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sábado, 11 de maio de 2024

Brahma anuncia patrocínio de O Auto da Compadecida 2 e campanha de São João estrelada por João Grilo e Chicó

Imagem: reprodução divulgação

Além da parceria com a segunda versão do filme clássico com direito a filme publicitário especial, marca reuniu formadores de opinião para oficializar a presença como cerveja oficial de Campina Grande e diversas outras festas de São João pelo Brasil.

Brahma deu início às preparações para as festas de São João com um anúncio especial. A cerveja das paixões nacionais anunciou que é patrocinadora master de O Auto da Compadecida 2, um dos filmes mais aguardados do ano. Além de apoiar a produção, a parceria é inspiração para a campanha de Brahma para o São João de 2024, que faz homenagem à cultura brasileira e tem criação assinada pela agência Africa Creative. Presente em diversas festas pelo Brasil, Brahma também patrocina o maior São João do mundo, em Campina Grande (PB).

Em um momento exclusivo para convidados na exposição O Auto de Ariano, que celebra a vida e obra do autor paraibano criador de O Auto da Compadecida, em João Pessoa (PB), a marca contou seus planos para o projeto, que inclui um filme publicitário especial que terá os personagens João Grilo e Chicó e deve agitar as redes sociais nas próximas semanas.

“Essa parceria com O Auto da Compadecida é um verdadeiro mergulho na essência da cultura brasileira e nordestina. Algo que só Brahma, que sempre apoiou as maiores festas populares do Brasil, poderia fazer. Para nós, estar ao lado de João Grilo e Chicó é um privilégio, para juntos convidar todos a viverem esta grande festa que é o São João”, diz Maurício Landi, diretor de marketing de Brahma.


Imagem: reprodução / divulgação

Produzido pela Conspiração Filmes e pela H2O Films, O Auto da Compadecida 2 tem estreia agendada para 25 de dezembro deste ano. Já o filme publicitário de Brahma, que também foi desenvolvido em colaboração com a Conspiração Filmes, será lançado oficialmente nas próximas semanas, embalando as comemorações do São João. Para acompanhar as novidades, é só seguir Brahma nas redes sociais.

Fonte: LK Assessoria e Produção / Leilla Caroline

Congresso derruba vetos de Lula ao PL do Veneno; entidades alertam para risco à saúde

Foto: reprodução

Pesquisadores da Fiocruz publicaram um documento intitulado "Os 12 retrocessos e falácias propagadas pelo PL do 6.299".

O Congresso Nacional derrubou na quinta-feira (9) os vetos do presidente Lula (PT) à lei aprovada no final do ano passado que flexibilizou o registro de agrotóxicos no Brasil. Antes da aprovação, o projeto de lei ficou conhecido como PL do Veneno, por representar risco ao meio ambiente e à saúde humana.

Contrariando o Executivo, os parlamentares decidiram que o principal responsável por liberar novos agrotóxicos é o Ministério da Agricultura.

Outros órgãos que até então participavam do processo — como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) — tiveram suas atribuições diminuídas pelo Congresso, o que contraria o modelo tripartite adotado em outros países.

O PL 1459/2022 é de autoria do senador Blairo Maggi (PP-MT), conhecido como “rei da soja”, e tem apoio da bancada ruralista. Por outro lado, instituições socioambientais e da área da saúde, além de especialistas e pesquisadores, alertam para graves riscos à saúde da população.

Para a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, composta por centenas de organizações populares, do campo e partidos políticos, a lei em vigor coloca em risco os direitos à vida, à saúde, ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e à dignidade humana, previstos na Constituição.

“Essa mudança (…) retira o rigor técnico desses órgãos especializados na avaliação dos impactos ambientais e de saúde. O Brasil, já conhecido como o maior consumidor de agrotóxicos do mundo (cerca de 719 mil toneladas consumidas em 2021), pode potencializar esse ranking a partir das consequências dessa flexibilização”, afirmou em nota a Campanha Contra os Agrotóxicos após a derrubada dos vetos.

Fiocruz: ‘A ciência está errada e o agro está certo?’

Os trechos da lei vetados por Lula (PT) foram considerados inconstitucionais não apenas pelo presidente da República, mas também por organizações científicas, como a Fiocruz e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Em 2022, pesquisadores da Fiocruz publicaram um documento intitulado “Os 12 retrocessos e falácias propagadas pelo PL do 6.299” (antiga numeração do mesmo projeto de lei).

“Entidades de renome internacional e notório saber científico como a Fiocruz, o INCA, a Abrasco e a ONU destacaram que o PL vai permitir o registro de produtos mais tóxicos no país, incluindo aqueles com maior potencial cancerígeno. A ciência está errada e o agro está certo?”, escreveram os pesquisadores da Fiocruz.

Fonte: iclnoticias


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sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Crianças Yanomami morrem quase 13 vezes mais por causas evitáveis

Imagem: Reprodução

Considerando apenas 2019 e 2020, foram oito mortes por malária de crianças menores de 5 anos, o equivalente a dois terços do total de óbitos nessa faixa etária em todo o Brasil, segundo a Agência Pública.

