Regras”, que particularmente eu recomendo a leitura. Se você chegou até aqui,  te desejo uma ótima semana e até a próxima coluna!

Fonte: MKTESPORTIVO


Senado vota uniformização da taxa de juros em contratos nesta terça (21)

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O Senado realiza sessão deliberativa nesta terça-feira (21) para analisar, entre outros itens, o projeto (PL 6.233/2023) que uniformiza a aplicação de juros e correção monetária nos contratos de dívida sem taxa convencionada, em ações por perdas e danos e em débitos trabalhistas. Há também uma expectativa dos líderes partidários de votação da urgência para análise do projeto que consolida a negociação entre o governo federal e os parlamentares sobre a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e para os municípios (PL 1.847/2024). A sessão começa às 14h. 

O PL 6.233/2023, de autoria do Executivo, já foi aprovado na Câmara dos Deputados e na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado em forma do substitutivo (texto alternativo) apresentado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE). A matéria tramita em regime de urgência, junto com o PL 1.086/2022, do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado. O substitutivo unificou dispositivos das duas propostas.

A proposta altera o Código Civil (Lei 10.406, de 2002) para estabelecer que, quando um contrato não previr o índice de atualização monetária nem houver lei especificando, será usada a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ou outro índice que vier a substituí-lo. O IPCA é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para medir a variação da inflação em dado período de tempo.

Taxa legal de juros

O substitutivo especifica, no Código Civil, que a taxa legal de juros, aplicada em diversas situações, corresponderá à diferença entre a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e o IPCA — ou seja, Selic menos IPCA. De acordo com o relator, será usada a taxa real da Selic, isto é, a Selic descontada da atualização monetária dada pelo IPCA.

A forma de aplicação da taxa será definida pelo Conselho Monetário Nacional (CNM). O Banco Central deverá disponibilizar em seu site uma calculadora da taxa de juros legal.

Essa taxa será aplicada em contratos de empréstimo (mútuo) quando não houver outra taxa especificada; nas dívidas condominiais; nos juros por atraso no cumprimento de obrigação negocial, quando não houver taxa convencionada entre as partes; na responsabilidade civil decorrente de ato ilícito e nas perdas e danos de modo amplo.

Atualmente, a lei estabelece que será usada como taxa legal de juros a mesma que estiver em vigor para a mora (atraso) do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional. Pacheco observa, na justificativa de seu projeto, que os tribunais divergem quanto à interpretação desse ponto, aplicando ora a taxa Selic, ora a taxa de 1% ao mês, o que gera grave insegurança jurídica.

Desoneração 

De acordo com os líderes partidários, há possibilidade que entre na pauta desta terça-feira (21) requerimento para votação em regime de urgência do projeto (PL 1.847/2024) que concretiza o acordo entre Congresso e o Executivo sobre a desoneração da folha de pagamentos, tanto para empresas quanto para os municípios. A intenção da matéria, apresentada pelo senador Efraim Filho (União-PB), é manter a desoneração no ano de 2024 e discutir a reoneração gradual a partir de 2025.

O projeto é relatado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo na Casa. Na última sexta-feira (17) o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu por 60 dias a decisão assinada por ele mesmo que derrubava a desoneração da folha de pagamentos para diversos setores da economia e para os municípios. 

Com a suspensão, os congressistas ganharam tempo para a construção de um relatório que formalize o consenso sobre as regras de reoneração gradual. 

A lei da desoneração autoriza que 17 setores da economia substituam a alíquota previdenciária de 20% sobre os salários por uma alíquota de 1% a 4,5% sobre a receita bruta.

Já no texto do projeto, as empresas permanecem com a desoneração em 2024, e voltam a pagar a contribuição previdenciária a partir de 2025, com uma alíquota prevista de 5% sobre a folha de pagamento. A partir daí o percentual aumentará gradualmente até alcançar 20% em 2028. 

Em relação aos municípios, até o fim deste ano, as prefeituras seguirão pagando alíquota de 8%, em vez de 20%. E a retomada gradual será a partir de 2025. As alíquotas ainda não foram divulgadas. 

