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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Mais de 456,6 mil pessoas já perderam a vida por covid-19 no Brasil

Foto: Reprodução

Casos confirmados da doença passam de 16,3 milhões.

Desde o início da pandemia de covid-19, 456.674 pessoas perderam a vida para a doença no Brasil. Entre quarta e quinta, foram registrados 2.245 óbitos – Na quarta, o número estava em 454.429. Ainda há 3.759 mortes em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa continua sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

Já o total de pessoas infectadas desde o início da pandemia chegou a 16.342.162. Em 24 horas, foram confirmados 67.467 casos de covid-19. Ontem, o painel de informações do Ministério da Saúde trazia 16.274.695 casos acumulados. O país tem ainda 1.099.196 casos ativos, em acompanhamento.

O número de pessoas que pegaram covid-19, mas se recuperaram totalizou 14.786.292, o que corresponde a 90,5% do total de pessoas infectadas com o vírus. Os dados são no balanço diário do Ministério da Saúde sobre a pandemia, que foi divulgado na noite desta quinta-feira (26). A atualização é produzida com base em informações disponibilizadas pelas secretarias estaduais de Saúde.  


Os números são em geral mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para fazer a alimentação dos dados. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados.

Estados

Entre os estados com maior número de mortes por covid-19, o primeiro é São Paulo, com 109.850. Em seguida, vêm Rio de Janeiro, com 50.125; Minas Gerais, com 39.784; Rio Grande do Sul, com 27.868; e Paraná, com 25.966.

Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima, com 1.612 óbitos; Acre, com 1.652; Amapá, com 1.683; Tocantins, com 2.825; e Alagoas, com 4.679.

Vacinação

Até o momento, foram distribuídas a estados e municípios 96,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 60,8 milhões de doses, sendo 41,3 milhões da primeira e 19,5 milhões da segunda dose.

Fonte: Ag. Brasil


quinta-feira, 27 de maio de 2021

Lote com 629 mil doses da vacina da Pfizer chega ao Brasil

Imagem: Reprodução
Um novo lote, com 629,4 mil doses da vacina da Pfizer/BioNTech, chegou ao Brasil ontem (26). A remessa veio por avião, que aterrissou no aeroporto de Viracopos, na cidade de Campinas (SP).

Segundo o Ministério da Saúde, com essas novas doses o total de imunizantes do consórcio das farmacêuticas chegou a 3,4 milhões até agora. A pasta informou que a previsão é de recebimento de outros 12 milhões de doses no mês que vem.

Armazenamento

A Pfizer entrou com solicitação juntamente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada para flexibilizar o armazenamento e temperaturas de refrigeradores mais comuns, ampliando o tempo de armazenamento em temperatura de 2 graus Celsius (°C) a 8 °C, que atualmente é de no máximo cinco dias.

Caso seja aprovado pela Agência, a mudança vai facilitar o armazenamento das doses, permitindo que cidades sem estrutura para acondicionar o imunizante em temperaturas baixíssimas possam ter melhores condições de receber e aplicar as doses do imunizante.

Fonte: Ag. Brasil


quarta-feira, 26 de maio de 2021

Covid-19: Brasil passa de 450 mil mortes

Foto: Reprodução

Número de casos supera os 16,2 milhões.

O Brasil chegou a 452.031 mortes em função da pandemia do novo coronavírus. Em 24 horas, foram registrados no país 2.173 óbitos. 

Segundo o balanço diário do Ministério da Saúde sobre a pandemia, divulgado na noite da terça-feira (25), há 3.763 mortes em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito (notem que esses casos, "em investigação", nunca são divulgados posteriormente, para serem acrescentados ao número divulgado, eles geralmente são diluídos ao longo da semana).

Ainda conforme a atualização diária, o número de pessoas que foram contaminadas com o novo coronavírus desde o início da pandemia alcançou 16.194.209. Entre segunda e terça foram registrados 73.453 novos casos de covid-19. O país tem 1.093.846 casos em acompanhamento.

A quantidade de pessoas que foram infectadas mas se recuperaram da covid-19 desde o início da pandemia foi de 14.648.322. Isso equivale a 90,5% do total de pessoas infectadas com o vírus.

Os números de casos em 24 horas são, em geral, mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados.

Estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (108.575). Em seguida vêm Rio de Janeiro (49.672), Minas Gerais (39.176), Rio Grande do Sul (27.624) e Paraná (25.664). Na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.610), Acre (1.649), Amapá (1.666), Tocantins (2.796) e Alagoas (4.643).

São Paulo também lidera no número de casos, seguido por 3.210.204, seguido por Minas Gerais (1.525.072), Paraná (1.067.717) e Rio Grande do Sul (1.066.265). As unidades da Federação com menor número de casos são Acre (81.651), Roraima (102.289) e Amapá (110.853).



Vacinação

Até o momento, foram distribuídas a estados e municípios 90.777.747 doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 59 milhões de doses, sendo 40 milhões da 1ª dose e 19 milhões da 2ª dose.

Fonte: Ag. Brasil


terça-feira, 25 de maio de 2021

Hemorio estuda tratamento de covid-19 com plasma de vacinados

Participam do estudo pacientes do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

O Instituto de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), vinculado à Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), inicia nesta semana a coleta de plasma (parte líquida do sangue) de doadores que tenham recebido as duas doses de vacina contra a covid-19, há pelo menos 14 dias.

O plasma coletado será usado em estudo inédito denominado Immuneshar, que vai testar uma nova opção de tratamento contra o novo coronavírus. O material será aplicado em pacientes maiores de 40 anos com covid-19 e que estejam na fase inicial da doença, disse ontem (24) o diretor do Hemorio, Luiz Amorim.

O estudo será feito em conjunto com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), SES-RJ, Hospital Virvi Ramos (RS), Secretaria Municipal de Saúde de Caxias do Sul e Universidade Feevale (RS).