Em 16 de setembro, a comunidade de Makabei, na Terra Indígena (TI) Yanomami, chorou a morte de uma criança de apenas 2 anos, que vamos chamar de M. Ela estava com malária, infectada pelo Plasmodium falciparum, o mais agressivo dos protozoários que causam a doença, e desenvolveu malária cerebral, uma complicação grave que, não raramente, leva à morte.

A morte de M. não é um caso isolado. Nos três primeiros anos do governo Bolsonaro (2019-2021), ao menos 14 crianças menores de 5 anos morreram em decorrência de malária na maior TI do país, localizada entre Amazonas e Roraima.

Os dados inéditos foram obtidos pela Agência Pública junto à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Considerando apenas 2019 e 2020, os últimos anos em que há dados nacionais disponíveis, foram oito mortes por malária na TI Yanomami, o equivalente a dois terços do total de óbitos nessa faixa etária em todo o Brasil, onde 12 crianças faleceram por complicações da doença.

Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (Condisi-YY) e responsável por relatar o caso de M. à Pública, resume o processo de luto que uma morte como essa causa em seu povo. “Choram todos os dias, todas as noites. Toda a comunidade, não só a mãe, a família inteira. Ficam de luto, chorando, de manhã, de tarde, de noite. Ficam chorando durante meses”, explica o líder indígena, que preside também a Urihi Associação Yanomami.

A malária, que matou mais de uma dezena de crianças Yanomami e infectou milhares em três anos, está incluída em uma lista de “óbitos por causas evitáveis”, classificação que abrange doenças tratáveis, como pneumonia, desnutrição, diarreia e verminoses.

Se considerarmos todas as mortes por causas evitáveis, o cenário na TI Yanomami se mostra ainda mais aterrador: entre 2019 e 2021, “ao menos 404 crianças menores de 5 anos”, morreram no território indígena por causas que poderiam ter sido evitadas ou tratadas. É uma média de 134 a cada ano, sendo os dados de 2020 e 2021 ainda preliminares.


Terra Indígena Yanomami — Foto: Bruno Fonseca/Agência Pública - Reprodução

Para se ter uma dimensão do tamanho da tragédia entre os Yanomami, basta comparar as taxas nacionais com os números encontrados na TI. Entre 2019 e 2020, últimos anos com dados disponíveis em nível nacional, a taxa de óbitos evitáveis de crianças com menos de 5 anos no Brasil foi cerca de 165 a cada 100 mil habitantes, de acordo com informações obtidas no DataSUS. Na TI Yanomami, no mesmo período, a taxa foi de 2.275 mortes a cada 100 mil habitantes. São  13,7 vezes mais crianças que perderam a vida, de acordo com os dados obtidos via LAI pela reportagem.

Garimpo e ausência do Estado são corresponsáveis pelas mortes

“Quando uma criança indígena morre, assassinada pela ganância dos predadores do meio ambiente, uma parte da humanidade morre junto com ela”, disse o presidente eleito Lula (PT) em seu discurso de vitória após o segundo turno das eleições, em 30 de outubro. Na TI Yanomami, os mais de 20 mil garimpeiros “predadores do meio ambiente”, a ausência e a corrupção do poder público são apontados como os principais responsáveis pela morte de centenas de crianças indígenas anualmente.

A cada contato feito pela reportagem com fontes Yanomami ou ligadas ao território ao longo dos últimos meses, uma mesma situação se repetiu. Além de atualizações verbais sobre o cenário na TI, cada diálogo vinha acompanhado de novas fotos que reforçam o que está ocorrendo na TI Yanomami.

São imagens quase sempre de crianças, extremamente magras, com os ossos à mostra e a barriga inchada. Algumas delas, como M., mencionada no início deste texto, estão no colo de suas mães, à beira da morte. Outras fotos revelam postos de saúde extremamente precários, onde dezenas de famílias se amontoam em redes, à espera de atendimento médico.

Uma das imagens recebidas pela Pública não mostra nenhuma criança, mas sim uma página de um caderno com anotações. Enviada pela liderança indígena Fernando Yanomami, o registro traz o nome de dez comunidades da região do Palimiú, acompanhado do número de mortes por doenças, especialmente malária, ocorridas em cada uma delas. São 74, entre crianças e adultos. Não é possível saber se todos os óbitos computados foram contabilizados oficialmente.


Caderno de Fernando Yanomami, da região do Palimiú, traz informações sobre óbitos
em várias comunidades da região — Foto: Arquivo pessoal - Reprodução


Em conversa com a reportagem, Fernando destaca a comunidade de Haxiu, que lidera a lista de óbitos, com 17 mortes, e explica os motivos que levaram a aldeia a esse cenário. “Sem saúde, sem rádio, muito sofrimento lá. Tem garimpo, muito garimpo, invasão mesmo. Rio contaminado, sujo, lama, barro mesmo. Muito sujo. Morreram”, diz.

Para Júnior Hekurari, da Urihi Associação Yanomami, o que está ocorrendo é uma “crise humanitária”. “Fome, malária, todos os Yanomami com malária. E malária pega com fome, é morte certa. É muito triste. Eu já várias vezes clamei ao governo para ajudar, mas a ajuda não está conseguindo chegar nas comunidades. As comunidades estão sem medicamentos, não tem ação permanente [de saúde]”, afirma a liderança indígena.

