sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Congresso aprova o Orçamento de 2023, com salário mínimo de R$ 1.320 => VERGONHA!

Foto: Reprodução
Projeto garante a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e o acréscimo de um valor de R$ 150 para cada filho menor de 6 anos.

O Congresso Nacional aprovou o Orçamento de 2023 (PLN 32/22), que garante a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e o acréscimo de um valor de R$ 150 para cada filho menor de 6 anos. Além disso, o 'salário mínimo' deverá passar de R$ 1.212 para R$ 1.320, um reajuste de quase 9%, quando a inflação estimada para este ano é de 5,8%.

Os benefícios foram possíveis após a promulgação da Emenda Constitucional 126, que ampliou o teto de gastos em R$ 145 bilhões, além de retirar outros R$ 24 bilhões do mesmo teto. Pela regra do teto, criada em 2016, as despesas só podem ser corrigidas pela inflação de um ano para o outro; mas faltaram recursos para vários programas no projeto do Orçamento enviado pelo Executivo.

Déficit

O relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), disse que, com o aumento das despesas, o déficit previsto é de R$ 231,5 bilhões para o ano que vem. Em relação às emendas de relator, de R$ 19,4 bilhões, o relator destinou metade do total para 5 áreas: R$ 4,3 bilhões para Desenvolvimento Regional, R$ 3 bilhões para Saúde, R$ R$ 1,8 bilhões para Cidadania, R$ 416 milhões para Agricultura e R$ 169 milhões para Educação.

As emendas de relator foram derrubadas pelo Supremo Tribunal Federal. Com isso, o Congresso colocou na emenda constitucional 126 um dispositivo que determina que metade do valor destas emendas deveria ser redirecionado pelo relator do Orçamento para execução livre dos ministérios (classificação RP-2 no Orçamento). A outra metade elevou os recursos das emendas individuais.

Na discussão na Comissão Mista de Orçamento, a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) questionou o relator sobre dispositivo do relatório final que não permitiria o cancelamento do direcionamento feito pelo Congresso. “Quando se coloca em RP-2, é discricionário do governo. E não submetido a relator ou à Comissão Mista de Orçamento. Se não, de novo vai ser usado como instrumento de pressão”, disse.

Mas o senador explicou que o Executivo poderá solicitar mudanças ao Congresso: “Se o Executivo quer cancelar aquilo que o Congresso fez, ele mande um PLN aqui para o Congresso. Nós queremos manter esse poder que o Legislativo tem adquirido ao longo dos anos, de ter a prerrogativa de manter a emenda apresentada, aprovada pelo Congresso. Ou seja, ela só poder ser cancelada com autorização do Legislativo.”

Como não havia tempo de reabrir o prazo para novas emendas na comissão, o acréscimo de valores nas emendas individuais foi feito de maneira proporcional para todos os senadores e deputados. Mas o deputado Celso Sabino (União-PA) presidente da comissão, disse que será aberto um período em 2023 para que os parlamentares, inclusive os que não foram reeleitos, possam pedir remanejamentos nos valores.

Marcelo Castro disse que as ações de educação ficaram em R$ 130,6 bilhões,  enquanto o piso seria de R$ 67,3 bilhões. Já as ações de saúde tinham um piso de R$ 149,9 bilhões, mas a Pasta deverá ter R$ 173,1 bilhões. No geral, o Orçamento de 2023 tem um valor de R$ 5,3 trilhões com cerca de R$ 2 trilhões de despesas obrigatórias e de custeio da máquina. Outros R$ 2 trilhões são usados no refinanciamento da dívida pública.

Várias despesas foram recompostas pela complementação da emenda constitucional, entre elas: farmácia popular, merenda escolar, bolsas de pós-graduação e saúde indígena. A habitação popular terá cerca de R$ 9,5 bilhões. Segundo o relator, também existem recursos para conceder aos servidores do Executivo o mesmo reajuste que foi dado aos servidores de outros Poderes nos últimos dias, de 6% em 2023.

Obras irregulares

No relatório final do Orçamento, a Comissão Mista de Orçamento aprovou a inclusão no texto de bloqueio da execução orçamentária das obras de construção da BR-040, no Rio (subida da Serra de Petrópolis), e da ampliação da BR-290 (RS). Essas obras não poderão receber recursos, pelo menos temporariamente, no Orçamento de 2023, por suspeitas de sobrepreço apontadas pelo Tribunal de Contas da União.


Fonte: Agência Câmara de Notícias


COMENTÁRIO

Vejam só a disparidade e a pretensão de vossas excelências, os 'Corsários da República'. Eles, na calada da noite do dia 20/12/22, aprovaram reajustes para diferentes carreiras do funcionalismo públicopraticamente equipararam os próprios salários aos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. O reajuste terá efeito cascata em todo o setor público, já que o salário de um ministro é o máximo que um funcionário do governo pode ganhar.

Os Ministros do Supremo, aqueles que precisam ter uma vida e conduta ilibada, uma carreira pautada por anos de estudos, especializações aprimoramento profissional, além é claro, de uma experiência comprovada. Óbvio, nem todos preenchem todos os pré-requisitos, por ser este um cargo que requer 'indicação política', à partir de uma lista pré-definida, mas convenhamos, não há comparação de equiparação salarial, 'menos razoável de carreiras' do que esta.

Como comparar isso a função de um 'barnabé qualquer' que se candidate a Deputado Federal ou a Senador, ou que chegue a Senador, tendo sido apenas suplente deste, sem qualquer pré-requisito profissional ou de carreira, que equivalha a de um Ministro do Supremo Tribunal Federal? Para se ter ideia, a suplente do então senador Ciro Nogueira do (PI), atual chefe da Casa Civil, foi a sua mamãe! Ela assumiu seu mandato de 'SENADOR DA REPÚBLICA' pelo estado do Piauí.

Mas isso não é empecilho para que, 'vossas excelências', os "Corsários da República", se achem no direito de equiparar seus salários de cerca de R$ 34.000,00 (TRINTA E QUATRO MIL REAIS) ao salário de Ministros do Supremo. Não, eles acham que tem que haver uma equiparação de salários 'entre os poderes' da União. VERGONHA!


Veja abaixo os valores aprovados: (dados do estadao.com)

Os vencimentos serão reajustados de forma escalonada; no caso de presidente, senadores e deputados, os salários passam a R$ 39.293,32 a partir de 1º de janeiro de 2023; a R$ 41.650,92 em 1° de abril de 2023; a R$ 44.008,52 em 1° de fevereiro de 2024, e a R$ 46.366,19 em 1º de fevereiro de 2025. De 2023 a 2026, o impacto financeiro na Câmara será de R$ 144,1 milhões. No Senado, R$ 23,3 milhões. No governo federal, R$ 10,8 milhões.

Novos salários de presidente, parlamentares e ministros

  • Presidente da República: vai subir de R$ 30.934,70 a R$ 46.366,19. Reajuste de 50%
  • Deputados federais e senadores: vai subir de R$ 33.763,00 a a R$ 46.366,19. Reajuste de 37%
  • Ministros do STF: vai subir de R$ 39.293,32 a R$ 46.366,19. Reajuste de 18%
  • Defensor-Público da União: vai subir de R$ 35.423,58 a R$ 37.628,65. Reajuste de 18%
  • TCU: reajuste de 19,25%.

 SALÁRIO MÍNIMO 'PARA O POVÃO': R$ 1.320,00 - Reajuste de 9% - VERGONHA NACIONAL E INCONSTITUCIONAL!