Essa é a primeira pesquisa multicêntrica do país a utilizar o plasma doado por pessoas com o esquema vacinal completo, para tratar pacientes no estágio inicial da doença.

 O projeto tem financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Esperança

De acordo com o Hemorio, a técnica de usar o plasma convalescente, também chamado plasma hiperimune, foi adotada durante a epidemia da Gripe Espanhola, em 1918 e, segundo os pesquisadores, pode ser uma esperança para o tratamento do novo coronavírus, principalmente nos casos leves e moderados. Eles acreditam que como a vacina produz um tipo específico de anticorpo, em tese mais eficiente no combate ao vírus, o tratamento com o plasma pode reduzir as taxas de internação dos pacientes.

Luiz Amorim informou que serão tratados 380 pacientes, maiores de 40 anos de idade, atendidos em unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede de saúde do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, que tenham confirmado a infecção pelo novo coronavírus, que estejam no máximo no terceiro dia de sintomas, sem necessidade de internação hospitalar e que concordem em participar da pesquisa.

Desse total, metade receberá a transfusão de plasma, para que possa ser feita análise comparativa da eficácia do produto. A escolha dos pacientes que receberão o plasma ou farão o tratamento padrão será aleatória, por sorteio. Esse é um procedimento padrão em pesquisas, afirmou o diretor do Hemorio. Elas terão que assinar um termo de consentimento para participar do estudo e vão se recuperar em casa, com acompanhamento dos pesquisadores.

Resultados

Luiz Amorim estimou que o estudo deverá ser concluído em até três meses. Os resultados serão avaliados em conjunto por todas as instituições envolvidas no projeto. “Quanto mais centros estiverem participando, mais rapidez teremos nos resultados”, disse o diretor do Hemorio.

Amorim afirmou que caso os resultados do tratamento com plasma sejam positivos, ele poderá ser utilizado em um número maior de pessoas. A decisão, porém, será das autoridades de saúde pública. Desde o início da pandemia, mais de 300 pessoas fizeram transfusão com plasma doados no Hemorio. Os dados preliminares obtidos até agora apontam que a técnica é eficiente nos pacientes em estágios iniciais de infecção, ao neutralizar o vírus.

Fonte: Ag. Brasil

sábado, 22 de maio de 2021

Maranhão registra primeiros casos da variante indiana da Covid-19

Foto: Reprodução

Variante foi detectada em seis pessoas a bordo do navio MV Shandong da Zhi, atracado no litoral do estado. Uma delas é um tripulante indiano de 54 anos que precisou ser levado de helicóptero para atendimento médico em São Luís.

O Maranhão registrou os primeiros casos da variante indiana do coronavírus (chamada de B.1.617) no Brasil. São seis pessoas que chegaram ao estado a bordo do navio MV Shandong da Zhi, atracado no litoral do estado.

A informação foi confirmada por Carlos Lula, secretário estadual de Saúde e presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), na manhã da quinta-feira (20).

Dos seis infectados, um precisou ser levado de helicóptero para um hospital da rede privada no dia 13 de maio. Trata-se de um tripulante indiano de 54 anos.

15 pessoas que estavam no navio apresentaram sintomas da Covid-19 e foram testadas. De acordo com o secretário, foi possível fazer o estudo genômico de 6 amostras, que deram positivo para a cepa indiana. Por conta disso, a tripulação se encontra isolada e o navio, que não tem permissão para atracar na costa do Maranhão, continua ancorado.

Conforme o secretário, 100 pessoas que tiveram contato com esses infectados serão testadas, acompanhadas e isoladas.

"A variante já estava presente em 51 países e aqui na América do Sul só estava presente na Argentina. O Brasil acaba sendo o segundo país da América do Sul com confirmação da cepa", disse o secretário.

Preocupação mundial

Estes são os primeiros casos da cepa indiana no Brasil. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a variante está sendo classificada como um tipo "digno de preocupação global".

A OMS disse que a linhagem predominante da B.1.617 foi identificada primeiramente na Índia em dezembro, embora uma versão anterior tenha sido detectada em outubro de 2020.

No último dia 14, o governo federal proibiu a entrada de estrangeiros em voos com origem na Índia, conforme edição extra do Diário Oficial da União. A decisão atende recomendação feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devido aos sucessivos recordes de casos e mortes no país.

Paciente internado

O paciente que está internado em São Luís é um homem de nacionalidade indiana, segundo informou o governo do estado por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) no domingo (16).

Segundo a SES, o fato foi informado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O indiano começou a sentir os sintomas da doença em 4 de maio e teve febre. Por conta do quadro, ele foi encaminhado em um helicóptero para um hospital da rede privada no dia 13 de maio por determinação da equipe médica que o assistia.

A variante indiana

A variante indiana B.1.617 possui três versões, com pequenas diferenças (B.1.617.1, B.1.617.2 e B.1.617.3), descobertas entre outubro e dezembro de 2020. As três versões apresentam mutações importantes nos genes que codificam a espícula, a proteína que fica na superfície do vírus e é responsável por conectar-se aos receptores das células humanas e dar início à infecção.

Entre as alterações, uma se destaca: E484Q tem algumas similaridades com a E484K, alteração encontrada nas outras três variantes de preocupação global. São elas: a B.1.1.7 (Reino Unido), a B.1.351 (África do Sul) e a P.1 (Brasil, inicialmente detectada em Manaus).

Até o momento, cientistas ainda não conseguiram estabelecer sobre a variante indiana:

  • A sua real velocidade de transmissão e se ela é mais transmissível
  • Se a variante está relacionada a quadros de Covid-19 mais graves, que exigem internação e intubação
  • O quanto as mudanças genéticas interferem na eficácia das vacinas já disponíveis

Indícios de maior transmissibilidade

Uma análise da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicada em 9 de maio, diz que a piora da pandemia na Índia tem uma série de fatores, "incluindo a proporção de casos provocados por variantes com maior transmissibilidade".