Na visão do médico e pesquisador Paulo Basta, trata-se de “um estado permanente de crise ambiental, social, sanitária, sob o ponto de vista de violação de direitos”. “É uma crise que vem progredindo de maneira a colocar os Yanomami numa situação ainda de maior vulnerabilidade com o crescimento do garimpo nas terras indígenas”, explica Basta, um dos responsáveis por uma série de estudos sobre os Yanomami conduzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Unicef.

Para ele, a violência dos garimpeiros criou um clima de medo no território, fazendo com que a Sesai não mais coloque profissionais de saúde em áreas de conflito conflagrado, deixando os indígenas “abandonados à própria sorte” e tendo que recorrer aos garimpeiros quando têm alguma questão emergencial. 

“É claramente insuficiente o serviço de saúde prestado a essa população. A cobertura das unidades de saúde é baixa, a qualidade do atendimento é péssima. Não há infraestrutura local, não há medicamentos em quantidade e qualidade suficientes, não há insumos, não há equipamentos pra fazer procedimentos. Não há estrutura pra acolher pacientes com quadros graves, tampouco há estrutura pra fazer remoção desses pacientes pra unidades de saúde na cidade em tempo oportuno”, afirma o pesquisador.

Mortes por desnutrição na infância ocorrem 191 vezes mais que a média nacional

Em setembro de 2021, a Pública revelou que o índice de mortes por desnutrição na infância da TI Yanomami era o maior do país, com 24 mortes por desnutrição entre 2019 e 2020, na faixa etária de até 5 anos. Números atualizados mostram um cenário ainda pior: foram 29 óbitos, o que representa 7,7% do total de 374 mortes no país, mesmo com os Yanomami sendo cerca de 30 mil – apenas 0,013% da população brasileira.

Quando se considera o índice por 100 mil habitantes, as mortes por desnutrição na infância entre os Yanomami ocorreram 191 vezes mais do que a média nacional. A TI Yanomami contabiliza também pelo menos 14 crianças em 2021, ano que ainda não tem dados disponíveis em nível nacional.


Taxa de mortes evitáveis por 100 mil habitantes, entre crianças de 0 a 5 anos
- Foto: Bruno Fonseca/Agência Pública; dados: Ministério da Saúde - Reprodução

Além disso, em 2021, 56,51% das 4.245 crianças Yanomami acompanhadas pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y) tinham um quadro de desnutrição aguda (baixo ou baixíssimo peso para a idade). Em 20 dos 37 Polos Base do Dsei-Y, o índice era superior a 50%, chegando a 82,93% na região do Homoxi, uma das áreas onde o garimpo mais se expandiu nos últimos anos.

Os dados são ainda piores do que os apresentados pela Pública no ano passado, referentes a 2019, quando 54,32% das crianças Yanomami apresentavam desnutrição aguda, com o índice passando de 50% em 18 dos 37 Polos Base. A título de comparação, dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do Ministério da Saúde mostram que, em 2021, 4,27% das 4,5 milhões de crianças menores de 5 anos no Brasil tinham um quadro de desnutrição aguda.

A tragédia se repete quando se analisam outras moléstias. As mortes de crianças por pneumonia no Brasil foram cerca de 2.400 entre 2019 e 2020, sendo que 78 delas eram Yanomami, o equivalente a 3,2% do total – tendência que se manteve em 2021, quando ao menos 46 crianças do território indígena morreram em decorrência da doença.

O índice é semelhante para mortes por diarreia: foram 26 em dois anos na TI Yanomami, 3,5% do total no Brasil. Os dados obtidos pela Pública mostram também que pelo menos oito crianças de 0 a 5 anos morreram por Covid-19 na TI Yanomami entre 2020 e 2021.

Saúde Yanomami teve fraude na compra de medicamentos

Uma série de fatos ocorridos nas últimas semanas traduzem as razões pelas quais a TI Yanomami continua apresentando alguns dos piores índices de saúde do país.

Em 30 de novembro, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram a Operação Yoasi, visando combater um esquema de desvio de recursos públicos que deveriam ser destinados à compra de medicamentos para abastecer o Dsei-Y. 

A fraude, de acordo com as investigações, teria se iniciado em outubro do ano passado, quando a empresa Balme Empreendimentos Ltda. firmou contrato com o Dsei-Y para o fornecimento de 90 tipos de remédios. Ao longo do último ano, porém, foram entregues menos de 30% dos medicamentos contratados.

O esquema, que teria movimentado cerca de R$ 600 mil, envolve dois ex-coordenadores do Dsei Yanomami, Rômulo Pinheiro e o ex-vereador Ramsés Almeida da Silva, além de uma farmacêutica, um assessor de Ramsés e o empresário Roger Henrique Pimentel, dono da Balme Empreendimentos.

Entre os medicamentos afetados está o vermífugo albendazol, que é utilizado de maneira coletiva no tratamento de verminoses e que, por conta da fraude investigada, deixou de ser aplicado em mais de 10 mil crianças, de acordo com o MPF.