Outros projetos 

A pauta desta terça-feira ainda tem outros dois projetos. Um deles é o projeto (PL 826/2019) da Câmara dos Deputados que prevê a vacinação de crianças nas escolas públicas. Segundo o texto, as escolas e unidades de saúde deverão divulgar as datas com antecedência e orientar os estudantes a levarem seus cartões de vacinação. Embora não seja obrigatório, as instituições particulares que desejarem poderão aderir ao programa. O parecer favorável foi apresentado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI). 

Outra matéria, também da Câmara, cria cargos efetivos e comissionados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 19ª Região (Alagoas).

Relatado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), o PLC 194/2015 cria 12 cargos efetivos de analista judiciário — área de apoio especializado, especialidade tecnologia da informação (TI); e um cargo em comissão CJ-3, além de outro cargo em comissão CJ-2 no quadro de pessoal da secretaria do TRT da 19ª Região.

Fonte: Agência Senado


Convidados de audiência pública defendem que ultraprocessados fiquem de fora da nova cesta básica

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O projeto do governo prevê 15 itens, mais naturais e minimamente processados, que ficarão livre de impostos.

Representantes da sociedade civil e do governo presentes em audiência pública da Comissão de Legislação Participativa da Câmara defenderam na quinta-feira (16/05) que alimentos ultraprocessados fiquem de fora da cesta básica nacional que será definida na regulamentação da reforma tributária (PLP 68/24). Alguns pediram que esses alimentos também sejam taxados pelo novo Imposto Seletivo.

A cesta básica do projeto enviado pelo governo tem 15 itens, mais naturais e minimamente processados, e eles ficarão livres do Imposto sobre Bens e Serviços e da Contribuição sobre Bens e Serviços. Já o Imposto Seletivo incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente; entre eles, as bebidas açucaradas.

Conheça o projeto do governo que regulamenta a reforma tributária

Para o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), que solicitou a audiência pública, existe o risco de mudanças no texto. “Isso vai estar em disputa na hora em que isso for aprovado, quando podem surgir emendas perigosíssimas. Temos uma prioridade: conter uma tentativa que será feita de incluir o ultraprocessados na cesta básica”, alertou.

Marília Albiero, da ACT Promoção da Saúde, disse que a taxação dos ultraprocessados com o Imposto Seletivo pode render cerca de R$ 9 bilhões, o que abriria espaço para outros itens na cesta básica nacional. Alguns itens, como carnes em geral, não entraram na lista, mas terão uma redução na tributação de 60%.

A técnica disse que a população muitas vezes prefere ultraprocessados porque eles têm preços menores. “A inflação dos alimentos é muito maior que a inflação normal. Então tem competição desleal”.

Conheça o Imposto Seletivo previsto na reforma tributária

Para Letícia Cardoso, do Ministério da Saúde, é importante desincentivar o consumo de ultraprocessados porque eles fazem mal à saúde. Ela disse que estes alimentos já respondem por 18,4% do total de calorias adquiridas pelos domicílios brasileiros. Segundo ela, o Sistema Único de Saúde gasta R$ 3 bilhões por ano somente em doenças relacionadas ao consumo de bebidas ultraprocessadas.

Gisele Bortolini, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, informou que foi editado em março um decreto (Decreto 11.936/24) com 10 grupos alimentares que deveriam fazer parte de políticas relacionadas a uma cesta básica brasileira.

Os grupos são: feijões, cereais, raízes e tubérculos, legumes e verduras, frutas, castanhas e nozes, carnes e ovos, leites e queijos, o grupo açúcar-sal-óleo-gorduras, e o grupo café-chá-mate-especiarias. Depois, foi editada uma portaria do ministério (MDS 966/24) detalhando mais de 100 itens relacionados aos grupos.

Fonte: Agência Câmara de Notícias


Presidente da Famem e vice-presidente da CNM, Ivo Rezende, defende os interesses municipais no Senado

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Durante uma sessão de debates no Plenário do Senado , o presidente da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem) e vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Ivo Rezende, fez uma intervenção enfática em defesa dos interesses municipais na segunda-feira (13/05).