Mas o relatório também aponta outros ingredientes fundamentais para a crise sanitária no país, "como aglomerações relacionadas a eventos religiosos e políticos e a redução da aderência às medidas preventivas de saúde pública e sociais", como o uso de máscaras e o distanciamento físico.

No Reino Unido, que tem um dos melhores sistemas de vigilância genômica do mundo e lida com uma das variantes de preocupação global (a B.1.1.7), o número de casos causados pela B.1.617 quase triplicou em uma semana.

Em um mês, a participação relativa da cepa indiana no total de casos que foram sequenciados geneticamente no Reino Unido subiu de 1% para 9%. Em algumas regiões, como Bolton, Blackburn, Bedford e Sefton, a B.1.617 já representa a maioria dos casos analisados e já se tornou dominante.

Fonte: G1

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Covid-19: Brasil passa das 440 mil mortes

Foto: Reprodução

Mais de 90% do total de pessoas infectadas com o vírus já se recuperou.

Com 2.641 novas mortes registradas em 24 horas, o país chegou a 441.691 vidas perdidas para a pandemia. Na quarta (18), o sistema de dados do Ministério da Saúde marcava 439.050 óbitos.

Ainda há 3.728 falecimentos em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

Já o total de casos acumulados desde o início da pandemia atingiu 15.812.055. Entre quarta e quinta, foram confirmados pelas autoridades de saúde 79.219 novos diagnósticos positivos de covid-19. Até a quarta (18), o painel de informações do MS trazia 15.732.836 casos acumulados.

Ainda há no país 1.040.246 casos em acompanhamento. Esse é o nome dado às pessoas infectadas e com casos ativos de contaminação pelo novo coronavírus.

O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 desde o início da pandemia totalizou 14.330.118. Isso equivale a 90,6% do total de pessoas que foram infectadas com o vírus.

Os números são em geral mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados.

Estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (105.852). Em seguida vêm Rio de Janeiro (48.662), Minas Gerais (37.927), Rio Grande do Sul (27.031) e Paraná (25.059). Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.584), Acre (1.631), Amapá (1.635), Tocantins (2.751) e Alagoas (4.538).


Vacinação

Até o momento, foram distribuídos a estados e municípios 89,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 54,7 milhões de doses, sendo 37,1 milhões da 1ª dose e 17,6 milhões da 2ª dose.

Fonte: Ag. Brasil


quarta-feira, 19 de maio de 2021

Covid-19: aulas com presença intercalada elevam risco de contágio

Foto: Reprodução

Possiblidade de infecção pode aumentar até 270%, diz pesquisa.

A volta às aulas com presença intercalada de estudantes eleva em até 270% o risco de contágio pelo novo coronavírus nas escolas, considerando 80 dias de funcionamento. A análise foi feita usando modelos matemáticos em escolas do município alagoano de Maragogi, que tem 33 mil habitantes. Por outro lado, um cenário que simula imunização de profissionais, testagem, monitoramento e fechamentos intermitentes mostrou queda da alta de contágio para 18%.

Os pesquisadores fazem parte do projeto ModCovid19, apoiado pelo Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), da Universidade de São Paulo (USP) e selecionado pelo Instituto Serrapilheira em uma chamada de projetos emergenciais para análise da crise sanitária da covid-19. O estudo foi coordenado por Claudio Struchiner, da Fundação Getulio Vargas (FGV) eda  Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Tiago Pereira, da USP São Carlos.

“Se tem uma criança infectada, como as escolas tendem a ser ambientes fechados, há muita dispersão do vírus ali”, diz Tiago Pereira. O pesquisador explica que o protocolo, feito em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), deve ser implementado em Maragogi com o envolvimento da prefeitura. Para chegar aos resultados, a pesquisa usou dados demográficos, socioeconômicos e epidemiológicos de Maragogi e definiu quatro cenários possíveis. 

O primeiro cenário é o das escolas fechadas e o segundo, o da reabertura, com turmas e horários reduzidos (turno de duas horas, turmas separadas em dois grupos e aulas presenciais em dias intercalados). No terceiro, haveria reabertura reduzida, com funcionários imunizados, mas mantendo as condições do segundo cenário.

No quarto cenário, a reabertura seria reduzida, com monitoramentos e fechamentos temporários: turno de duas horas, turmas separadas em dois grupos, com aulas presenciais em dias intercalados. Além disso, os estudantes seriam testados e isolados (14 dias), quando sintomáticos, ou quando familiar for confirmado positivo. Se o estudante for confirmado positivo, todo o grupo é suspenso por 14 dias e, se mais de um grupo apresentar alunos com resultado positivo, a escola é fechada por sete dias.

O quarto protocolo foi o que se mostrou mais seguro, com aumento de 18% de casos na comunidade escolar e de 3% na cidade como um todo. “O custo da testagem é relativamente alto – cada teste de antígeno custa em torno de R$ 25 –, porém, o custo de três vezes mais crianças infectadas, não só crianças, mas pais infectados, é muito maior. O teste, na verdade, é barato”, afirma o pesquisador.

Pereira destaca que a imunização entre os profissionais também se mostrou efetiva. “Imunizar os funcionários diminui pela metade a infecção. É muito bom, mas não é suficiente para conter com respeito à escola fechada”, acrescenta.

De acordo com a pesquisa, no terceiro cenário, o contágio pode aumentar em 178% o risco de covid-19 na população escolar.

Fonte: Ag. Brasil

terça-feira, 18 de maio de 2021

Insumos para vacina CoronaVac chegam ao Brasil dia 26 de maio

Imagem Reprodução

Data foi confirmada pelo Instituto Butantan.

Após o atraso e a paralisação da produção de vacina contra a covid-19 por falta de insumos, o Instituto Butantan informou ontem (17) que um carregamento de matéria-prima para a CoronaVac chegará ao Brasil no dia 26 de maio. Segundo o Butantan, está prevista a chegada de um lote com 4 mil litros de insumo farmacêutico ativo (IFA), suficientes para a produção de 7 milhões de doses da vacina.