A falta desse e de outros fármacos já vinha sendo denunciada pelos Yanomami pelo menos desde julho, quando a Hutukara Associação Yanomami divulgou carta relatando casos extremos de verminose, inclusive com crianças expelindo vermes pela boca. Há inclusive registros visuais da situação. 

Além de vermífugos, as fontes relataram falta de antibióticos usados no tratamento de pneumonia e a necessidade do uso de remédios mais caros, com mais efeitos colaterais, para combater a malária. “No ano passado, foi feito um esforço tão grande pra formar o ‘kit covid’ e enfiar goela abaixo da população que hoje não tem cloroquina pra fazer tratamento de malária”, conta o médico e pesquisador Paulo Basta, que alerta para a possibilidade de desenvolvimento de resistência dos parasitas causadores da doença por conta do uso indiscriminado de medicamentos mais fortes.

De acordo com ele, os postos de saúde do território só não ficaram em situação pior graças à atuação de ONGs e da sociedade civil organizada, que fez vaquinhas para compra de medicamentos e outras ações de saúde na TI. 

No mesmo 30 de novembro em que foi realizada a Operação Yoasi, a PF e o Ibama deflagraram a terceira fase da “Operação Guardiões do Bioma”, que destruiu aviões e equipamentos utilizados por garimpeiros ilegais que atuam na TI Yanomami.

Em reação à operação, garimpeiros atearam fogo na Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) do Homoxi, que já está há mais de um ano fechada por causa de ameaças contra os profissionais de saúde que lá atendiam. Reportagem do Fantástico (TV Globo) que revelou a construção de 150 km de estradas clandestinas no território mostrou também imagens de uma nova operação contra garimpeiros, realizada em 7 de dezembro.

Também em 30 de outubro, o MPF em Roraima emitiu uma recomendação pedindo que o Ministério da Saúde nomeasse um interventor no Dsei-Y e que a Sesai criasse um grupo específico para acompanhar em tempo real a situação da saúde na TI Yanomami. No documento, o procurador da República Alisson Marugal destaca que, entre o começo de 2020 e a metade de 2022, foram empenhados mais de R$ 225 milhões na saúde Yanomami – o mais caro Dsei do Brasil –, sem que isso tenha se convertido em qualquer melhoria no atendimento de saúde dentro da TI.

Marugal já havia tomado outras medidas em relação à saúde dos Yanomami em anos anteriores. Em 2020, apresentou recomendação demandando que a Sesai voltasse a fornecer alimentação nos postos de saúde do Dsei-Y; diante da negativa do órgão, o procurador entrou com Ação Civil Pública (ACP), que não precisou prosperar porque a Sesai voltou atrás, abrindo licitação.

No ano seguinte, os MPF em Roraima e no Amazonas apresentaram recomendação conjunta demandando ações para melhoria dos serviços de saúde da TI. A despeito de a Sesai ter acatado parcialmente a recomendação, os indicadores de saúde do território indígena continuaram piorando.

A taxa de mortes evitáveis na faixa etária de 0 a 5 anos por 100 mil/habitantes na TI Yanomami foi calculada com base em uma estimativa de 6 mil crianças nessa faixa, o que vai ao encontro de dados de 2010 da Associação Hutukara, que fala em 20% da população tendo menos de 5 anos.

Fonte: revistagalileu


Em tempo!

Texto atualizado às 12:30 de 05/01/2023: Após revisão dos dados extraídos do DataSUS e obtidos via LAI, a reportagem precisou ser corrigida nos seguintes trechos:

– Onde estava “quase 10 vezes mais”, no título, houve alteração para “13 vezes mais”;
– No quarto parágrafo, o trecho “ao menos 429 crianças menores de 5 anos”, foi alterado para “ao menos 404 crianças menores de 5 anos”.
– Também no quarto parágrafo, o trecho “143 a cada ano”, foi alterado para “134 a cada ano”;
– No quinto parágrafo, onde estava “cerca de 260”, houve alteração para “cerca de 165”.
– Também houve alteração no quinto parágrafo de “a taxa foi de 2.400 mortes” para “a taxa foi de 2.275 mortes” e “9,2 vezes” para “13,7 vezes”;
– Por fim, houve correção dos dados no infográfico.

A versão acima já está com as informações corrigidas.

Atenciosamente,

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Novo ministro da Justiça, Flávio Dino buscará diálogo com polícias

Foto: Reprodução
Futuro ministro da Justiça, Flávio Dino afirma que determinação de Lula é ter proximidade com as forças de segurança.

Anunciado para o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) afirmou que o diálogo com as forças de segurança será uma diretriz permanente no novo governo. "O presidente Lula disse: 'Proximidade com as polícias'. Vou fazer isso, tenho feito. Governei um estado, conheço a importância das polícias", destacou o ex-gestor do Maranhão.

Uma das áreas mais sensíveis para Lula, a segurança pública tem muitos integrantes alinhados ao presidente Jair Bolsonaro, o que é considerado "um aparelhamento" das estruturas. A redução dessa proliferação do bolsonarismo é apontado por Dino como uma das prioridades do futuro governo.

