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Além do foco em pessoas físicas, neobanks e fintechs que atuam no mercado brasileiro estão começando a travar uma batalha pelos clientes empresariais e pessoas jurídicas, especialmente no segmento de pequenas e médias empresas. Em meio às movimentações do mercado de soluções financeiras digitais nesse sentido, a Omie, plataforma SaaS de gestão (ERP) na nuvem, anunciou a compra do banco digital Linker, que foi fundado em 2019 e oferece serviços financeiros e soluções bancárias para mais de 30 mil PMEs.
A operação faz parte da planejamento da Omie de fechar o ano com 100 mil clientes. Todos os colaboradores do Linker serão totalmente incorporados pela Omie. O valor da transação foi de R$ 120 milhões e o objetivo é expandir a base de clientes de conta-corrente e serviços financeiros do Linker, que são vistos como potenciais clientes para o ERP da Omie.
Marcelo Lombardo, cofundador e CEO da Omie, vislumbra que esse ecossistema deve permitir uma maior fidelização dos clientes e o avanço em sua cadeia de valor.
“Sempre acreditamos que serviços financeiros e software de gestão estão em uma trajetória de convergência, e que ‘o ERP é o novo internet banking’. Entretanto, muitas empresas podem começar a sua jornada apenas por serviços financeiros, podendo evoluir para usar o software de gestão conforme aumentam a sua maturidade nos negócios. Encontramos no Linker não apenas um produto super bem desenhado para esse fim, mas também um time para compartilhar o sonho de destravar o crescimento das micro, pequenas e médias empresas brasileiras.”
Soluções além do tradicional
Recentemente a Omie também divulgou uma parceria com o Itaú, que passou a oferecer a plataforma da empresa a seus mais de 1,5 milhão de clientes PJ em um formato co-branded.
Entre julho do ano passado e junho de 2021, o volume transacionado na plataforma do Linker aumentou 15 vezes. Por sua vez, o volume movimentado no cartão de crédito aumentou quatro vezes esse ano, enquanto a função de pagamentos de conta cresceu 70% desde janeiro.
David Mourão, fundador e CEO da fintech, acredita que as pequenas empresas de hoje demandam soluções financeiras que vão além do modelo tradicional de banco.
“O Linker evoluiu muito e alcançou um melhor entendimento das dores dos empreendedores. Também desenvolvemos diversas soluções inovadoras e integradas. Acreditamos que esta nova fase irá requerer uma proximidade ainda maior com as necessidades das PMEs, repensando mais profundamente a relação entre bancos e empresas”, diz.
Ele destaca que, com a Omie, será possível ter uma oferta complementar ao que já é oferecido. “Juntos iremos liderar a transformação da indústria e faremos desaparecer as barreiras entre serviços financeiros e softwares de gestão para que o empreendedor invista seu tempo no que realmente importa: o sucesso do seu negócio”, fala Mourão.
Além de David, os outros fundadores do Linker que passam a fazer parte da Omie são a COO Ingrid Barth e o CDO Daniel Benevides. A Omie foi fundada em 2013 por Marcelo Lombardo e Rafael Olmos.
Fonte: mercadoeconsumo