"O Butantan recebeu nesta manhã, da China, a previsão do envio de nova remessa de insumos ao Brasil para produção da vacina do Butantan. A chegada do novo lote com 4 mil litros de insumos está prevista para o dia 26", disse hoje o governador de São Paulo, João Doria.

Ontem, mais cedo, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, já havia confirmado que os insumos chegariam ainda este mês ao Brasil.

A produção de vacinas contra a covid-19, no Butantan, estão paralisadas desde a última sexta-feira (14) por falta de insumos. Segundo o instituto, a falta de matéria-prima ocorreu por problemas burocráticos, provocados por declarações de membros do governo brasileiro sobre a China.

Na semana passada, o instituto e o governo do estado disseram que a Sinovac, farmacêutica chinesa parceira na produção dessa vacina, já havia fabricado 10 mil litros de insumo para serem enviados ao Brasil. Mas o governo chinês não estava autorizando o envio por causa de questões diplomáticas.

Ontem, entretanto, o instituto recebeu a informação de que parte dessa produção chega ainda este mês. Os 6 mil litros restantes aguardam autorização de envio pelo governo chinês. Ainda não há previsão de chegada desses insumos ao Brasil.

Ontem, em Botucatu, no interior paulista, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, negou que problemas burocráticos estejam atrapalhando o envio de insumos ao país. Para ele, a dificuldade de envio da matéria-prima é um problema mundial, que não afeta somente o Brasil.

O Instituto Butantan tem dois contratos assinados com o Ministério da Saúde para o fornecimento de vacinas para a população brasileira por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O primeiro contrato, para fornecimento de 46 milhões de doses, já foi cumprido. Falta ainda um contrato de 54 milhões de doses, previsto para ser entregue em agosto. Até este momento, o Butantan entregou 47,2 milhões de doses de vacinas ao governo federal.

Fonte: Ag. Brasil

sábado, 15 de maio de 2021

Covid: alta de infecções em vacinados na Índia alerta mundo para risco de variantes

Pallava Bagla (à direita) foi infectado e
hospitalizado semanas depois de ter sido
totalmente vacinado - Foto: Reprodução
Três semanas depois de ter sido totalmente vacinado contra o coronavírus, um jornalista de ciências de Nova Déli desenvolveu febre alta, dor de garganta e uma sensação geral de desconforto.

Em 22 de abril, Pallava Bagla testou positivo para o coronavírus. Quatro dias depois, um exame de imagem do tórax mostrou seus pulmões claros ficando brancos, um sinal de infecção.

Como a febre persistiu, ele foi internado no hospital — seis dias após seus primeiros sintomas.

No All India Institute of Medical Sciences, os médicos submeteram Bagla, de 58 anos, a exames de sangue e administraram esteroides. Como ele tinha uma doença subjacente (diabetes) o nível de açúcar no sangue disparou. Felizmente, seus níveis de oxigênio nunca caíram para patamares perigosos.

Antes de deixar o hospital, após oito dias, os médicos mostraram-lhe uma tomografia dos pulmões de um paciente diabético, não vacinado, do sexo masculino com covid-19 de sua idade, e compararam com a sua tomografia.

"A diferença era clara. Os médicos me disseram que, se eu não tivesse tomado a vacina, provavelmente teria que ser colocado no respirador em cuidados intensivos. A vacinação completa e na hora certa salvou minha vida", disse Bagla.

Embora a Índia tenha vacinado totalmente 2,5% de seus 1,3 bilhão de habitantes, os casos de pessoas que contraíram a infecção duas semanas após serem totalmente vacinadas parecem estar aumentando.


Apenas 2,5% da população da Índia foi totalmente vacinada - Foto: Reprodução

Os profissionais de saúde — médicos, enfermeiras, funcionários de hospitais e clínicas — foram os mais afetados por essas infecções até agora. O paciente Bagla parecia ser uma exceção à regra. Por isso os cientistas tiraram amostras de seu nariz e garganta para decifrar o código genético do vírus que o infectou.

O objetivo é encontrar respostas para uma questão que intriga os cientistas: nossas vacinas existentes — duas no caso da Índia — estão nos protegendo o suficiente de variantes mais novas e frequentemente mais transmissíveis do coronavírus?

As vacinas contra o coronavírus são indiscutivelmente eficazes. Embora não previnam a infecção, elas protegem as pessoas contra doenças graves e morte mesmo pelas variantes mais perigosas do vírus.

Portanto, as infecções em pessoas vacinadas não são totalmente inesperadas.

Dos 95 milhões de pessoas totalmente vacinadas nos EUA até 26 de abril, 9.045 tiveram infecções por coronavírus, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Segundo os dados 835 pessoas (9%) foram hospitalizadas e 132 (1%) morreram. Quase um terço dos pacientes hospitalizados e 15% das mortes foram relatados como "assintomáticos ou não-relacionados à covid-19".

Com dados insuficientes, as evidências que surgem na Índia ainda são inconclusivas.

Há relatos de um número crescente de profissionais de saúde contaminados após terem sido totalmente vacinados, e até mesmo de algumas mortes. Mas não se sabe se foi a infecção que causou diretamente as mortes.


As taxas de vacinação diminuíram devido à escassez de doses - Foto: Reprodução

Números oficiais afirmam que de duas a quatro pessoas em cada 10 mil vacinadas na Índia tiveram uma infecção após serem imunizadas. Mas os dados parecem incompletos: durante três meses, muitos que faziam testes não estavam sendo questionados sobre se haviam sido vacinados.

Os dados dos hospitais são confusos.

Vincent Rajkumar, professor da Clínica Mayo nos EUA, disse que conversou com dois grandes hospitais estatais em Tamil Nadu, no sul da Índia, e descobriu que uma "pequena fração" de seus funcionários vacinados contraíram a infecção. "Os poucos que tinham contraído se recuperaram rapidamente", disse-me ele.