A presença de Ivo Rezende no Senado ocorreu em um contexto em que lideranças municipais, incluindo Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, apresentaram ao presidente da casa, Rodrigo Pacheco, a grave situação enfrentada pelas prefeituras em relação à desoneração da folha de pagamento dos municípios. Foram apontadas como causadoras das dificuldades financeiras enfrentadas pelas administrações locais as dívidas previdenciárias, de precatórios, despesas com as áreas da saúde e educação, folha de pagamento dos servidores municipais e as alíquotas patronais.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reconheceu a importância do diálogo entre os parlamentares e as autoridades municipais, manifestando o compromisso em ouvir e atender às demandas do municipalismo brasileiro.

Ivo Rezende aproveitou o momento para reforçar a importância da desoneração da folha de pagamento como uma medida fundamental para aliviar as finanças municipais. Em sua fala, refutou a ideia de que o Brasil seja o país do futuro e ressaltou que o país é o presente, da luta pelas melhorias feitas ‘hoje’, e que os políticos estão incumbidos de desempenhar o papel delegado pelo povo. "Como político jovem, de primeiro mandato, estou muito feliz por falar em nome do povo. Também uso essa tribuna para parabenizar o presidente Rodrigo Pacheco e todos os meus companheiros empenhados na causa municipalista", acrescentou o presidente Ivo.

Sua intervenção ressoou a necessidade urgente de medidas que possam minimizar os impactos dos programas federais sobre os municípios, conforme proposto pelo senador Ângelo Coronel. Acompanhado por lideranças estaduais, Ivo Rezende enfatizou os apelos do movimento municipalista, destacando também a urgência em atender às demandas dos municípios afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

Após o encontro, foi decidido que uma proposta consolidada das principais demandas orçamentárias será enviada ao Executivo. Rodrigo Pacheco defendeu a manutenção da alíquota de contribuição sobre a folha de pagamento dos municípios em 8% para 2024, conforme determinado pela Lei 14.784 de 2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Esta legislação prorrogou os benefícios fiscais para as prefeituras e 17 setores econômicos até 2027, porém sua aplicação está temporariamente suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Pacheco está em negociação com o governo federal para uma reintrodução gradual da tributação.

A reunião contou ainda com o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Edvaldo Nogueira, os senadores Angelo Coronel (PSD-BA), Otto Alencar (PSD-BA) e Efraim Filho (União-PB), além de representantes de 15 entidades municipalistas.

Fonte: FAMEM


Eleição no MPMA forma lista tríplice para escolha do próximo procurador-geral

Danilo de Castro, Rita Baptista e José Augusto Cutrim integram a lista tríplice
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Foi realizada na segunda-feira, 20, a eleição para composição da lista tríplice que vai escolher o novo procurador-geral de justiça do Ministério Público do Maranhão para o biênio 2024/2026. Por ordem de votação, foram escolhidos Danilo José de Castro Ferreira, com 189 votos; Rita de Cassia Maia Baptista, 151; e José Augusto Cutrim Gomes, com 145.

Foram candidatos também Márcio Thadeu Silva Marques, que obteve 142 votos; Carlos Henrique Rodrigues Vieira, com 65.

Dos 313 membros do MPMA aptos a votar, todos participaram do processo eleitoral, realizado de forma on-line.

A comissão responsável por conduzir o processo eleitoral foi composta pelos procuradores de justiça Ana Lídia de Mello e Silva Moraes (presidente), Krishnamurti Lopes Mendes França e Mariléa Campos dos Santos Costa (como titulares) e Sâmara Ascar Sauaia (como suplente).

O governador Carlos Brandão tem 15 dias para nomear o chefe do MPMA para o próximo biênio. Conforme a Constituição Federal, ao chefe do Executivo compete a escolha do procurador-geral de justiça, a partir da lista tríplice encaminhada pelo Ministério Público.

Fonte: CCOM-MPMA