Ele demonstrou confiança na pacificação das forças e contou já ter feito reuniões com os comandantes das Polícias Militares dos estados, dos bombeiros, das guardas municipais, além de secretários de segurança pública estaduais, dirigentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre outros órgãos do setor.

Sobre o anúncio da direção da PRF e demais secretarias do ministério, o futuro ministro ressaltou que pretende levar os nomes para o presidente eleito avaliar. Ele tem a intenção de divulgar a composição antes do Natal. "A determinação do presidente Lula é essa: reativar o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). É impossível fazer segurança pública sem os policiais", destacou.

Segundo Dino, o tema é tão relevante para o futuro chefe do Executivo que foi definido logo quem comandará a Polícia Federal: o delegado Andrei Passos. "O primeiro nome que eu apresentei foi exatamente o diretor-geral da Polícia Federal, apontando essa sintonia entre a prioridade do presidente Lula com a segurança e a designação da pessoa que comandará uma das corporações federais que cuida da segurança pública", enfatizou. Passos foi o responsável pela segurança do petista durante a campanha eleitoral e se tornou muito próximo dele, integrando, inclusive, a equipe de transição.

Desarmamento

O futuro ministro confirmou que o novo governo deve revogar decretos sobre armas editados na gestão Bolsonaro. De acordo com ele, a proposta deve ser apresentada na segunda-feira ao próximo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), e só depois de aprovada é que se deve propor uma nova regulação, "mais responsável".

O senador eleito ressaltou que a intenção é acabar com os abusos. "Todas as pessoas serão desarmadas? Não. Todos os clubes de tiro serão fechados? Também não. O que o presidente Lula determinou foi o fim dos abusos, o fim do liberou geral", explicou. "O armamentismo é negativo na medida em que propicia crimes de ódio, violência nos lares e nas escolas. É essa a mensagem do presidente Lula."

Ele também reiterou que o ministério não será desmembrado. "Há uma diretriz geral no programa de governo, mas a orientação dele agora foi de total ênfase no trabalho conjunto de Justiça e segurança pública". Dino não descartou, porém, que a divisão venha a acontecer com o tempo. "Uma avaliação que vai depender, claro, do diálogo com os estados e com os municípios, e a evolução dos indicadores", argumentou. 

Saiba quem é Flávio Dino

SENADO

O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) foi anunciado como ministro da Justiça pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.  As suplentes de Flávio Dino no Senado são Ana Paula Lobato (PSB) e Lourdinha (PCdoB). Além de Flávio Dino, Lula anunciou Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda, José Múcio para o Ministério da Defesa, Rui Costa para a Casa Civil e Mauro Vieira para as Relações Exteriores.

Fonte: correiobraziliense e senado.leg


domingo, 25 de julho de 2021

Manifestantes fazem atos contra Bolsonaro e a favor da vacina nos 26 estados e no DF

Foto: Reprodução
Protestos ocorreram em pelo menos 120 cidades do Brasil. Manifestantes pedem mais vacina, impeachment de Bolsonaro e aumento no valor do auxílio emergencial.

Manifestantes foram às ruas no sábado (24), para protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e em defesa da vacinação contra a Covid-19.

Até por volta das 19h20, haviam sido registrados protestos em pelo menos 120 municípios, localizados em 26 estados e o Distrito Federal, incluindo as 27 capitais.

Esta é a quinta vez no ano em que há um dia de protestos pelo país contra o governo Bolsonaro. As demais foram em janeiro, maio, junho e início de julho, sendo que, em janeiro, foi realizada uma carreata.

Assim como as manifestações anteriores, os protestos deste sábado ocorreram de forma pacífica. A maioria dos manifestantes usavam máscara como medida de proteção contra o coronavírus. Em alguns momentos, porém, houve aglomeração, apesar dos alertas sobre distanciamento social.




Além do impeachment de Bolsonaro, a pauta dos protestos também incluiu pedido de aumento do valor do auxílio emergencial pago durante a pandemia e mais recursos para educação. Houve manifestações contra a privatização da Eletrobras e dos Correios.




Veja a situação das manifestações pelo país


Fonte: G1


terça-feira, 1 de junho de 2021

Todos os estados e o Distrito Federal registram manifestações contra governo Bolsonaro

Imagens: Reprodução
Grupos pediram vacina contra a Covid-19, reivindicaram o impeachment do presidente, pediram retorno do auxílio emergencial e demostram repúdio contra a política econômica do país.

Todos os estados e o Distrito Federal registraram manifestações contra o governo Bolsonaro no sábado (29). Ao longo de todo o dia, grupos se reuniram para passeatas e fizeram inúmeras reivindicações.

Entre elas, os grupos pediram vacina contra a Covid-19, o retorno do auxílio emergencial, além do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Acre

Foto: Reprodução


Em Rio Branco, os manifestantes se reuniram no Estádio Arena Acreana para o ato contra o presidente Bolsonaro e a favor de causas como a aceleração no ritmo da vacinação, valorização da educação e da saúde em todo o país e em defesa do auxílio emergencial. Os manifestantes usam uma faixa escrita: "Pela vida, democracia, emprego e renda".