Por outro lado, 60% dos médicos na unidade de terapia intensiva do Hospital Lok Nayak Jai Prakash Narayan (LNJP), o maior hospital covid-19 de Delhi, foram infectados após serem totalmente vacinados, mas nenhum exigiu hospitalização, de acordo com Farah Husain, especialista em cuidados intensivos. "Alguns familiares seus ficaram doentes e precisaram de hospitalização", disse ela.

Um estudo em outro hospital de Nova Déli, o Fortis C-DOC, descobriu que 15 dos 113 profissionais de saúde vacinados contraíram a infecção duas semanas após a segunda dose. Quatorze dos casos foram leves e apenas um necessitou de hospitalização.

"Estamos observando muitas infecções repentinas entre os profissionais de saúde. Mas a maioria delas são leves. As vacinas estão bloqueando infecções graves", disse Anoop Misra, endocrinologista e coautor do estudo.


Índia está se recuperando de uma segunda onda mortal de infecções - Foto: Reprodução


Testes feitos em seis profissionais de saúde totalmente vacinados infectados posteriormente no Estado de Kerala foram recentemente sequenciados para um estudo.

Dois dos pacientes foram infectados por variantes que continham mutações que contornavam a imunidade do corpo, mas nenhum dos casos desenvolveu doença grave, de acordo com Vinod Scaria, geneticista e um dos autores do estudo.

Cientistas dizem que a Índia precisa de muito mais dados para verificar a prevalência dessas infecções na população em geral e para descobrir mais sobre como as vacinas estão funcionando.

"A pergunta que as pessoas agora fazem com frequência é se é verdade que um grande número de pessoas está se infectando novamente após as vacinas", disse o virologista Shahid Jameel.

"Esses relatos anedóticos causam muita angústia nas mentes das pessoas que querem ser vacinadas".

A maior preocupação é que as taxas diárias de vacinação na Índia estão caindo e a imunidade de rebanho parece estar longe. A imunidade de rebanho ocorre quando uma grande parte da comunidade se torna imune a uma doença por meio da vacinação ou da disseminação em massa da doença. A relutância contra vacina pode piorar as coisas.

Os especialistas temem que a segunda onda mortal e descontrolada da Índia torne mais fácil a mutação do vírus, com os mais contagiosos provavelmente escapando da imunidade oferecida pelas vacinas.

O sequenciamento para rastrear mutações virais continuará sendo a chave para se preparar para futuras ondas de infecção.


Muitos países confiaram bastante na produção da vacina Covidshield, como é
conhecida a AstraZeneca na Índia - Foto: Reprodução

O resultado final, dizem os cientistas, é que as vacinas — com vários graus de eficácia — protegem contra doenças graves e hospitalização.

Mas, uma vez que as pessoas totalmente vacinadas ainda podem ser infectadas e infectar outras pessoas, os cuidados não devem ser reduzidos — usar máscaras, evitar reuniões sociais com muita gente e locais de trabalho mal ventilados e com ar condicionado — por muito tempo.

O uso de máscaras duplas, por exemplo, deve ser tornado obrigatório, como fez o Estado indiano de Kerala. As mensagens de saúde pública, que têm sido bastante confusas até agora, têm de ser mais precisas: pessoas totalmente vacinadas, por exemplo, podem se reunir livremente em ambientes fechados, em casas e locais de trabalho?

"As vacinas funcionam. Mas não permitem que você seja imprudente e baixe a guarda. Você deve ser muito cauteloso", diz Bagla. Ele, de todas as pessoas, sabe bem do que está falando.

Fonte: BBC Brasil


sexta-feira, 14 de maio de 2021

Maranhão atinge 277.166 casos confirmados do novo coronavírus, são 15.816 novos casos em 21 dias


Boletim_epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), na quinta-feira (13/04), mostra que o Maranhão ultrapassou 277 mil casos confirmados do novo coronavírus. Já são 277.166 casos no estado22.413 casos ativos e, infelizmente, um total de 7.644 mortos no Maranhão. Foram 15.816 novos casos em 21 dias.

Seguem em isolamento domiciliar 21.293 pessoas, 653 em enfermarias, 64 privado / 589 público e 467 em Unidades de Terapia Intensiva, 89 privado / 378 público. Dentre os novos casos confirmados há 162 na Ilha de São Luís, 36 em Imperatriz e 906. nas demais regiões. Outro dado preocupante: foram registrados 581 óbitos em um período de apenas, 21 dias, no Estado do Maranhão.





Até agora foram realizados 664.424 testes487.922 foram descartados e 3.646 suspeitos.

Fonte: SES-MA (atualizado em: 13/05/2021).

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Covid-19: Brasil registra 76.692 casos e 2.494 mortes

Foto: Reprodução

País acumula 15.359.397 diagnósticos e 428.034 mortes.

O número de casos de pessoas infectadas com o novo coronavírus subiu para 15.359.397. Em 24 horas, as autoridades de saúde confirmaram 76.692 novos diagnósticos positivos da doença. 

Segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado na terça (11), 1.007.146 pessoas estão em acompanhamento. O termo é empregado para infectados com casos ativos de contaminação pelo novo coronavírus.

Já o total de mortes em função da covid-19 subiu para 428.034. Entre terça e quarta, foram acrescidas às novas estatísticas 2.494 novos óbitos.

Ainda há 3.678 óbitos em investigação. Isso ocorre porque há casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada após a declaração do óbito.

O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 desde o início da pandemia alcançou para 13.942.217. Isso equivale a 90,7% do total de pessoas que foram infectadas com o vírus.

Estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (102.356). Em seguida vêm Rio de Janeiro (47.052), Minas Gerais (36.495), Rio Grande do Sul (26.318) e Paraná (24.074). Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.559), Amapá e Acre (1.601), Tocantins (2.668) e Alagoas (4.429).

Vacinação

Até quarta-feira (14), foram distribuídos a estados e municípios 82,8 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 48,7 milhões de doses, sendo 33 milhões da 1ª dose e 15,7 milhões da 2ª dose.

