sábado, 26 de novembro de 2022

STARTUPS: Leoparda Electric fecha parceria com Riba e inicia operação no Brasil com novo conceito de bateria para motos elétricas

Os fundadores da Leoparda Electric
 Jack Sarvary (à esq) e Billy Blaustein
Foto: Reprodução
Leoparda Electric captou US$ 8,5 milhões em uma rodada anjo liderada pela Monashees e Construct Capital, com participação do novo fundo do ex-Softbank para América Latina, Marcelo Claure.

A empresa acaba de anunciar parceria com a Riba, referência no serviço de venda, compartilhamento e aluguel de motocicletas elétricas no país e com experiência de 10 anos operando frotas. A aliança marca o início da operação no País poucos meses após receber US$ 8,5 milhões em sua primeira rodada de investimentos de fundos como Monashees, Construct Capital e Claure Capital.

Com modelo de negócios que consiste na troca de baterias descarregadas por outras para uso imediato, a Leoparda Electric inicia as operações em novembro atendendo clientes da Riba em três estações espalhadas por São Paulo

São Paulo, novembro de 2022 - A Leoparda Electric, startup que traz ao Brasil um modelo diferenciado de troca de baterias para motos elétricas, acaba de anunciar  parceria com a Riba, referência no serviço de venda, compartilhamento e aluguel de motocicletas elétricas no país e com experiência de 10 anos operando frotas. A aliança marca o início da operação no País poucos meses após receber US$ 8,5 milhões em sua primeira rodada de investimentos de fundos como Monashees, Construct Capital e Claure Capital.

Por meio do acordo, agora os clientes da Riba passam a contar com a praticidade do modelo de negócios da Leoparda, que oferece a troca de baterias descarregadas por outras prontas para uso imediato em pontos de troca espalhados pela cidade, poupando tempo e recursos dos motociclistas. A operação tem previsão de início em novembro por meio de três estações próprias em regiões importantes da cidade de São Paulo. O número aumentará em dezembro, ampliando a capilaridade do serviço aos clientes da Riba;  a estrutura oferecida pela Leoparda vai garantir aos clientes e principalmente aos entregadores de aplicativo uma maior rede de troca de baterias e, com isso, mais segurança para a adoção dos veículos elétricos. No longo prazo, essa mudança vai gerar duas grandes economias: uma financeira para o entregador e outra para o planeta, na redução na emissão de carbono.   

“Apostamos que junto com a Leoparda conseguiremos oferecer ainda mais comodidade e mobilidade por meio da abertura de novos pontos de troca de bateria e novas tecnologias aos nossos clientes. Estamos bem otimistas e acreditamos no propósito do time. É só o começo", afirma Gabriel Fernandes, COO & Growth da Riba.

A parceria faz parte do plano estratégico da Leoparda Electric de permitir que empresas como a Riba, possam escalar de forma ágil a rede de recarga de baterias elétricas, uma vez que a startup é responsável pela gestão e compra das baterias, reduzindo os investimentos de capital na operação por parte do parceiro.

“Esta aliança marca o início da nossa operação, exemplificando ao mercado como empresas de transporte podem oferecer uma frota cada vez mais sustentável, sem se preocuparem com a operação de recarga das baterias, além de beneficiar os clientes com economia no tempo de troca e ampliar os pontos de troca”, explica Billy Blaustein, cofundador e COO da Leoparda Electric

Já Jack Sarvary, cofundador e CEO da Leoparda Electric diz que, no início, a empresa espera abranger cerca de 100 motocicletas da Riba, número que deve crescer exponencialmente a partir daí. Além disso, o executivo enxerga que a parceria das duas companhias irá alavancar os negócios de sua empresa. “Escolhemos estrategicamente a Riba por ser referência no Brasil e estar em constante evolução. Com isso, a Leoparda Electric será capaz de implementar um modelo de negócios totalmente inédito no país de forma mais efetiva e rápida. Sem um parceiro tão bom quanto esse, o caminho seria mais trabalhoso”, pondera o executivo. “Temos certeza que mais pessoas conhecerão o nosso trabalho, o que vai ser ótimo para o nosso crescimento e estabelecimento no Brasil e América Latina”, complementa.

Ainda de acordo com o executivo, a parceria também vai ajudar a democratizar cada vez mais o uso da motocicleta elétrica por parte do brasileiro, algo que ainda está em passos lentos no país, pois existem hoje cerca de 50 milhões de motos nas ruas da América Latina, sendo que o Brasil concentra boa parte desse montante. “No entanto, apenas 1% delas são elétricas, o que mostra atraso em relação a outras regiões como Europa, com 25% do total de motocicletas vendidas no ano passado sendo elétricas; e da China, cuja porcentagem sobe para 40%”, finaliza Sarvary. 

Recentemente a Riba Brasil anunciou um investimento para expandir a fabricação de motos elétricas na sua unidade em Varginha, no Sul de Minas.