Alagoas

Foto: Reprodução


Em Maceió e no interior, em Delmiro Gouveia e Arapiraca, grupos de manifestantes carregaram faixas e cartazes com frases de 'Fora Bolsonaro' e 'Mais de 450 mil mortes: essa culpa também é sua". Eles usaram máscaras e respeitaram o distanciamento social recomendado.

Os atos foram contra o presidente Jair Bolsonaro e a condução do governo federal da pandemia de Covid-19 e a favor de causas como a aceleração do ritmo da vacinação, defesa do auxílio emergencial e valorização da educação e da saúde no país.

Amapá

Foto: Reprodução

Em Macapá, manifestantes fizeram uma caminhada na tarde e início da noite deste sábado pelo Centro da cidade. Com cartazes e bandeiras, eles se posicionaram contra os cortes nas instituições federais da educação e repudiaram as mais de 450 mil mortes por Covid-19.

Amazonas

Foto: Reprodução

Em Manaus, o grupo se reuniu na Praça da Saudade, no Centro, e seguiu em caminhada até o Largo de São Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas.

Além de protestar contra o governo Bolsonaro e reivindicar vacina para todos, os manifestantes criticaram os cortes na Educação. Com faixas e bandeiras, o grupo também saiu em defesa da Zona Franca de Manaus e de mais investimentos na ciência.

Bahia

Foto: Reprodução

Em Salvador, os manifestantes fizeram uma caminhada pela manhã no centro da cidade.

Com cartazes, os manifestantes também protestaram contra o presidente Bolsonaro e o vice-presidente, Hamilton Mourão, além dos cortes nas universidades públicas e a reforma admirativa. Eles também pediram a volta do auxílio emergencial de R$ 600 e vacina para todos.

Ceará

Foto: Reprodução

Manifestantes se reuniram em dois pontos de Fortaleza. Os atos tiveram início por volta das 15h.

No Bairro Benfica, faixas e cartazes demandavam mais vacinas contra a Covid-19, pediam o impeachment do presidente e do vice, Hamilton Mourão, e repudiavam o cenário político do país.

Na região sul da capital cearense, foi organizada uma carreata próximo à Arena Castelão, principal palco esportivo do estado. Carros ocupavam duas faixas da avenida, promovendo buzinaços. Passageiros também levavam cartazes contra o presidente.

Distrito Federal

Foto: Reprodução

Em Brasília, o grupo de manifestantes se concentrou, por volta das 9h, na altura do Museu Nacional da República, e depois desceu pela Esplanada dos Ministérios, rumo ao Congresso Nacional. Todas as seis faixas da via foram ocupadas.

Alguns manifestantes fizeram uma carreata, que foi da Praça do Cruzeiro até a Rodoviária de Brasília, um trajeto de cerca de quatro quilômetros. A carreata ocupou duas faixas da via.

Espírito Santo

Foto: Reprodução

Em Vitória, os manifestantes se concentraram na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Em alguns cartazes, eles pediam vacina e investimento em educação.

Da universidade, eles seguiram em caminhada por avenidas da capital capixaba.

Goiás

Foto: Reprodução

Goiânia, Jataí e Catalão foram algumas das cidades de Goiás que registraram atos contra o governo Bolsonaro. Os manifestantes gritavam palavras de ordem, como: “Povo na rua, Bolsonaro a culpa é sua”. O grupo também lembrou as mais de 450 mil pessoas que morreram por causa da Covid-19 no Brasil.

De máscara, eles caminharam pelas ruas do centro da capital. Alguns estavam aglomerados, mas outros conseguiam manter o distanciamento social recomendado pelas autoridades em saúde.

Maranhão


Foto: Reprodução

Em São Luís, os manifestantes fizeram uma concentração na Praça Deodoro e caminharam até a Praça Maria Aragão, onde se reuniram e colocaram cruzes no gramado, em alusão aos mortos pela Covid-19 no país.

O protesto aconteceu durante a manhã e foi transmitido pelas redes sociais.

Mato Grosso

Foto: Reprodução

Em Cuiabá, os manifestantes estavam com faixas e cartazes com dizeres negativos em relação à gestão do presidente da República e várias reivindicações.

Mato Grosso do Sul



Foto: Reprodução

Em Campo Grande, cerca de 300 pessoas participaram dos atos. Entra as pautas, a saída do presidente Jair Bolsonaro. O grupo se aglomerou na região da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e usava máscara de proteção contra a Covid-19.

Os manifestantes estavam com faixas e cartazes com dizeres negativos em relação à gestão do presidente da República e várias reinvindicações. Ao final da manifestação, o grupo colocou cruzes na calçada que circunda a UFMS.

Minas Gerais

Foto: Reprodução


Em Belo Horizonte, a concentração do protesto foi na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul da capital. No fim da manhã, o grupo saiu em passeata em direção ao Centro.

Por volta das 9h30, os manifestantes começaram a se reunir, usando máscara e levando faixas, cartazes e bandeiras diversas, como a do Brasil, de movimentos sociais, de partidos políticos e do movimento LBTQIA+.

Pará

Foto: Reprodução


Em Belém, o protesto teve a participação de representantes de entidades sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), além de sindicatos, estudantes e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

O grupo reivindicou o impeachment do presidente e a compra de vacinas contra Covid-19.