Fonte: Ag. Brasil


quarta-feira, 12 de maio de 2021

Queiroga anuncia compra de mais 100 milhões de vacinas da Pfizer

Foto: Reprodução
Previsão de entrega das doses é a partir de setembro

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou na terça-feira (11) que o governo vai comprar mais 100 milhões de doses da vacina produzida pela farmacêutica Pfizer para serem usadas no Programa Nacional de Imunização (PNI) contra a covid-19. A compra foi viabilizada após a edição de uma medida provisória (MP) que abre crédito extraordinário total de R$ 5,5 bilhões, anunciada na segunda (10).

Parte desse recurso, cerca de R$ 1,68 bilhão, será destinada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para a fabricação, em território brasileiro, de 50 milhões de doses da vacina da AstraZeneca. Os R$ 3,82 bilhões restantes serão usados na compra da Pfizer. 

"O presidente me incumbiu de impulsionar nossa campanha de vacinação. E é isso que estamos fazendo. O Brasil já é o quinto país que mais distribui vacinas à sua população. Nas mais de 38 mil salas de vacinação, nós temos o potencial de vacinar mais de 2,4 milhões de brasileiros por dia", afirmou o ministro, durante cerimônia para anunciar o repasse de recursos a prefeituras para serviços de atenção primária à saúde. Segundo Queiroga, as novas doses da Pfizer só devem começar a chegar em setembro, com previsão final de entrega até o fim do ano. 

"Essas vacinas serão entregues ainda neste ano. Mais de 30 milhões no mês de setembro e as demais, até dezembro. Então, temos vacinas, de reconhecida eficácia, comprovadas pelas agências sanitárias mais rigorosas do mundo e vamos vacinar todos os brasileiros", acrescentou.

Até agora, de acordo com o painel Vacinômetro, produzido pela plataforma Localiza SUS, do Ministério da Saúde, foram distribuídas 75,5 milhões de doses e vacinadas 46,8 milhões de pessoas.

Fonte: Ag. Brasil


sábado, 8 de maio de 2021

Vacinas contra covid: como está a vacinação no Brasil e no mundo

Quando se trata de distribuição de vacinas,
há uma pergunta que a maioria das
pessoas  está fazendo - quando vou
 tomá-la? - Imagem: Reprodução
Quando se trata da vacina contra a covid-19, há uma pergunta que a maioria das pessoas está se fazendo - quando ela vai chegar a todos? Afinal, vacinar o mundo contra o novo coronavírus é uma questão de vida ou morte.

Alguns países definiram metas muito específicas, mas para o restante do mundo a imagem é muito menos clara, pois envolve processos científicos complicados, corporações multinacionais, promessas governamentais conflitantes e uma grande dose de burocracia e regulamentação. Não é nada simples.





Quando vou receber a vacina?

No Brasil, a vacinação começou no fim de janeiro. Até agora, segundo a plataforma de dados Our World In Data, mais de 10 milhões de doses já foram administradas.

Mas uma grande parcela da população ainda falta ser vacinada.

Foram 5,05 doses por 100 habitantes. Já em Israel, o país com a maior taxa de vacinação do mundo, 106,5. No Chile, o país da América Latina que mais rapidamente tem vacinado sua população, essa taxa é de 32,09.

Em números absolutos, os Estados Unidos são o país que mais administrou doses de vacinas contra a covid-19, cerca de 98,2 milhões até agora.

Especialistas alertam que, em meio ao pior momento da pandemia, a única solução para o Brasil é a adoção de um confinamento mais rígido e a aceleração da vacinação.

Nos últimos dias, o Brasil vem batendo seguidos recordes de mortes diárias e, em muitos Estados, já não há mais leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Eles dizem que o número alto de mortes pode ser explicado, principalmente, pela livre circulação de pessoas e por uma variante (P.1) do coronavírus mais transmissível e que, de acordo com estudos preliminares, causaria reinfecção naqueles que já tiveram a doença.

Em entrevista recente à BBC News Brasil, o biólogo e divulgador científico Átila Iamarino sugeriu que o Brasil deveria fazer "o que o restante do mundo fez: decretar um lockdown mais rígido e correr com a vacinação. Isso é o mínimo".

Mas, sem uma estratégia a nível federal, acrescentam, esse objetivo dificilmente será cumprido.

"De que adianta um município ou um Estado decretar um confinamento se as pessoas de municípios ou Estados vizinhos continuarem circulando? Isso faz com que a localidade tenha todo o prejuízo econômico e político de confinar sua população, mas sem o sucesso que poderia ter se essa ação fosse coordenada. A falsa impressão é de que o esforço não funciona, quando, na verdade, ele está sendo sabotado a nível federal", assinalou Iamarino.

"Por isso, digo que temos dois inimigos para enfrentar no Brasil. Um é a nova variante e o outro é a falta de estratégia do governo federal".

"Como resultado, temos pronta a receita para que mais variantes perigosas surjam", acrescentou Iamarino.

Confira o programa de distribuição está acontecendo em todo o mundo.




Atenção: estes dados são atualizados constantemente mas podem não refletir os números mais recentes de cada país. O total de vacinações se refere ao número de doses aplicadas, não ao número de pessoas vacinadas, por isso é possível ter mais de 100 doses para cada 100 pessoas.

Fonte: Our World in Data, ONS, gov.uk

Última atualização: 4 de maio de 2021 - 11:29 GMT

Quantas vacinas foram fabricadas?

Até agora, mais de 335 milhões de doses das várias vacinas contra o coronavírus foram administradas, em mais de 100 países em todo o mundo. É o programa de vacinação de maior escala da história.

As primeiras vacinas foram administradas menos de um ano depois que os primeiros casos de um novo coronavírus foram confirmados, em Wuhan, China, mas o lançamento global de vacinas tem sido irregular.

