sábado, 13 de março de 2021

Startup brasileira que monitora ameaças florestais recebe investimento de R$ 750 mil

O aporte foi realizado por investidores da Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos.

A Quiron, startup especializada no monitoramento remoto da qualidade da produção florestal, recebeu um aporte de R$ 750 mil de investidores da entidade Anjos Brasil. O investimento servirá para dar continuidade e aprimorar o serviço que a startup já realiza, que é usar tecnologia de visão computacional para fazer o monitoramento de ameaças.

Fundada em 2018, com o desafio de atuar no processo de transformação digital de florestas, o objetivo da Quiron é dar aos gestores maior assertividade em suas tomadas de decisão em operações a campo. A tecnologia utilizada serve para monitorar, gerar alertas e dimensionar os impactos de uma determinada ocorrência de forma totalmente remota, proporcionando que os gestores tenham maiores subsídios para tomada de decisão.

O CMO da Quiron, Diogo Machado, afirma que, este trabalho, normalmente, é feito com pessoas em campo. Mas, em casos de empresas que possuem milhões de hectares de florestas plantadas, é inviável colocar pessoas para fazer esse monitoramento. Em 2020, a startup atingiu R$ 100 mil em faturamento, mas a meta é crescer 10 vezes.

Probabilidades de incêndio

O serviço chegou ao mercado recentemente, somente no segundo semestre de 2020. Machado acrescenta que já existe uma segunda solução a caminho, um algoritmo que auxilia na previsão de incêndios florestais, em Portugal, que conseguiram entregar com sete dias de antecedência as áreas que têm maiores probabilidades de incêndio.

O período de finalização dos serviços foi de dois anos. Os investidores da Anjo Brasil foram contatados após o início das vendas dos produtos. Em dezembro, 80 foi foram apresentados para investidores e 35 deles demonstraram interesse.

Captação rápida

A aprovação veio oficialmente no início de janeiro. A startup bateu um recorde na Anjo de ser a captação mais rápida. Foram 60 dias entre o primeiro contato e a assinatura do contrato, revela Machado. Essa não é a primeira vez que a Quiron tenta fechar acordo com outros fundos a fim de obter lucros, mas em nenhum das vezes anteriores teve sucesso.

O executivo reforça que todos gostavam do trabalho realizado, mas pediam tração. Como começaram a fazer vendas no final do ano, ficaram prontos para receber aportes. O foco é atender médias e grandes empresas florestais e também consultorias florestais que possam usar a tecnologia da empresa para agregar valor ao produto final. Além disso, a startup quer incrementar o seu time de pesquisa científica e análise de dados.

Fonte: saoluisdofuturo