‘O Sequestro do Voo 375’ revive drama pouco conhecido na aviação brasileira

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O dia 11 de setembro é marcado em todo mundo como a data de um dos maiores atentados terroristas da humanidade. Mas, o que pouca gente sabe é que quase houve um caso parecido no Brasil. No final da década de 80, um homem insatisfeito com a situação do país sequestrou o voo da Vasp 375 com o objetivo de atingir o Palácio do Planalto, em Brasília (DF), e matar o então presidente da República, José Sarney. A história será contada nos cinemas em dezembro deste ano.

Com lançamento previsto para 7 de dezembro, o filme ‘O Sequestro do Voo 375’ vai mostrar nos cinemas de todo o país o que aconteceu em 29 de setembro de 1988. Nessa data, Raimundo Nonato Alves da Conceição, um homem insatisfeito com a política brasileira e cansado da falta de empregos e oportunidades para a sua família sequestrou o voo 375 da Vasp, que partia de Confins, em Belo Horizonte (MG), com destino ao Rio de Janeiro (RJ).

Armado com um revólver calibre 32, o sequestrador matou o copiloto Salvador Evangelista e obrigou o comandante Fernando Murilo a mudar sua rota para Brasília, em direção à sede do governo brasileiro. Se vendo responsável pela vida de mais de 100 pessoas a bordo, o piloto teve que desempenhar uma manobra heroica e nunca antes realizada na história da aviação, conhecida como tonneau, que desestabilizou Nonato e deu ao avião a possibilidade de pousar em segurança no aeroporto de Goiânia (GO).

Apesar de uma morte confirmada, o comandante Murilo é considerado um herói nacional por ter salvado a vida de várias pessoas e impedido uma tragédia muito maior. Mas, nunca foi reconhecido no país como merecia. O comandante atuou até os 60 anos de idade e faleceu em 2020, aos 73 anos, em decorrência de problemas de saúde.

Neste 11 de setembro, é importante ressaltar que um caso como esse não foi suficiente para alterar o esquema de segurança nos aeroportos de todo o mundo, e só com a morte de milhares de pessoas nos Estados Unidos, a segurança aeronáutica mudou completamente.

O novo filme é dirigido por Marcus Baldini, conta com produção de Joana Henning pelo Estúdio Escarlate e traz Danilo Grangheia e Jorge Paz nos papéis principais do comandante Murilo e de Raimundo Nonato. O elenco ainda conta com Roberta Gualda, Gabriel Godoy, César Mello, Juliana Alves, Wagner Santisteban, Arianne Botelho, Diego Montez, Claudio Jaborandy, Johnnas Oliva e Adriano Garib. Gravado no icônico estúdio Vera Cruz, o filme contou com uma robusta estrutura de filmagens, sendo fiel aos detalhes da época, especialmente na recriação do Boeing, aeronave que foi sequestrada.

Fonte: ADNEWS

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