sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

O impacto das apostas esportivas no bolso do brasileiro e Jovens adultos representam mais da metade das apostas esportivas no Brasil

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De acordo com estudo da PwC e do Instituto Locomotiva, os principais prejudicados seriam os integrantes das classes C, D e E.

Nos últimos anos, o ramo de apostas esportivas foi um dos que mais cresceu na indústria do esporte. Por se tratar de um recurso de grande responsabilidade, o aumento de usuários têm gerado preocupação nos profissionais de diversas áreas.

De acordo com estudo da PwC e do Instituto Locomotiva, os principais prejudicados seriam os menos privilegiados. Segundo a publicação, com o aumento da utilização do orçamento familiar, as apostas estão gerando alterações nas decisões de consumo, especialmente nas classes C, D e E.

Outro dado diz respeito à receita utilizada nas apostas, que era o dinheiro investido na poupança ou utilizado nos gastos com restaurantes e delivery. Se parassem de apostar, 47 % dos brasileiros afirmam que iriam colocar a renda na poupança. Como consequência destas decisões, o apostador opta em reduzir gastos com comida compensando na utilização de suas operações.

Em 2023, foi registrado um crescimento considerável das empresas atuando no setor. Se 51 empresas atuavam em 2020, no último ano foram 308 em atuação. Até janeiro de 2024, o setor de apostas esportivas poderá movimentar de R$ 60 a 100 bilhões.

O estudo também abordou que a maioria do público de apostadores é formado por homens (52%), com até 30 anos. Registrando 48 % dos usuários, o Sudeste é a região geográfica mais ativa, seguida do Nordeste com 28%.

Projeções

Para o próximo ano, a expectativa é que as despesas com apostas representem cerca de 5% dos gastos com alimentação do brasileiro.

Até 2026, é estimado para a indústria das apostas um crescimento anual sete vezes maior que o desenvolvimento do setor de mídia e entretenimento.


Jovens adultos representam mais da metade das apostas esportivas no Brasil

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Pessoas com idade entre 22 e 36 anos representam 59,86% dos apostadores esportivos no mercado de apostas.

Pesquisa elaborada pela Datahub, plataforma de Big Data & Analytics, revela que mais da metade dos jovens adultos no país, com idade entre 22 e 36 anos, representam 59,86% dos apostadores esportivos no mercado de apostas.

Os apostadores com idades entre 28 e 36 anos lideram, compreendendo 31,84%, seguidos dos players entre 22 e 27 anos, com 28,02% do total.

O relatório que detalha o perfil desses jogadores na internet surgiu após uma outra pesquisa realizada pela Datahub que mostrou um crescimento de 360% de empresas abertas neste setor entre 2020 e 2022.

“O perfil dos apostadores, conforme identificado neste estudo, é surpreendentemente diversificado, abrangendo diversas faixas etárias, sexos, rendas e regiões geográficas. O destaque recai sobre os jovens adultos, sinalizando uma inclinação particularmente forte deste grupo em direção ao mercado de apostas. Este fenômeno pode ser atribuído à familiaridade deste grupo demográfico com a tecnologia, além de uma possível mais disposição para engajar-se em atividades de entretenimento online”, explica o executivo de vendas da Datahub, Felipe Mesquita.

O relatório também revela que grupos considerados mais maduros, entre 56 e 70 anos e entre 71 e 90 anos de idade, representam 6,71% e 1,73%, respectivamente, desse público de apostadores. Menores de idade compõem 2,06%, com a pesquisa enfatizando que a presença deles não reflete a aprovação das empresas responsáveis.

A pesquisa da Datahub destaca ainda que 23,84% dos apostadores únicos, mais de 2,5 milhões de pessoas, são beneficiários de programas sociais governamentais, incluindo auxílio emergencial, bolsa família, prestação continuada, garantia safra e seguro defeso.

Gênero e renda 

De acordo com o estudo , mercado de apostas no Brasil é predominantemente masculino, com 69,11%, embora as mulheres representem uma considerável fatia de 30,88%.

Quanto à faixa de renda, o estudo expõe que a maior concentração de apostadores está nas faixas mais baixas, com até R$ 1,5 mil (36%) e de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil (31,64%) sendo as mais representativas. A pesquisa revela diversidade em todas as faixas de renda, desde as mais baixas até aquelas superiores a que recebem R$ 50 mil (1,08%).

“É revelador que as faixas de menor renda sejam as mais representadas. Isso pode sugerir que, para muitos, as apostas esportivas são vistas como uma oportunidade de ganho financeiro”, analisa Mesquita.

Quanto à ocupação profissional, a maioria (57,71%) está registrada sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), enquanto microempreendedores individuais (MEIs) ou empresários representam aproximadamente 20%. Os funcionários públicos compõem 8,16% dos apostadores.

Relação com o esporte

A pesquisa revela que apenas 0,01% dos apostadores são esportistas, mesmo percentual para familiares de esportistas. Em números absolutos, são 870 apostadores que atuam no esporte e 635 pessoas consideradas familiares desses atletas.

A pesquisa também detectou a análise do perfil de apostadores por região geográfica. A região Sudeste lidera o ranking, com 46,93% dos apostadores, seguida do Nordeste com 26,47%. O Norte e o Centro-Oeste possuem porcentagens semelhantes com 7,41% e 7,94%, respectivamente, enquanto o Sul apresenta um perfil intermediário de apostadores com 11,25%.

“Esses resultados revelam insights valiosos sobre o mercado de apostas esportivas no Brasil, fornecendo uma compreensão abrangente do perfil dos apostadores e suas tendências. A Datahub continua comprometida em fornecer análises aprofundadas para orientar o setor em constante evolução das apostas esportivas no país”, finaliza o executivo de vendas da Datahub.


Fonte: MKTESPORTIVO