Alguns países garantiram e entregaram doses a uma grande proporção de sua população - mas muitos outros ainda estão esperando a chegada dos primeiros carregamentos.

Em suas rodadas iniciais de vacinação, a maioria dos países está priorizando:

· Maiores de 60 anos

· Trabalhadores de saúde

· Pessoas que são clinicamente vulneráveis

Qual o desfecho da vacinação até agora?

E em países como Israel e Reino Unido, já há sinais promissores de que as vacinas estão reduzindo as internações e mortes em hospitais, bem como a transmissão na comunidade.

Mas, embora quase toda a Europa e as Américas tenham iniciado campanhas de vacinação, apenas uma parcela de países africanos o fez.

Agathe Demarais, diretora de previsão global da Economist Intelligence Unit (EIU), braço de pesquisa e análise da revista britânica The Economist, fez algumas das pesquisas mais abrangentes sobre o assunto.

A EIU analisou a capacidade de produção mundial juntamente com a infraestrutura de saúde necessária para fazer chegar as vacinas aos braços das pessoas, o tamanho da população que um país tem que vacinar e, claro, o que eles podem pagar.

Muitas das descobertas da pesquisa parecem constatar o óbvio: a distribuição desigual das vacinas entre nações ricas e pobres. O Reino Unido e os Estados Unidos estão bem abastecidos com vacinas no momento, porque eles poderiam investir muito dinheiro no desenvolvimento delas e, assim, recebê-las primeiro.

Alguns outros países ricos, como Canadá e os da União Europeia, estão um pouco mais atrás.

A maioria dos países de baixa renda ainda não começou a vacinar, mas há algumas surpresas. Confira o programa de distribuição está acontecendo em todo o mundo.



Os países ricos estão acumulando vacinas?

O Canadá enfrentou críticas no fim do ano passado por comprar cinco vezes o suprimento de que precisa para cobrir sua população, mas parece que o país não vai receber as vacinas primeiro.

Isso porque o governo canadense optou por investir em vacinas de fábricas europeias, temendo que os EUA, ainda sob o comando de Donald Trump, proibissem as exportações. Mas essa acabou sendo uma aposta ruim.

As fabricantes europeias têm tido problemas com o abastecimento e, recentemente, foi a UE, e não os EUA, que ameaçou proibir as exportações.

"Enquanto o mercado europeu não tiver vacinas suficientes, acho que as grandes importações para o Canadá vão continuar fora de cogitação", diz Agathe Demarais.

Mas também existem alguns países que estão se saindo melhor do que o esperado.

A Sérvia teve um desempenho melhor do que qualquer país da UE no que se refere à proporção da população já vacinada.

Isso se deve em parte a uma implementação eficiente, mas o país também está se beneficiando da diplomacia de vacinas - uma batalha entre a Rússia e a China por influência na Europa Oriental.

A Sérvia tem acesso à vacina Sputnik V da Rússia, à SinoPharm, da China, à Pfizer dos EUA/Alemanha, e à vacina Oxford AstraZeneca desenvolvida no Reino Unido.

Até agora, a maioria das pessoas parece ter recebido SinoPharm.

O que é diplomacia de vacinas?

A influência que a China está exercendo aqui provavelmente será de longo prazo. Os países que usam a primeira e a segunda dose da SinoPharm também devem procurar a China para doses de reforço, se forem necessárias no futuro.

Os Emirados Árabes Unidos também confiaram na vacina SinoPharm - em fevereiro, ela representou 80% das doses administradas. Os Emirados Árabes Unidos também estão construindo uma unidade de produção da SinoPharm .

"A China está chegando com instalações de produção e trabalhadores treinados, então vai dar uma influência de longo prazo", diz Agathe Demarais . "Será muito, muito difícil para os governos receptores dizerem não à China para qualquer coisa no futuro."

No entanto, ser uma superpotência global em vacinas não significa que sua população será vacinada primeiro.

A pesquisa da EIU prevê que duas das potências mundiais de produção de vacinas, China e Índia, podem não ser vacinadas o suficiente até o final de 2022. Isso porque os dois países têm enormes populações para enfrentar e uma força de trabalho de saúde limitada.

No Brasil, a vacinação já começou, mas a estimativa é de que a imunização em massa só seja atingida na metade do ano que vem, segundo a EIU.

O estudo destaca que Brasil e México, classificados como países de renda média, terão doses para imunizar grupos prioritários devido aos acordos firmados com os laboratórios em troca da execução de testes clínicos.

Entretanto, a "capacidade de chegar à vacinação em massa depende de outros fatores, incluindo espaço fiscal, tamanho da população, número de profissionais de saúde, infraestrutura e vontade política".

Outros países da América Latina, como Argentina e Chile, também terão vacinação em massa somente em 2022, segundo as estimativas. E Bolívia, Paraguai, Venezuela, Guiana e Suriname, a partir de 2023.

Apesar de ter se tornado um 'eldorado' de fabricação de vacinas, Índia não será
a primeira a vacinar sua população - Foto: Reprodução

Índia: eldorado da produção de vacinas

O sucesso da Índia como produtora da vacina contra a covid-19 se deve em grande parte a um homem, Adar Poonawalla. Sua empresa, o Instituto Serum, é o maior fabricante de vacinas do mundo.

Mas, no meio do ano passado, sua família começou a pensar que ele havia perdido a sanidade. Ele estava apostando centenas de milhões de dólares de seu próprio dinheiro em vacinas, em um momento em que não sabia se (e quais) funcionariam.

Em janeiro, a primeira dessas vacinas, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, foi entregue ao governo indiano. Agora, o Serum está produzindo 2,4 milhões de doses por dia.

Sua empresa é um dos dois principais fornecedores da Índia e também fornece vacinas para o Brasil, Marrocos, Bangladesh e África do Sul.

"Achei que a pressão e toda a loucura acabariam agora que fizemos o produto, mas o verdadeiro desafio é tentar manter todos felizes", diz ele.

