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Equipado com inteligência artificial e inovações inspiradas na natureza, o robô chinês alcança nova marca na corrida de 100 metros.
O Black Panther 2.0, um robô quadrúpede desenvolvido pela Universidade de Chequião, na China, em parceria com a startup Mirror Me, quebrou o recorde de velocidade para robôs com quatro patas ao correr 100 metros em menos de 10 segundos. Pesando 38 kg e com uma altura de 63 centímetros, ele é um dos robôs quadrúpedes mais rápidos do mundo.
Com um pico de passadas (batida das "patas no chão") de 5 vezes por segundo, o Black Panther 2.0 consegue alcançar essa velocidade devido às melhorias em força, flexibilidade, poder e precisão, inspiradas em animais como panteras e jerboas (pequenos roedores do deserto).
Para aprimorar ainda mais a mobilidade do robô, a equipe de pesquisa utilizou molas nas articulações dos joelhos, funcionando como amortecedores de impacto. No vídeo a seguir, é possível ver o robô em ação:
NEW: Chinese robotic company has unveiled a robotic dog that can sprint a 100-meter dash in under 10 seconds.
— Collin Rugg (@CollinRugg) January 15, 2025
Insane.
The Black Panther 2.0 built by Mirror Me has fitted a robot dog with spring joints so it can replicate live animals.
The robot can run faster than most… pic.twitter.com/gick5NKJ1F
Para resolver o problema das pernas do robô quebrarem a uma velocidade de 6 metros por segundo, foram criadas canelas de fibra de carbono inspiradas nos membros do jerboa. Essas canelas aumentaram a rigidez em 135% com apenas 16% de aumento de peso. O robô também foi equipado com "tênis de corrida" inspirados nas garras de guepardos, que melhoraram o desempenho de aderência em 200%.
"O aprendizado dos animais vem de experiências de longo prazo, enquanto nossos robôs precisam reaprender a cada passo", afirmou Jin Yongbin, pesquisador do instituto, à agência de notícias chinesa Xinhua.
O princípio do pêndulo acoplado de Huygens, que permite aos robôs coordenar seus membros de forma sincronizada, é utilizado para garantir que o Black Panther 2.0 mantenha uma marcha fluida. O princípio diz que quando dois ou mais osciladores, como pêndulos, estão conectados por um suporte comum, eles tendem a sincronizar seus movimentos.
Com a ajuda de inteligência artificial e aprendizado de máquina, o robô adapta sua passada a diferentes tipos de terreno, aumentando a precisão de seus movimentos. A equipe de pesquisa também desenvolveu novos motores de alta densidade e alta potência, que abrem caminho para a próxima geração de robôs quadrúpedes industriais.
Apesar de já ser mais rápido que a maioria dos humanos, o Black Panther 2.0 ainda fica atrás de animais como guepardos, avestruzes e gnus, que são mais rápidos em terra. A equipe de pesquisa planeja continuar explorando as diferenças de mobilidade entre robôs e organismos vivos, com a esperança de um dia ultrapassar a velocidade e a agilidade desses animais.
Fonte: revistagalileu