Paraíba


Foto: Reprodução

Em João Pessoa, a manifestação começou por volta das 9h, em frente ao Liceu Paraibano, no Centro. Em seguida, o grupo seguiu em direção ao Parque Sólon de Lucena, também no Centro, onde se juntaram a uma carreata que saiu da Praça da Independência em direção à orla.

Durante o percurso, os manifestantes utilizavam máscaras e levantavam placas e cartazes pedindo a vacina, cobrando o impeachment e outros dizeres contra o presidente. O deslocamento do ato foi feito com as pessoas seguindo o distanciamento entre elas, formando filas de manifestantes, mas no Parque, foi possível observar aglomeração, pelas imagens.

Paraná

Foto: Reprodução


Em Curitiba, os manifestantes se reuniram na Praça Santos Andrade. O ato começou por volta das 16h.

Entre as principais reivindicações, os manifestantes pediram vacina contra a Covid-19 e lembraram as quase 460 mil mortes pela doença. O retorno do auxílio emergencial também foi mencionado

Pernambuco

Foto: Reprodução


No Recife, os grupos se reuniram na Praça do Derby. Eles seguiram em caminhada para a Avenida Conde da Boa Vista, na mesma região. A via foi interditada nos dois sentidos. Durante o ato, a Polícia Militar atirou balas de borracha e gás lacrimogêneo contra os participantes. A vereadora Liana Cirne (PT) chegou a ser agredida. A manifestação terminou por volta das 13h.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse que o comandante e demais policiais militares envolvidos na agressão à vereadora foram afastados das funções e serão investigados. Mais cedo, a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), afirmou que a ação da PM não foi autorizada pelo governo do estado.

O protesto é parte de uma ação nacional, realizada em diversas cidades do Brasil. Com faixas e cartazes contrários ao presidente, eles cantaram e gritaram palavras de ordem.

Piauí

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Em Teresina, a concentração começou por volta de 8h na Praça Rio Branco, no Centro da capital. Em seguida, às 9h30, eles percorreram as principais ruas da região, passando pelo Palácio da cidade, sede da Prefeitura de Teresina, e pelo Palácio de Karnak, sede do Governo do Estado.

Participaram do protesto sindicalistas, representantes de partidos políticos, estudantes e população em geral.

Rio de Janeiro

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Na cidade do Rio de Janeiro, os manifestantes realizaram um protesto no Centro. Por volta das 10h, já havia a concentração de um grupo de participantes na estátua do Zumbi de Palmares, na Praça Mauá. Às 11h20, os manifestantes começaram a caminhada pela Avenida Presidente Vargas, em direção à Candelária.

Em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, foram registrados atos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a favor de causas como a aceleração do ritmo da vacinação, a defesa do auxílio emergencial e a valorização da educação e da saúde no país.

Rio Grande do Norte

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Em Natal, os manifestantes reivindicaram o impeachment do presidente, a compra de vacinas contra Covid-19 e mais investimentos na educação.

A concentração começou por volta das 15h na esquina do Midaway Mall. De lá, os manifestantes partiram em caminhada pela BR-101 em direção à Zona Sul da capital.

Rio Grande do Sul

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Em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, manifestantes se reuniram pela manhã na praça Saldanha Marinho, no Centro da cidade.

Entre as reivindicações, estão a defesa da vacinação contra a Covid-19 de toda a população, retorno do auxílio emergencial de, no mínimo, R$ 600, e linha de crédito para as pequenas e médias empresas.

Rondônia

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Em Porto Velho, o primeiro ato começou por volta das 9h, na Praça Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Em carreata, cerca de 200 carros percorreram as principais avenidas da capital rondoniense e seguiram pelas zonas sul e leste.

O segundo ato também começou por volta das 9h e concentrou cerca de 500 pessoas, que seguiram a pé, com apoio de carros de som, nas avenidas: Sete de Setembro, Marechal Deodoro e Carlos Gomes.

Roraima

Em Boa Vista, a manifestação foi pela manhã. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público.

Santa Catarina

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Florianópolis, Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau, Itajaí, Criciúma e Chapecó foram algumas das cidades que tiveram atos contra o governo Bolsonaro em Santa Catarina.

Os manifestantes também pediram por mais vacinas da Covid-19 e prestaram tributos às vítimas mortas pela doença.

São Paulo

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Em São Paulo, os manifestantes se encontraram na Avenida Paulista para realizar o ato contra o presidente Bolsonaro e a favor da aceleração do ritmo da vacinação no país. Com faixas e cartazes, os manifestantes pediram a saída de Bolsonaro do cargo e também defendem o Auxílio Emergencial e a valorização da educação e da saúde no país.

São Carlos e Ribeirão Preto foram algumas das cidades no interior de São Paulo que registraram manifestações contra o governo Bolsonaro.

Um protesto pacífico foi organizado pelo "Movimenta São Carlos Vacina para todos" e começou por volta das 10h na região do Mercadão, no Centro.

Já em Ribeirão Preto, os participantes exibiam cartazes com frases como "Fora genocida" e "Não à reforma administrativa". Também foram feitas reinvindicações de compra da vacina contra a Covid-19.