A operação tem previsão de início ainda em novembro de 2022 por meio de três estações próprias em regiões importantes da cidade de São Paulo. O número aumentará em dezembro, ampliando a capilaridade do serviço aos clientes da Riba.

Jack e Billy decidiram começar os trabalhos na América Latina não por acaso. Existem hoje cerca de 50 milhões de motocicletas pelas ruas do continente, sendo que o Brasil concentra boa parte desse montante. No entanto, apenas 1% delas são elétricas, segundo dados da Mckinsey.

Como funciona a Leoparda Electric?

O modelo de negócios da Leoparda Electric consiste em oferecer uma rede de troca de baterias que permite que usuários possam trocar suas baterias descarregadas por outras prontas para uso imediato (ou seja, completamente recarregadas) a um baixo custo de assinatura mensal. 

“As motocicletas elétricas não foram amplamente utilizadas na América Latina até hoje porque são caras e têm autonomia limitada. Usar um veículo desse hoje significaria que muitos usuários teriam que parar por aproximadamente 5 horas no meio do dia para recarregar, o que torna o modelo inviável para o trabalho. Com a gente, os usuários vão poder trocar sua bateria descarregada para uma nova completamente carregada em menos tempo do que abastecer com gasolina”, afirma Sarvary. Trocas ilimitadas de baterias recarregáveis e toda a manutenção está incluída para o usuário na assinatura mensal.

Sobre a Leoparda Electric

Fundada por Jack Sarvary, ex-Rappi, e Billy Blaustein, ex-Tesla, a Leoparda chega para revolucionar o mercado de motocicletas elétricas na América Latina. Com a missão de reduzir as emissões de carbono e tornar a mobilidade mais acessível, seu modelo de negócios consiste no fornecimento de motocicletas elétricas e uma rede de estações que permitem que usuários possam trocar suas baterias descarregadas por outras prontas para uso imediato a um baixo custo de assinatura mensal.

A Riba, referência no serviço de venda, compartilhamento
e aluguel de motocicletas elétricas no país e com experiência
de 10 anos operando frotas. - Foto: Reprodução

Sobre a Riba

A Riba Brasil é uma startup que facilita o acesso a scooters elétricas de forma flexível. Foi a primeira a oferecer o compartilhamento de scooters elétricas no país em 2018. A empresa oferta assinatura mensal de scooters elétricas e suporte operacional de troca de baterias, a fim de garantir o sucesso dos clientes. Suas scooters elétricas são conectadas por meio de um IOT a uma plataforma online que facilita a gestão das scooters, troca de baterias, manutenção e acompanhamento operacional.

A Leoparda se inspira na taiwanesa Gogoro, que abriu capital na Nasdaq no início do ano e hoje vale US$ 1 bilhão, e chega para competir com a Voltz, empresa de moto elétrica que acaba de inaugurar uma fábrica na Zona Franca de Manaus.


Gogoro domina o mercado de scooters elétricos em Taiwan
 - Foto: Reprodução


Foto: Divulgação

A dupla planeja se lançar no mercado até o fim do ano com uma linha de motocicletas elétricas de baixo custo voltada para entregadores de aplicativos e preços a partir de R$ 10 mil, sem a bateria. Mas o grande negócio da Leoparda será fazer a gestão de uma rede de estações de troca de baterias — num formato parecido com o de vending machines — onde assinantes do serviço poderão trocar baterias descarregadas por outras prontas para uso imediato. — O modelo de trocas de bateria é o que vai permitir escalar a mobilidade elétrica na América Latina. Mas será preciso ter centenas de máquinas espalhadas por postos de gasolina, estacionamentos, dark kitchens e locais onde os motoqueiros circulam — diz Sarvary, que se mudou recentemente para São Paulo e diz ter conversas com o Rappi para oferecer planos para a base de motoristas do aplicativo.


Imagem: Reprodução


A Leoparda estima uma mensalidade de R$ 300 a R$ 400 pela assinatura das baterias, num pacote que inclui ainda a manutenção. — O custo para um motoqueiro rodar numa elétrica é um décimo do custo de um motor a combustão — diz o fundador da Leoparda.

“Mudando para o modelo elétrico, essas pessoas vão economizar bastante, já que R$ 10 de gasolina equivale ao mesmo número de quilômetros percorridos que um entregador pode ir com só R$ 1 de energia elétrica”, acrescenta Billy. Para essa iniciativa, a Leoparda já estuda parcerias com todos grandes players do mercado. 

A Leoparda Electric espera fechar seu primeiro ano de atuação com ao menos US$ 1 milhão de receita anual e mais de 1.000 clientes. A ideia é, mais para a frente, expandir o negócio para toda a América Latina.


Fonte: Comunicação da Leoparda Electric / oglobo / motoeletricabrasil / startups.com