"Pensei que haveria tantos outros fabricantes capazes de fornecer. Mas, infelizmente, no momento, pelo menos, no primeiro trimestre, e talvez até no segundo trimestre de 2021, não veremos um aumento substancial na oferta."

Ele afirma que a produção não pode ser aumentada durante a noite.

"Leva tempo", diz Poonawalla. "As pessoas pensam que o Instituto Serum tem um tempero secreto. Sim, somos bons no que fazemos, mas não é uma varinha mágica."

Poonawalla tem uma vantagem competitiva agora porque começou a construir instalações em março do ano passado e a estocar produtos como produtos químicos e frascos de vidro em agosto.

Durante a produção, a quantidade de vacina produzida pode variar muito e há muitos estágios em que as coisas podem dar errado.

"É tanto arte quanto ciência", diz Agathe Demarais, da EIA.

Para os fabricantes que estão iniciando a produção agora, levará meses para produzir vacinas. E o mesmo se aplica a quaisquer reforços que possam ser necessários para lidar com novas variantes.

Poonawalla diz que está comprometido em fornecer primeiro para a Índia e depois para a África por meio do esquema chamado Covax, que visa a distribuição igualitária e acessível de vacinas pelo mundo.

A Covax é uma iniciativa liderada pela OMS, Gavi, a aliança da vacina e o Centro de Preparação para Epidemias (CEPI).

Os países que não podem pagar as vacinas vão obtê-las gratuitamente por meio de um fundo especial. O restante vai pagar, mas a teoria é que eles conseguirão um preço melhor negociando em blocos do que se o fizerem individualmente.

A Covax está planejando começar a distribuir vacinas no fim de fevereiro (a expectativa é de que o Brasil receba 10,6 milhões de doses por intermédio do Covax neste semestre).

Nesse ínterim, o plano da Covax está sendo prejudicado pelo fato de que muitos países envolvidos também estão negociando seus próprios acordos paralelamente.

Poonawalla diz que quase todos os líderes africanos no continente entraram em contato com ele para ter acesso às vacinas de forma independente. Recentemente, Uganda anunciou que havia garantido 18 milhões de doses do Instituto Serum por US$ 7 cada — muito mais do que os US$ 4 pagos pela Covax.

O Instituto Serum afirma estar em negociações com Uganda, mas nega que qualquer acordo tenha sido assinado.

Poonawalla fornecerá 200 milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca à Covax assim que obtiver a pré-aprovação da OMS. Ele prometeu à Covax mais 900 milhões de doses, embora não tenha confirmado quando serão entregues.

Embora esteja comprometido com o projeto, ele admite que enfrenta problemas. A Covax está lidando com muitos produtores de vacinas diferentes, diz ele, cada um oferecendo preços e prazos de entrega variáveis.

Agathe Demarais e a EIU também não estão excessivamente otimistas quanto à capacidade da Covax de fazer uma vacinação de amplo alcance. "Será uma pequena diferença marginal, mas não uma virada de jogo", diz Demarais.

Segundo seu estudo para a EIA, alguns países podem não ser totalmente vacinados até 2023 — ou nunca. A vacinação pode não ser uma prioridade para todos os países, especialmente aqueles que têm uma população jovem e não veem um grande número de pessoas adoecendo.

O problema com esse cenário é que, enquanto o vírus prosperar em algum lugar do mundo, poderá sofrer mutações e migrar. Como resultado, variantes resistentes a vacinas continuarão a evoluir.

Nem tudo, porém, são más notícias. As vacinas estão sendo produzidas mais rápido do que nunca, mas a escala da tarefa — imunizar 7,7 bilhões de pessoas — é enorme e nunca foi tentada antes.

Demarais acredita que os governos devem ser honestos com seu povo sobre o que é possível.

"É muito difícil para um governo dizer: 'Não, não vamos conseguir uma ampla cobertura de imunização por vários anos'. Ninguém quer dizer isso."

Pesquisa de dados: Becky Dale e Nassos Stylianou.


Fonte: BBC Brasil

Maranhão é destaque nacional como estado mais adiantado na vacinação contra Covid-19 para profissionais da Educação

Profissional da Educação recebe dose
da vacina contra a Covid-19
- Foto: Divulgação
Reportagem publicada na quarta-feira (5), em O Estado de São Paulo, apontou que o Maranhão, junto com o Espírito Santo, “estão mais adiantados na aplicação de doses em trabalhadores da Educação”. Assinada pela jornalista Renata Cafardo, a matéria traz um panorama da vacinação dos profissionais no País, destacando a ritmo de aplicação da vacina por idade.

De acordo com a reportagem, “Espírito Santo e Maranhão e ainda capitais como Recife e Salvador já imunizaram docentes com 40 anos e pretendem terminar as outras idades ainda em maio”, aponta. Em outro trecho destaca a quantidade de doses aplicadas em todo o território maranhense que, até a terça-feira (4), chegou a quase 46 mil profissionais da Educação imunizados, incluindo o ensino básico e superior.

O levantamento publicado em O Estadão também mencionou que em cidades como São Luís, a vacinação já alcança profissionais a partir de 40 anos, conforme dados apurados. Contudo, o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, anunciou que, na quarta-feira (5), já poderiam receber a vacina na capital maranhense trabalhadores com 35 anos ou mais. Outros municípios citados na matéria são Bacabal, que vacina profissionais com 30 anos ou mais, e Caxias, que está imunizando todas as idades.

A vacinação dos profissionais da Educação no Maranhão, contra a Covid-19, teve início no dia de 20 de abril, coordenada pelo Governo do Estado, em uma ação conjunta das secretarias de Educação (Seduc) e da Saúde (SES), em parceria com os municípios.

No estado, a partir de deliberação na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), foi acordado que, nos municípios com mais de 100 mil habitantes, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) realiza a vacinação dos profissionais da rede estadual e federal; e as secretarias municipais, os profissionais das escolas da rede privada e rede municipal.

Fonte: ma.gov