Em Poá, um grupo se reuniu na região central da cidade e usou bandeiras e cartazes que pediam "Fora Bolsonaro".

Em Praia Grande, os manifestantes colocaram cruzes na praia do bairro Mirim em alusão aos mais de 450 mil mortos pela doença no país.

Sergipe

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Em Aracaju, os manifestantes protestaram contra as ações do governo no combate à pandemia, a privatização do patrimônio público e a reforma administrativa.

Além disso, os grupos também reclamaram do valor do auxílio emergencial, considerado insuficiente, e da falta de uma política para manter o trabalho e a renda, incluindo o abandono aos micros, pequenos e médios empresários.

Tocantins

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Em Palmas, o grupo se concentrou na rotatória da NS-02, próximo ao Palácio Araguaia, e depois seguiu em caminhada pela Avenida JK, no centro da capital. Segundo a organização o movimento é suprapartidário, com a participação de partidos políticos, organizações sociais, sindicatos e associações.

O grupo se manifestou contra a crise política, sanitária e social que estaria sendo causada pela pandemia de coronavírus. Eles cobraram maior vacinação e pediram o pagamento de auxilio emergencial para a população carente.

Fonte: G1


quinta-feira, 22 de abril de 2021

Governo busca alternativa rápida de aquisição de medicamentos

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Ministério da Saúde realizará pregão internacional para kit intubação.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ontem (21) que a pasta vai realizar um pregão nacional e internacional para tentar normalizar os estoques de medicamentos do chamado kit intubação, usado em pacientes nas unidades de terapia intensiva.

De acordo com o ministro, o pregão será na modalidade sem fixação de preços. Queiroga explicou que o ministério já fez ações junto a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para a aquisição desses insumos, mas que o procedimento não é rápido e que decidiu fazer um pregão no intuito de conseguir os medicamentos em um prazo mais curto.

“Ocorre que esse tipo de ação não é rápida a chegada desses insumos. Isso demora, no mínimo, cerca de 40 dias para chegar, o que tem tese é insuficiente para atender a demanda momentânea”, disse o ministro durante coletiva.

O ministro disse ainda que o ministério deve receber até o final do mês 1,1 milhão de medicamentos do kit intubação (formado basicamente por analgésicos, bloqueadores neuromusculares e sedativos) doados por empresas e que também espera a chegada de doações de outros países, como a Espanha.

"A Vale já nos doou dois milhões desses itens que foram distribuídos para estados e municípios. E ainda há 1,1 milhão [para receber], sendo que 900 mil chegam na próxima semana e 200 mil na primeira semana de maio”, disse. “A Espanha vai doar 80 mil itens desse kit de intubação com previsão de chegada na próxima semana", acrescentou Queiroga.

Ao fazer um balanço das ações do ministério para resolver a demanda por itens para intubação, Querioga disse que, na sua avaliação, o cenário é de tendência de estabilização das internações e óbitos, ainda que em um patamar elevado.

"Minha opinião é que a fase mais crítica em relação a kits de intubação e do oxigênio, nós estamos muito próximos de vencer", afirmou.

Conitec

Queiroga disse ainda que vai submeter à análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) o coquetel de remédios contra covid-19 da farmacêutica suíça Roche, aprovado para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A comissão é responsável por avaliar a introdução de produtos na rede do Sistema Único de Saúde. Segundo o ministro, o comitê vai analisar se o coquetel poderá ser utilizado no Sistema Único de Saúde (SUS) e também na saúde suplementar.

“Vamos avaliar tecnicamente e, no momento em que tivermos essa avaliação, vamos considerar esse medicamento para incorporação. Nós não consideramos apenas o emprego do medicamento no SUS mas também na saúde suplementar”, disse.

A próxima reunião da comissão está prevista para maio. Segundo Queiroga, o prazo para a análise é de até 180 dias, mas pode ser antecipado em razão da pandemia.

O ministro disse ainda que, além de fatores como eficácia e efetividade, a análise também vai se debruçar sobre questões econômicas, como o valor do medicamento, para saber se há viabilidade de utilização.

“Também há uma análise econômica que visa verificar os aspectos atinentes ao impacto orçamentário”, afirmou. De uma maneira geral é um debate em relação ao preço colocado [pela empresa], ao resultado que é prometido e o resultado que é obtido com o medicamento. Senão a gente não tem sustentabilidade no sistema de saúde”, afirmou.

Vacinas

O ministro disse ainda que está em tratativa com Pfizer para a aquisição de 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19, para entrega em 2022. Queiroga também afirmou que a previsão da pasta é que a vacinação do grupo prioritário previsto no Plano Nacional de Imunização seja encerrada em setembro.

“O processo de vacinação no Brasil tem ocorrido cada vez mais célere e, se continuar nesse ritmo, até setembro vamos atingir a imunização da população prevista no plano. “Nosso objetivo é que isso ocorra antes”, disse.

Leitos de suporte

Mais cedo, o Ministério da Saúde anunciou a autorização de 526 novos leitos de suporte para pacientes com covid-19.

Fonte: Ag. Brasil